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Um smartwatch de IA que detecta convulsões

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    Este é Henry,
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    uma graça de menino.
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    Quando Henry tinha três anos,
  • 0:07 - 0:12
    a mãe dele percebeu
    que ele tinha convulsões febris.
  • 0:13 - 0:17
    Convulsões febris são aquelas
    que também provocam febre,
  • 0:18 - 0:20
    e o médico disse:
  • 0:20 - 0:23
    "Não se preocupe tanto.
    Elas desaparecem quando a criança cresce".
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    Com quatro anos,
    ele teve uma crise convulsiva,
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    a do tipo que se perde
    a consciência e treme,
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    uma convulsão tônico-clônica generalizada.
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    Enquanto o diagnóstico
    de "epilepsia" estava sendo enviado,
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    a mãe de Henry foi acordá-lo certa manhã.
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    Quando entrou no quarto dele,
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    encontrou seu corpo frio e sem vida.
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    Henry morreu de SUDEP,
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    morte repentina inesperada em epilepsia.
  • 1:02 - 1:05
    Tenho curiosidade em saber quantos
    de vocês já ouviram falar de SUDEP.
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    Este é um público muito bem-culto,
    e vejo apenas algumas mãos levantadas.
  • 1:10 - 1:14
    A SUDEP ocorre quando uma pessoa
    saudável com epilepsia morre,
  • 1:14 - 1:19
    e não se pode atribuir isso a nada
    que possa ser encontrado em uma autópsia.
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    A SUDEP ocorre a cada sete a nove minutos,
  • 1:24 - 1:27
    uma média de duas por palestra TED.
  • 1:31 - 1:35
    Um cérebro normal tem atividade elétrica.
  • 1:35 - 1:37
    Vocês podem ver
    algumas das ondas elétricas
  • 1:37 - 1:40
    saindo desta imagem de um cérebro.
  • 1:40 - 1:44
    Elas deveriam se parecer
    com uma atividade elétrica comum
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    que um eletroencefalograma
    poderia ler na superfície.
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    Quando você tem uma convulsão, ocorre
    uma atividade elétrica um pouco incomum,
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    que pode ser focal.
  • 1:52 - 1:55
    Pode acontecer em apenas
    uma pequena parte do cérebro.
  • 1:55 - 1:58
    Quando isso acontece, você pode ter
    uma sensação estranha.
  • 1:58 - 2:02
    Várias convulsões podem estar
    acontecendo aqui na plateia agora,
  • 2:02 - 2:04
    e a pessoa próxima a você pode nem saber.
  • 2:04 - 2:08
    No entanto, se você tem uma convulsão
    em que esse pequeno incêndio se espalha
  • 2:08 - 2:10
    como um incêndio florestal pelo cérebro,
  • 2:10 - 2:12
    ela se generaliza.
  • 2:12 - 2:16
    Essa convulsão generalizada
    afasta sua consciência
  • 2:16 - 2:19
    e faz com que você tenha convulsões.
  • 2:19 - 2:23
    Há mais SUDEPs nos EUA a cada ano
  • 2:23 - 2:26
    do que a síndrome
    de morte súbita infantil.
  • 2:26 - 2:29
    Quantos de vocês
    já ouviram falar dessa síndrome?
  • 2:29 - 2:31
    Quase todos levantaram a mão.
  • 2:31 - 2:33
    Então, o que acontece aqui?
  • 2:33 - 2:38
    Por que isso é muito mais comum,
    e as pessoas ainda não ouviram falar?
  • 2:38 - 2:41
    E o que podemos fazer para evitar isso?
  • 2:41 - 2:47
    Há duas coisas, cientificamente mostradas,
    que previnem ou reduzem o risco de SUDEP.
  • 2:47 - 2:48
    A primeira é:
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    "Siga as instruções de seu médico
    e tome seus medicamentos".
  • 2:51 - 2:53
    Dois terços das pessoas
    que sofrem de epilepsia
  • 2:53 - 2:55
    conseguem controlá-la
    com seus medicamentos.
  • 2:56 - 3:00
    A segunda coisa que reduz o risco
    de SUDEP é a companhia.
  • 3:00 - 3:05
    É ter alguém lá no momento
    em que você tem uma convulsão.
