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O que é preciso para que haja vida num planeta | Dave Brain | TEDxBoulder

  • 0:12 - 0:14
    OK, isso vai ser muito divertido!
  • 0:14 - 0:16
    (Risos)
  • 0:16 - 0:18
    Estou muito feliz por estar aqui.
  • 0:18 - 0:21
    Feliz por vocês estarem aqui,
    pois seria estranho se não estivessem.
  • 0:21 - 0:22
    (Risos)
  • 0:22 - 0:25
    Estou feliz por todos nós estarmos aqui.
  • 0:25 - 0:28
    E por "aqui", não quero dizer aqui,
  • 0:30 - 0:31
    ou aqui,
  • 0:32 - 0:34
    mas aqui.
  • 0:34 - 0:35
    Digo, na Terra.
  • 0:36 - 0:40
    E, por "nós", não quero
    dizer nós neste auditório,
  • 0:41 - 0:44
    mas a vida, toda forma de vida na Terra...
  • 0:44 - 0:47
    (Risos)
  • 0:49 - 0:51
    da vida complexa à unicelular,
  • 0:51 - 0:54
    do mofo aos cogumelos,
  • 0:54 - 0:55
    aos ursos voadores.
  • 0:55 - 0:57
    (Risos)
  • 0:59 - 1:03
    O interessante é que a Terra é o único
    lugar em que sabemos haver vida,
  • 1:03 - 1:05
    com 8,7 milhões de espécies.
  • 1:05 - 1:07
    Procuramos em outros lugares,
  • 1:07 - 1:09
    talvez não tanto quanto
    poderíamos ou deveríamos,
  • 1:09 - 1:11
    mas procuramos, e não encontramos.
  • 1:11 - 1:14
    A Terra é o único lugar
    no qual sabemos que existe vida.
  • 1:14 - 1:16
    A Terra é especial?
  • 1:16 - 1:20
    É uma pergunta cuja resposta
    eu gostaria de ter desde criança,
  • 1:20 - 1:23
    e eu suspeito que 80% deste auditório
    já pensou a mesma coisa
  • 1:23 - 1:26
    e também gostaria de saber a resposta.
  • 1:26 - 1:28
    Para saber se existe algum planeta
  • 1:28 - 1:32
    em nosso sistema solar, ou além,
    em que a vida seja possível,
  • 1:32 - 1:35
    o primeiro passo é entender
    o que é necessário para que haja vida.
  • 1:35 - 1:39
    Acontece que, para esses
    8,7 milhões de espécies,
  • 1:39 - 1:41
    a vida só precisa de três coisas.
  • 1:43 - 1:45
    De um lado, toda vida na Terra
    precisa de energia.
  • 1:45 - 1:49
    Vida complexa, como a nossa,
    usa a energia do sol,
  • 1:50 - 1:54
    mas a vida subterrânea se vale
    da energia de reações químicas.
  • 1:54 - 1:57
    Há uma série de diferentes fontes
    de energia em todos os planetas.
  • 1:58 - 2:02
    Por outro lado, toda vida
    precisa de alimento ou nutrição.
  • 2:02 - 2:06
    E isso parece difícil, especialmente
    se queremos um tomate suculento.
  • 2:07 - 2:08
    (Risos)
  • 2:08 - 2:11
    No entanto, toda vida na Terra
    obtém sua nutrição
  • 2:11 - 2:14
    de somente seis elementos químicos,
  • 2:14 - 2:16
    e eles podem ser encontrados
    em qualquer corpo planetário,
  • 2:16 - 2:18
    do nosso sistema solar.
  • 2:19 - 2:21
    O maior problema é aquele
    da foto do meio,
  • 2:21 - 2:24
    o mais difícil de se alcançar.
  • 2:24 - 2:26
    Não o alce, mas a água.
  • 2:26 - 2:29
    (Risos)
  • 2:30 - 2:31
    Apesar de que o alce seria bem legal.
  • 2:31 - 2:33
    (Risos)
  • 2:33 - 2:38
    E não água congelada, e não água
    em estado gasoso, mas água líquida.
