Including Universal Design in the Engineering Curriculum

(Música)

Incluindo o Design Universal
no Currículo de Engenharia

Cynthia: Ao incluir a acessibilidade
e o design universal

no currículo de engenharia,

você está declarando
a todos os seus estudantes

que as perspectivas e necessidades
das pessoas deficientes

são pontos sobre os quais
eles precisam pensar,

independente de estarem projetando
especificamente para deficientes.

>> Sheryl Burgastahler: É muito importante
treinar nossos novos engenheiros

para serem versados em design universal
e acessibilidade,

para que quando criem produtos
para as empresas onde irão trabalhar,

eles sejam acessíveis e utilizáveis
por pessoas com deficiências

e por indivíduos
com todos os tipos de características.

>> Anat Caspi: Como inventor
de uma tecnologia,

você tem o ônus
e a responsabilidade

de atender às necessidades
de uma variedade de usuários finais.

>>Narrador: Design universal
e estruturas relacionadas,

tais como design inclusivo,
design baseado em habilidades

e design centrado no ser humano

incentivam os engenheiros a serem pró-ativos em
considerarem as habilidades de diversos usuários.

Design universal é definido
pelo Centro de Design Universal

da Universidade Estadual
da Carolina do Norte como:

"o desenho de produtos e meios
a serem utilizados por todas as pessoas,

na medida do possível, sem a necessidade
de adaptação ou desenho especializado."

>>Narrador: Design universal requer
engenheiros que questionem

qualquer suposição que um projeto tenha
sobre seus usuários.

Os estudantes de engenharia que entendem
estes conceitos

entram no mercado preparados para projetar
para uma grande variedade de usuários.

>> Kat Steele: Então, da mesma forma como
ensinamos segurança

e propriedades materiais e dinâmicas
em nosso currículo de engenharia,

a inclusão do design universal pode
garantir que nossos futuros engenheiros

considerem esses pequenos ajustes
e a diversidade da população

em seu design e futuras inovações.

>> Terrill Thompson: Perguntar:
"Quais os impactos para a acessibilidade?"

é uma prática que pode fazer parte
de suas carreiras de engenheiros.

>> Narrador: O engenheiro Billy Price usou
sua experiência de vida

como quadriplégico para desenhar
uma linha de sapatos.

Esse é um exemplo de design universal.

>> Billy: Eu não tenho a habilidade
para amarrar cadarços

e sei que quando se fala em cadarços,

uma solução comum é usar Velcro,
mas mesmo se você superar os cadarços,

ainda existe o esforço físico
de enfiar o pé no sapato,

então olhar para os pés por dezoito anos,
ou seja, metade da vida

sem ser capaz de colocar meus sapatos,
eu sabia que tinha uma solução melhor.

O sapato que nós criamos
tem sim adaptações.

Mas não vendemos como
um sapato com adaptações.

É um sapato que está na moda.

É um sapato que todos vão querer usar.

É um sapato que estará em todas as lojas,

então qualquer pessoa pode comprá-lo.

>>Narrador: Os sapatos tem
um zíper exclusivo

que corre ao longo
das bordas externas dos sapatos.

Eles se abrem como uma concha.

Existem oportunidades para o design universal

em milhares de produtos e construções

que os engenheiros ajudam
a projetar e construir.

Atender a essas necessidades
pode melhorar as vidas

de pessoas deficientes
e da população em geral.

Os professores de engenharia podem ajudar
a preparar seus estudantes

para projetarem para habilidades diversas

incluindo acessibilidade
ou temas de design universal

de muitas maneiras.

>> Richard Ladner: Você pode apenas
participar de uma palestra,

ou você pode fazer
uma palestra sobre isso,

ou várias palestras,
não um curso inteiro,

e a terceira opção é desenvolver
um curso inteiro

voltado para acessibilidade
e design universal.

>> Brianna Blaser: Em uma sala de aula,
quando você tem um desafio de design,

se você pensar sobre como uma pessoa,

uma pessoa idosa e com artrite,

pode usar isso que você está projetando?

Uma mulher grávida pode usar
isso que você acabou de criar?

Comece a fazer essas perguntas.

Alguém que é daltônico
pode usar isso?

Você vai estar pensando
em uma população mais ampla.

É um jeito fácil de conseguir
algumas ideias sobre design universal,

de criar um produto com mais amplitude
de uso para o que você está projetando.

