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Anders Ynnerman: Visualizando a explosão de dados médicos

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    Vou começar propondo um pequeno desafio,
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    o desafio de lidar com dados,
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    dados que temos que lidar
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    em situações médicas.
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    É realmente um grande desafio para nós.
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    E este é o nosso fardo.
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    Esta é uma máquina de tomografia computadorizada -
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    uma máquina de TC.
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    É um aparelho fantástico.
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    Usa raios-X, feixes de raios-X,
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    que giram muito rapidamente ao redor do corpo humano.
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    Leva-se cerca de 30 segundos para passar por toda a máquina
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    e grandes quantidades de informação são geradas
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    nesta máquina.
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    Então essa é uma máquina fantástica
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    que podemos usar
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    para melhorar a assistência médica.
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    Mas como eu disse, também é um desafio para nós.
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    E o desafio é mostrado nesta foto aqui.
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    É a explosão de dados médicos
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    que temos agora.
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    Estamos encarando este problema.
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    E deixem-me voltar no tempo.
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    Vamos voltar alguns anos no tempo e ver o que aconteceu.
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    Essas máquinas que foram lançadas -
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    começaram a sair nos anos 70 -
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    escaneavam corpos humanos,
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    e geravam cerca de 100 imagens
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    do corpo humano.
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    E tomei a liberdade, só para esclarecer,
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    de traduzir isso em fatias de dados.
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    Eles corresponderiam a cerca de 50 MB de dados,
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    o que é pouco
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    quando pensamos nos dados que manipulamos hoje
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    somente em aparelhos móveis.
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    Se passarmos isso para lista telefônica,
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    teremos cerca de um metro de listas telefônicas empilhadas.
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    Olhando para o que fazemos hoje
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    com as máquinas que temos,
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    podemos, somente em alguns segundos,
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    ter 24 mil imagens do corpo.
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    E isso corresponderia a cerca de 20 GB de dados,
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    ou 800 listas telefônicas.
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    E a pilha teria 200 metros de listas telefônicas.
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    O que está por acontecer -
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    e estamos vendo isso, está começando -
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    uma tendência da tecnologia que está acontecendo agora
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    é que também começamos a observar situações de resultado de tempo.
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    Então também estamos recebendo a dinâmica do nosso corpo.
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    E imaginem
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    que vamos coletar informações durante cinco segundos,
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    e isso corresponderia a um terabyte de dados.
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    Isso são 800 mil livros
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    e 16 quilômetros de listas telefônicas.
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    Isso é um paciente, um conjunto de dados.
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    E é com isso que temos que lidar.
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    Esse é realmente um desafio enorme que temos.
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    E já hoje em dia – estas são 25 mil imagens.
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    Imaginem os dias
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    quando os radiologistas faziam isso.
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    Eles colocavam 25 mil imagens,
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    e eles diziam, "25 mil, OK, OK.
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    Ali está o problema.”
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    Eles não podem mais fazer isso; é impossível.
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    Então temos que fazer algo que seja um pouco mais inteligente do que isso.
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    O que fazemos é colocar essas fatias juntas.
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    Imaginem o seu corpo cortado em fatias em todas direções,
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    e então tentem colocar as fatias juntas de novo
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    numa pilha de dados, num bloco de dados.
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    Então é isso que estamos fazendo.
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    Então nós colocamos esses gigabyte ou terabyte de dados neste bloco.
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    Mas é claro, o bloco de dados
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    só contém a quantidade de raios-X
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    que foi absorvida em cada ponto do corpo humano.
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    Então o que precisamos fazer é descobrir uma maneira
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    de olhar ver as coisas que queremos ver
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    e fazer o que não queremos ver ficar transparente.
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    Transformar o conjunto de dados
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    em algo parecido com isso.
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    E isso é um desafio.
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    É um enorme desafio para nós.
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    Usar computadores, embora eles fiquem mais rápidos e melhores a cada dia,
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    é um desafio lidar–se com gigabytes de dados,
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    terabytes de dados
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    e extrair a informação relevante.
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    Eu quero observar o coração,
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    quero observar as veias, o fígado,
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    talvez até mesmo achar um tumor
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    em alguns casos.
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    E é aqui que essa gracinha entra no jogo.
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    Esta é minha filha.
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    Isso são 9 horas da manhã de hoje.
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    Ela está jogando no computador.
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    Ela só tem dois anos,
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    e ela está adorando.
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    Então ela é realmente a força
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    atrás do desenvolvimento de unidades de processamentos gráficos.