  • 2:38 - 2:41
    É disso que a vida precisa
    para sobreviver, toda forma de vida.
  • 2:41 - 2:44
    E vários corpos do sistema solar
    não possuem água líquida,
  • 2:44 - 2:46
    e então nós não procuramos lá.
  • 2:46 - 2:49
    Outros corpos do sistema solar
    podem ter água líquida abundante
  • 2:49 - 2:51
    até mais do que a Terra,
  • 2:51 - 2:53
    mas a água está presa
    sob uma camada de gelo,
  • 2:53 - 2:56
    e então é difícil de acessar,
    difícil chegar lá,
  • 2:56 - 2:58
    é difícil até de saber se há vida ali.
  • 3:01 - 3:06
    Então nos restam poucos corpos
    sobre os quais vale a pena pensar.
  • 3:06 - 3:08
    Vamos tornar o problema
    mais simples para nós.
  • 3:08 - 3:12
    Vamos pensar somente na água líquida
    na superfície de um planeta.
  • 3:12 - 3:15
    No nosso sistema solar,
    somente três corpos possuem
  • 3:15 - 3:17
    água líquida na superfície do planeta,
  • 3:17 - 3:22
    que são, na ordem de distância do sol:
    Vênus, Terra e Marte.
  • 3:23 - 3:26
    E é preciso haver uma atmosfera
    para a água ser líquida.
  • 3:26 - 3:28
    Mas a atmosfera deve obedecer
    a certas condições:
  • 3:28 - 3:32
    não pode ser uma atmosfera
    muito densa ou muito quente,
  • 3:32 - 3:35
    porque, se a temperatura
    for muita alta, como em Vênus,
  • 3:35 - 3:37
    não poderá haver água líquida.
  • 3:37 - 3:41
    Mas, se existir pouca atmosfera
    e ela for muito fina e muito fria,
  • 3:41 - 3:43
    então a temperatura será
    muito baixa, como em Marte.
  • 3:44 - 3:47
    Então, Vênus é muito quente,
    Marte é muito frio, e a Terra é perfeita.
  • 3:47 - 3:51
    Podem olhar estas imagens atrás
    de mim e ver, automaticamente,
  • 3:51 - 3:53
    onde pode haver vida
    em nosso sistema solar.
  • 3:54 - 3:59
    É um problema tipo "Cachinhos de Ouro",
    tão simples que uma criança pode entender.
  • 4:00 - 4:01
    No entanto...
  • 4:02 - 4:06
    gostaria de lembrá-los de duas coisas
    da história da Cachinhos de Ouro
  • 4:06 - 4:10
    que não costumamos considerar,
    mas que acho muito relevantes aqui.
  • 4:11 - 4:12
    Número um:
  • 4:13 - 4:16
    se a tigela da Mamãe Urso
    estiver muito fria
  • 4:16 - 4:19
    quando a Cachinhos de Ouro entra na sala,
  • 4:19 - 4:22
    isso significa que a tigela
    sempre esteve muito fria?
  • 4:23 - 4:26
    Ou será que esteve na temperatura exata
    em algum momento anterior?
  • 4:26 - 4:30
    O instante em que Cachinhos de Ouro
    entra na sala determina
  • 4:30 - 4:32
    como entendemos a história.
  • 4:32 - 4:34
    E o mesmo se dá com os planetas.
  • 4:34 - 4:36
    Não são coisas estáticas: eles mudam,
  • 4:36 - 4:37
    eles variam, eles evoluem.
  • 4:37 - 4:40
    E acontece o mesmo com as atmosferas.
  • 4:40 - 4:42
    Deixem-me dar um exemplo.
  • 4:43 - 4:45
    Eis uma de minhas fotos
    favoritas de Marte.
  • 4:45 - 4:48
    Não é uma imagem de alta resolução,
    não é a imagem mais sexy,
  • 4:48 - 4:50
    não é a imagem mais recente,
  • 4:50 - 4:53
    mas é uma imagem que mostra
    leitos de rio esculpidos na superfície;
  • 4:55 - 4:58
    leitos de rio esculpidos
    por água líquida fluindo;
  • 4:59 - 5:04
    leitos de rio que demoram centenas
    ou milhares de anos para se formar.
