Vamos proteger os oceanos como os parques nacionais
-
0:01 - 0:04De todas as minhas memórias de infância
-
0:04 - 0:08há uma que se destaca
sobre todas as restantes. -
0:08 - 0:11É a altura em que os meus corajosos pais
-
0:11 - 0:14alugaram uma caravana, meteram-me
lá dentro com os meus irmãos -
0:14 - 0:17e dirigiram-se para oeste
da nossa casa em Minneapolis -
0:17 - 0:19para o Parque Nacional de Yellowstone.
-
0:19 - 0:23Vimos as vistas todas, os géiseres,
parámos nas Badlands -
0:23 - 0:27mas, mais do que qualquer desses locais,
lembro-me disso como uma aventura. -
0:27 - 0:31Esta foi a minha apresentação
ao Oeste Selvagem. -
0:32 - 0:34Mas foi só quando mais velho
-
0:35 - 0:38e aprendi mais coisas
sobre o Serviço Nacional de Parques -
0:39 - 0:41que percebi a sorte que tinha.
-
0:41 - 0:43Por um lado, por ter tido
aquela experiência -
0:43 - 0:46mas também porque, há centenas de anos,
-
0:46 - 0:52as pessoas tiveram a clarividência
de reservar os melhores locais, -
0:52 - 0:57os melhores ecossistemas
do país, para toda a gente -
0:57 - 0:59e para as gerações futuras.
-
0:59 - 1:05Para apreciar devidamente
como essa ideia foi previdente, -
1:05 - 1:06temos que recuar
-
1:06 - 1:09e olhar para a história
do Serviço Nacional de Parques. -
1:10 - 1:14Muita gente sabe que o primeiro parque
nacional foi Yellowstone, em 1872, -
1:15 - 1:18Muita gente pensa em John Muir,
o poeta naturalista -
1:18 - 1:20que foi um grande visionário
-
1:20 - 1:23em inspirar as pessoas
na ideia da conservação, -
1:23 - 1:26de que precisamos de reservar
os melhores locais e protegê-los. -
1:27 - 1:29Tinha audiência em círculos muito altos
-
1:29 - 1:33— há uma história de Teddy Roosevelt
ter ido fazer uma caminhada com John Muir -
1:33 - 1:36em Yosemite, durante a sua presidência,
-
1:36 - 1:39durante quatro dias, totalmente
sem formalismos, apenas os dois. -
1:39 - 1:41Imaginam um presidente
-
1:41 - 1:44a desaparecer, sem qualquer
protocolo, durante quatro dias? -
1:44 - 1:46(Risos)
-
1:46 - 1:47Sem Twitter.
-
1:47 - 1:49(Risos)
-
1:49 - 1:50(Aplausos)
-
1:51 - 1:52Gosto da ideia.
-
1:55 - 2:01Mas isso teve grande impacto
em Theodore Roosevelt. -
2:01 - 2:03E criou dezenas de parques nacionais,
-
2:03 - 2:07centenas de milhares de hectares
de refúgios nacionais da vida selvagem. -
2:07 - 2:12Foi uma administração importante
mas não foi um negócio fechado. -
2:12 - 2:17Menos de 10 anos depois
de ele ter criado todos esses locais, -
2:18 - 2:21o futuro desses locais
estava em grande dúvida. -
2:21 - 2:24Foi só quando Stephen Mather,
-
2:24 - 2:26um homem de negócios de Chicago,
-
2:26 - 2:29escreveu uma carta furiosa,
ao Departamento do Interior, a dizer: -
2:29 - 2:33"Vocês não estão a fazer um bom trabalho,
na proteção e preservação destes locais". -
2:34 - 2:35Nessa altura, fez-se qualquer coisa.
-
2:35 - 2:38O Departamento do Interior
respondeu-lhe: -
2:38 - 2:40"Mr. Mather, se se preocupa
tanto com isso, -
2:40 - 2:43"porque é que não vem
a Washington e trata disso?" -
2:43 - 2:44(Risos)
-
2:45 - 2:46E ele foi.
-
2:46 - 2:48Arranjou um cargo
no Departamento do Interior -
2:48 - 2:52mas, mais importante,
iniciou uma campanha. -
2:52 - 2:56Teve uma reunião, em 1914,
a dois quarteirões daqui, -
2:57 - 2:58no California Hall
-
2:58 - 3:02e reuniu os superintendentes
dos parques e outras pessoas -
3:02 - 3:05que se preocupavam
com a ideia da conservação. -
3:06 - 3:10Estabeleceram um plano,
congeminaram uma campanha -
3:10 - 3:14que acabou por levar
ao Serviço Nacional de Parques, em 1916. -
3:15 - 3:16Isso é muito importante
-
3:16 - 3:20porque passou duma ideia
de que se devia proteger aqueles locais -
3:20 - 3:22para um plano real,
-
3:22 - 3:26uma forma de as pessoas aderirem
e levarem essa ideia para a frente -
3:26 - 3:27para as gerações futuras,
-
3:27 - 3:31para que crianças como eu
pudessem ter experiências extraordinárias. -
3:32 - 3:35Esta é a história
dos Parques Nacionais em terra. -
3:35 - 3:38O oceano, de que vou falar hoje,
-
3:38 - 3:40é uma história totalmente diferente.
