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Reforma da justiça criminal promovida pela comunidade

  • 0:01 - 0:03
    Esta é a minha "T-shirt"
    de protesto favorita.
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    Diz: "Protejam a vossa gente".
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    Criámo-la na cave
    do nosso centro comunitário.
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    Usei-a em manifestações,
  • 0:12 - 0:14
    em protestos e desfiles,
  • 0:15 - 0:17
    em vigílias à luz das velas,
  • 0:17 - 0:20
    com famílias que perderam entes queridos
    devido à violência policial.
  • 0:21 - 0:24
    Vi como esta ética
    de organização comunitária
  • 0:24 - 0:27
    tem conseguido alterar
    práticas de detenção,
  • 0:27 - 0:30
    responsabilizar agentes individualmente
  • 0:30 - 0:34
    e permitir que as famílias
    se sintam fortes e apoiadas
  • 0:34 - 0:36
    durante os momentos
    mais negros da sua vida.
  • 0:37 - 0:40
    Porém, quando uma família
    visitava o nosso centro e dizia:
  • 0:40 - 0:44
    "O meu ente querido foi preso,
    o que é que podemos fazer?"
  • 0:44 - 0:46
    não sabíamos como traduzir
  • 0:46 - 0:51
    o poder da organização comunitária
    que víamos nas ruas para os tribunais.
  • 0:52 - 0:54
    Sabíamos que não somos advogados,
  • 0:54 - 0:57
    e que não está ao nosso alcance
    mudar as coisas.
  • 0:57 - 1:00
    Assim, apesar da nossa crença
    na ação coletiva,
  • 1:00 - 1:03
    permitíamos que as pessoas
    com que nos preocupávamos
  • 1:03 - 1:06
    fossem a tribunal sozinhas.
  • 1:06 - 1:10
    Nove em cada dez vezes
    — e isto é verdade à escala nacional —
  • 1:10 - 1:13
    não tinham dinheiro para um advogado,
  • 1:13 - 1:16
    e, por isso, teriam um defensor público,
    que faz um trabalho heroico,
  • 1:16 - 1:19
    mas, frequentemente,
    com falta de recursos
  • 1:19 - 1:22
    e ocupado com demasiados processos.
  • 1:22 - 1:26
    Enfrentavam procuradores
    que pediam condenações severas,
  • 1:26 - 1:28
    penas mínimas obrigatórias
  • 1:28 - 1:32
    e o preconceito racial
    em todas as etapas do processo.
  • 1:34 - 1:36
    E assim, perante estas adversidades,
  • 1:37 - 1:39
    desprovidos do poder da comunidade,
  • 1:39 - 1:42
    sem saber como se orientarem
    nos tribunais,
  • 1:42 - 1:46
    mais de 90% das pessoas que enfrentam
    uma acusação penal, neste país,
  • 1:46 - 1:48
    aceitam um acordo judicial.
  • 1:48 - 1:52
    O que significa que nunca terão
    aquele famoso dia no tribunal
  • 1:52 - 1:55
    de que se fala em programas
    de televisão e em filmes.
  • 1:56 - 2:01
    Esta é a parte não contada da história
    do encarceramento em massa nos EUA,
  • 2:02 - 2:05
    como nos tornámos
    os maiores carcereiros do mundo.
  • 2:06 - 2:09
    Mais de dois milhões de pessoas
    estão atualmente encarceradas neste país.
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    E as projeções dizem
  • 2:11 - 2:15
    que um em cada três homens negros
    irá ver a prisão por dentro
  • 2:15 - 2:19
    em algum ponto da trajetória da sua vida.
  • 2:21 - 2:23
    Mas nós temos uma solução.
  • 2:23 - 2:26
    Decidimos ser irreverentes
    quanto a essa ideia
  • 2:26 - 2:29
    de que só os advogados
    podem causar impacto nos tribunais
  • 2:30 - 2:32
    e penetrar no sistema judicial
  • 2:32 - 2:38
    com o poder, a inteligência, e o engenho
    da organização comunitária.
  • 2:39 - 2:42
    Chamamos-lhe a abordagem
    de "defesa participativa".
