Como podemos projetar cidades intemporais para o nosso futuro coletivo
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0:02 - 0:03Viajem comigo
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0:03 - 0:07a alguns dos locais mais belos
em cidades do mundo inteiro: -
0:07 - 0:10a Escadaria da Praça de Espanha,
em Roma; -
0:10 - 0:13os bairros históricos de Paris
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0:13 - 0:15e de Xangai;
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0:16 - 0:19os relevos suaves de Central Park;
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0:19 - 0:22os densos quarteirões de Tóquio
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0:23 - 0:25ou de Fez;
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0:26 - 0:30as ruas muito íngremes
das favelas do Rio de Janeiro; -
0:31 - 0:34as escadarias vertiginosas
do Poço de Jaipur; -
0:36 - 0:39as pontes em arco para peões, em Veneza.
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0:41 - 0:44Agora vamos até a algumas cidades
mais modernas. -
0:44 - 0:49Seis "baixas" construídas
em seis continentes, no século XX. -
0:50 - 0:52Porque que é que nenhum destes locais
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0:52 - 0:57tem qualquer das encantadoras
características das cidades mais antigas? -
0:58 - 1:03Ou estes seis subúrbios construídos
em seis continentes, no século XX. -
1:04 - 1:09Porque é que nenhum deles
tem as qualidades líricas -
1:09 - 1:13que associamos aos locais
que mais apreciamos? -
1:16 - 1:19Talvez pensem que estou a ser nostálgico
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1:19 - 1:20— o que é que isso interessa?
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1:20 - 1:24Quem se importa com esta monotonia
insidiosa que invade o nosso planeta? -
1:26 - 1:31Interessa porque a maior parte
das pessoas no mundo -
1:31 - 1:33está a gravitar em torno
das áreas urbanas, a nível global. -
1:35 - 1:38A forma como concebemos
essas áreas urbanas -
1:38 - 1:41pode determinar se, enquanto espécie,
progrediremos ou não. -
1:42 - 1:49Já sabemos que as pessoas que vivem
em áreas com grande volume de trânsito, -
1:49 - 1:50vivem em blocos de apartamentos,
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1:50 - 1:53têm uma pegada de carbono
muito mais reduzida -
1:53 - 1:55do que os seus homólogos suburbanos.
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1:55 - 1:58Portanto, uma lição a reter é:
se amamos a natureza, -
1:58 - 2:00não devemos viver nela.
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2:00 - 2:02(Risos)
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2:03 - 2:06Eu acho que as estatísticas, só por si,
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2:06 - 2:08sobre o desenvolvimento
orientado para o trânsito, -
2:08 - 2:10só contam uma parte da história.
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2:10 - 2:15Porque as cidades,
se quiserem atrair as pessoas, -
2:15 - 2:16têm de ser muito boas.
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2:16 - 2:21Têm de ser poderosos ímanes
com um apelo especial -
2:21 - 2:24para atrair todos
esses ecologistas urbanos. -
2:24 - 2:27Não é apenas uma questão de estética,
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2:27 - 2:31é uma questão
de consequência internacional. -
2:31 - 2:35Porque hoje, todos os dias,
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2:35 - 2:41centenas de milhares de pessoas
migram para uma cidade algures, -
2:41 - 2:44sobretudo no Sul global.
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2:45 - 2:48Quando pensarem nisso,
perguntem a vocês mesmos: -
2:48 - 2:50"Estarão condenados a viver
nas mesmas cidades sem graça -
2:50 - 2:52"que construímos no século XX?
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2:52 - 2:55"Ou podemos oferecer-lhes
alguma coisa melhor?" -
2:56 - 2:57Para responder a esta pergunta,
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2:57 - 3:01primeiro temos de descobrir
como chegámos aqui. -
3:01 - 3:04Primeiro: produção em massa.
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3:04 - 3:07Tal como os bens de consumo
e as cadeias de armazéns, -
3:07 - 3:12produzimos em massa o vidro e o aço,
o betão, o asfalto e o reboco -
3:13 - 3:17e espalhamo-los monotonamente
por todo o planeta. -
3:19 - 3:22Segundo: regulamentação.
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3:22 - 3:24Vejam os automóveis, por exemplo.
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3:25 - 3:27Os carros viajam a velocidades
muito altas. -
3:27 - 3:29São suscetíveis ao erro humano.