  • 3:05 - 3:09
    A SUDEP, mesmo que a maioria de vocês
    nunca tenha ouvido falar dela,
  • 3:09 - 3:14
    é, na verdade, a segunda causa
    de perda potencial de anos de vida
  • 3:14 - 3:16
    de todos os distúrbios neurológicos.
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    O eixo vertical é o número de mortes
  • 3:22 - 3:25
    multiplicado pelo tempo de vida restante.
  • 3:25 - 3:28
    Portanto, um impacto maior é muito pior.
  • 3:29 - 3:31
    A SUDEP, no entanto,
    ao contrário desses outros,
  • 3:32 - 3:37
    é algo que poderia ser reduzido
    com a intervenção das pessoas aqui.
  • 3:38 - 3:45
    O que Roz Picard, pesquisadora de IA,
    faz aqui falando sobre a SUDEP?
  • 3:45 - 3:46
    Não sou neurologista.
  • 3:47 - 3:52
    Quando eu trabalhava no Media Lab
    para avaliar emoções,
  • 3:52 - 3:55
    e tentava tornar as máquinas
    mais inteligentes a respeito delas,
  • 3:55 - 3:57
    começamos a trabalhar muito
    medindo o estresse.
  • 3:59 - 4:04
    Construímos muitos sensores que o mediam
    de várias maneiras diferentes.
  • 4:04 - 4:06
    Mas um deles, em particular,
  • 4:06 - 4:08
    surgiu de parte desse trabalho bem antigo,
  • 4:08 - 4:12
    pela medição de palmas suadas
    com um sinal elétrico.
  • 4:12 - 4:14
    Este é um sinal de condutância da pele,
  • 4:14 - 4:16
    conhecido por aumentar
    quando ficamos nervosos,
  • 4:16 - 4:19
    mas que também aumenta com muitas
    outras condições interessantes.
  • 4:19 - 4:22
    Mas medi-lo com fios na mão
    é muito inconveniente.
  • 4:22 - 4:26
    Então, inventamos várias outras maneiras
    de fazer isso no MIT Media Lab.
  • 4:27 - 4:28
    Com essa tecnologia vestível,
  • 4:28 - 4:33
    começamos a coletar os primeiros
    dados clínicos de qualidade 24 por 7.
  • 4:34 - 4:36
    Aqui está uma foto do que parecia ser
  • 4:36 - 4:41
    a primeira vez que um aluno do MIT
    coletou a condutância da pele
  • 4:41 - 4:43
    no pulso 24h por 7 dias.
  • 4:43 - 4:46
    Vamos ampliar um pouco aqui.
  • 4:46 - 4:49
    Vemos 24 horas da esquerda para a direita,
  • 4:49 - 4:51
    e aqui estão dois dias de dados.
  • 4:51 - 4:57
    Primeiro, ficamos surpresos ao ver
    que o sono é o maior pico do dia.
  • 4:57 - 4:58
    Isso parece furado, não é?
  • 4:58 - 5:01
    Você fica calmo quando está dormindo.
  • 5:01 - 5:02
    Então, o que temos aqui?
  • 5:03 - 5:05
    Acontece que nossa
    fisiologia durante o sono
  • 5:05 - 5:08
    é muito diferente daquela
    quando estamos acordados.
  • 5:08 - 5:10
    Embora ainda haja um pouco de mistério
  • 5:10 - 5:14
    sobre por que esses picos são geralmente
    os maiores do dia durante o sono,
  • 5:14 - 5:16
    cremos agora que estejam relacionados
  • 5:16 - 5:19
    à consolidação e à formação
    de memória durante o sono.
  • 5:20 - 5:23
    Também vimos coisas que eram
    exatamente o que esperávamos.
  • 5:23 - 5:27
    Quando um aluno do MIT trabalha muito
    no laboratório ou em tarefas de casa,
  • 5:27 - 5:32
    não há apenas estresse emocional,
    mas também carga cognitiva.
  • 5:32 - 5:37
    Acontece que a carga e o esforço
    cognitivos, o envolvimento mental,
  • 5:37 - 5:39
    o entusiasmo em aprender alguma coisa,
  • 5:39 - 5:41
    essas coisas também
    fazem o sinal aumentar.
  • 5:43 - 5:47
    Infelizmente, para constrangimento nosso,
    professores do MIT,
  • 5:47 - 5:48
    (Risos)
  • 5:48 - 5:52
    o ponto baixo em todos os dias
    é a atividade em sala de aula.