  • 2:42 - 2:45
    É uma metodologia
    para famílias e comunidades
  • 2:45 - 2:48
    cujos entes queridos
    estão a enfrentar acusações
  • 2:48 - 2:50
    e como elas podem influenciar
    o resultado desses processos
  • 2:51 - 2:54
    e transformar o panorama
    do poder nos tribunais.
  • 2:55 - 2:56
    Como é que isso funciona?
  • 2:56 - 2:59
    As famílias, cujos entes queridos
    enfrentam processos criminais,
  • 2:59 - 3:01
    assistem a uma reunião semanal
  • 3:01 - 3:03
    e são ao mesmo tempo
    um grupo de apoio
  • 3:03 - 3:06
    e uma sessão de planeamento estratégico.
  • 3:06 - 3:08
    E vão construir uma comunidade
  • 3:08 - 3:12
    em lugar duma experiência
    solitária e isolada.
  • 3:13 - 3:15
    Vão sentar-se num círculo
  • 3:15 - 3:18
    escrever os nomes dos seus entes
    queridos num quadro,
  • 3:18 - 3:20
    e de quem ali está para dar apoio.
  • 3:20 - 3:21
    E coletivamente,
  • 3:21 - 3:25
    o grupo irá descobrir
    meios tangíveis e diplomáticos
  • 3:25 - 3:27
    de influenciar o resultado do processo.
  • 3:28 - 3:31
    Vão rever o relatório da polícia
    e descobrir incongruências,
  • 3:32 - 3:34
    vão descobrir áreas que exigem
  • 3:34 - 3:36
    mais investigações do advogado de defesa
  • 3:36 - 3:38
    e vão para o tribunal todos juntos,
  • 3:38 - 3:40
    para apoio emocional
  • 3:40 - 3:45
    mas também para que o juiz saiba
    que a pessoa que tem na frente,
  • 3:45 - 3:46
    faz parte de uma comunidade maior
  • 3:46 - 3:49
    que investe no seu bem-estar e sucesso.
  • 3:51 - 3:53
    Os resultados têm sido espantosos.
  • 3:54 - 3:56
    Temos visto acusações a serem rejeitadas,
  • 3:57 - 3:59
    sentenças com uma redução significativa,
  • 3:59 - 4:02
    absolvições ganhas no julgamento
  • 4:03 - 4:07
    e, algumas vezes, têm-se salvado vidas.
  • 4:06 - 4:09
    Como no caso de Ramon Vasquez.
  • 4:09 - 4:14
    Pai de dois filhos, um homem
    de família, camionista,
  • 4:15 - 4:18
    que foi injustamente acusado
    dum homicídio relacionado com um gangue.
  • 4:18 - 4:20
    Era totalmente inocente,
  • 4:20 - 4:23
    mas enfrentava uma sentença
    de prisão perpétua.
  • 4:23 - 4:25
    A família de Ramon foi
    a uma dessas reuniões,
  • 4:25 - 4:28
    logo após a sua prisão e detenção,
  • 4:28 - 4:30
    e eles trabalharam neste modelo.
  • 4:30 - 4:32
    Durante o trabalho difícil,
  • 4:32 - 4:35
    descobriram uma grande contradição
    no caso,
  • 4:35 - 4:38
    que abria buracos na investigação.
  • 4:38 - 4:42
    Conseguiram refutar deduções
    perigosas dos detetives,
  • 4:43 - 4:47
    como o boné vermelho que acharam
    quando invadiram a casa dele
  • 4:47 - 4:50
    que, de certa forma, o encaixava
    no estilo de vida do gangue.
  • 4:51 - 4:54
    Pelas fotos e pelos registos,
  • 4:54 - 4:59
    conseguiram provar que o boné vermelho
    era da equipa do filho dele
  • 4:59 - 5:01
    que Ramon treinava nos fins de semana.
  • 5:02 - 5:04
    E produziram informações independentes
  • 5:04 - 5:07
    que provavam que Ramon
    estava do outro lado da cidade
  • 5:07 - 5:09
    na altura do alegado incidente,
  • 5:09 - 5:11
    através dos registos telefónicos
  • 5:11 - 5:14
    e dos recibos das lojas onde foram.
  • 5:15 - 5:18
    Ao fim de sete longos meses
    de trabalho difícil da família,
  • 5:18 - 5:21
    com Ramon a manter-se estoico
    dentro da cadeia,
  • 5:21 - 5:24
    conseguiram anular a acusação.
