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Como superar os nossos preconceitos? Caminhe corajosamente em direção a eles

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    Eu estava numa viagem longa nesse verão
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    e estava me divertindo muito,
    ouvindo o livro incrível
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    de Isabel Wilkerson
    "O Calor de Outros Sóis".
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    Ele documenta 6 milhões de negros
    fugindo do Sul de 1915 a 1970
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    buscando um refúgio de toda a brutalidade
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    e tentando encontrar
    uma oportunidade melhor no Norte,
  • 0:28 - 0:32
    e ele estava repleto de histórias
    sobre a resiliência e esplendor
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    dos afro-americanos,
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    e era também muito difícil ouvir
    todas as histórias dos horrores
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    e da humildade e todas as humilhações.
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    Foi especialmente difícil ouvir
    sobre os açoitamentos e queimaduras
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    e os linchamentos de homens negros.
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    E eu disse: "Sabem,
    isso é um pouco profundo.
  • 0:55 - 0:59
    Eu preciso de um tempo.
    Vou ligar o rádio."
  • 0:59 - 1:02
    Eu o liguei e lá estava:
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    Ferguson, Missouri,
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    Michael Brown,
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    um negro de 18 anos de idade,
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    desarmado, baleado por um policial
    branco, caído no chão, morto,
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    sangue escorrendo por quatro horas
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    enquanto sua avó e criancinhas
    e seus vizinhos observavam horrorizados
  • 1:23 - 1:25
    e eu pensei:
  • 1:26 - 1:29
    aqui está novamente.
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    Essa violência, essa brutalidade
    contra homens negros
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    vem acontecendo há séculos.
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    Quero dizer, é a mesma história.
    Apenas com nomes diferentes.
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    Poderia ter sido Amadou Diallo.
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    Poderia ter sido Sean Bell.
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    Poderia ter sido Oscar Grant.
  • 1:50 - 1:54
    Poderia ter sido Trayvon Martin.
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    Essa violência, essa brutalidade,
  • 1:57 - 2:00
    é algo que é realmente parte
    da nossa psique nacional.
  • 2:00 - 2:03
    É parte da nossa história coletiva.
  • 2:03 - 2:07
    O que nós vamos fazer a respeito?
  • 2:07 - 2:13
    Sabem aquela parte de nós
    que ainda cruza a rua,
  • 2:13 - 2:15
    tranca as portas,
  • 2:15 - 2:17
    agarra as bolsas,
  • 2:17 - 2:20
    quando vemos um jovem negro?
  • 2:20 - 2:22
    Aquela parte.
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    Quero dizer, sei que não estamos
    atirando nas pessoas pelas ruas,
  • 2:26 - 2:30
    mas estou dizendo que os mesmos
    estereótipos e preconceitos
  • 2:30 - 2:33
    que estimulam aqueles exemplos
    de incidentes trágicos
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    estão em nós.
  • 2:35 - 2:39
    Nós fomos educados neles também.
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    Eu acredito que possamos impedir
    esses tipos de incidentes,
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    que esses Fergusons aconteçam,
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    olhando para dentro e estando
    dispostos a mudar a nós mesmos.
  • 2:54 - 2:57
    Então tenho um chamado à ação para vocês.
  • 2:57 - 3:01
    Existem três coisas que quero
    oferecer hoje para refletirmos
  • 3:01 - 3:07
    como maneiras de impedir
    que Ferguson aconteça novamente;
  • 3:07 - 3:09
    três coisas que eu acho que nos ajudarão
  • 3:09 - 3:12
    a corrigir nossas imagens
    dos jovens negros;
  • 3:12 - 3:17
    três coisas que eu espero
    não apenas irão protegê-los,
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    mas que abrirão o mundo
    para que eles possam prosperar.
  • 3:21 - 3:23
    Vocês podem imaginar isso?
  • 3:23 - 3:28
    Podem imaginar o nosso país
    incluindo os jovens negros,
  • 3:28 - 3:33
    vendo-os como parte do nosso futuro,
    dando-lhes o tipo de abertura,
  • 3:33 - 3:37
    um tipo de benevolência que
    damos àqueles que amamos?
  • 3:37 - 3:41
    Quanto melhor seriam as nossas vidas?