  • 5:04 - 5:06
    Isso não acontece em Marte hoje.
  • 5:06 - 5:08
    A atmosfera de Marte hoje
    é muito fina e muito fria
  • 5:08 - 5:10
    para a água ficar estável como líquido.
  • 5:10 - 5:14
    Esta imagem mostra
    que a atmosfera de Marte mudou,
  • 5:15 - 5:17
    e mudou enormemente.
  • 5:17 - 5:22
    E mudou de um estado
    que consideraríamos habitável,
  • 5:22 - 5:26
    pois os três requisitos para a vida
    estavam presentes muito tempo atrás.
  • 5:27 - 5:29
    Para onde foi essa atmosfera
  • 5:29 - 5:32
    que permitia que a água
    da superfície fosse líquida?
  • 5:32 - 5:35
    Bem, uma ideia é que ela
    tenha escapado para o espaço.
  • 5:35 - 5:38
    Partículas atmosféricas
    conseguiram a energia suficiente
  • 5:38 - 5:40
    para fugir da gravidade do planeta,
  • 5:40 - 5:43
    escapando para o espaço, e nunca voltando.
  • 5:43 - 5:46
    E isso acontece com todos os corpos
    que têm atmosferas.
  • 5:46 - 5:50
    Nas caudas dos cometas, as fugas
    atmosféricas são incrivelmente visíveis.
  • 5:50 - 5:54
    Mas Vênus também tem uma atmosfera
    que escapa com o tempo;
  • 5:54 - 5:55
    Marte e a Terra também.
  • 5:55 - 5:58
    É tudo uma questão de grau e de escala.
  • 5:59 - 6:01
    Queremos descobrir o quanto
    escapou ao longo do tempo,
  • 6:01 - 6:04
    para podermos explicar essa transição.
  • 6:05 - 6:08
    Como as atmosferas conseguem
    a energia para escapar?
  • 6:08 - 6:10
    Como partículas obtêm
    energia para escapar?
  • 6:10 - 6:13
    Há duas formas, se formos
    reduzir um pouco as coisas.
  • 6:13 - 6:14
    Número um, luz solar.
  • 6:14 - 6:18
    A luz do Sol pode ser absorvida
    pelas partículas atmosféricas
  • 6:18 - 6:19
    e aquecê-las.
  • 6:20 - 6:22
    Sim, estou dançando, mas elas...
  • 6:22 - 6:23
    (Risos)
  • 6:23 - 6:25
    Meu Deus, nem no meu casamento.
  • 6:25 - 6:27
    (Risos)
  • 6:27 - 6:29
    Elas conseguem energia
    suficiente para escapar
  • 6:29 - 6:33
    da gravidade do planeta
    com o aquecimento apenas.
  • 6:33 - 6:36
    Uma segunda forma de se conseguir
    energia é o vento solar.
  • 6:36 - 6:42
    Estas são partículas, massas, material,
    expelidos da superfície do Sol,
  • 6:42 - 6:44
    e eles vão rompendo o sistema solar
  • 6:44 - 6:46
    a 400 quilômetros por segundo,
  • 6:46 - 6:49
    às vezes até mais rápido
    durante tempestades solares,
  • 6:49 - 6:51
    e eles vão avançando
    pelo espaço interplanetário
  • 6:51 - 6:54
    em direção a planetas e suas atmosferas.
  • 6:54 - 6:55
    E podem fornecer energia
  • 6:55 - 6:58
    para que as partículas
    atmosféricas escapem.
  • 6:58 - 7:02
    Isso é algo em que estou interessado,
    pois tem relação com a habitabilidade.
  • 7:03 - 7:07
    Eu disse que havia duas coisas
    na história da Cachinhos de Ouro
  • 7:07 - 7:09
    sobre as quais eu queria
    chamar a atenção de vocês.
