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As minhas sete espécies de robôs | Dennis Hong | TEDxNASA

  • 0:18 - 0:19
    Obrigado por me receberem.
  • 0:19 - 0:23
    Temos demasiados trabalhos robóticos
    excitantes que quero mostrar-vos,
  • 0:23 - 0:25
    mas só temos 18 minutos,
  • 0:25 - 0:28
    por isso foi difícil
    cortar nos diapositivos.
  • 0:28 - 0:31
    Vamos ver como corre,
    temos 18 minutos.
  • 0:31 - 0:35
    Peço desde já desculpa pois
    vou falar muito depressa.
  • 0:35 - 0:38
    O primeiro robô de que
    quero falar é o STriDER.
  • 0:38 - 0:41
    Quer dizer Robô Experimental Dinâmico
    Trípede Auto-acionado.
  • 0:41 - 0:43
    É um robô com três pernas,
  • 0:43 - 0:47
    inspirado na natureza.
  • 0:47 - 0:48
    Já viram algo na natureza,
  • 0:48 - 0:50
    um animal, com três pernas?
  • 0:50 - 0:51
    Provavelmente não.
  • 0:51 - 0:54
    Então porque digo que é um robô
    inspirado na biologia?
  • 0:54 - 0:55
    Como funcionaria?
  • 0:55 - 0:57
    Antes disso, vamos
    ver cultura popular.
  • 0:57 - 1:01
    Conhecem "A Guerra dos Mundos",
    de H. G. Wells, o livro e o filme.
  • 1:01 - 1:02
    O que vemos aqui
  • 1:02 - 1:04
    é um jogo de vídeo popular.
  • 1:04 - 1:07
    Nesta ficção, são descritas
    criaturas alienígenas
  • 1:07 - 1:10
    e robôs com três pernas
    que aterrorizam a Terra.
  • 1:10 - 1:14
    O meu robô, STriDER, não se move assim.
  • 1:14 - 1:15
    Como funciona?
  • 1:15 - 1:18
    Isto é uma animação com
    simulação dinâmica.
  • 1:18 - 1:20
    Vou mostrar-vos como funciona o robô.
  • 1:20 - 1:22
    Quando vou a conferências sobre robôs
  • 1:22 - 1:24
    e mostro este vídeo aos meus colegas,
  • 1:24 - 1:27
    todos o acham fixe.
  • 1:27 - 1:29
    Quando executo isto, mostra uma animação
  • 1:29 - 1:32
    e toda a gente diz "Oh" e "Ah".
  • 1:33 - 1:35
    Oh.
  • 1:36 - 1:39
    Ah. Não é fixe?
  • 1:40 - 1:42
    Roda o corpo 180 graus,
  • 1:42 - 1:45
    balança a perna por entre as outras
    duas e evita a queda.
  • 1:45 - 1:47
    É assim que anda.
  • 1:47 - 1:50
    Se pensarem nisso, parece muito
    complicado, quase orgânico.
  • 1:50 - 1:52
    Porque estamos a tentar isto?
  • 1:52 - 1:54
    De que modo é isto inspirado na biologia?
  • 1:54 - 1:56
    Deixem-me falar um pouco sobre isto.
  • 1:56 - 1:59
    Quando observamos a locomoção
    bípede dos seres humanos,
  • 1:59 - 2:01
    não estamos realmente a usar um músculo
  • 2:01 - 2:04
    para erguer uma perna e andar
    como um robô, certo?
  • 2:04 - 2:07
    O que fazemos é balançar
    a perna a evitar a queda,
  • 2:07 - 2:10
    erguer-nos novamente, balançar
    a perna a evitar a queda.
  • 2:10 - 2:13
    Usamos a nossa dinâmica incorporada,
    a física do nosso corpo,
  • 2:13 - 2:15
    tal como um pêndulo.
  • 2:15 - 2:18
    Chamamos a isso o conceito de
    locomoção dinâmica passiva.
  • 2:18 - 2:21
    O que fazemos é, ao erguermo-nos,
  • 2:21 - 2:24
    converter energia potencial em cinética,
  • 2:24 - 2:25
    uma e outra vez.
  • 2:25 - 2:28
    É um processo de queda constante.
  • 2:28 - 2:31
    Mesmo que nada na natureza
    se pareça com isto,
  • 2:31 - 2:33
    inspirámo-nos na biologia
  • 2:33 - 2:36
    e aplicámos os princípios
    de caminhar a este robô.