    Quanto melhor seria o nosso país?
  • 3:41 - 3:44
    Deixem-me começar com o número um.
  • 3:44 - 3:47
    Temos que nos livrar da negação.
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    Parem de tentar ser boas pessoas.
  • 3:51 - 3:53
    Precisamos de pessoas verdadeiras.
  • 3:53 - 3:55
    Eu faço muitos trabalhos de diversidade
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    e as pessoas vêm até mim
    no começo dos seminários
  • 3:58 - 4:02
    e dizem: "Oh, Senhorita Diversidade,
    estamos muitos felizes por estar aqui...
  • 4:02 - 4:04
    (Risos)
  • 4:04 - 4:07
    mas não temos um pingo
    de preconceito em nosso sangue".
  • 4:07 - 4:09
    E eu digo: "É mesmo?
  • 4:09 - 4:13
    Porque eu faço esse trabalho todo dia
    e vejo todos os meus preconceitos."
  • 4:13 - 4:17
    Não faz muito tempo, eu estava num voo
  • 4:17 - 4:21
    e ouvi a voz de uma pilota
    no sistema de alto-falante,
  • 4:21 - 4:23
    e fiquei muito empolgada e emocionada.
  • 4:23 - 4:26
    Eu pensei: "Mulheres, estamos arrasando.
  • 4:26 - 4:28
    Estamos na estratosfera agora."
  • 4:28 - 4:31
    Estava tudo bem, até que começou
    a ficar turbulento e instável,
  • 4:31 - 4:33
    e eu pensei:
  • 4:33 - 4:35
    "Espero que ela saiba pilotar."
  • 4:35 - 4:37
    (Risos)
  • 4:37 - 4:38
    Pois é, certo?
  • 4:38 - 4:40
    Mas eu nem sabia que era preconceito
  • 4:40 - 4:44
    até eu voltar o outro trecho da viagem
    e tem sempre um cara pilotando
  • 4:44 - 4:45
    e é geralmente turbulento e instável
  • 4:45 - 4:48
    e eu nunca questionei
    a confiança de um piloto.
  • 4:48 - 4:50
    O piloto é bom.
  • 4:50 - 4:53
    Agora, aqui está o problema.
  • 4:53 - 5:00
    Se me perguntarem explicitamente,
    eu diria: "Uma pilota: incrível!"
  • 5:00 - 5:05
    Mas parece que quando as coisas apertam
    e ficam um tanto difíceis, arriscadas,
  • 5:05 - 5:09
    eu me apoio em um preconceito
    que eu nem sabia que tinha.
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    Sabem, aviões rápidos no céu,
  • 5:11 - 5:13
    eu quero um homem.
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    Esse é o meu padrão.
  • 5:16 - 5:18
    Homens são o meu padrão.
  • 5:18 - 5:21
    Quem é o padrão de vocês?
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    Em quem vocês confiam?
  • 5:23 - 5:25
    De quem vocês têm medo?
  • 5:25 - 5:29
    A quem vocês se sentem
    implicitamente conectados?
  • 5:29 - 5:32
    De quem vocês fogem?
  • 5:32 - 5:34
    Vou contar a vocês o que descobrimos.
  • 5:34 - 5:40
    O teste implícito de associação,
    o qual mede preconceito inconsciente,
  • 5:40 - 5:41
    vocês podem fazer on-line.
  • 5:41 - 5:44
    Cinco milhões de pessoas já o fizeram.
  • 5:44 - 5:50
    Verificou-se que nosso padrão é o branco.
    Nós gostamos de pessoas brancas.
  • 5:50 - 5:52
    Nós preferimos os brancos.
    O que quero dizer com isso?
  • 5:52 - 5:58
    Quando mostram imagens de
    homens negros e brancos às pessoas
  • 5:58 - 6:02
    conseguimos associar mais rapidamente
  • 6:02 - 6:06
    aquela foto com uma palavra positiva,
    a pessoa branca com a palavra positiva,
  • 6:06 - 6:08
    do que quando estamos tentando associar
  • 6:08 - 6:12
    o positivo a um rosto negro e vice-versa.
  • 6:12 - 6:14
    Quando vemos um rosto negro,
  • 6:14 - 6:20
    é mais fácil para nós conectar
    o negro com o negativo
  • 6:20 - 6:22
    do que é com o branco e o negativo.