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    A medida que as crianças jogam jogos de computador,
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    os gráficos vão ficando cada vez melhores e melhores.
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    Então por favor vão para casa e mandem seus filhos jogarem mais,
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    porque é disso que eu preciso.
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    O que há dentro desta máquina
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    é o que me permite fazer o que eu estou fazendo
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    com dados médicos.
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    O que faço é usar esses pequenos aparelhos fantásticos.
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    E voltando cerca
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    de 10 anos no tempo
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    quando eu consegui o investimento
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    para comprar meu primeiro computador gráfico.
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    Era uma máquina enorme.
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    Havia armários com processadores e arquivamento e tudo mais.
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    Eu paguei cerca de 1 milhão de dólares pela máquina.
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    Essa máquina é, hoje, tão rápida quanto meu iPhone.
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    Todo mês temos novas versões de cartões gráficos.
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    Aqui estão alguns dos últimos lançamentos dos fornecedores –
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    NVIDIA, ATI, Intel também.
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    E por algumas centenas de dólares
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    vocês compram essas coisas e colocam no seu computador,
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    e podem fazer coisas fantásticas com esses cartões gráficos.
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    Então isso é o que realmente nos possibilita
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    lidar com a explosão de dados médicos,
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    juntamente com algum trabalho engenhoso
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    em termos de algoritmos –
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    comprimindo dados,
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    extraindo a informação relevante para os pesquisadores.
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    Vou mostrar alguns exemplos do que podemos fazer.
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    Este é um conjunto de dados captados por uma TC.
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    Podem ver que são dados completos.
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    É uma mulher. Podem ver o cabelo.
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    Vocês podem ver as estruturas individuais da mulher.
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    Podem ver que há resquícios de raios-X
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    nos dentes, nas obturações nos dentes.
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    É daí que os artefatos estão vindo.
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    Mas totalmente interativo
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    em cartões gráficos padrões em um computador normal,
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    eu posso simplesmente colocar um ‘clip plane’.
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    E é claro que todos os dados estão dentro,
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    então posso girar, posso olhar por ângulos diferentes,
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    e eu posso ver que essa mulher tinha um problema.
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    Ela teve uma hemorragia cerebral,
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    e foi resolvido com um pequeno stent,
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    um gancho de metal apertando o vaso.
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    E simplesmente mudando as funções,
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    eu posso decidir o que vai ser transparente
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    e o que vai ser visível.
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    Eu posso olhar para a estrutura do crânio,
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    e ver que foi ali que eles abriram o crânio nesta mulher,
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    e foi por ali que intervieram.
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    Então essas imagens são fantásticas.
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    Estão realmente em alta resolução,
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    e realmente mostram o que podemos fazer
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    com os cartões gráficos hoje em dia.
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    Nós realmente fizemos bom uso disso,
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    e tentamos comprimir um monte de dados
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    no sistema.
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    E um dos aplicativos em que estamos trabalhando -
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    e isso tem despertado um pouco de interesse no mundo inteiro –
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    é um aplicativo de autópsias virtuais.
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    Estamos considerando conjuntos de dados enormes,
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    e vocês viram aqueles scans de corpo inteiro que podemos fazer.
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    Nós colocamos o corpo dentro da máquina de TC,
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    e em alguns segundos vemos o conjunto de dados do corpo inteiro.
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    Isto é de uma autópsia virtual.
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    E podem ver como eu gradualmente "descasco".
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    Primeiro viram o plástico que envolvia o corpo,
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    então eu descasco a pele – podem ver os músculos –
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    e então vocês podem ver a estrutura óssea dessa mulher.
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    Neste ponto, eu também gostaria de enfatizar
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    que, com o maior respeito
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    pelas pessoas que vou mostrar agora –
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    vou mostrar alguns casos de autópsias virtuais –
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    então é com grande respeito pelas pessoas
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    que morreram sob circunstâncias violentas
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    que eu estou mostrando estas fotos para vocês.
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    No caso forense –
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    e isto é algo que...
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    houve aproximadamente 400 casos até agora
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    somente na parte da Suécia de onde venho
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    onde tem havido autópsias virtuais
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    nos últimos quatro anos.
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    Então esta será a típica situação de fluxo de trabalho.
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    A polícia irá decidir –
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    à noite, quando um caso estiver chegando –
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    eles vão decidir: Bom, será que este caso requer uma autópsia?