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3:29 - 3:31Por isso, quando nos pedem,
a nós arquitetos, -
3:31 - 3:33para traçarmos uma nova rua,
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3:33 - 3:35temos de olhar para desenhos como este,
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3:35 - 3:37que nos dizem qual a altura
que a curva deve ter, -
3:37 - 3:40que os peões têm de estar ali
e os veículos ali, -
3:40 - 3:43uma zona de descarga aqui,
e uma zona de descarga ali. -
3:43 - 3:46O que o carro fazia realmente
no século XX -
3:46 - 3:50foi criar esta paisagem
repartida, segregada. -
3:51 - 3:55Ou vejam os carros dos bombeiros
— aqueles grandes carros com escada -
3:55 - 3:58que se usam para salvar as pessoas
de edifícios em chamas. -
4:00 - 4:02Esses carros têm um raio
de manobra tão amplo, -
4:02 - 4:07que precisam de uma quantidade
enorme de pavimento, de asfalto, -
4:07 - 4:09para fazerem essas manobras.
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4:11 - 4:14Ou vejam as indispensáveis
cadeiras de rodas. -
4:14 - 4:18Uma cadeira de rodas precisa
de um ambiente com poucas inclinações -
4:18 - 4:20e circulação vertical redundante.
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4:20 - 4:24Onde quer que haja uma escada,
tem de haver um elevador ou uma rampa. -
4:25 - 4:29Não me interpretem mal, por favor
— sou a favor da segurança dos peões, -
4:29 - 4:30dos bombeiros,
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4:30 - 4:32e, claro, dos acessos a cadeiras de rodas.
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4:32 - 4:35Os meus pais usaram cadeiras de rodas
quando chegaram ao fim da vida, -
4:35 - 4:38por isso compreendo
muito bem esse problema. -
4:38 - 4:42Mas também temos de reconhecer
que todas essas regras bem intencionadas -
4:43 - 4:46tiveram as terríveis
consequências imprevistas -
4:46 - 4:51de tornarem ilegais as formas
como costumávamos construir as cidades. -
4:53 - 4:56Igualmente ilegal:
no final do século XIX, -
4:56 - 4:59logo depois de ser inventado o elevador,
-
4:59 - 5:02construímos encantadores
edifícios urbanos, -
5:02 - 5:04edifícios amorosos, por todo o mundo,
-
5:04 - 5:06da Itália até à Índia.
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5:06 - 5:09Tinham talvez 10 a 12 apartamentos cada,
-
5:09 - 5:12Tinham um pequeno elevador,
uma escada à volta dele -
5:12 - 5:14e um saguão.
-
5:14 - 5:18Estes edifícios encantadores
não eram apenas baratos, -
5:18 - 5:20eram comunitários
-
5:20 - 5:23— cruzávamos com o vizinho nas escadas.
-
5:23 - 5:25Também já não podemos construir isso.
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5:26 - 5:30Em contrapartida, quando construímos
um grande edifício de apartamentos, -
5:30 - 5:32temos de construir uma data de elevadores
-
5:32 - 5:34e uma série de escadas de incêndio
-
5:34 - 5:36e temos de os ligar
-
5:36 - 5:39por meio destes corredores
compridos, anónimos e sombrios. -
5:41 - 5:44Os urbanizadores, quando são
confrontados com o custo -
5:44 - 5:46de todas estas infraestruturas vulgares,
-
5:46 - 5:50têm de refletir esses custos
em mais apartamentos, -
5:50 - 5:52por isso querem construir
edifícios maiores. -
5:52 - 5:56O resultado é o barulho surdo,
-
5:56 - 6:01o barulho abafado
desse edifício de apartamentos -
6:01 - 6:04que encontramos
em todas as cidades do mundo. -
6:05 - 6:08Não criamos apenas
uma uniformidade física, -
6:08 - 6:10criamos uma uniformidade social,
-
6:11 - 6:13porque a construção destes edifícios
é mais dispendiosa -
6:13 - 6:17e ajuda a criar uma crise
no acesso à habitação -
6:17 - 6:20nas cidades do mundo inteiro,
incluindo locais como Vancouver. -
6:22 - 6:25Eu disse que havia uma terceira razão
para toda esta uniformidade -
6:25 - 6:27que é uma uniformidade psicológica.
-
6:27 - 6:29É o medo da diferença.
-
6:29 - 6:32Os arquitetos ouvem isto
imensas vezes aos seus clientes. -
6:32 - 6:35"Se experimentar esta ideia nova,
serei processada? -
6:36 - 6:38"Farão troça de mim?
-
6:39 - 6:41"É melhor jogar pelo seguro,
e não me arrepender." -
6:42 - 6:44Todas estas coisas
conspiram em conjunto -
6:45 - 6:51para cobrir o planeta de uniformidade,
que, segundo penso, é muito problemática. -
6:52 - 6:54Como podemos fazer o oposto?