-
3:40 - 3:44Estamos quase exatamente
com cem anos de atraso. -
3:44 - 3:47O primeiro santuário marinho
foi em 1972, -
3:47 - 3:50depois do derrame de petróleo
em Santa Barbara. -
3:50 - 3:53As pessoas interessaram-se
em agarrar nesse conceito -
3:53 - 3:56e aplicaram-no aos ambientes
submarinos. -
3:56 - 3:59Tivemos o nosso John Muir
que é a Dra. Sylvia Earle, -
4:00 - 4:01que tem sido uma defensora incansável
-
4:01 - 4:05para a criação de áreas marinhas
protegidas em todo o mundo. -
4:06 - 4:08Sei que há muitas más notícias
sobre os oceanos, -
4:08 - 4:11a poluição do plástico,
o embranquecimento dos corais, -
4:11 - 4:12a pesca em excesso
-
4:12 - 4:14— por vezes, é difícil
assimilar tudo isso. -
4:14 - 4:19Mas esta ideia de reservar
locais para a natureza está a funcionar. -
4:20 - 4:22A ciência diz-nos que,
se reservarmos estes locais, -
4:22 - 4:26a natureza regenerará
e podemos manter os oceanos saudáveis. -
4:26 - 4:28Por isso, sabemos que a ideia funciona.
-
4:28 - 4:32A Dra. Sylvia Earle
tem sido influente, tal como John Muir, -
4:32 - 4:33junto das administrações
-
4:33 - 4:37— George W. Bush e Obama
foram fantásticos presidentes do oceano, -
4:37 - 4:41criando áreas marinhas protegidas
por todo o país. -
4:41 - 4:44Isto não é uma ideia conservadora
nem uma ideia liberal, -
4:44 - 4:46nem sequer é uma ideia americana,
-
4:46 - 4:48é apenas uma boa ideia.
-
4:49 - 4:50(Risos)
-
4:50 - 4:53(Aplausos)
-
4:54 - 4:57Aqui estamos, uns anos depois.
-
4:57 - 5:02E agora a administração está a propor
inverter uma série de progressos -
5:02 - 5:04que fizemos nos últimos 20 anos.
-
5:04 - 5:08Vá lá, não chorem — organizem-se.
-
5:09 - 5:12Precisamos de fazer o que Stephen Mather
fez há 100 anos. -
5:12 - 5:16Precisamos de iniciar uma campanha
para cativar as pessoas para esta ideia. -
5:17 - 5:21Penso que precisamos duma liga
de cidadãos cientistas para o oceano. -
5:21 - 5:25Já vi vislumbres desse futuro
e sei que é possível. -
5:26 - 5:29O meu amigo Erik e eu começámos
a criar robôs submarinos, -
5:29 - 5:33pequenas câmaras nadadoras
com luzes que vemos debaixo de água. -
5:33 - 5:35Começámos a construi-las
na garagem dele, há cinco anos, -
5:35 - 5:37e assistimos ao seu crescimento
-
5:37 - 5:40nesta comunidade de milhares
de pessoas do mundo inteiro -
5:40 - 5:43que acreditam que todos devem
ter acesso a esses locais. -
5:43 - 5:46Todos merecemos os instrumentos
para ir e explorar. -
5:46 - 5:48Há histórias como a de Laura James,
-
5:48 - 5:49que com o seu robô descobriu
-
5:49 - 5:52que as estrelas-do-mar na sua área
estavam a morrer. -
5:52 - 5:55Iniciou uma campanha de cidadã cientista,
e recolheu dados -
5:55 - 5:58chamando a atenção para a síndroma
de desgaste das estrelas-do-mar, -
5:58 - 6:00tentou perceber o que estava a acontecer.
-
6:01 - 6:03Há histórias de pescadores no México,
-
6:03 - 6:05que usaram os robôs para criar
áreas marinhas protegidas, -
6:05 - 6:10onde o mero-crioulo estava a desovar,
para proteger o futuro desta espécie. -
6:10 - 6:12São coisas fantásticas.
-
6:12 - 6:15Descobrimos que, se dermos
os instrumentos às pessoas, -
6:15 - 6:17elas usá-los-ão corretamente.
-
6:19 - 6:21Mas precisamos de dar mais um passo.