  • 5:53 - 5:55
    Estou apenas mostrando
    os dados de uma pessoa aqui,
  • 5:55 - 5:58
    mas isso, infelizmente,
    é verdade de modo geral.
  • 6:00 - 6:05
    Essa faixa de suor contém um sensor
    de condutância da pele caseiro,
  • 6:05 - 6:10
    e, um dia, um de nossos alunos
    bateu à minha porta
  • 6:10 - 6:13
    no final do semestre de dezembro,
  • 6:13 - 6:14
    e perguntou:
  • 6:14 - 6:18
    "Professora Picard, pode, por favor,
    me emprestar uma pulseira com sensor?
  • 6:18 - 6:21
    Meu irmãozinho tem autismo,
    ele não sabe falar,
  • 6:21 - 6:23
    e quero ver o que o está estressando".
  • 6:24 - 6:27
    Respondi: "Claro, na verdade,
    não leve apenas um, leve dois",
  • 6:27 - 6:30
    porque eles quebravam
    facilmente naquela época.
  • 6:30 - 6:33
    Ele os levou para casa
    e os colocou no irmãozinho dele.
  • 6:33 - 6:36
    Eu estava de volta ao MIT,
    analisando os dados em meu laptop,
  • 6:36 - 6:39
    e, no primeiro dia, pensei: "Que estranho,
  • 6:39 - 6:42
    ele os colocou em ambos os pulsos
    em vez de esperar que um quebrasse.
  • 6:42 - 6:44
    Está bem, não siga minhas instruções".
  • 6:44 - 6:46
    Estou feliz que ele não tenha seguido.
  • 6:46 - 6:48
    Segundo dia, tranquilo.
  • 6:48 - 6:50
    Parecia atividade de sala de aula.
  • 6:50 - 6:51
    (Risos)
  • 6:51 - 6:53
    Mais alguns dias pela frente.
  • 6:53 - 6:58
    No dia seguinte, um sinal
    de pulso era plano,
  • 6:58 - 7:02
    e o outro tinha o maior pico que já vi.
  • 7:02 - 7:05
    Pensei: "O que está acontecendo?
  • 7:05 - 7:08
    Estressamos as pessoas no MIT
    de todas as maneiras imagináveis.
  • 7:09 - 7:11
    Nunca vi um pico tão alto".
  • 7:12 - 7:14
    E foi apenas de um lado.
  • 7:14 - 7:18
    Como você pode ficar estressado
    em um lado do corpo e não no outro?
  • 7:18 - 7:21
    Achei que um ou ambos os sensores
    deviam estar quebrados.
  • 7:21 - 7:23
    Sou engenheira elétrica por formação,
  • 7:23 - 7:26
    então comecei um monte de coisas
    para tentar depurar isso,
  • 7:26 - 7:29
    e, resumindo, não consegui reproduzir.
  • 7:29 - 7:32
    Então, recorri à depuração antiga.
  • 7:32 - 7:35
    Liguei para o aluno em casa, em férias.
  • 7:35 - 7:39
    "Oi, como está seu irmãozinho?
  • 7:39 - 7:40
    Como foi seu Natal?
  • 7:40 - 7:43
    Você tem alguma ideia
    do que aconteceu com ele?"
  • 7:43 - 7:46
    Dei a data e a hora
    específicas e os dados.
  • 7:46 - 7:48
    Ele respondeu:
  • 7:48 - 7:50
    "Não sei, vou verificar o diário".
  • 7:51 - 7:54
    Diário? Um aluno do MIT mantém um diário?
  • 7:54 - 7:56
    Então, esperei, e ele voltou.
  • 7:56 - 7:57
    Tinha a data e a hora exatas,
  • 7:57 - 8:01
    e disse: "Isso foi antes de ele ter
    uma convulsão tônico-clônica".
  • 8:03 - 8:06
    Na época, eu não sabia
    nada sobre epilepsia,
  • 8:06 - 8:08
    e fiz um monte de pesquisas.
  • 8:08 - 8:12
    Descobri que o pai de outro aluno
    é chefe de neurocirurgia
  • 8:12 - 8:14
    do Children's Hospital Boston.
  • 8:14 - 8:16
    Tomei coragem e liguei
    para o Dr. Joe Madsen.