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6:54 - 6:56Como podemos voltar a criar cidades
-
6:56 - 7:00que sejam novamente,
física e culturalmente variadas? -
7:00 - 7:02Como podemos construir
cidades de diferença? -
7:03 - 7:05Eu diria que devíamos começar
-
7:05 - 7:08por injetar o que é local no global.
-
7:09 - 7:11Isto já está a acontecer
com a comida, por exemplo. -
7:12 - 7:17Reparem como a cerveja artesanal
tem substituído a cerveja industrial. -
7:18 - 7:22Ou, quantos de vocês
ainda comem Panrico? -
7:23 - 7:25Aposto que a maioria já não come.
-
7:25 - 7:28porque não querem
comida processada -
7:28 - 7:29na vossa vida.
-
7:29 - 7:31Então, se não queremos comida processada,
-
7:31 - 7:34porque é que havemos de querer
cidades processadas? -
7:34 - 7:37Porque é que havemos de querer
locais insípidos, produzidos em massa, -
7:37 - 7:40em que todos temos de viver
e de trabalhar todos os dias? -
7:41 - 7:44(Aplausos)
-
7:47 - 7:51A tecnologia foi uma parte importante
do problema no século XX. -
7:51 - 7:54Quando inventámos o automóvel,
o que aconteceu -
7:54 - 7:57foi que todo o mundo se prostrou
perante a invenção. -
7:57 - 8:00Recriámos a nossa paisagem à volta dele.
-
8:00 - 8:02No século XXI,
-
8:03 - 8:05a tecnologia pode fazer parte da solução,
-
8:05 - 8:08se se prostrar perante
as necessidades do mundo. -
8:09 - 8:11O que é que eu quero dizer com isto?
-
8:11 - 8:13Vejam o veículo autónomo.
-
8:13 - 8:16Na minha opinião, o veículo autónomo
não é interessante por não ter condutor. -
8:17 - 8:18Isso, para mim, sinceramente,
-
8:18 - 8:21apenas implica
mais engarrafamentos nas estradas. -
8:22 - 8:26Penso que o que é interessante
no veículo autónomo é a promessa -
8:26 - 8:28— e quero sublinhar a palavra "promessa",
-
8:28 - 8:30dado o recente acidente no Arizona —
-
8:30 - 8:34a promessa de que podemos ter
estes pequenos veículos urbanos -
8:34 - 8:38que podem misturar-se com segurança
com peões e bicicletas. -
8:39 - 8:43Isso permitir-nos-á conceber
novamente ruas humanas, -
8:43 - 8:44ruas sem passeios,
-
8:44 - 8:47talvez ruas como os passeios
de madeira de Fire Island. -
8:49 - 8:54Ou talvez possamos conceber ruas
com o empedrado do século XXI, -
8:54 - 8:57uma coisa que capta energia cinética,
derrete a neve, -
8:58 - 9:01contribui para mantermos a forma,
quando caminhamos. -
9:01 - 9:04Ou lembram-se dos grandes
carros com escadas dos bombeiros? -
9:04 - 9:08E se pudéssemos substituí-los
e a todo o asfalto que eles exigem -
9:08 - 9:12por "drones" e robôs que possam
salvar as pessoas dos edifícios em chamas? -
9:12 - 9:15E se pensam que isso é estranho,
ficarão espantados por saber -
9:15 - 9:18que grande parte desta tecnologia
já está a ser usada atualmente -
9:18 - 9:20em operações de salvamento.
-
9:21 - 9:25Mas agora gostava que imaginassem.
-
9:25 - 9:29Imaginem que podemos desenhar
a cadeira de rodas aerodeslizadora. -
9:30 - 9:31Que tal?
-
9:31 - 9:35Uma invenção que nos permitirá
proporcionar um acesso igual a todos -
9:35 - 9:40e também nos permitirá criar
a cidade italiana do século XXI. -
9:42 - 9:44Acho que ficarão espantados por saber
-
9:44 - 9:47que algumas destas invenções,
-
9:47 - 9:49que vão ao encontro
da necessidade humana, -
9:49 - 9:53transformarão completamente
a forma como construímos as cidades. -
9:54 - 9:56Eu aposto que também estão a pensar:
-
9:56 - 10:00"Ainda não temos empedrado cinético,
nem cadeiras de rodas voadoras, -
10:00 - 10:04"por isso, o que fazer para lá chegar
com a tecnologia que temos hoje?" -
10:04 - 10:09A minha inspiração para esta pergunta
provém duma cidade muito diferente, -
10:09 - 10:11a cidade de Ulaanbaatar, na Mongólia.
