Return to Video

Por que devemos ler "O Clube da Sorte e da Alegria" de Amy Tan? - Sheila Marie Orfano

  • 0:07 - 0:09
    Na casa de sua tia An-Mei,
  • 0:09 - 0:13
    Jing-Mei senta-se relutantemente
    no canto leste da mesa de mahjong.
  • 0:13 - 0:16
    Nos cantos norte, sul e oeste,
    estão suas tias,
  • 0:16 - 0:19
    membros de longa data
    do Clube da Sorte e da Alegria.
  • 0:19 - 0:23
    Esse grupo de famílias de imigrantes
    reúne-se toda semana para fofocar,
  • 0:23 - 0:26
    deleitar-se com wonton e chaswei doce
  • 0:26 - 0:27
    e jogar mahjong.
  • 0:27 - 0:31
    No entanto, a fundadora do clube
    e mãe de Jing-Mei, Suyuan,
  • 0:31 - 0:33
    faleceu recentemente.
  • 0:33 - 0:36
    A princípio, Jing-Mei luta
    para ocupar o lugar dela na mesa.
  • 0:36 - 0:37
    Mas, quando suas tias revelam
  • 0:37 - 0:40
    um segredo profundamente enterrado
    sobre a vida de Suyuan,
  • 0:40 - 0:45
    Jing-Mei percebe que ainda tem
    muito a aprender sobre sua mãe e si mesma.
  • 0:45 - 0:50
    No romance de estreia de Amy Tan, de 1989,
    "O Clube da Sorte e da Alegria",
  • 0:50 - 0:54
    esse encontro na mesa de mahjong
    é o ponto de partida
  • 0:54 - 0:56
    para uma série de vinhetas
    interconectadas.
  • 0:56 - 1:01
    O livro em si é vagamente estruturado
    para imitar o formato do jogo chinês.
  • 1:01 - 1:03
    Assim como o mahjong
    é jogado em quatro rodadas
  • 1:03 - 1:05
    com, pelo menos, quatro mãos cada,
  • 1:05 - 1:09
    o livro é dividido em quatro partes,
    cada uma com quatro capítulos.
  • 1:09 - 1:11
    Alternadamente ambientado
    na China ou em São Francisco,
  • 1:11 - 1:13
    cada capítulo narra uma única história
  • 1:13 - 1:16
    de uma das quatro matriarcas
    do Clube da Sorte e da Alegria
  • 1:16 - 1:18
    ou de suas filhas norte-americanas.
  • 1:18 - 1:22
    Essas histórias levam o leitor por zonas
    de guerra e vilarejos da China rural,
  • 1:22 - 1:24
    até casamentos modernos
  • 1:24 - 1:26
    e encontros tensos à mesa de jantar.
  • 1:26 - 1:29
    Elas abordam temas
    de sobrevivência e perda,
  • 1:29 - 1:31
    amor e a falta dele,
  • 1:31 - 1:34
    ambições e sua realidade insatisfeita.
  • 1:34 - 1:39
    Em uma delas, tia Lin planeja escapar
    da família hostil de seu prometido marido,
  • 1:39 - 1:42
    levando, no final, à sua chegada
    aos Estados Unidos.
  • 1:42 - 1:46
    Em outra, o dia todo norte-americano
    da família Hsu, na praia, fica terrível
  • 1:46 - 1:47
    quando Rose é dominada
  • 1:47 - 1:50
    pela responsabilidade
    que a mãe atribui a ela.
  • 1:50 - 1:54
    A tragédia resultante traumatiza
    a família nos anos seguintes.
  • 1:54 - 1:56
    Esses contos ilustram as divisões comuns
  • 1:56 - 1:59
    que podem se formar
    entre gerações e culturas,
  • 1:59 - 2:01
    especialmente em famílias de imigrantes.
  • 2:01 - 2:05
    As mães enfrentaram grandes dificuldades
    durante a vida na China
  • 2:05 - 2:08
    e trabalharam incansavelmente