  • 7:09 - 7:11
    E a segunda é um pouco mais sutil.
  • 7:12 - 7:16
    Se a tigela do Papai Urso
    está muito quente,
  • 7:17 - 7:20
    e a tigela da Mamãe Urso está muito fria,
  • 7:22 - 7:25
    a tigela do Bebê Urso
    não deveria estar mais fria ainda
  • 7:26 - 7:28
    pela lógica?
  • 7:29 - 7:31
    Essas coisas que aceitamos
    nossa vida inteira,
  • 7:31 - 7:35
    podem não ser tão simples
    quando pensamos nelas um pouco mais.
  • 7:35 - 7:39
    E, claro, a distância de um planeta
    do Sol determina sua temperatura.
  • 7:39 - 7:41
    Isso mexe com a habitabilidade.
  • 7:41 - 7:44
    Mas talvez devêssemos
    considerar outras coisas também.
  • 7:44 - 7:46
    Talvez sejam as próprias tigelas
  • 7:46 - 7:49
    que estejam ajudando
    a determinar o final da história,
  • 7:49 - 7:51
    o que está correto.
  • 7:52 - 7:55
    Eu poderia falar sobre diferentes
    características desses três planetas
  • 7:55 - 7:57
    que podem influenciar a habitabilidade.
  • 7:58 - 8:01
    Eu gostaria de falar por um minuto
    ou dois sobre campos magnéticos.
  • 8:01 - 8:04
    A Terra tem um; Vênus e Marte, não.
  • 8:04 - 8:08
    Os campos magnéticos são gerados
    nas profundezas do planeta,
  • 8:08 - 8:11
    através de condução elétrica
    de material líquido em movimento,
  • 8:11 - 8:14
    que cria esse grande e velho campo
    magnético em volta da Terra,
  • 8:14 - 8:17
    e, com uma bússola,
    sabemos onde está o Norte.
  • 8:17 - 8:18
    Em Vênus e Marte, isso não existe.
  • 8:18 - 8:21
    Se tiverem uma bússola lá,
    parabéns: vocês estão perdidos.
  • 8:21 - 8:23
    (Risos)
  • 8:24 - 8:26
    Isso influencia a habitabilidade?
  • 8:27 - 8:28
    Mas como?
  • 8:30 - 8:32
    Muitos cientistas acham
    que o campo magnético num planeta
  • 8:32 - 8:35
    serve como um escudo para a atmosfera,
  • 8:35 - 8:38
    desviando as partículas
    de vento solar do planeta,
  • 8:38 - 8:40
    criando uma espécie de campo de força,
  • 8:40 - 8:43
    que tem relação com a carga elétrica
    dessas partículas.
  • 8:43 - 8:47
    Mas prefiro pensar nisso como um protetor
    contra espirro num bufê de saladas.
  • 8:47 - 8:50
    (Risos)
  • 8:50 - 8:53
    E, quando meus colegas assistirem
    a isso mais tarde, vão ver,
  • 8:53 - 8:55
    pela primeira vez na história
    da nossa comunidade,
  • 8:55 - 8:58
    que o vento solar foi equiparado a muco.
  • 8:58 - 9:01
    (Risos)
  • 9:02 - 9:06
    Então, o resultado é que a Terra
    pode ter sido protegida
  • 9:06 - 9:09
    por bilhões de anos,
    por termos um campo magnético,
  • 9:09 - 9:11
    que não deixou a atmosfera escapar.
  • 9:11 - 9:15
    Marte, por sua vez, ficou desprotegido,
    devido à falta de campo magnético
  • 9:15 - 9:18
    e, ao longo de bilhões de anos,
    talvez a atmosfera tenha escapado,
  • 9:18 - 9:21
    o que talvez explique a transição
    de um planeta habitável
  • 9:22 - 9:24
    para o planeta que vemos hoje.
  • 9:25 - 9:27
    Outros cientistas pensam
    que os campos magnéticos
  • 9:27 - 9:30
    podem funcionar como as velas de um barco,
  • 9:31 - 9:36
    que permitem ao planeta interagir
    com mais energia dos ventos solares
  • 9:36 - 9:39
    do que ele conseguiria sozinho.