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    Então de manhã, entre 6 e 7 da manhã,
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    o corpo é transportado dentro da bolsa de plástico
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    para o nosso centro
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    e será escaneado em um escâner TC.
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    E o radiologista, junto com o patologista
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    e as vezes o cientista forense,
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    estudam os dados que saem do TC,
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    e fazem uma reunião.
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    E depois disso decidem o que fazer na autópsia física real.
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    Agora vamos observar alguns casos:
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    aqui está um dos nossos primeiros casos.
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    Realmente pode se ver os detalhes do conjunto de dados;
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    é de resolução muito alta.
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    E são nossos algoritmos que nos deixa
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    ampliar todos os detalhes.
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    E mais uma vez, é inteiramente interativo,
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    então pode-se girar para analisar tudo em tempo real
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    nesses sistemas aqui.
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    Sem precisar revelar muito sobre o caso,
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    este é um acidente de trânsito,
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    um motorista embriagado atropelou uma mulher.
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    E é muito fácil ver os danos causados na estrutura óssea.
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    E a causa da morte é o pescoço quebrado.
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    E essa mulher também ficou debaixo do carro,
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    então ela recebeu um grande impacto
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    com esta lesão.
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    Aqui está um outro caso, uma facada.
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    E isso nos mostra o que podemos fazer.
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    É muito fácil de se ver artefatos metálicos
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    dentro do corpo.
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    Vocês também podem ver alguns dos artefatos dos dentes –
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    isso é a obturação no dente –
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    porque eu configurei as funções para mostrar o metal
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    e para o resto ficar transparente.
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    Aqui está outro caso violento. Isto não matou a pessoa.
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    A vítima morreu com facadas no coração,
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    mas eles simplesmente enfiaram a faca
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    pelos globos oculares.
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    Aqui está um outro caso.
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    É muito interessante para nós
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    poder analisar casos como esfaqueamento.
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    Aqui vocês podem ver que a faca atravessou o coração.
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    É fácil de se ver como o ar vazava
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    de um lado para outro,
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    algo difícil de se fazer em uma autópsia normal, padrão.
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    Então isso realmente ajuda
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    na investigação de crimes
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    para estabelecer a causa da morte,
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    e em alguns casos também direcionar a investigação na direção certa
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    e apurar quem realmente é o assassino.
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    Aqui está um outro caso que acho interessante.
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    Aqui vocês vêem a bala
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    que está alojada bem perto da coluna nesta pessoa.
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    E o que fizemos foi transformar a bala em uma fonte de luz,
  • 9:20 - 9:22
    assim a bala brilha,
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    e fica muito fácil encontrar os fragmentos.
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    Durante uma autópsia convencional,
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    se tivermos que encontrar todos esses fragmentos dentro do corpo,
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    isso é difícil fazer.
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    Uma coisa que fico muito, muito contente
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    é poder mostrar hoje a vocês
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    a nossa mesa para autópsia virtual.
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    É um dispositivo tátil que desenvolvemos
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    com base nestes algoritmos, usando GPU para padrões gráficos.
  • 9:45 - 9:47
    Ele se parece assim,
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    só para dar uma ideia de como ele se parece.
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    Realmente ele funciona como um iPhone gigante.
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    Então nós implementamos
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    todos os gestos que vocês podem fazer na mesa,
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    e podem ver isto como um interface tátil gigante.
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    Se estiverem pensando em comprar um iPad,
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    esqueçam. É isto que vocês querem.
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    Steve, espero que esteja me ouvindo, tudo bem.
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    É um pequeno dispositivo muito simpático.
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    Então se tiverem a oportunidade, por favor testem.
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    Isso é uma experiência prática.
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    Isso ganhou um pouco de atração e tentamos disseminar
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    e usar para fins educacionais,
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    mas também, talvez no futuro,
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    em um contexto mais clínico.
  • 10:28 - 10:30
    Há um vídeo no YouTube que podem baixar,
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    se quiserem passar a informação para outras pessoas
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    sobre autópsias virtuais.
  • 10:35 - 10:37
    OK, já que falamos sobre tato,
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    vamos falar sobre dados realmente tocantes.
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    E isso ainda é um pouco de ficção científica,
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    estamos indo para o futuro.
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    Na realidade não é o que os médicos estão usando agora,
  • 10:47 - 10:49
    Mas espero que usem no futuro.
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    O que vocês estão vendo na esquerda é um dispositivo tátil.
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    É uma pequena caneta mecânica
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    com motores de passo muito velozes dentro dela.
