A TED dá-vos as boas-vindas | Chris Anderson | TEDxDeExtinction

Após uma longa carreira no jornalismo e edição de periódicos (Imagine Media, empresa que publica a Business 2.0, e criadora do popular "website" de jogos IGN), Chris Anderson tornou-se Curador das Conferências TED em 2002 e desenvolveu a organização como uma plataforma para identificação e disseminação de ideias que vale a pena divulgar.

Esta palestra foi dada num evento TEDx, organizado de forma independente por uma comunidade local mas usando o formato das Conferências TED. Saiba mais em: http://ted.com/tedx .

É empolgante estar aqui.

Há uns anos corremos o risco
de permitir o uso da nossa marca TED

e oferecer a organizadores
em todo o mundo

uma licença grátis
para criarem os seus próprios eventos.

Foi uma explosão
para lá da nossa imaginação.

Houve mais de 2000 eventos
só no ano passado.

De tal modo que o "x", que originalmente
significava "auto-organizado"

significa agora "TED multiplicado".

Nós recebemos numerosos pedidos
para fazer temas TEDx:

TEDxClima, TEDxEnergia,
TEDx qualquer coisa.

Respondemos negativamente
a quase todos os pedidos.

TEDx é para eventos locais:
TEDxBoston, TEDxCabul, TEDxBagdade...

Respondemos afirmativamente nestes casos.

Em parte, por causa da confiança
e excelente supervisão de Stuart e Ryan,

mas, em parte,
por isto ser tão importante,

é uma coisa tão importante e empolgante.

A oportunidade de inaugurar

talvez uma mudança de paradigma
para a ciência, de um modo geral.

O trabalho das pessoas nesta sala
é espetacular, extraordinário,

e merece uma celebração,

e sinto-me contente
por o poder celebrar hoje.

Também merece uma cuidadosa ponderação.

Há obviamente uma longa história de casos
de consequências não intencionais,

em especial, no que se refere
à nossa interação com o ambiente.

É verdade que muito do que
as pessoas estão a fazer aqui

é para reverter ações anteriores
do "Homo Sapiens"

que deram origem a estas extinções,

mas, talvez seja de realçar
que a maioria dessas ações anteriores

não foram intencionais,
foram inconscientes.

E parece haver uma diferença
na maneira como o público vê

atos inconscientes ou atos por omissão
em oposição a atos intencionais,

como, por exemplo,

libertando na Natureza espécies
restauradas que podem explodir em número.

Por isso, é extremamente importante
para toda a gente envolvida

ir ao último limite para demonstrar
que se refletiu sobre isto,

que todas as precauções imagináveis
foram tomadas,

que estamos a ser sábios,
que estamos a ser cuidadosos,

como gestores ambientais na posse
de novos conhecimentos de incrível poder.

Tenho ouvido muitos argumentos
a favor de isto ser uma boa coisa,

e vamos ouvir muitos deles hoje.

Sinceramente, a linguagem
que maior impacto tem em mim

é algo como o seguinte:

Toda a minha vida,

a narrativa da nossa relação
com a Natureza

foi esta espécie de batalha
heroica mas perdida.

Ganhamos algumas batalhas, aqui e ali.
A guerra está a ser perdida.

A destruição do ambiente,
a perda de "habitats",

espécies que vão desaparecendo
inexoravelmente do mapa.

Parte-nos o coração, é como
trabalhar nos jornais e rádio

depois da chegada da Internet.

Vocês sabem, algumas coisas
acontecem ocasionalmente,

mas, em geral, a vossa vida
é incessantemente dececionante.

Estou farto disso. Estou farto disso.

E, de forma despercebida,
há uma outra narrativa

sobre a possibilidade
de a floresta ser restaurada,

de as pradarias serem restauradas,

de os humanos serem seduzidos
por novas e espantosas cidades

para recuarem dos seus excessos
sobre o nosso planeta.

É possível que os nossos filhos

possam vir a pensar do mundo
não como estando inevitavelmente a piorar,

mas como havendo a hipótese
de ter um futuro mais rico e belo.

Para isso acontecer,

temos, por vezes, de jogar no ataque
e não apenas na defesa.

Isso vai ser o trabalho
das pessoas nesta sala.

Portanto, eu saúdo
a vossa inteligência e coragem,

e desejo-vos muita paciência
e uma suprema sabedoria.

Boa sorte.

(Aplausos)

[Reviver & Restaurar]