  • 9:39 - 9:41
    As velas podem capturar
    energia do vento solar,
  • 9:41 - 9:44
    o campo magnético pode
    capturar energia desse vento solar
  • 9:44 - 9:47
    que permite mais fuga de atmosfera.
  • 9:47 - 9:50
    Essa é uma ideia que precisa ser testada,
  • 9:50 - 9:53
    mas parece claro o efeito e como funciona.
  • 9:53 - 9:55
    Isso porque sabemos
    que a energia do vento solar
  • 9:55 - 9:58
    vem sendo depositada
    em nossa atmosfera, aqui na Terra.
  • 9:58 - 10:02
    A energia é conduzida por linhas do campo
    magnético para as regiões polares,
  • 10:02 - 10:05
    resultando na incrivelmente linda aurora.
  • 10:05 - 10:07
    Se tiverem a oportunidade
    de ver isso, é maravilhosa.
  • 10:07 - 10:09
    Sabemos que a energia está entrando.
  • 10:09 - 10:12
    Estamos tentando medir
    quantas partículas estão saindo
  • 10:12 - 10:15
    e se o campo magnético
    influencia, de alguma maneira.
  • 10:17 - 10:20
    Bem, coloquei o problema aqui para vocês,
    mas ainda não tenho a solução.
  • 10:20 - 10:23
    Nós não temos a solução.
  • 10:23 - 10:25
    Mas estamos trabalhando nisso; como?
  • 10:25 - 10:27
    Enviamos sondas para os três planetas.
  • 10:27 - 10:29
    Algumas delas estão em órbita agora,
  • 10:29 - 10:32
    incluindo a sonda MAVEN,
    atualmente na órbita de Marte,
  • 10:32 - 10:37
    com a qual estou envolvido, que é dirigido
    pela Universidade do Colorado.
  • 10:37 - 10:40
    Foi projetada para medir
    a fuga da atmosfera.
  • 10:40 - 10:42
    Temos medições parecidas
    feitas em Vênus e na Terra.
  • 10:43 - 10:44
    Assim que tenhamos esses dados,
  • 10:44 - 10:47
    poderemos juntar isso tudo e entender
  • 10:47 - 10:51
    como esses três planetas interagem
    com seus ambientes espaciais,
  • 10:51 - 10:52
    com o que está ao redor,
  • 10:52 - 10:55
    e concluir se os campos magnéticos
    são críticos para a habitabilidade,
  • 10:55 - 10:56
    ou não.
  • 10:57 - 11:00
    Conhecida a resposta,
    por que nos preocupar?
  • 11:00 - 11:02
    Eu me preocupo profundamente....
  • 11:02 - 11:03
    (Risos)
  • 11:03 - 11:05
    Financeiramente também,
    mas profundamente.
  • 11:05 - 11:07
    (Risos)
  • 11:07 - 11:11
    Primeiro, a resposta a esse problema
    vai nos ensinar mais sobre esses planetas:
  • 11:11 - 11:13
    Vênus, Terra e Marte.
  • 11:13 - 11:15
    Não apenas sobre como interagem
    com o ambiente hoje,
  • 11:15 - 11:18
    mas como eram há bilhões de anos,
  • 11:18 - 11:20
    se eram habitáveis tempos atrás, ou não.
  • 11:20 - 11:24
    Isso nos ensinará sobre atmosferas
    que estão ao nosso redor e próximas.
  • 11:24 - 11:26
    Além disso, o que aprendermos
    desses planetas
  • 11:26 - 11:29
    poderá ser aplicado a qualquer atmosfera,
  • 11:29 - 11:32
    incluindo planetas em observação,
    ao redor de outras estrelas.
  • 11:32 - 11:34
    Por exemplo, a sonda Kepler,
  • 11:34 - 11:37
    que foi construída e é controlada
    aqui, em Boulder.