  • 6:22 - 6:28
    Setenta por cento das pessoas brancas
    fazendo aquele teste preferem os brancos.
  • 6:29 - 6:34
    Cinquenta por cento de pessoas negras
    fazendo aquele teste preferem os brancos.
  • 6:34 - 6:38
    Vejam, todos nós fomos contaminados
    pelo preconceito.
  • 6:39 - 6:46
    O que fazemos com o fato de que
    nosso cérebro associa automaticamente?
  • 6:46 - 6:51
    Sabem, uma das coisas que vocês
    estão pensando provavelmente,
  • 6:51 - 6:53
    e vocês talvez pensem: "Querem saber?
  • 6:53 - 6:57
    Eu vou simplesmente apostar tudo
    na indiferença à cor.
  • 6:57 - 6:59
    Sim, vou me comprometer com isso."
  • 6:59 - 7:01
    Vou sugerir isso a vocês? Não.
  • 7:01 - 7:04
    Nós já fomos ao limite
    tentando fazer uma diferença
  • 7:04 - 7:05
    tentando não ver a cor.
  • 7:05 - 7:10
    O problema nunca foi o de vermos a cor.
    Era o que fazíamos quando víamos a cor.
  • 7:10 - 7:14
    É um ideal falso.
  • 7:14 - 7:17
    E enquanto estamos
    ocupados fingindo não ver,
  • 7:17 - 7:21
    não estamos conscientes das maneiras
    nas quais a diferença racial
  • 7:21 - 7:26
    está mudando as possibilidades das
    pessoas, que as impedem de prosperar
  • 7:26 - 7:31
    e às vezes causa a morte prematura delas.
  • 7:31 - 7:37
    Então, na verdade, o que os cientistas
    estão nos dizendo é: esqueçam.
  • 7:37 - 7:39
    Nem pensem em indiferença à cor.
  • 7:39 - 7:42
    Na verdade, o que eles estão sugerindo é,
  • 7:42 - 7:46
    encarem algumas pessoas negras incríveis.
  • 7:46 - 7:48
    (Risos)
  • 7:48 - 7:53
    Olhem diretamente para
    os rostos delas e os memorizem,
  • 7:53 - 7:58
    porque quando olhamos
    para pessoas incríveis que são negras,
  • 7:58 - 8:01
    isso ajuda a desassociar
  • 8:01 - 8:06
    a associação que acontece
    automaticamente no nosso cérebro.
  • 8:06 - 8:12
    Por que vocês acham que estou mostrando
    esses homens negros lindos atrás de mim?
  • 8:12 - 8:15
    Havia tantos que tive que eliminá-los.
  • 8:15 - 8:16
    Certo, então a coisa é:
  • 8:16 - 8:22
    estou tentando restaurar suas associações
    automáticas sobre quem são homens negros.
  • 8:22 - 8:25
    Estou tentando lembrar vocês
  • 8:25 - 8:30
    de que jovens negros cresceram
    para tornarem-se seres humanos incríveis
  • 8:30 - 8:35
    que mudaram e melhoraram a nossa vida.
  • 8:35 - 8:38
    Então, esta é a questão.
  • 8:38 - 8:40
    A outra possibilidade na ciência,
  • 8:40 - 8:43
    está mudando temporariamente
    nossas suposições automáticas,
  • 8:43 - 8:46
    mas sabemos de uma coisa
  • 8:46 - 8:51
    que se vocês escolherem
    uma pessoa branca que é detestável
  • 8:51 - 8:54
    e a colocarem próxima a uma pessoa de cor,
  • 8:54 - 8:56
    uma pessoa negra, que seja fabulosa,
  • 8:56 - 9:00
    isso, às vezes, faz com que
    desassociemos também.
  • 9:00 - 9:05
    Então pensem em
    Jeffrey Dahmer e Colin Powell.
  • 9:05 - 9:07
    Simplesmente os encarem, certo? (Risos)
  • 9:07 - 9:10
    Então são coisas assim.
    Vão procurar o seu preconceito.
  • 9:10 - 9:14
    Por favor, abandonem a negação
    e procurem dados de divergência
  • 9:14 - 9:19
    que provarão que, na verdade,
    seus antigos estereótipos estão errados.