  • 2:36 - 2:39
    Por isso, é um robô inspirado na biologia.
  • 2:39 - 2:41
    O que vemos aqui é o que
    queremos fazer a seguir.
  • 2:41 - 2:45
    Queremos dobrar as pernas e lançá-lo
    para movimento à distância.
  • 2:45 - 2:48
    As pernas destacam-se — parece
    a "Guerra das Estrelas".
  • 2:48 - 2:50
    Quando aterra, absorve o
    choque e começa a andar.
  • 2:50 - 2:54
    O que vemos aqui, esta coisa amarela,
    não é um raio da morte. (Risos)
  • 2:54 - 2:56
    É só para vos mostrar que,
    se tivermos câmaras,
  • 2:56 - 2:59
    ou diferentes tipos de sensores,
    — porque é alto, tem 1,8 metros —
  • 2:59 - 3:03
    podemos ver por cima de obstáculos
    como arbustos e coisas do género.
  • 3:03 - 3:05
    Temos dois protótipos.
  • 3:05 - 3:08
    A primeira versão, atrás, é o STriDER I.
  • 3:08 - 3:10
    Um dos problemas que
    tivemos com o STriDER I,
  • 3:10 - 3:13
    — o que está à frente , mais
    pequeno, é o STriDER II —
  • 3:13 - 3:15
    o problema que tivemos com o STriDER I
  • 3:15 - 3:17
    é que era muito pesado para o corpo.
  • 3:17 - 3:19
    Tínhamos tantos motores,
    para alinhar as junções,
  • 3:19 - 3:20
    e esse tipo de coisas.
  • 3:20 - 3:23
    Decidimos sintetizar
    um dispositivo mecânico
  • 3:23 - 3:27
    para que pudéssemos livrar-nos
    dos motores, e com um único motor
  • 3:27 - 3:28
    podemos coordenar todos os movimentos.
  • 3:28 - 3:33
    É uma solução mecânica para o problema,
    em vez de usarmos mecatrónica.
  • 3:33 - 3:36
    Com isto, o topo do corpo
    é suficientemente leve.
  • 3:36 - 3:39
    Está a andar no nosso laboratório.
    Foi o primeiro passo com sucesso.
  • 3:39 - 3:42
    Ainda não está perfeito
    — deixa cair o café —
  • 3:42 - 3:44
    por isso ainda temos muito a fazer.
  • 3:44 - 3:47
    O segundo robô de que
    quero falar é o IMPASS.
  • 3:47 - 3:48
    A sigla quer dizer
  • 3:48 - 3:51
    Plataforma de Mobilidade Inteligente
    com Sistema de Raios Acionados.
  • 3:51 - 3:54
    É um robô híbrido com pernas e rodas.
  • 3:54 - 3:56
    Imaginem uma roda sem borda
  • 3:56 - 3:58
    ou uma roda com raios
  • 3:58 - 4:01
    mas em que os raios se deslocam
    para dentro e para fora do cubo.
  • 4:01 - 4:03
    É um híbrido com pernas em roda.
  • 4:03 - 4:05
    Estamos literalmente a reinventar roda.
  • 4:05 - 4:08
    Deixem-me mostrar-vos com funciona.
  • 4:08 - 4:10
    Neste vídeo estamos a usar uma abordagem
  • 4:10 - 4:12
    a que chamamos reativa.
  • 4:12 - 4:15
    Usando apenas os sensores táteis nos pés
  • 4:15 - 4:18
    está a tentar andar sobre
    um terreno que se altera.
  • 4:18 - 4:21
    Um terreno mole em que
    a pressão o faz mudar.
  • 4:21 - 4:23
    Apenas com a informação tátil,
  • 4:23 - 4:26
    ele atravessa facilmente
    este tipo de terreno.
  • 4:26 - 4:29
    Mas quando encontra
    um terreno muito extremo,
  • 4:29 - 4:35
    neste caso, o obstáculo tem mais
    de três vezes o tamanho do robô,
  • 4:35 - 4:37
    muda para um modo deliberado,
  • 4:37 - 4:39
    em que usa um visor de alcance por laser
  • 4:39 - 4:42
    e sistemas com câmara, para identificar
    o obstáculo e o seu tamanho.
  • 4:42 - 4:45
    Planeia, cuidadosamente,
    o movimento dos raios,
  • 4:45 - 4:47
    e coordena tudo de modo a apresentar
  • 4:47 - 4:49
    esta mobilidade muito impressionante.