  • 5:25 - 5:27
    E levaram Ramon para casa
  • 5:27 - 5:30
    para viver a vida como devia estar a viver
    há muito tempo.
  • 5:30 - 5:32
    Em cada novo caso,
  • 5:32 - 5:34
    as famílias identificam novos meios
  • 5:34 - 5:36
    de reforçar os conhecimentos
    da comunidade
  • 5:36 - 5:39
    para ter impacto no sistema judiciário.
  • 5:40 - 5:42
    Íamos a muito mais audiências de sentença
  • 5:42 - 5:45
    e quando saíamos das audiências,
  • 5:45 - 5:47
    a caminho do estacionamento
  • 5:47 - 5:50
    depois de um ente querido de alguém
    ter sido mandado para prisão,
  • 5:50 - 5:53
    a frase mais comum que ouvíamos
  • 5:53 - 5:56
    não era tanto "odeio aquele juiz,"
  • 5:56 - 5:59
    ou " eu queria que tivéssemos
    um advogado novo",
  • 5:59 - 6:01
    mas o que iam dizer era:
  • 6:01 - 6:04
    "Eu queria que o conhecessem
    como nós conhecemos."
  • 6:05 - 6:08
    Assim, desenvolvemos
    ferramentas e veículos
  • 6:08 - 6:11
    para as famílias poderem contar
    toda a história dos seus entes queridos
  • 6:11 - 6:14
    para eles serem entendidos
    como mais do que um caso.
  • 6:14 - 6:18
    Começaram a fazer aquilo a que chamamos
    pacotes de biografia social,
  • 6:18 - 6:22
    nos quais as famílias fazem uma combinação
    de fotos, de certificados e de cartas
  • 6:22 - 6:26
    que mostram os problemas passados,
    as dificuldades e as conquistas,
  • 6:26 - 6:29
    as perspetivas e as oportunidades futuras.
  • 6:29 - 6:33
    Os pacotes de biografia social
    funcionam tão bem nos tribunais
  • 6:33 - 6:36
    que evoluímos para vídeos
    de biografia social,
  • 6:37 - 6:39
    documentários de dez minutos,
  • 6:39 - 6:42
    em que as pessoas
    são entrevistadas em casa delas,
  • 6:42 - 6:44
    nas suas igrejas, nos locais de trabalho,
  • 6:44 - 6:48
    explicando quem era a pessoa
    no pano de fundo da sua vida.
  • 6:49 - 6:54
    Foi a forma que tivemos para dissolver
    as paredes do tribunal temporariamente
  • 6:54 - 6:56
    e, pelo poder do vídeo,
  • 6:56 - 7:01
    levar os julgamentos para fora do tribunal
    e para dentro das comunidades,
  • 7:01 - 7:05
    para eles conseguirem entender
    o total contexto da vida de alguém
  • 7:05 - 7:08
    cujo futuro estão a decidir.
  • 7:09 - 7:14
    Uma das primeiras biografias socais
    feitas por nós foi a de Carnell.
  • 7:15 - 7:16
    Ele tinha ido às reuniões
  • 7:16 - 7:19
    porque tinha respondido
    numa acusação de drogas de baixo nível.
  • 7:19 - 7:21
    E, anos depois de estar sóbrio,
  • 7:21 - 7:23
    foi preso com a acusação
    de posse de drogas.
  • 7:23 - 7:26
    Mas enfrentava uma sentença
    de cinco anos de prisão
  • 7:26 - 7:29
    por causa do sistema
    de sentenças da Califórnia.
  • 7:29 - 7:31
    Nós conhecíamo-lo
    sobretudo como pai.
  • 7:31 - 7:33
    Ele levava as filhas às reuniões
  • 7:33 - 7:36
    e brincava com elas no parque
    do outro lado da rua.
  • 7:36 - 7:38
    E dizia: "Vejam, eu posso cumprir a pena,
  • 7:38 - 7:42
    "mas se eu lá entrar, eles vão tirar-me
    as minhas meninas."
  • 7:43 - 7:45
    Assim, demos-lhe uma câmara
    e dissemos-lhe:
  • 7:45 - 7:48
    "Tira algumas fotos do que é ser um pai."