  • 9:19 - 9:21
    Certo, esse é o número um: número dois,
  • 9:21 - 9:26
    o que eu vou dizer é caminhem em direção
    aos jovens negros e não para longe deles.
  • 9:26 - 9:28
    Não é o mais difícil a se fazer,
  • 9:28 - 9:32
    mas também é uma dessas coisas
  • 9:32 - 9:35
    que vocês têm que ter consciência
    e a intenção de fazer.
  • 9:35 - 9:39
    Eu estive em uma área da Wall Street
    uma vez há muitos anos
  • 9:39 - 9:41
    com uma colega minha
    realmente maravilhosa,
  • 9:41 - 9:45
    que faz trabalho de diversidade comigo,
    é uma mulher de cor, coreana.
  • 9:45 - 9:47
    E estávamos lá fora, era tarde da noite,
  • 9:47 - 9:50
    sem saber aonde ir, estávamos perdidas.
  • 9:50 - 9:54
    Eu vi uma pessoa do outro lado da rua
    e pensei: "Oh ótimo, um cara negro."
  • 9:54 - 9:57
    Eu estava indo em direção a ele
    sem ao menos pensar nisso.
  • 9:57 - 10:00
    E ela disse: "Oh, isso é interessante."
  • 10:00 - 10:03
    O cara do outro lado da rua,
    ele era um cara negro.
  • 10:03 - 10:07
    Eu pensei: "Caras negros geralmente
    sabem onde eles estão indo."
  • 10:07 - 10:11
    Não sei exatamente por que acho isso,
    mas é o que eu acho.
  • 10:11 - 10:16
    Então ela disse: "Oh, você foi tipo,
    'Oba, um cara negro'
  • 10:16 - 10:19
    e eu disse 'Opa, um cara negro.'"
  • 10:19 - 10:22
    Outra direção. Mesma necessidade,
    mesmo cara, mesma roupa,
  • 10:22 - 10:26
    mesma hora, mesma rua, reação diferente.
  • 10:26 - 10:28
    Ela disse: "Sinto-me mal.
    Sou consultora de diversidade.
  • 10:28 - 10:31
    Eu fui preconceituosa.
    Sou uma mulher de cor. Meu Deus!"
  • 10:31 - 10:35
    Eu disse: "Quer saber? Por favor.
    Nós precisamos relaxar quanto a isso.
  • 10:35 - 10:39
    Você tem que perceber que eu tenho
    uma história com caras negros."
  • 10:39 - 10:42
    (Risos)
  • 10:42 - 10:45
    Meu pai é negro.
    Entende o que estou dizendo?
  • 10:45 - 10:49
    Eu tenho um filho negro de 1,95 m.
    Eu fui casada com um cara negro.
  • 10:49 - 10:51
    A minha coisa com o negro
    é tão ampla e tão profunda
  • 10:51 - 10:56
    que eu posso descobrir quem aquele cara é,
  • 10:56 - 10:58
    e ele era o meu cara negro.
  • 10:58 - 11:02
    Ele disse: "Olá, senhoritas, eu sei
    onde estão indo. Eu levo vocês lá."
  • 11:02 - 11:05
    Preconceitos são as histórias
    que inventamos sobre as pessoas
  • 11:05 - 11:08
    antes de sabermos de fato quem elas são.
  • 11:08 - 11:11
    Mas como vamos saber quem elas são
  • 11:11 - 11:14
    quando nos disseram
    para evitá-las e sentir medo delas?
  • 11:14 - 11:19
    Então vou pedir que caminhem
    em direção ao seu desconforto.
  • 11:19 - 11:23
    E não estou pedindo que
    vocês corram riscos loucos.
  • 11:23 - 11:27
    Só estou dizendo, façam um inventário,
  • 11:27 - 11:31
    ampliem os seus círculos
    social e profissional.
  • 11:31 - 11:33
    Quem está no seu círculo?
  • 11:33 - 11:35
    Quem está faltando?
  • 11:36 - 11:40
    Quantos relacionamentos autênticos
  • 11:40 - 11:46
    vocês têm com jovens negros,
    pessoas, homens, mulheres?