  • 4:49 - 4:51
    Provavelmente, nunca
    viram nada assim, por aí.
  • 4:51 - 4:54
    Isto é um robô de muito grande mobilidade
  • 4:54 - 4:57
    que desenvolvemos, chamado IMPASS.
  • 4:57 - 5:00
    Quando conduzimos o nosso carro,
    quando o dirigimos,
  • 5:00 - 5:03
    usamos um método chamado
    Geometria de Ackermann.
  • 5:03 - 5:05
    As rodas da frente rodam deste modo.
  • 5:05 - 5:10
    Mas a maioria dos pequenos robôs com rodas
    usam o método chamado direção diferencial,
  • 5:10 - 5:13
    em que as rodas esquerda e direita
    viram em direções opostas.
  • 5:13 - 5:16
    No IMPASS, podemos executar muitos
    tipos diferentes de movimento.
  • 5:16 - 5:20
    Neste caso, embora as rodas esquerda
    e direita estejam ligadas a um único eixo,
  • 5:20 - 5:22
    a rodar com a mesma velocidade angular,
  • 5:22 - 5:24
    mudamos simplesmente
    o comprimento do raio.
  • 5:24 - 5:27
    O diâmetro muda e pode virar para
    a esquerda e para a direita.
  • 5:27 - 5:29
    São apenas alguns exemplos das habilidades
  • 5:29 - 5:31
    que conseguimos fazer com o IMPASS.
  • 5:31 - 5:33
    Este robô chama-se CLIMBeR:
  • 5:33 - 5:37
    Robô com Membros e Comportamento
    Inteligente, Suspenso por Cabos.
  • 5:37 - 5:40
    Falei bastante dos cientistas
    do LPJ da NASA.
  • 5:40 - 5:42
    No LPJ são famosos pelos jipes de Marte.
  • 5:42 - 5:44
    Os cientistas, geólogos, dizem-me sempre
  • 5:44 - 5:46
    que a ciência realmente interessante,
  • 5:46 - 5:49
    os locais ricos em ciência,
    estão sempre nos penhascos.
  • 5:49 - 5:51
    Mas os jipes atuais não conseguem ir lá.
  • 5:51 - 5:54
    Inspirados nisso, quisemos
    construir um robô
  • 5:54 - 5:57
    que conseguisse subir um ambiente
    de penhasco estruturado.
  • 5:57 - 5:59
    Este é o CLIMBeR.
  • 5:59 - 6:00
    O que faz? Tem três pernas.
  • 6:00 - 6:03
    É difícil ver, mas tem um
    guincho e um cabo no topo
  • 6:03 - 6:06
    e tenta descobrir o melhor
    sítio para põr os pés.
  • 6:06 - 6:08
    Depois de o descobrir,
  • 6:08 - 6:11
    calcula em tempo real
    a distribuição de forças:
  • 6:11 - 6:13
    qual a força que tem
    de exercer na superfície
  • 6:13 - 6:15
    de modo a não se inclinar nem escorregar.
  • 6:15 - 6:17
    Depois de estabilizar, levanta um pé,
  • 6:17 - 6:21
    e depois, com o guincho,
    pode subir este tipo de coisas.
  • 6:21 - 6:24
    Também tem aplicação
    em busca e salvamento.
  • 6:25 - 6:29
    Este robô chama-se MARS: Sistema
    Robótico Multi-Apêndices.
  • 6:29 - 6:31
    Há cinco anos, trabalhei no LPJ da NASA,
  • 6:31 - 6:33
    durante o verão como
    associado da faculdade.
  • 6:33 - 6:36
    Tinham já um robô com seis
    pernas chamado LEMUR.
  • 6:36 - 6:39
    Este é baseado nele.
  • 6:39 - 6:41
    É um robô hexápode.
  • 6:41 - 6:43
    Desenvolvemos o planeamento
    de marcha adaptativa.
  • 6:43 - 6:45
    Temos uma vantagem
    muito interessante nisto.
  • 6:45 - 6:47
    Os estudantes gostam de se divertir.
  • 6:47 - 6:49
    Demonstra uma mobilidade
    muito interessante.
  • 6:49 - 6:53
    Aqui podemos ver que está a andar
    num terreno estruturado.
  • 6:53 - 6:57
    É um pouco difícil de ver, nestes vídeos.