    para dar às filhas
  • 2:08 - 2:10
    melhores oportunidades nos Estados Unidos.
  • 2:10 - 2:11
    Mas suas filhas sentem-se sobrecarregadas
  • 2:11 - 2:15
    pelas esperanças não cumpridas
    e altas expectativas dos pais.
  • 2:15 - 2:17
    Jing-Mei sente essa pressão
  • 2:17 - 2:19
    enquanto joga mahjong
    com as amigas da mãe.
  • 2:19 - 2:20
    Ela se preocupa:
  • 2:20 - 2:24
    "Em mim, elas veem
    as próprias filhas, tão ignorantes,
  • 2:24 - 2:28
    sem consideração por todas as verdades
    e esperanças que trouxeram para os EUA".
  • 2:29 - 2:30
    Frequentemente,
  • 2:30 - 2:33
    as mães se esforçam para lembrar as filhas
    da história e da herança delas.
  • 2:33 - 2:35
    Enquanto isso, suas filhas
  • 2:35 - 2:38
    lutam para conciliar a percepção
    que as mães têm delas
  • 2:38 - 2:39
    com quem elas realmente são.
  • 2:39 - 2:42
    "Minha filha me conhece?"
    é uma das perguntas.
  • 2:42 - 2:46
    "Por que minha mãe não entende?"
    é a reação de outras.
  • 2:46 - 2:49
    Ao fazer essas perguntas,
  • 2:49 - 2:52
    Tan fala de ansiedades
    que atormentam muitas imigrantes
  • 2:52 - 2:55
    que, muitas vezes, sentem-se
    alienadas de sua terra natal
  • 2:55 - 2:57
    e desconectadas do país que adotaram.
  • 2:57 - 3:01
    Porém, ao criar os contos
    dessas quatro mães e filhas,
  • 3:01 - 3:04
    Tan deixa claro que Jing-Mei e suas amigas
  • 3:04 - 3:06
    encontram forças para enfrentar
    seus problemas atuais
  • 3:06 - 3:09
    por meio dos valores
    transmitidos pelas mães.
  • 3:09 - 3:12
    Quando o livro foi publicado
    pela primeira vez,
  • 3:12 - 3:13
    Tan esperava um sucesso mínimo.
  • 3:13 - 3:15
    Porém, contra suas previsões,
  • 3:15 - 3:18
    o livro foi uma enorme conquista
    decisiva e comercial.
  • 3:19 - 3:22
    Hoje, esses personagens ainda cativam
    os leitores em todo o mundo.
  • 3:22 - 3:24
    Não apenas pelo modo como abordam
  • 3:24 - 3:26
    experiências sino-americanas
    e de imigrantes,
  • 3:26 - 3:29
    mas também pela revelação
    de uma verdade mais profunda:
  • 3:29 - 3:33
    a necessidade de ser visto e compreendido
    por aqueles que você ama.
Title:
Por que devemos ler "O Clube da Sorte e da Alegria" de Amy Tan? - Sheila Marie Orfano
Speaker:
Sheila Marie Orfano
Description:

Veja a lição completa: https://ed.ted.com/lessons/why-should-you-read-the-joy-luck-club-by-amy-tan-sheila-marie-orfano

Na casa de sua tia An-Mei, Jing-Mei senta-se relutantemente no canto leste da mesa de mahjong. Nos cantos norte, sul e oeste, estão suas tias, membros de longa data do Clube da Sorte e da Alegria. Essa reunião é o ponto de partida para uma série de vinhetas interconectadas no romance de estreia de Amy Tan. Sheila Marie Orfano explora por que o romance ainda cativa leitores em todo o mundo.

Lição de Sheila Marie Orfano, direção de Kayu Leung & Alo Trusz.

more » « less
Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TED-Ed
Duration:
03:33

Portuguese, Brazilian subtitles

Revisions