  • 11:46 - 11:50
    Ou qualquer outra grande
    diferença de quem vocês são
  • 11:50 - 11:53
    e como vocês se comportam, digamos?
  • 11:53 - 11:56
    Porque, querem saber?
    Basta olhar ao seu redor.
  • 11:56 - 11:59
    Deve haver alguém
    no trabalho, na escola,
  • 11:59 - 12:02
    na sua casa de culto, algum lugar,
    existe algum jovem negro lá.
  • 12:02 - 12:03
    E vocês são legais, dizem oi
  • 12:03 - 12:10
    Estou dizendo pra irem mais fundo, mais
    próximo e construírem relacionamentos,
  • 12:10 - 12:15
    os tipos de amizades que realmente façam
    com que vocês vejam a pessoa holística
  • 12:15 - 12:19
    e irem realmente contra os estereótipos.
  • 12:19 - 12:20
    Conheço alguns de vocês aí,
  • 12:20 - 12:23
    eu sei porque tenho alguns amigos brancos
    em particular que dirão,
  • 12:23 - 12:25
    "Vocês não imaginam como sou desajeitado.
  • 12:25 - 12:28
    Eu não acho que isso vai funcionar comigo.
  • 12:28 - 12:30
    Tenho certeza que estragarei tudo."
  • 12:30 - 12:36
    Certo, talvez, mas isso não tem a ver
    com perfeição e sim com conexão.
  • 12:36 - 12:41
    E vocês não vão ficar confortáveis
    antes de se sentirem desconfortáveis.
  • 12:41 - 12:43
    Quero dizer, vocês têm que fazer isso.
  • 12:43 - 12:45
    E jovens negros, o que estou dizendo é
  • 12:45 - 12:50
    se alguém vier ao seu encontro, de modo
    genuíno e autêntico, aceitem o convite.
  • 12:50 - 12:52
    Nem todo mundo está contra vocês.
  • 12:52 - 12:57
    Vão à procura daquelas pessoas
    que podem ver a sua humanidade.
  • 12:57 - 13:00
    É a empatia e a compaixão
  • 13:00 - 13:05
    que nasce dos relacionamentos
    com pessoas que são diferentes de vocês.
  • 13:05 - 13:08
    Algo realmente poderoso e lindo acontece:
  • 13:08 - 13:10
    vocês começam a perceber
    que elas são vocês,
  • 13:10 - 13:16
    que elas são parte de vocês,
    que elas estão na sua família,
  • 13:16 - 13:19
    e assim deixamos de ser espectadores
  • 13:19 - 13:23
    e nos tornamos atores,
    nos tornamos defensores
  • 13:23 - 13:26
    e nos tornamos aliados.
  • 13:26 - 13:31
    Então abandonem o seu conforto
    por uma coisa maior e mais brilhante,
  • 13:31 - 13:36
    porque é assim que vamos evitar
    que um outro Ferguson aconteça.
  • 13:36 - 13:39
    É assim que criamos uma comunidade
  • 13:39 - 13:42
    onde todos, especialmente
    jovens negros, podem prosperar.
  • 13:42 - 13:44
    Essa última coisa será mais difícil
  • 13:44 - 13:47
    e eu sei, mas vou expressá-la mesmo assim.
  • 13:47 - 13:52
    Quando vemos uma coisa, nós temos
    que ter a coragem de dizer algo,
  • 13:52 - 13:56
    mesmo para as pessoas que amamos.
  • 13:56 - 14:00
    Sabem, estamos em férias e será uma época
  • 14:00 - 14:03
    quando nos sentamos em volta
    da mesa e nos divertimos.
  • 14:03 - 14:05
    Muitos de nós estarão de férias,
  • 14:05 - 14:10
    e vocês têm que ouvir
    as conversas ao redor da mesa.
  • 14:10 - 14:17
    Vocês começam a dizer coisas do tipo:
    "A vovó é preconceituosa."
  • 14:17 - 14:19
    (Risos)
  • 14:19 - 14:22
    "O tio Joe é racista."
  • 14:22 - 14:26
    E sabem, nós amamos
    a vovó e o tio Joe. Amamos.
  • 14:26 - 14:32
    Sabemos que eles são "boas pessoas",
    mas o que eles dizem é errado.