  • 6:57 - 7:00
    Está a tentar andar em terreno
    costeiro, uma zona arenosa,
  • 7:00 - 7:05
    mas dependendo da mistura ou do
    tamanho dos grãos de areia,
  • 7:05 - 7:08
    o modelo do apoio dos pés altera-se.
  • 7:08 - 7:09
    Tenta adaptar a marcha
  • 7:09 - 7:12
    de modo a atravessar com
    sucesso este tipo de coisas.
  • 7:12 - 7:15
    Também faz coisas divertidas,
    como podem imaginar.
  • 7:15 - 7:17
    Recebemos muitas visitas
    no nosso laboratório.
  • 7:17 - 7:20
    Quando elas chegam, o MARS
    desloca-se até ao computador,
  • 7:20 - 7:22

    e começa a escrever "Olá, chamo-me MARS.
  • 7:22 - 7:23
    "Bem-vindos ao RoMeLa,
  • 7:23 - 7:27
    "o Laboratório de Mecanismos
    Robóticos na Virgínia Tech".
  • 7:28 - 7:30
    Este é um robô amiba.
  • 7:30 - 7:33
    Não temos tempo para detalhes técnicos.
  • 7:33 - 7:36
    Mostrar-vos-ei apenas
    algumas experiências.
  • 7:36 - 7:39
    Estas são algumas das primeiras
    experiências de viabilidade.
  • 7:39 - 7:42
    Armazenamos energia potencial
    na pele elástica para o fazer mover.
  • 7:42 - 7:46
    Ou usamos cordas de tensão ativa,
    para o mover para a frente e para trás.
  • 7:46 - 7:50
    Também temos trabalhado com
    cientistas e engenheiros da UPenn,
  • 7:50 - 7:54
    para conseguirmos uma versão do robô
    amiba acionada quimicamente.
  • 7:54 - 7:56
    Fazemos alguma coisa a algo,
  • 7:56 - 8:02
    e, como por magia, ele move-se. A gota.
  • 8:02 - 8:04
    Este chama-se ChIMERA.
  • 8:04 - 8:07
    Este robô é um projeto muito recente.
    Chama-se RAPHaEL.
  • 8:07 - 8:10
    Mão Robótica Acionada por Ar
    com Ligamento Elásticos.
  • 8:10 - 8:14
    Há uma série de mãos robóticas muito
    fixes e muito boas no mercado.
  • 8:14 - 8:17
    O problema é que são muito caras,
    custam dezenas de milhares de dólares.
  • 8:17 - 8:20
    Para aplicações protéticas, não é
    provavelmente muito prático,
  • 8:20 - 8:22
    porque é demasiado caro.
  • 8:22 - 8:26
    Queríamos abordar este
    problema de outra forma.
  • 8:26 - 8:29
    Em vez de usarmos motores elétricos
    e atuadores eletromecânicos,
  • 8:29 - 8:31
    estamos a usar ar comprimido.
  • 8:31 - 8:33
    Desenvolvemos atuadores
    novos para as articulações.
  • 8:33 - 8:35
    Tem conformidade.
    Podemos alterar a força,
  • 8:35 - 8:37
    alterando apenas a pressão do ar.
  • 8:37 - 8:40
    Consegue esmagar uma lata de sumo.
  • 8:40 - 8:43
    Pode pegar em objetos delicados
    como um ovo cru.
  • 8:43 - 8:45
    Ou, neste caso, uma lâmpada.
  • 8:45 - 8:49
    A vantagem é que o primeiro protótipo
    custou apenas 200 dólares.
  • 8:50 - 8:53
    Este robô é, na verdade,
    uma família de robôs cobra
  • 8:53 - 8:54
    a que chamamos HYDRAS:
  • 8:54 - 8:57
    Serpentina Robótica Articulada
    com Hiper Graus de Liberdade.
  • 8:57 - 9:00
    A que vemos aqui está lá fora na entrada.
  • 9:00 - 9:03
    Temos uma demonstração,
    passem lá no intervalo.
  • 9:03 - 9:05
    Este robô consegue subir estruturas.
  • 9:05 - 9:07
    Isto é um braço HYDRA.
  • 9:07 - 9:10
    É um braço robótico com
    12 graus de liberdade.
  • 9:10 - 9:12
    A parte fixe é a interface de utilizador.
  • 9:12 - 9:15
    Aquele cabo é de fibra ótica.
  • 9:15 - 9:17
    Esta aluna está talvez
    a usá-la pela primeira vez,
  • 9:17 - 9:19
    mas pode articulá-la de
    muitos modos diferentes.