  • 8:16 - 8:18
    "Oi, Dr. Madsen, meu nome
    é Rosalind Picard.
  • 8:18 - 8:22
    É possível que alguém possa ter
  • 8:22 - 8:27
    um enorme aumento
    do sistema nervoso simpático",
  • 8:27 - 8:29
    que impulsiona a condutância da pele,
  • 8:29 - 8:31
    "20 minutos antes de uma convulsão?"
  • 8:32 - 8:34
    Ele responde: "Provavelmente não".
  • 8:36 - 8:37
    Ele diz: "É interessante.
  • 8:37 - 8:40
    Tivemos pessoas
    com pelo eriçado em um braço
  • 8:40 - 8:42
    20 minutos antes de uma convulsão".
  • 8:43 - 8:44
    Penso: "Em um braço?"
  • 8:44 - 8:47
    Eu não queria dizer isso
    a ele, inicialmente,
  • 8:47 - 8:49
    porque achei que fosse ridículo demais.
  • 8:49 - 8:51
    Ele explicou como isso
    poderia acontecer no cérebro
  • 8:51 - 8:53
    e ficou interessado.
  • 8:53 - 8:55
    Mostrei-lhe os dados;
    criamos mais dispositivos
  • 8:55 - 8:56
    com certificado de segurança.
  • 8:57 - 8:59
    Foram inscritas 90 famílias em um estudo,
  • 8:59 - 9:02
    todas com crianças que teriam
    monitoramento 24h por 7 dias
  • 9:02 - 9:07
    com EEG padrão-ouro no couro cabeludo
    para leitura da atividade cerebral,
  • 9:07 - 9:09
    vídeo para observar o comportamento,
  • 9:09 - 9:12
    eletrocardiograma, ECG, e agora EDA,
    atividade eletrodérmica,
  • 9:12 - 9:15
    para ver se havia algo nessa periferia
  • 9:15 - 9:18
    que pudéssemos detectar facilmente,
    relacionado a uma convulsão.
  • 9:18 - 9:25
    Descobrimos, em 100% do primeiro lote
    de convulsões tônico-clônicas,
  • 9:25 - 9:28
    reações enormes na condutância da pele.
  • 9:28 - 9:30
    O azul no meio, o sono do menino,
  • 9:30 - 9:32
    é geralmente o maior pico do dia.
  • 9:32 - 9:36
    Essas três convulsões que vemos aqui
    estão surgindo da floresta
  • 9:36 - 9:38
    como sequoias.
  • 9:39 - 9:43
    Além disso, quando acoplamos
    a condutância da pele no topo
  • 9:43 - 9:46
    com o movimento do pulso
  • 9:46 - 9:51
    e obtemos muitos dados e treinamos
    aprendizado de máquina e IA sobre ele,
  • 9:51 - 9:56
    podemos construir uma IA automatizada
    que detecta esses padrões
  • 9:56 - 10:00
    muito melhor do que apenas
    um detector de tremor pode fazer.
  • 10:00 - 10:04
    Então, percebemos
    que precisávamos fazer isso,
  • 10:04 - 10:07
    com o trabalho de doutorado
    de Ming-Zher Poh
  • 10:07 - 10:10
    e, mais tarde, melhorias
    importantes da Empatica.
  • 10:10 - 10:14
    Houve progressos, e a detecção
    de convulsões é muito mais precisa.
  • 10:14 - 10:17
    Também descobrimos outras coisas
    sobre a SUDEP nesse período.
  • 10:17 - 10:20
    Descobrimos que a SUDEP,
  • 10:20 - 10:23
    embora rara após uma convulsão
    tônico-clônica generalizada,
  • 10:23 - 10:26
    é mais provável que aconteça depois disso.
  • 10:26 - 10:29
    Não acontece durante a convulsão
  • 10:29 - 10:32
    nem imediatamente depois.
  • 10:32 - 10:34
    Porém, imediatamente depois,
  • 10:34 - 10:37
    quando a pessoa parece
    muito imóvel e quieta,
  • 10:37 - 10:42
    ela pode entrar em outra fase,
    quando a respiração para.
  • 10:42 - 10:45
    Depois que a respiração para,
    mais tarde o coração para.
  • 10:45 - 10:47
    Há algum tempo para conseguir ajuda.