  • 10:57 - 10:59
    Então eu posso gerar um ‘force feedback’.
  • 10:59 - 11:01
    Quando eu virtualmente toco nos dados,
  • 11:01 - 11:04
    eles geram forças táticas na caneta, assim ganho um feedback.
  • 11:04 - 11:06
    Então neste caso em particular,
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    É um scan de uma pessoa viva.
  • 11:08 - 11:11
    Tenho esta caneta e analiso os dados,
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    e movo a caneta em direção à cabeça,
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    e de repente eu sinto uma resistência.
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    Eu posso sentir a pele.
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    Se eu pressionar um pouco mais, vou através da pele
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    e posso sentir o interior da estrutura óssea.
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    Se pressiono mais ainda, vou através da estrutura óssea,
  • 11:24 - 11:27
    especialmente perto do ouvido onde o osso é esponjoso.
  • 11:27 - 11:30
    E então posso sentir o interior do cérebro, que parece lamacento assim.
  • 11:30 - 11:32
    Isto é realmente legal.
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    E indo mais adiante, este é o coração.
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    E isto é devido a esses escâners fantásticos,
  • 11:38 - 11:40
    que em apenas 0.3 segundos,
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    posso escanear o coração todo,
  • 11:42 - 11:44
    e posso fazer isso com a resolução tempo.
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    Assim que simplesmente quando eu olho para o coração,
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    eu posso reproduzir o vídeo.
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    Este é Karljohan, um dos meus estudantes de pós graduação
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    que trabalha nesse projeto.
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    Ele está sentado em frente a um aparelho háptico, o sistema ‘force feedback’,
  • 11:55 - 11:58
    e está movendo a caneta em direção ao coração,
  • 11:58 - 12:00
    e o coração agora está batendo na frente dele,
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    e ele pode ver como o coração está batendo.
  • 12:02 - 12:04
    Ele pegou a caneta e a move em direção ao coração,
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    e a coloca sobre o coração,
  • 12:06 - 12:09
    e sente as batidas do coração do paciente que está vivo.
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    E aí ele pode examinar como o coração bate.
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    Ele pode ir dentro, pressionar o coração,
  • 12:13 - 12:16
    e sentir como as válvulas estão se movendo.
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    E isso, penso, é o futuro para os cirurgiões cardíacos.
  • 12:19 - 12:22
    Digo que isto é provavelmente uma fantasia que os cardiologistas têm
  • 12:22 - 12:25
    de poder entrar no coração do paciente
  • 12:25 - 12:27
    antes da própria cirurgia,
  • 12:27 - 12:29
    com dados de resolução de alta qualidade.
  • 12:29 - 12:31
    Então isso é realmente genial.
  • 12:32 - 12:35
    Agora nós vamos nos aprofundar mais ainda em ficção científica.
  • 12:35 - 12:38
    Já ouvimos falar sobre a ressonância magnética funcional.
  • 12:38 - 12:41
    Agora, este projeto é muito interessante.
  • 12:41 - 12:43
    Campos magnéticos e frequências de rádio estão sendo usados
  • 12:43 - 12:45
    em Ressonância Magnética
  • 12:45 - 12:48
    para escanear o cérebro, ou qualquer parte do corpo.
  • 12:48 - 12:50
    Então, o que estamos conseguindo
  • 12:50 - 12:52
    é obter informação sobre a estrutura do cérebro,
  • 12:52 - 12:54
    e também podemos medir a diferença
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    nas propriedades magnéticas do sangue oxigenado
  • 12:57 - 13:00
    e sangue com baixo teor de oxigênio.
  • 13:00 - 13:02
    Isto significa que é possível se
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    mapear a atividade do cérebro.
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    Isto é algo que estamos desenvolvendo.
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    E vocês viram Motts, o engenheiro de pesquisa
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    indo dentro do sistema de ressonância magnética
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    e usava óculos de proteção.
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    Assim podia realmente ver tudo.
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    Então eu falava sobre o seu estado enquanto ele estava no escâner.
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    E isso é meio estranho,
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    porque o que Motts vê é isto.
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    Ele está vendo seu próprio cérebro.
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    Então Motts está ativo aqui.
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    E provavelmente ele irá assim com sua mão direita,
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    porque o lado esquerdo está ativado
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    no córtex motor.
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    E então ele pode ver isso ao mesmo tempo.
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    Estas visualizações são inéditas.
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    E isto é algo que temos pesquisado faz algum tempo.