  • 9:19 - 9:22
    Por exemplo, no Iraque, na zona de guerra,
  • 9:22 - 9:23
    há bombas na berma da estrada.
  • 9:23 - 9:27
    Atualmente, são enviados veículos
    armados controlados remotamente.
  • 9:27 - 9:29
    Demora muito tempo e é caro,
  • 9:29 - 9:33
    treinar uma pessoa para
    operar um braço complexo.
  • 9:33 - 9:34
    Neste caso, é muito intuitivo.
  • 9:34 - 9:37
    Este aluno está talvez
    a usá-lo pela primeira vez,
  • 9:37 - 9:39
    em tarefas de manipulação
    muito complexas,
  • 9:39 - 9:42
    a pegar em objetos e a
    manipulá-los, facilmente.
  • 9:43 - 9:45
    Muito intuitivo.
  • 9:46 - 9:49
    Este robô é atualmente a nossa estrela.
  • 9:49 - 9:52
    Temos um clube de fãs para o DARwIn:
  • 9:52 - 9:55
    Robô Dinâmico Antropomórfico
    com Inteligência.
  • 9:55 - 9:58
    Como sabem, estamos muito interessados
    na locomoção humana, por isso decidimos
  • 9:58 - 10:00
    construir um pequeno robô humanoide.
  • 10:00 - 10:02
    Foi em 2004.
  • 10:02 - 10:04
    Nessa altura, isto era
    algo muito revolucionário.
  • 10:04 - 10:06
    Este era um estudo mais realizável:
  • 10:06 - 10:08
    Que tipo de motores devemos usar?
  • 10:08 - 10:10
    É de todo possível?
  • 10:10 - 10:12
    Isto não tem qualquer sensor.
  • 10:12 - 10:14
    É um controlo de malha aberta.
  • 10:14 - 10:17
    Para os mais informados,
    se não temos qualquer sensor,
  • 10:17 - 10:20
    e houver perturbações,
    sabemos o que acontece.
  • 10:20 - 10:22
    (Risos)
  • 10:22 - 10:25
    Baseados nesse sucesso,
    no ano seguinte,
  • 10:25 - 10:27
    fizemos o desenho mecânico apropriado,
  • 10:27 - 10:28
    começando pela cinemática.
  • 10:28 - 10:31
    Assim, o DARwIn I nasceu em 2005.
  • 10:31 - 10:34
    Põe-se em pé, caminha,
    — muito impressionante.
  • 10:34 - 10:37
    No entanto, como podemos ver,
    tem um cordão umbilical.
  • 10:37 - 10:39
    Ainda estamos a usar uma
    fonte de energia externa,
  • 10:39 - 10:42
    e computação externa.
  • 10:42 - 10:45
    Em 2006, é tempo de nos divertirmos.
  • 10:45 - 10:46
    Vamos dar-lhe inteligência.
  • 10:46 - 10:50
    Toda a capacidade de computação
    de que precisa: um Pentium M a 1,5 GHz,
  • 10:50 - 10:53
    duas câmaras "FireWire",
    giroscópios, acelerómetros,
  • 10:53 - 10:56
    quatro sensores de pressão, nos pés,
    baterias de polímero de lítio.
  • 10:56 - 10:59
    O DARwIn II é completamente autónomo.
  • 10:59 - 11:01
    Não é controlado remotamente.
  • 11:01 - 11:04
    Não há amarras. Olha em redor,
    procura a bola,
  • 11:04 - 11:08
    e tenta jogar futebol de forma autónoma:
  • 11:08 - 11:11
    inteligência artificial.
  • 11:11 - 11:14
    Vamos ver como se comporta.
    Esta foi a nova primeira tentativa, e...
  • 11:14 - 11:19
    (Vídeo): Espectadores: Golo!
  • 11:19 - 11:22
    Dennis Hong: Existe uma competição
    chamada "RoboCup".
  • 11:22 - 11:25
    Não sei quantos ouviram falar dela.
  • 11:25 - 11:29
    É uma competição internacional
    de futebol robótico autónomo.
  • 11:29 - 11:32
    O verdadeiro objetivo da "RoboCup",
  • 11:32 - 11:34
    é termos, cerca do ano 2050,
  • 11:34 - 11:38
    robôs humanoides autónomos,
    em tamanho real,
  • 11:38 - 11:41
    a jogar contra os campeões humanos
    da Taça do Mundo,
  • 11:41 - 11:43
    e a ganhar.