  • 10:48 - 10:53
    Também descobrimos que existe uma região
    profunda no cérebro chamada amígdala,
  • 10:53 - 10:56
    que havíamos estudado muito
    em nossa pesquisa emocional.
  • 10:56 - 10:58
    Temos duas amígdalas.
  • 10:58 - 10:59
    Se estimularmos a direita,
  • 10:59 - 11:02
    obtemos uma grande resposta
    de condutância da pele do lado direito.
  • 11:02 - 11:06
    Vocês têm que se inscrever agora mesmo
    para uma craniotomia para conseguir isso,
  • 11:06 - 11:09
    não exatamente algo
    para fazer como voluntários,
  • 11:09 - 11:12
    mas isso causa uma grande
    resposta de condutância da pele.
  • 11:12 - 11:13
    Estimulem a esquerda,
  • 11:13 - 11:16
    grande resposta de condutância da pele
    do lado esquerdo na palma da mão.
  • 11:16 - 11:20
    Além disso, quando alguém
    estimula sua amígdala,
  • 11:20 - 11:22
    enquanto você está sentado
    e pode estar trabalhando,
  • 11:23 - 11:25
    você não mostra sinal de aflição,
  • 11:26 - 11:28
    mas para de respirar
  • 11:28 - 11:32
    e não recomeça até que alguém o estimule.
  • 11:33 - 11:34
    "Ei, Roz, você está aí?"
  • 11:34 - 11:36
    E você abre a boca para falar.
  • 11:37 - 11:39
    Ao respirar para falar,
  • 11:39 - 11:41
    você volta a respirar.
  • 11:43 - 11:46
    Então, começamos
    com o trabalho sobre o estresse,
  • 11:46 - 11:49
    o que nos permitiu
    construir muitos sensores
  • 11:49 - 11:50
    que reuniam dados de alta qualidade
  • 11:50 - 11:54
    para poder deixar o laboratório
    e fazer isso em estado natural;
  • 11:54 - 11:57
    acidentalmente encontrou
    uma reação enorme com a convulsão,
  • 11:57 - 11:58
    ativação neurológica
  • 11:58 - 12:01
    que pode causar reação muito maior
    do que estressores tradicionais;
  • 12:01 - 12:04
    parceria com hospitais e uma unidade
    de monitoramento de epilepsia,
  • 12:04 - 12:07
    especialmente o Children's
    Hospital Boston e o Brigham;
  • 12:07 - 12:10
    e aprendizado de máquina e IA além disso
  • 12:10 - 12:13
    para levar e coletar muito mais dados
  • 12:13 - 12:15
    e tentar entender esses eventos
  • 12:15 - 12:17
    e se podemos evitar a SUDEP.
  • 12:18 - 12:22
    Isso agora é comercializado pela Empatica,
  • 12:22 - 12:24
    uma startup que tive
    o privilégio de cofundar,
  • 12:25 - 12:27
    e a equipe de lá fez um trabalho incrível,
  • 12:27 - 12:31
    aprimorando a tecnologia para fazer
    um sensor muito bonito
  • 12:31 - 12:35
    que não só informa as horas, conta passos,
    monitora o sono e todas essas coisas boas,
  • 12:35 - 12:38
    mas é a IA e aprendizado de máquina
    funcionando em tempo real
  • 12:38 - 12:40
    para detectar convulsões
    tônico-clônicas generalizadas
  • 12:40 - 12:42
    e enviar um alerta de ajuda
  • 12:42 - 12:46
    caso eu tivesse uma convulsão
    e perdesse a consciência.
  • 12:46 - 12:48
    Isso acabou de ser aprovado pelo FDA
  • 12:48 - 12:53
    como o primeiro smartwatch
    aprovado em neurologia.
  • 12:54 - 12:56
    (Aplausos)
  • 13:03 - 13:06
    O próximo slide é o que fez
    minha condutância da pele aumentar.
  • 13:07 - 13:09
    Certa manhã, verifico meu e-mail
  • 13:09 - 13:13
    e leio a história de uma mãe
    que disse que estava no chuveiro,
  • 13:13 - 13:15
    e o telefone estava no balcão
    perto do box,
  • 13:15 - 13:18
    e dizia que a filha dela
    talvez precisasse de ajuda.