  • 7:49 - 7:53
    Ele tirou fotos a fazer
    o café da manhã para as filhas,
  • 7:53 - 7:54
    a levá-las para a escola,
  • 7:54 - 7:58
    e a levá-las a atividades depois da escola
    e a fazendo os trabalhos de casa.
  • 7:58 - 8:00
    Foi esse conjunto fotográfico
  • 8:00 - 8:04
    que ele entregou ao seu advogado
    que o usou na audiência de sentença.
  • 8:04 - 8:08
    O juiz, que inicialmente tinha indicado
    uma sentença de cinco anos de prisão,
  • 8:08 - 8:12
    entendeu Carnell de uma maneira nova
  • 8:11 - 8:15
    e transformou os cinco anos de prisão
  • 8:15 - 8:18
    em seis meses
    de um programa ambulatório
  • 8:18 - 8:21
    para Carnell poder estar com as filhas.
  • 8:21 - 8:23
    As filhas iriam ter o pai na vida delas.
  • 8:23 - 8:26
    E Carnell iria ter o tratamento
    que estava a procurar.
  • 8:28 - 8:31
    Temos uma espécie de cerimónia
  • 8:31 - 8:34
    que usamos numa defesa participativa.
  • 8:34 - 8:37
    Como já disse, quando as famílias
    vão às reuniões,
  • 8:37 - 8:39
    elas escrevem num quadro
    o nome dos seus entes queridos,
  • 8:39 - 8:42
    nomes que ficamos a conhecer,
    semana sim, semana não,
  • 8:42 - 8:44
    através das histórias das suas famílias,
  • 8:44 - 8:47
    e por quem todos torcemos,
    oramos e temos esperança.
  • 8:47 - 8:49
    Quando ganhamos um processo,
  • 8:49 - 8:51
    quando conseguimos
    a redução de uma sentença
  • 8:51 - 8:53
    ou a anulação de uma acusação,
  • 8:53 - 8:55
    ou quando ganhamos uma absolvição,
  • 8:55 - 8:58
    aquela pessoa,
    cujo nome estava no quadro,
  • 8:58 - 8:59
    vai à reunião.
  • 9:00 - 9:02
    E quando surge o nome dela,
  • 9:02 - 9:04
    recebe um apagador,
  • 9:04 - 9:06
    ela caminha até ao quadro
  • 9:06 - 9:08
    e apaga o seu nome.
  • 9:09 - 9:13
    Por mais simples que isto pareça,
    é uma experiência espiritual.
  • 9:13 - 9:17
    As pessoas aplaudem e choram.
  • 9:17 - 9:20
    Para as famílias que estão
    a começar o seu percurso
  • 9:20 - 9:22
    e estão sentadas ao fundo da sala,
  • 9:22 - 9:25
    para saberem que existe
    uma linha de chegada,
  • 9:25 - 9:28
    que um dia, elas conseguirão levar
    os seus entes queridos para casa,
  • 9:28 - 9:30
    e vão poder apagar o nome dele
  • 9:30 - 9:33
    esta cerimónia
    é profundamente inspiradora.
  • 9:34 - 9:37
    Estamos a treinar organizações
    por todo o país
  • 9:37 - 9:39
    na defesa participativa.
  • 9:39 - 9:42
    Temos uma rede nacional
    em mais de 20 cidades.
  • 9:42 - 9:45
    É uma igreja na Pensilvânia,
  • 9:45 - 9:48
    é uma associação de pais no Tennessee,
  • 9:48 - 9:50
    é um centro de juventude em Los Angeles.
  • 9:51 - 9:54
    A última cidade que adicionámos
    à rede nacional
  • 9:54 - 9:56
    para crescer e aprofundar esta prática
  • 9:56 - 9:58
    foi a Filadélfia.
  • 9:58 - 10:02
    Começaram a sua primeira
    reunião semanal de defesa participativa
  • 10:02 - 10:04
    na semana passada.
  • 10:04 - 10:08
    A pessoa que levámos
    da Califórnia para Filadélfia
  • 10:09 - 10:13
    para partilhar o seu testemunho
    e informá-los de que é possível,
  • 10:13 - 10:15
    foi Ramon Vasquez,
  • 10:16 - 10:19
    que saiu duma cadeia
    em Santa Clara County, na Califórnia,
  • 10:19 - 10:22
    para inspirar uma comunidade
    sobre o que é possível fazer
  • 10:22 - 10:26
    com a perseverança da comunidade
    em todo o país.