  • 11:43 - 11:45
    É um objetivo real, muito ambicioso,
  • 11:45 - 11:48
    mas acreditamos verdadeiramente
    que conseguimos atingi-lo.
  • 11:48 - 11:50
    Isto foi no ano passado, na China.
  • 11:50 - 11:53
    Fomos a primeira equipa
    norte-americana a qualificar-se.
  • 11:53 - 11:55
    para a competição humanoide "RoboCup".
  • 11:55 - 11:57
    Isto foi este ano, na Áustria.
  • 11:57 - 12:00
    Vamos ver a ação, três contra três,
  • 12:00 - 12:02
    completamente autónomos.
  • 12:02 - 12:05
    Aí vamos nós. Sim!
  • 12:05 - 12:06
    Os robôs seguem a bola
  • 12:06 - 12:09
    e jogam em equipa entre si
  • 12:09 - 12:12
    É impressionante. É um verdadeiro
    evento de investigação,
  • 12:12 - 12:17
    apresentado como um evento
    mais excitante de competição.
  • 12:17 - 12:19
    O que vemos aqui é o maravilhoso troféu
  • 12:19 - 12:21
    da Taça Louis Vuitton.
  • 12:21 - 12:22
    Este são os melhores humanoides.
  • 12:22 - 12:25
    Gostaríamos de levar isto pela primeira
    vez aos Estados Unidos,
  • 12:25 - 12:28
    no próximo ano, por isso
    desejem-nos boa sorte.
  • 12:28 - 12:28
    Obrigado.
  • 12:28 - 12:31
    (Aplausos)
  • 12:32 - 12:34
    O DARwIn tem também
    vários outros talentos.
  • 12:34 - 12:38
    No ano passado conduziu a
    Orquestra Sinfónica Roanoke,
  • 12:38 - 12:40
    num concerto de férias.
  • 12:40 - 12:43
    Este é o robô da próxima
    geração, o DARwIn IV,
  • 12:43 - 12:47
    mas mais esperto, rápido e forte.
  • 12:47 - 12:49
    Está a tentar dar "show"
    das suas capacidades.
  • 12:49 - 12:52
    "Sou macho, sou forte.
  • 12:52 - 12:54
    "Também consigo fazer movimentos
    como o Jackie Chan,
  • 12:54 - 12:56
    "Movimentos de artes marciais."
  • 12:56 - 12:59
    (Risos)
  • 12:59 - 13:01
    E vai-se embora. Este é o DARwIn IV.
  • 13:01 - 13:03
    Recordo que poderão vê-lo na entrada.
  • 13:03 - 13:06
    Acreditamos que este será o primeiro
    robô humanoide corredor,
  • 13:06 - 13:08
    nos Estados Unidos, por isso
    fiquem atentos.
  • 13:08 - 13:12
    Mostrei-vos alguns dos nossos
    fantásticos robôs em ação.
  • 13:12 - 13:14
    Qual é o segredo do nosso sucesso?
  • 13:14 - 13:16
    Onde vamos buscar estas ideias?
  • 13:16 - 13:18
    Como desenvolvemos este tipo de ideias?
  • 13:18 - 13:20
    Ganhamos prémios atrás
    de prémios, ano após ano.
  • 13:20 - 13:23
    Estamos a ficar sem espaço na parede,
    para pôr estas placas.
  • 13:23 - 13:27
    Estão a começar a acumular-se no chão.
    Esperamos não ter perdido nenhuma.
  • 13:27 - 13:30
    Estes são os prémios que
    ganhámos no Outono de 2007,
  • 13:30 - 13:32
    nas competições robóticas
    e coisas do género.
  • 13:32 - 13:34
    Temos cinco segredos.
  • 13:34 - 13:37
    Primeiro: onde vamos buscar a inspiração?
  • 13:37 - 13:39
    Onde conseguimos a centelha de imaginação?
  • 13:39 - 13:41
    Esta é a minha história pessoal.
  • 13:41 - 13:43
    Quando me deito, à noite,
    às 3 ou 4 da manhã,
  • 13:43 - 13:46
    deito-me, fecho os olhos
    e vejo linhas e círculos
  • 13:46 - 13:48
    e diferentes formas a flutuar.
  • 13:48 - 13:51
    Elas juntam-se e formam
    este tipo de mecanismos.
  • 13:51 - 13:53
    Eu penso: "Ah, isto é fixe."