  • 13:18 - 13:21
    Então, ela interrompe o banho,
    corre para o quarto da filha
  • 13:21 - 13:25
    e a encontra de bruços na cama,
    azul e sem respirar.
  • 13:25 - 13:29
    Ela a vira, estimulação humana,
  • 13:29 - 13:31
    e sua filha respira,
  • 13:31 - 13:34
    e respira de novo, fica rosada
  • 13:35 - 13:36
    e está bem.
  • 13:38 - 13:41
    Acho que fiquei branca lendo esse e-mail.
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    Minha primeira reação é: "Não é perfeito.
  • 13:43 - 13:45
    O bluetooth pode falhar;
    a bateria, acabar.
  • 13:45 - 13:47
    Pode dar tudo errado. Não confie nisso".
  • 13:47 - 13:51
    E ela disse: "Tudo bem, sei
    que nenhuma tecnologia é perfeita.
  • 13:51 - 13:54
    Nenhum de nós pode estar lá o tempo todo.
  • 13:55 - 13:59
    Mas esse dispositivo mais a IA
  • 13:59 - 14:03
    permitiram que eu chegasse a tempo
    de salvar a vida de minha filha".
  • 14:06 - 14:08
    Venho mencionando crianças,
  • 14:08 - 14:14
    mas a SUDEP tem um pico, na verdade,
    entre pessoas de 20, 30 e 40 anos,
  • 14:14 - 14:16
    e a próxima informação
    que irei apresentar
  • 14:16 - 14:18
    provavelmente deixará
    algumas pessoas incomodadas,
  • 14:18 - 14:20
    mas é menos desconfortável
    do que todos ficaremos
  • 14:20 - 14:24
    se essa lista for estendida
    a alguém que conhecemos.
  • 14:24 - 14:27
    Isso poderia acontecer
    com alguém que vocês conhecem?
  • 14:27 - 14:30
    Levanto essa questão desagradável
  • 14:30 - 14:35
    porque 1 em cada 26 de vocês
    terá epilepsia em algum momento
  • 14:35 - 14:37
    e, pelo que tenho descoberto,
  • 14:37 - 14:38
    as pessoas com epilepsia
  • 14:38 - 14:41
    muitas vezes não falam a respeito
    com seus amigos e vizinhos.
  • 14:42 - 14:47
    Então, se estiverem dispostos a deixá-los
    usar uma IA ou qualquer outra coisa
  • 14:47 - 14:51
    para mandarem chamar vocês
    num momento de possível necessidade,
  • 14:51 - 14:55
    se permitirem que eles saibam disso,
    poderão fazer a diferença na vida deles.
  • 14:56 - 14:59
    Por que todo esse trabalho árduo
    para construir IAs?
  • 15:00 - 15:01
    Eis algumas razões:
  • 15:01 - 15:03
    uma é Natasha, a garota que viveu,
  • 15:04 - 15:07
    e sua família queria que eu
    lhe dissesse o nome dela.
  • 15:07 - 15:09
    Outra é a família dela
  • 15:09 - 15:11
    e as pessoas maravilhosas por aí
  • 15:11 - 15:14
    que querem estar lá para apoiar
    as pessoas que têm condições
  • 15:14 - 15:17
    que se sentiram incomodadas no passado,
    mencionando a outras pessoas.
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    E a outra razão são todos vocês,
  • 15:20 - 15:25
    porque temos a oportunidade
    de modelar o futuro da IA.
  • 15:25 - 15:28
    Podemos, na verdade, mudá-lo,
  • 15:28 - 15:30
    porque somos os únicos a construí-lo.
  • 15:30 - 15:32
    Vamos construir uma IA
  • 15:32 - 15:35
    que torne a vida de todos melhor.
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    Obrigada.
  • 15:37 - 15:39
    (Aplausos)
Title:
Um smartwatch de IA que detecta convulsões
Speaker:
Rosalind Picard
Description:

Todos os anos, em todo o mundo, mais de 50 mil pessoas saudáveis com epilepsia morrem de repente, uma condição conhecida como SUDEP. Essas mortes podem ser amplamente evitadas, diz a pesquisadora de IA Rosalind Picard. Saiba como Picard ajudou a desenvolver um smartwatch de ponta que pode detectar convulsões epilépticas à medida que ocorrem e alertar os entes queridos próximos a tempo de ajudar.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
15:54

Portuguese, Brazilian subtitles

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