>>Narrador: Terrill Thompson,
da Universidade de Washington,

criou um currículo de web design
para alunos do ensino médio

que integra a acessibilidade
às considerações de design.

>> Terrill: Os garotos estão aprendendo
a codificar sites

usando todas as linguagens
que você utiliza para codificar sites-

HTML, CSS e JavaScript–

e eles aprendem muito cedo
sobre alguns princípios básicos de design,

um deles é a necessidade de design acessível.

Então eles aprendem
como as pessoas deficientes

acessam computadores e a internet

e como são as dificuldades
que elas enfrentam,

e então, à medida em que estão aprendendo
novas técnicas ao longo do curso,

eles aprendem
ou são ensinados a perguntar,

como essa técnica afeta a acessibilidade?

>>Narrador: Mas há outras formas de
a faculdade ensinar sobre deficiências,

acessibilidade e design universal
em seus cursos.

>> Cynthia: Acho que os trabalhos de
conclusão de curso permitem que os alunos

apliquem suas habilidades aprendidas
em uma situação real

e por isso podem ser
uma ótima oportunidade para os alunos,

em primeiro lugar, entenderem que
acessibilidade e design universal

podem resolver problemas do mundo real.

Mas além disso permitir que os estudantes
coloquem seus conhecimentos em prática.

>> Kat: Eu leciono no nosso
curso de design sênior

que é um curso comum de um ano
para os estudantes de engenharia

que é feito no último ano
se forem estudantes de graduação.

E esse é de fato um lugar natural
para integrar temas

de acessibilidade e design universal.

Temos estudantes trabalhando em projetos,
desde a criação de um skate elétrico

até a descoberta do próximo medicamento
para prevenir o colapso dos pulmões.

E em todos eles, os componentes
do design universal

podem ajudá-los a fazer testes com um
conjunto diversificado de usuários,

considerar como pequenas alterações
em seus projetos

podem aumentar o acesso, ou tornar
um dispositivo mais fácil de usar.

Muitas vezes, um ajuste de design que,
por exemplo,

facilita o uso para um indivíduo
com deficiência visual

ou que tenha uma destreza limitada,

tornará o produto mais fácil
para todos usarem.

Então, inserimos o design universal
em nosso currículo

para incentivá-los a explorar
muitos campos diferentes de design

com a esperança em que, no fim das contas,
tenham um design melhor.

>> Nils Hakansson: Na minha aula,
eu dou aulas de biomecânica

e conversamos sobre impulso,
impulso linear e angular

e eu demonstro como eu uso o impulso
para balançar o braço e colocar a mão

no controle da minha cadeira de rodas.

Então, é tentar incorporar
esse tipos de exemplo nas aulas.

>> Cynthia: Dar aos estudantes
oportunidades de

conhecer e interagir
com pessoas deficientes

é uma ótima forma de incluir
o tema no currículo.

>> Kat: Descobrimos que os estudantes
aprenderam muito

apenas tendo um espaço para sentar
e conversar francamente sobre

questões sobre acessibilidade, deficiência
e algumas de suas implicações sociais.

>>Narrador: Ao ensinar acessibilidade e
design universal em cursos de engenharia,

a faculdade forma engenheiros de sucesso
em um mercado de trabalho competitivo,

porque eles estarão prontos para criar
produtos que sejam amplamente acessíveis

a usuários com diversas habilidades.

Os instrutores podem começar

incluindo um grupo de indivíduos
com diversas habilidades,

ajudando os alunos a considerarem
o design universal

e a abordarem problemas relacionados
à deficiências em projetos de design,

exigindo que os alunos sigam
as diretrizes de acessibilidade

ao criarem interfaces de usuário
ou sites.

>> Terrill: Se quisermos uma sociedade
com inovação que inclua acessibilidade,

os alunos precisam aprender sobre
o design universal e a acessibilidade.

Para saber mais
sobre como você pode

incluir a acessibilidade e o design universal
em cursos de engenharia,

visite o site "AccessEngineering"
da Universidade de Washington.

uw.edu/doit/programs/accessengineering

AccessEngineering é apoiada
pela Fundação Nacional da Ciência,

com o número EEC-1444961.

As opiniões, descobertas e conclusões
ou recomendações expressas neste vídeo

são dos autores,
e não necessariamente refletem

a visão da Fundação Nacional da Ciência.