-
6:21 - 6:25Penso que podemos recuperar
a cartilha de Stephen Mather. -
6:25 - 6:27O que é que ele fez?
-
6:27 - 6:30A primeira coisa que ele fez
foi concentrar-se nas infraestruturas. -
6:30 - 6:33O ano de 1914 não foi apenas
uma época para os parques, -
6:33 - 6:35foi também uma época
para o automóvel, -
6:35 - 6:37o Ford T estava a sair
da linha de montagem. -
6:37 - 6:39Stephen Mather compreendeu
-
6:39 - 6:42que ele ia ter um papel
importante na cultura americana. -
6:42 - 6:45Assim, fez parcerias com associações
de autoestradas do país -
6:45 - 6:49para construir estradas grandes e belas
para esses parques. -
6:49 - 6:53E funcionou, praticamente
inventou o acampamento automóvel. -
6:53 - 6:56Sabia que, se as pessoas
não fossem àqueles locais, -
6:56 - 6:59nunca se apaixonariam por eles
e não se preocupariam. -
6:59 - 7:02Essa ideia que ele teve
foi muito perspicaz. -
7:02 - 7:04A segunda coisa que fez
-
7:04 - 7:06foi concentrar-se
na filantropia visionária. -
7:06 - 7:10Stephen Mather era um empresário
de sucesso de Chicago, -
7:10 - 7:13e quando uma associação
de parques precisava de financiamento, -
7:13 - 7:15quando uma associação
de estradas precisava de financiamento, -
7:15 - 7:18iam ter com ele, preenchia
um cheque, satisfazia os pedidos. -
7:18 - 7:21Há uma ótima história
do seu amigo William Kent -
7:21 - 7:24que reconheceu que havia
uma pequena mancha de sequoias -
7:24 - 7:26esquecidas na base do Monte Tam.
-
7:26 - 7:27e, rapidamente, comprou o terreno
-
7:27 - 7:29e doou-o aos Parques Nacionais.
-
7:29 - 7:31É hoje o Muir Woods.
-
7:31 - 7:34— um dos parques nacionais
mais populares de todo o país. -
7:34 - 7:36Os meus pais vieram de Minnesota
de visita -
7:36 - 7:38mas não se preocupam com esta palestra
-
7:38 - 7:41só falam em ir ao Muir Woods.
-
7:41 - 7:43(Risos)
-
7:44 - 7:45Mas a última coisa é fundamental.
-
7:45 - 7:48Stephen Mather concentrou-se
na participação. -
7:48 - 7:52Numa das primeiras reuniões que teve
sobre este novo sistema, disse: -
7:52 - 7:55"Se forem escritores, quero
que escrevam sobre isto. -
7:55 - 7:56"Se forem empresários,
-
7:56 - 7:58"quero que contem
aos vossos clubes e organizações. -
7:58 - 8:01"Se trabalham para o governo,
quero que aprovem regulamentações". -
8:01 - 8:03Toda a gente tinha uma tarefa.
-
8:03 - 8:06"Cada um de vocês, todos vocês,
tem um papel a desempenhar -
8:06 - 8:08"para proteger estes locais
para as gerações futuras". -
8:08 - 8:11Cada um de vocês, todos vocês.
-
8:11 - 8:13Adoro isto.
-
8:14 - 8:17É esse o plano — simples,
um plano de três pontos. -
8:18 - 8:20Penso que podemos fazer o mesmo.
-
8:20 - 8:22Este foi o cabeçalho
quando Obama criou -
8:22 - 8:25o Monumento Nacional
Papahanaumokuakea: -
8:25 - 8:28"Há muito para ver,
mas é preciso sorte para lá chegar". -
8:29 - 8:30Mas, tal como Mather,
-
8:30 - 8:34temos que nos concentrar
na tecnologia da nossa época, -
8:34 - 8:37podemos criar infraestruturas digitais
novas e fantásticas -
8:37 - 8:40para atrair as pessoas para os oceanos.
-
8:41 - 8:44O Santuário Marinho Nacional
-
8:44 - 8:48criou todos estes maravilhosos
vídeos VR 360 -
8:48 - 8:51onde podemos ir e ver
como são esses locais. -
8:51 - 8:54A nossa equipa está sempre
a criar novos instrumentos. -
8:54 - 8:57Este é o último, é o "drone"
tridente submarino. -
8:57 - 9:00É um submarino de mergulho,
é elegante, pode meter-se numa mochila, -
9:00 - 9:04pode descer até 100 metros, mais fundo
do que a maioria dos mergulhadores. -
9:04 - 9:08Pode observar ambientes
que a maioria das pessoas nunca viram. -
9:09 - 9:13Estão a chegar mais instrumentos
e precisamos deles cada vez melhores. -
9:14 - 9:18Também podemos usar
mais filantropos visionários. -
9:18 - 9:21Quando Erik e eu iniciámos isto,
não tínhamos dinheiro nenhum. -
9:21 - 9:23Estávamos a construir isto
na garagem dele. -
9:23 - 9:25Mas fomos à Kickstarter.