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    Esta é outra sequência do cérebro do Mott.
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    Aqui nós pedimos ao Motts para contar de 100 de trás para frente.
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    Ele conta "100, 97, 94."
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    Ele está indo para trás.
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    Vocês podem ver o pequeno processador matemático funcionando aqui em cima do cérebro.
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    e está iluminando o cérebro inteiro.
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    Isto é fantástico. Podemos fazer isso em tempo real.
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    Podemos investigar. Podemos pedir para ele fazer coisas.
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    Podem ver também que o córtex visual
  • 14:01 - 14:03
    está ativado na parte posterior da cabeça,
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    porque é aqui onde ele está vendo o seu próprio cérebro.
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    E ele também pode ouvir nossas instruções
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    quando pedimos a ele para fazer algo.
  • 14:09 - 14:11
    O sinal também está bem no fundo do cérebro,
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    mas irradia,
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    porque todos os dados estão dentro desse volume.
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    E em um segundo vão ver –
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    OK, aqui. Motts, agora mova o seu pé esquerdo.
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    Então ele faz assim.
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    Durante 20 segundos ele faz assim,
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    e de repente ele acende aqui.
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    Então temos o córtex motor ativado ali.
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    Isso é realmente muito legal.
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    Acho isto uma grande ferramenta.
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    E também conectando com a última palestra,
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    isso é algo que podemos usar como uma ferramenta
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    para realmente entendermos
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    como os neurônios e o cérebro estão funcionando,
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    e podemos fazer isso com qualidade visual muito alta
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    e resolução muito rápida.
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    Agora também nos divertimos no centro.
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    Este é um TC escâner – tomografia computadorizada
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    Esta é um leoa do zoológico daqui
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    perto de Norrkoping em Kolmarden, Elsa.
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    Ela veio para o centro,
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    e eles a sedaram
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    e a colocaram dentro do escâner.
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    E é claro, eu coleto todo o seu conjunto de dados.
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    E posso fazer imagens bacanas assim.
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    Eu posso levantar uma camada da leoa.
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    e olhar dentro dela.
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    E estamos fazendo experiências com isso.
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    E penso que isso é um grande aplicativo
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    para o futuro desta tecnologia.
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    Porque pouco se sabe sobre a anatomia do animal
  • 15:20 - 15:23
    O conhecimento que os veterinários têm é informação básica
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    Podemos escanear todos os tipos de coisas,
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    todos os tipos de animais.
  • 15:27 - 15:30
    O único problema é o animal caber dentro da máquina.
  • 15:30 - 15:32
    Aqui está um urso.
  • 15:32 - 15:34
    Foi meio difícil fazê-lo entrar.
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    E o urso é um animal fofo e amigo.
  • 15:37 - 15:40
    Aqui está o focinho do urso.
  • 15:40 - 15:43
    Talvez queiram dar-lhe um abraço,
  • 15:43 - 15:46
    até mudarem as funções e ele ficar assim.
  • 15:46 - 15:48
    Tenham cuidado com o urso.
  • 15:48 - 15:50
    Então com isso,
  • 15:50 - 15:52
    eu quero agradecer a todos
  • 15:52 - 15:54
    que me ajudaram a criar essas imagens.
  • 15:54 - 15:56
    Fazer isso requer um grande esforço,
  • 15:56 - 15:59
    coletar dados e desenvolver os algoritmos,
  • 15:59 - 16:01
    programando o software.
  • 16:01 - 16:04
    Muita gente com talento.
  • 16:04 - 16:07
    O meu lema é: eu só recruto pessoas mais inteligentes do que eu
  • 16:07 - 16:09
    e a maioria deles são mais espertos do que eu.
  • 16:09 - 16:11
    Muito obrigado.
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    (Aplausos)
Title:
Anders Ynnerman: Visualizando a explosão de dados médicos
Speaker:
Anders Ynnerman
Description:

Hoje, exames diagnósticos médicos produzem milhares de imagens e terabytes de dados para um único paciente em questão de segundos, mas como os médicos analisam essas informações e determinam o que é útil? No TEDxGöteborg, o especialista em visualização científica Anders Ynnerman nos mostra novas ferramentas sofisticadas – como autópsias visuais – para analisar esses incontáveis dados, e um pouco das tecnologias médicas em desenvolvimento que soam como ficção científica. Esta apresentação contém imagens médicas explícitas.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
16:16
Nadja Nathan added a translation

Portuguese, Brazilian subtitles

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