  • 13:53 - 13:55
    Mantenho um bloco à beira da cama,
  • 13:55 - 13:58
    um diário, com uma caneta especial
    que tem uma luz LED,
  • 13:58 - 14:00
    pois não quero acender a luz
    e acordar a minha mulher.
  • 14:00 - 14:04
    Quando vejo isto, escrevo tudo,
    desenho coisas e deito-me.
  • 14:04 - 14:06
    Todas as manhãs,
  • 14:06 - 14:08
    a primeira coisa que faço,
    antes do meu primeiro café,
  • 14:08 - 14:10
    antes de lavar os dentes, abro o bloco.
  • 14:10 - 14:12
    Muitas vezes está vazio.
  • 14:12 - 14:15
    Algumas vezes tenho lá
    alguma coisa, por vezes lixo.
  • 14:15 - 14:17
    Na maior parte das vezes
    nem consigo ler a minha letra.
  • 14:17 - 14:20
    Às 4 da manhã, o que esperam?
  • 14:20 - 14:22
    Tenho que decifrar o que escrevi.
  • 14:22 - 14:25
    Por vezes vejo lá um ideia genial
  • 14:25 - 14:27
    e tenho um momento "Eureka".
  • 14:27 - 14:29
    Corro para o meu escritório,
    sento-me ao computador,
  • 14:29 - 14:31
    escrevo as ideias, faço esboços,
  • 14:31 - 14:34
    e mantenho uma base de dados de ideias.
  • 14:34 - 14:36
    Quando surgem os convites para
    apresentação de propostas,
  • 14:36 - 14:40
    tento encontrar uma correspondência entre
    as minhas ideias potenciais e o problema.
  • 14:40 - 14:43
    Se existe correspondência,
    escrevo uma proposta,
  • 14:43 - 14:46
    tento obter os fundos para a investigação
    e começamos os nossos programas.
  • 14:46 - 14:49
    Mas uma centelha de imaginação
    não é suficiente.
  • 14:49 - 14:51
    Como desenvolvemos ideias deste género?
  • 14:51 - 14:54
    No nosso Laboratório de Robótica
    e Mecanismos, RoMeLa,
  • 14:54 - 14:56
    Temos sessões de "brainstorming"
    fantásticas.
  • 14:56 - 14:59
    Juntamo-nos, discutimos os problemas,
  • 14:59 - 15:02
    as soluções para os problemas
    e falamos sobre elas.
  • 15:02 - 15:05
    Mas antes de começarmos, estabelecemos
    uma regra de ouro.
  • 15:05 - 15:07
    A regra é:
  • 15:07 - 15:10
    Ninguém critica as ideias de outra pessoa.
  • 15:10 - 15:12
    Ninguém critica qualquer opinião.
  • 15:12 - 15:15
    Isto é importante, porque, muitas vezes,
    os alunos receiam
  • 15:15 - 15:18
    ou sentem-me inseguros em relação
    ao que os outros pensam
  • 15:18 - 15:20
    acerca das suas opiniões e pensamentos.
  • 15:20 - 15:22
    Uma vez feito isto, é fantástico
  • 15:22 - 15:23
    como os alunos se abrem.
  • 15:23 - 15:26
    Eles têm ideias excêntricas, fixes,
    malucas e brilhantes.
  • 15:26 - 15:30
    Toda a sala fica eletrizada
    com energia criativa.
  • 15:30 - 15:33
    É assim que desenvolvemos
    as nossas ideias.
  • 15:33 - 15:34
    Estamos a ficar sem tempo.
  • 15:34 - 15:36
    Gostaria de falar sobre mais uma coisa.
  • 15:36 - 15:39
    Uma centelha de ideia e desenvolvimento
    não são suficientes.
  • 15:39 - 15:41
    Houve um grande momento TED,
  • 15:41 - 15:44
    penso que foi Sir Ken Robinson.
  • 15:44 - 15:47
    Ele deu uma palestra sobre
    como a educação e a escola
  • 15:47 - 15:49
    matam a criatividade.
  • 15:49 - 15:52
    Na realidade, a história tem duas faces.
  • 15:52 - 15:55
    Há muito a fazer
  • 15:55 - 15:57
    com ideias engenhosas,
  • 15:57 - 16:00
    criatividade e boa intuição de engenharia.
  • 16:00 - 16:02
    Se queremos ir além de ajustes,
  • 16:02 - 16:04
    ou ir além de um passatempo de robótica,
  • 16:04 - 16:08
    enfrentar os grandes desafios da robótica,
    através de investigação rigorosa,
  • 16:08 - 16:10
    é preciso mais do que isso.