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10:11 - 10:13Tenho lá clientes
-
10:13 - 10:17que nos pediram para conceber
uma aldeia ao ar livre, do século XXI -
10:17 - 10:21que seja aquecida sustentadamente
usando a tecnologia atual, -
10:21 - 10:24no coração da baixa da cidade.
-
10:24 - 10:27Isso para fazer frente
aos seus invernos frígidos. -
10:27 - 10:30O projeto é poesia e prosa.
-
10:30 - 10:34A poesia é a evocação do local:
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10:34 - 10:36o terreno montanhoso,
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10:36 - 10:39a utilização das cores para captar
a luz espetacular, -
10:40 - 10:44perceber como interpretar
as tradições nómadas -
10:44 - 10:46que animam a nação da Mongólia.
-
10:47 - 10:51A prosa tem sido o desenvolvimento
de um catálogo de edifícios, -
10:51 - 10:54de pequenos edifícios
que são bastante baratos, -
10:54 - 10:57usando os materiais de construção
locais e a tecnologia -
10:57 - 11:00que ainda pode proporcionar
novas formas de habitação, -
11:00 - 11:02um novo espaço de trabalho,
-
11:02 - 11:03novas lojas
-
11:03 - 11:06e edifícios culturais,
como um teatro ou um museu -
11:06 - 11:08— até mesmo uma casa assombrada.
-
11:09 - 11:11Enquanto trabalhávamos no gabinete,
-
11:11 - 11:15percebemos que estávamos a inspirar-nos
nas obras de colegas nossos, -
11:15 - 11:19incluindo a arquiteta Tatiana Bilbao,
que trabalha na Cidade do México; -
11:20 - 11:24Alejandro Aravena, prémio Pritzker,
que trabalha no Chile; -
11:24 - 11:27e Balkrishna Doshi,
recente prémio Pritzker, -
11:27 - 11:29que trabalha na Índia.
-
11:29 - 11:33Todos eles estão a construir novas formas
espetaculares de habitação barata, -
11:33 - 11:36mas também estão a construir
cidades de diferença, -
11:36 - 11:40porque estão a construir cidades
que respondem às comunidades locais, -
11:40 - 11:42aos climas locais
-
11:42 - 11:44e aos métodos locais de construção.
-
11:45 - 11:49Estamos a duplicar essa ideia,
estamos a procurar um novo modelo -
11:49 - 11:53para as nossas cidades em crescimento
com a pressão da gentrificação, -
11:53 - 11:56que podem basear-se no modelo
dos finais do século XIX -
11:56 - 11:58com aquele núcleo central.
-
11:58 - 12:03Este protótipo pode mudar de forma
em função das necessidades locais -
12:03 - 12:06e dos materiais locais de construção.
-
12:07 - 12:11Todas estas ideias, para mim,
não têm nada de nostálgico. -
12:11 - 12:13Todas elas me dizem
-
12:13 - 12:16que podemos construir cidades
que podem crescer, -
12:16 - 12:19mas crescer de forma
que reflita os diversos residentes -
12:19 - 12:21que vivem nessas cidades;
-
12:21 - 12:27crescer de forma que possa
acomodar todos os grupos, -
12:27 - 12:30de qualquer nível económico,
de qualquer cor, credo, ou género. -
12:30 - 12:33Podemos construir cidades espetaculares,
-
12:33 - 12:35que permitirão travar a expansão urbana
-
12:35 - 12:38e proteger a Natureza.
-
12:39 - 12:42Podemos construir
cidades de alta tecnologia, -
12:42 - 12:47que também respondam à eterna
sede cultural do espírito humano. -
12:48 - 12:51Estou convencido que podemos
construir cidades de diferença -
12:51 - 12:56que ajudem a criar o mosaico global
a que tantos de nós aspiramos. -
12:56 - 12:57Obrigado.
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12:57 - 13:01(Aplausos)
- Title:
- Como podemos projetar cidades intemporais para o nosso futuro coletivo
- Speaker:
- Vishaan Chakrabarti
- Description:
-
Há uma uniformidade crescente em muitos dos nossos edifícios urbanos e redes de ruas mais recentes, diz o arquiteto Vishaan Chakrabarti. Esta homogeneidade física — resultante de regulamentações, da produção em massa, de questões de segurança e de preocupação com os custos, entre outros fatores — também tem atapetado o nosso planeta com uma homogeneidade social e psicológica. Nesta palestra visionária, Chakrabarti apela ao regresso da conceção de cidades magnéticas e líricas que encarnam as suas culturas locais e se adaptam às necessidades do nosso mundo e clima em mudança.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 13:13
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