-
9:25 - 9:26Encontrámos mais de 1800 pessoas,
-
9:26 - 9:29angariámos no Kickstarter
quase um milhão de dólares, -
9:29 - 9:31encontrando outras pessoas
que pensam: -
9:31 - 9:34"Sim, isso é uma boa ideia.
Quero participar nisso". -
9:34 - 9:37Precisamos de mais formas
para cativar as pessoas -
9:37 - 9:39que se tornem em filantropos
visionários. -
9:40 - 9:41Também tivemos filantropos tradicionais
-
9:41 - 9:44que nos arranjaram financiamentos
ma iniciativa SEE -
9:44 - 9:46— a Science Education and Exploration —
-
9:46 - 9:51que nos vão ajudar a doar unidades
às pessoas na linha da frente, -
9:51 - 9:53pessoas que estão a fazer ciência,
-
9:53 - 9:56que nos contam as histórias,
que inspiram comunidades. -
9:56 - 9:59Podem ir a OpenExplorer.com
e ver o que as pessoas andam a fazer, -
9:59 - 10:02é extremamente inspirador.
-
10:02 - 10:05Espero que também
vos incite a participarem. -
10:05 - 10:09Porque há muito espaço
para participarem. -
10:09 - 10:13Queremos ouvir as ideias
que têm para contar essas histórias. -
10:14 - 10:16Porque tudo tem a ver
com o empenhamento. -
10:16 - 10:20Há todo o tipo de novas formas
interessantes para as pessoas participarem -
10:20 - 10:22na proteção desses locais.
-
10:22 - 10:23E na sua compreensão.
-
10:23 - 10:27Como Reef Check — mergulhadores com botija
vão mergulhar e nadar em percursos -
10:27 - 10:30para contar peixes
e arranjar dados de biodiversidade. -
10:30 - 10:34Reúnem informações de que precisamos
para proteger esses locais. -
10:34 - 10:37Se forem até à praia,
participem em MPA Watch. -
10:37 - 10:41Documentem que atividades veem
quando vão a diferentes áreas. -
10:41 - 10:44Há espaço para toda a gente participar.
-
10:45 - 10:47É só isso, é aquilo de que precisamos.
-
10:47 - 10:51Precisamos de criar um futuro
para os netos dos nossos netos. -
10:51 - 10:54No mês passado, fui velejar
-
10:54 - 10:57e chegámos às ilhas Farallon,
a 25 milhas de São Francisco. -
10:57 - 11:00A maioria das pessoas pensa nelas
como um santuário de aves, -
11:00 - 11:03mas agarrámos no nosso robô
e enviámo-lo lá abaixo. -
11:03 - 11:05Todas as pessoas no barco
-
11:05 - 11:08ficaram espantadas com a vida
por baixo da superfície. -
11:08 - 11:12Ou seja, são ecossistemas
extremamente importantes. -
11:13 - 11:17É todo um mundo selvagem
que ainda não explorámos. -
11:17 - 11:20Temos agora uma oportunidade
-
11:20 - 11:22tal como tivemos há 100 anos,
-
11:22 - 11:24para proteger estes locais,
-
11:24 - 11:27para instituir um plano,
para envolver as pessoas. -
11:28 - 11:30No ano passado, quando saiu
a ordem executiva, -
11:30 - 11:33para revisão de todos os progressos
que tínhamos feito, -
11:33 - 11:35todas essas áreas marinhas protegidas,
-
11:35 - 11:39houve mais de 100 000 pessoas
que comentaram "online". -
11:40 - 11:42Quase todas essas cartas diziam:
-
11:42 - 11:47"Não o façam: proteger esses locais
é o que se deve fazer", -
11:48 - 11:52A minha mensagem para essas
100 000 pessoas, essas 100 000 cartas, é: -
11:52 - 11:53"Não esperem por Washington.
-
11:53 - 11:55"Podemos ser nós a fazê-lo".
-
11:55 - 11:56Obrigado.
-
11:56 - 12:00(Aplausos)
- Title:
- Vamos proteger os oceanos como os parques nacionais
- Speaker:
- David Lang
- Description:
-
Não e preciso ser cientista para ajudar a proteger os oceanos mundiais, diz o TED Fellow David Lang, especialista em "drones" submarinos. Com efeito, cidadãos comuns têm-se reunido para salvar os tesouros naturais do planeta, muitas vezes na História. Lang pede-nos para aprender a lição da história do Serviço Nacional de Parques dos EUA, oferecendo-nos um plano de três pontos para a conservação das maravilhas submarinas.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 12:13
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