  • 11:37 - 11:41
    Está observando uma região
    do tamanho de um selo postal, no céu,
  • 11:41 - 11:44
    já faz alguns anos, e encontrou
    milhares de planetas,
  • 11:44 - 11:47
    do tamanho de um selo postal, no céu,
  • 11:47 - 11:51
    que não cremos seja diferente
    de outras partes do céu.
  • 11:52 - 11:54
    Nós passamos, em 20 anos,
  • 11:54 - 11:58
    de zero conhecimento de planetas
    fora do nosso sistema solar
  • 11:58 - 12:02
    para termos agora tantos
    que não sabemos quais investigar primeiro.
  • 12:04 - 12:06
    Qualquer ajuda é bem-vinda.
  • 12:07 - 12:11
    Na verdade, com base
    em observações feitas pela Kepler
  • 12:11 - 12:14
    e observações semelhantes,
    acreditamos agora
  • 12:14 - 12:19
    que, dos 200 bilhões de estrelas,
    apenas da Via Láctea,
  • 12:20 - 12:24
    na média, cada estrela
    tenha pelo menos um planeta.
  • 12:26 - 12:27
    Além disso,
  • 12:27 - 12:32
    estimativas sugerem que há
    cerca de 40 bilhões a 100 bilhões
  • 12:32 - 12:36
    desses planetas que poderiam
    ser considerados habitáveis,
  • 12:37 - 12:39
    apenas na nossa galáxia.
  • 12:40 - 12:42
    Temos as observações desses planetas,
  • 12:42 - 12:45
    mas ainda não sabemos
    quais são habitáveis.
  • 12:45 - 12:49
    Isso é meio como estar preso
    num espaço vermelho...
  • 12:49 - 12:50
    (Risos)
  • 12:50 - 12:52
    num palco,
  • 12:52 - 12:56
    sabendo que há outros mundos lá fora
  • 12:57 - 13:00
    e querendo, desesperadamente,
    saber mais sobre eles,
  • 13:01 - 13:05
    querendo obter dados e descobrir
    se, talvez, apenas um ou dois deles
  • 13:05 - 13:07
    se parecem conosco.
  • 13:08 - 13:11
    Não dá pra fazer isso,
    não dá pra ir lá, ainda.
  • 13:11 - 13:15
    Então, temos de usar as ferramentas
    que foram desenvolvidas ao nosso redor,
  • 13:15 - 13:19
    para Vênus, Terra e Marte,
    e aplicá-las a essas outras situações,
  • 13:19 - 13:24
    tentar chegar a conclusões
    razoáveis a partir desses dados
  • 13:24 - 13:26
    e, então, identificarmos
    os melhores candidatos
  • 13:26 - 13:29
    a planetas habitáveis, e os que não são.
  • 13:31 - 13:33
    Por fim e por enquanto,
  • 13:33 - 13:37
    este é nosso espaço vermelho, bem aqui.
  • 13:37 - 13:40
    Este é o único planeta
    que sabemos ser habitável,
  • 13:40 - 13:43
    apesar de talvez, em breve,
    encontrarmos outros.
  • 13:43 - 13:46
    Mas, agora, este é
    o único planeta habitável;
  • 13:46 - 13:48
    e este é nosso espaço vermelho.
  • 13:49 - 13:51
    E estou muito feliz de estarmos aqui.
  • 13:51 - 13:52
    Obrigado.
  • 13:52 - 13:55
    (Aplausos)
Title:
O que é preciso para que haja vida num planeta | Dave Brain | TEDxBoulder
Description:

"Vênus é muito quente, Marte é muito frio, e a Terra é perfeita", afirma o cientista planetário David Brain. Mas por quê? Nesta palestra agradável e bem-humorada, Brain explora a fascinante ciência por trás do que é necessário para que um planeta abrigue vida e explica por que a humanidade pode estar no lugar certo e na hora certa no que diz respeito à cronologia dos planetas onde possa haver vida.

Essa palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais visite http://ted.com/tedx

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
14:14

Portuguese, Brazilian subtitles

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