  • 16:10 - 16:12
    É aí que entra a escola.
  • 16:12 - 16:14
    O Batman, para lutar contra os maus,
  • 16:14 - 16:16
    construiu o seu cinto de utilidades,
    tem o seu arpéu,
  • 16:16 - 16:18
    tem todo o tipo de engenhocas.
  • 16:18 - 16:21
    Para nós, especialistas de robótica,
    engenheiros e cientistas,
  • 16:21 - 16:25
    as ferramentas são o que
    se aprende nas aulas.
  • 16:25 - 16:27
    Matemática, equações diferenciais.
  • 16:27 - 16:30
    Tenho álgebra linear, ciência, física,
  • 16:30 - 16:33
    até, hoje em dia, química
    e biologia, como vimos.
  • 16:33 - 16:35
    Estas são as ferramentas
    de que precisamos.
  • 16:35 - 16:36
    Quantas mais ferramentas tivermos,
  • 16:36 - 16:39
    mais eficaz será o Batman
    a lutar contra os maus,
  • 16:39 - 16:43
    no nosso caso, melhor atacaremos
    estes grandes problemas.
  • 16:43 - 16:46
    A educação é muito importante.
  • 16:46 - 16:48
    Mas não se trata apenas disso.
  • 16:48 - 16:50
    Também é necessário trabalhar muito.
  • 16:50 - 16:52
    Digo sempre aos meus alunos,
  • 16:52 - 16:54
    "Sejam espertos, depois
    trabalhem muito".
  • 16:54 - 16:56
    Nesta imagem atrás, são três da manhã.
  • 16:56 - 16:59
    Se forem ao nosso laboratório
    às três ou quatro da manhã,
  • 16:59 - 17:01
    estarão lá alunos a trabalhar,
  • 17:01 - 17:04
    não porque eu lhes disse, mas porque
    estamos a divertir-nos muito.
  • 17:04 - 17:05
    Isto leva-nos ao último tópico:
  • 17:05 - 17:07
    Não se esqueçam de se divertir.
  • 17:07 - 17:10
    É o segredo do nosso sucesso,
    divertimo-nos imenso.
  • 17:10 - 17:14
    Acredito que a maior criatividade
    surge quando nos divertimos.
  • 17:14 - 17:15
    É isso que estamos a fazer.
  • 17:15 - 17:17
    Estamos mesmo a ficar sem tempo.
  • 17:17 - 17:20
    Espero ter outra oportunidade
    para vos falar
  • 17:20 - 17:24
    e apresentar outros projetos robóticos
    excitantes de que não tive tempo de falar.
  • 17:24 - 17:26
    Temos um veículo completamente autónomo
  • 17:26 - 17:28
    que pode deslocar-se
    em ambientes urbanos.
  • 17:28 - 17:31
    Ganhámos meio milhão de dólares
    na "DARPA Urban Challenge".
  • 17:31 - 17:33
    Também temos o primeiro
    veículo do mundo,
  • 17:33 - 17:35
    que pode ser conduzido por cegos.
  • 17:35 - 17:37
    Chamamos-lhe o Desafio do
    Condutor Cego, muito excitante.
  • 17:37 - 17:41
    E muitos outros projetos robóticos
    de que vos quero falar.
  • 17:41 - 17:44
    Aí têm. Saiam, leiam um bom livro.
  • 17:44 - 17:47
    Inspirem-se, inventem, trabalhem muito.
  • 17:47 - 17:49
    Continuem na escola.
  • 17:49 - 17:52
    Apareçam com ideias fixes. Terei gosto
    em saber mais sobre elas.
  • 17:52 - 17:54
    Enviem-me um email, vamos falar.
  • 17:54 - 17:56
    Muito obrigado.
  • 17:56 - 17:58
    (Aplausos)
Title:
As minhas sete espécies de robôs | Dennis Hong | TEDxNASA
Description:

Esta palestra foi feita num evento local TEDx, produzido independentemente das Conferências TED.

Na TEDxNASA, Dennis Hong apresenta sete robôs todo-o-terreno premiados — como o jogador de futebol humanoide DARwIn e o escalador CLIMBeR — todos construídos pela sua equipa no RoMeLa, na Virgínia Tech. Assista até ao fim para ouvir os cinco segredos criativos para o incrível sucesso técnico do seu laboratório.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
18:11

Portuguese subtitles

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