  • 10:27 - 10:32
    Em todos os centros, ainda usamos
    um sistema de medição que inventámos.
  • 10:33 - 10:34
    Chama-se "salvador de tempo".
  • 10:34 - 10:37
    É uma expressão que ainda usamos
    nas reuniões semanais.
  • 10:37 - 10:41
    Quando uma família vai a uma reunião
    pela primeira vez, dizemos-lhe:
  • 10:41 - 10:43
    "Se vocês não fizerem nada,
  • 10:43 - 10:45
    "o sistema está programado
  • 10:45 - 10:47
    "para dar aos vossos entes queridos
    o 'tempo de serviço'.
  • 10:47 - 10:50
    "Esta é a linguagem que o sistema usa
  • 10:50 - 10:52
    "para quantificar
    o tempo de encarceramento.
  • 10:52 - 10:56
    "Mas se vocês se envolverem
    e participarem,
  • 10:56 - 10:59
    "podem transformar esse tempo
    em tempo poupado.
  • 11:00 - 11:04
    "Ou seja, em casa com vocês,
    a viver a vida que devia viver."
  • 11:04 - 11:08
    Para Carnell, por exemplo,
    isso representou cinco anos poupados.
  • 11:09 - 11:12
    Quando somamos o tempo poupado
  • 11:12 - 11:15
    de todas as diferentes
    defesas participativas
  • 11:15 - 11:17
    através do trabalho,
    das reuniões e dos tribunais,
  • 11:17 - 11:21
    e da biografia social,
    dos vídeos e dos pacotes,
  • 11:21 - 11:27
    temos 4218 anos poupados
    ao tempo de prisão.
  • 11:29 - 11:32
    Estes anos são vidas de pais e filhos,
  • 11:32 - 11:35
    de jovens que vão para a faculdade
    em vez de irem para a prisão.
  • 11:35 - 11:38
    Estamos a acabar
    com um ciclo de sofrimento.
  • 11:39 - 11:43
    E quando considerarem que,
    no meu estado natal da Califórnia,
  • 11:44 - 11:50
    custa 60 000 dólares manter alguém
    no sistema penitenciário da Califórnia,
  • 11:51 - 11:54
    isso significa que essas famílias
    estão a poupar aos seus Estados
  • 11:55 - 11:57
    um monte de dinheiro.
  • 11:57 - 12:00
    Eu não sou matemático,
    eu não fiz as contas,
  • 12:00 - 12:03
    mas esse dinheiro e esses recursos
    podiam ser atribuídos
  • 12:03 - 12:06
    a serviços de saúde mental,
  • 12:06 - 12:09
    a tratamento de drogas, ao ensino.
  • 12:10 - 12:14
    Nós usamos estas "T-shirts" nos tribunais
  • 12:15 - 12:16
    por todo o país.
  • 12:16 - 12:18
    As pessoas estão a usar esta "T-shirt"
  • 12:18 - 12:22
    porque querem proteger
    imediatamente a sua gente
  • 12:22 - 12:24
    na sala de audiências.
  • 12:24 - 12:27
    Mas o que lhes estamos a dizer
  • 12:27 - 12:30
    é que, enquanto amadores,
    eles estão a criar uma nova área,
  • 12:30 - 12:32
    um novo movimento,
  • 12:32 - 12:36
    que vai mudar para sempre o modo
    como a justiça é entendida no nosso país.
  • 12:37 - 12:38
    Obrigado.
  • 12:38 - 12:41
    (Aplausos)
Title:
Reforma da justiça criminal promovida pela comunidade
Speaker:
Ray Jaydev
Description:

O organizador da comunidade Raj Jayaden quer transformar os tribunais dos EUA, com a inclusão da "defesa participativa" — um movimento crescente que capacita as famílias e os membros da comunidade para causar impacto no processo dos seus entes queridos.
Ele partilha um notável resultado do trabalho deles, incluindo mais de 4000 anos de "tempo poupado" à prisão — e mostra que este novo modelo poderá mudar o panorama do poder nos tribunais.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
12:54

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