  • 14:33 - 14:39
    E temos que poder dizer algo,
    porque sabem quem mais está à mesa?
  • 14:40 - 14:43
    As crianças estão à mesa.
  • 14:43 - 14:48
    Nos perguntamos porque esses preconceitos
    não morrem e passam de geração a geração?
  • 14:48 - 14:52
    Porque não estamos dizendo nada.
  • 14:52 - 14:58
    Temos que estar dispostos a dizer: "Vovó,
    não chamamos mais as pessoas assim."
  • 14:58 - 15:03
    "Tio Joe, não é verdade
    que ele merecia aquilo.
  • 15:03 - 15:06
    Ninguém merece aquilo."
  • 15:06 - 15:10
    E temos que estar dispostos
  • 15:10 - 15:15
    a não proteger as nossas
    crianças da feiura do racismo
  • 15:15 - 15:18
    quando os pais negros não podem
    se dar ao luxo de fazer isso,
  • 15:18 - 15:23
    especialmente aqueles
    que têm filhos negros jovens.
  • 15:23 - 15:26
    Nós temos que dizer
    às nossas crianças, nosso futuro,
  • 15:26 - 15:34
    que temos um país fantástico,
    com ideais incríveis.
  • 15:34 - 15:37
    Nós trabalhamos com muito afinco
    e fizemos algum progresso,
  • 15:37 - 15:40
    mas ainda não terminamos.
  • 15:40 - 15:44
    Ainda temos em nós essa ideia antiga
  • 15:44 - 15:47
    sobre superioridade e isso está fazendo
  • 15:47 - 15:50
    com que incorporemos isso
    ainda mais nas nossas instituições
  • 15:50 - 15:52
    e na nossa sociedade e gerações,
  • 15:52 - 15:56
    e está criando o desespero
  • 15:56 - 16:03
    e disparidades e uma desvalorização
    devastadora dos jovens negros.
  • 16:03 - 16:06
    Nós ainda lutamos,
    vocês têm que dizer a elas,
  • 16:06 - 16:08
    vendo tanto a cor
  • 16:08 - 16:12
    quanto o caráter de um jovem negro,
  • 16:12 - 16:16
    mas que vocês esperam que elas,
  • 16:16 - 16:20
    sejam parte das forças
    de mudança nessa sociedade
  • 16:20 - 16:27
    que se levantarão contra a injustiça
    e estão dispostos, acima de tudo,
  • 16:27 - 16:36
    a fazer uma sociedade onde jovens negros
    possam ser vistos por tudo que eles são.
  • 16:37 - 16:42
    Tantos homens negros incríveis,
  • 16:42 - 16:50
    aqueles que são os estadistas
    mais incríveis que já viveram,
  • 16:50 - 16:53
    soldados corajosos,
  • 16:53 - 16:57
    trabalhadores diligentes e maravilhosos.
  • 16:57 - 17:02
    Essas são as pessoas
    que são pregadores poderosos.
  • 17:02 - 17:08
    Eles são cientistas incríveis
    e artistas e escritores.
  • 17:08 - 17:12
    Eles são comediantes dinâmicos.
  • 17:12 - 17:16
    Eles são vovôs corujas,
  • 17:16 - 17:19
    filhos afetivos.
  • 17:19 - 17:24
    Eles são pais fortes,
  • 17:24 - 17:29
    e são jovens com sonhos próprios.
  • 17:29 - 17:32
    Obrigada.
  • 17:32 - 17:36
    (Aplausos)
Title:
Como superar os nossos preconceitos? Caminhe corajosamente em direção a eles
Speaker:
Vernā Myers
Description:

Nossos preconceitos podem ser perigosos, até mortais; como vimos nos casos de Michael Brown em Ferguson, Missouri e Eric Garner, em Staten Island, Nova Iorque. A defensora da diversidade Vernā Myers observa atentamente algumas das atitudes inconscientes que temos para com os grupos excluídos. Ela faz um apelo a todas as pessoas: reconheça seus preconceitos. Depois, caminhe em direção, não para longe, dos grupos que fazem com que você se sinta desconfortável. Em uma palestra engraçada, apaixonada e importante, ela nos mostra como fazê-lo.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
17:49

Portuguese, Brazilian subtitles

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