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Quer falar como um líder? Comece dizendo seu nome direito | Laura Sicola | TEDxPenn

  • 0:22 - 0:25
    Um dos tópicos mais abordados
    em cursos e livros atualmente,
  • 0:25 - 0:28
    sobre as habilidades
    de comunicação de líderes,
  • 0:28 - 0:30
    é o conceito de "presença executiva".
  • 0:30 - 0:33
    O que significa? Qual a sua definição?
  • 0:33 - 0:35
    Ela pode ser ensinada ou aprendida?
  • 0:35 - 0:41
    O Center for Talent Innovation
    identificou seus três pilares:
  • 0:41 - 0:44
    aparência, habilidades
    comunicativas e seriedade.
  • 0:44 - 0:48
    Seriedade tem a ver com coisas
    como: "Suas palavras conseguem convencer?"
  • 0:48 - 0:51
    "Você é capaz de tomar
    decisões difíceis e sustentá-las?"
  • 0:52 - 0:54
    Uma das peças que faltam
  • 0:54 - 1:00
    quando pensamos sobre o que há
    entre as linhas de conceitos amplos,
  • 1:00 - 1:04
    como habilidades
    comunicativas e seriedade,
  • 1:04 - 1:07
    é a "presença executiva vocal",
    como a chamo.
  • 1:07 - 1:08
    É o elo perdido.
  • 1:08 - 1:12
    Como soamos ao tomar decisões difíceis?
  • 1:12 - 1:16
    Sua postura reforça sua mensagem
    e cria a imagem que você quer?
  • 1:16 - 1:18
    Ou ela a sabota?
  • 1:19 - 1:23
    O que acontece quando estou tentando
    dissipar uma situação tensa e digo:
  • 1:23 - 1:27
    "Atenção, todo mundo, muita calma agora,
    precisamos reavaliar a situação".
  • 1:29 - 1:32
    Na pior das hipóteses, estou
    colocando mais lenha na fogueira;
  • 1:32 - 1:36
    na melhor, vão acabar me aconselhando
    a passar a tomar café descafeinado.
  • 1:36 - 1:38
    (Risos)
  • 1:39 - 1:41
    Tem a ver com como nos conectamos.
  • 1:41 - 1:43
    Costumo trabalhar com pessoas
  • 1:43 - 1:47
    que estão se preparando para apresentações
    e coletivas de imprensa.
  • 1:47 - 1:49
    E tem gente que fala assim:
  • 1:49 - 1:51
    "Temos paixão
  • 1:51 - 1:55
    por ajudar crianças e melhorar
    a qualidade de nossas escolas".
  • 1:55 - 1:59
    E penso comigo mesma:
    "Sério? Você quase me enganou".
  • 2:00 - 2:05
    Há uma declaração sobre paixão,
    mas não há evidência disso.
  • 2:05 - 2:07
    O problema é a dissociação
  • 2:07 - 2:11
    entre a escolha das palavras
    e sua execução, a forma como são ditas.
  • 2:11 - 2:14
    E isso cria um problema de credibilidade.
  • 2:14 - 2:19
    Existe um importante estudo
    sobre os sentimentos e as atitudes
  • 2:19 - 2:23
    como resultado da consistência
    ou da inconsistência
  • 2:23 - 2:26
    das pistas verbais
    e não verbais das mensagens.
  • 2:26 - 2:27
    E o que descobriram
  • 2:27 - 2:30
    foi que, quando pediam às pessoas
    para avaliar palestrantes
  • 2:30 - 2:33
    no quesito sinceridade,
  • 2:35 - 2:40
    38% das avaliações se basearam
    no tom de voz do palestrante.
  • 2:40 - 2:45
    O tom aqui como os altos e baixos
    nos padrões da entonação.
  • 2:46 - 2:51
    Por outro lado, apenas 7% dessas decisões
  • 2:51 - 2:54
    foram baseadas nas palavras
    do orador escolhido,
  • 2:54 - 2:58
    e os restantes 55%, que estavam
    observando pistas não verbais,
  • 2:58 - 3:03
    se basearam em pistas não verbais
    como postura, contato visual, etc.
  • 3:04 - 3:05
    Bem, isso é um estudo.
  • 3:05 - 3:08
    Temos de ser cuidadosos,
    pois muitas pessoas adoram deturpá-lo.
  • 3:08 - 3:10
    E ouvimos pessoas
    encherem a boca para falar:
  • 3:10 - 3:13
    "Vocês sabem, 55% de toda
    a comunicação é não verbal".
  • 3:14 - 3:18
    Isso está longe de ser verdade,
    e não é o que o estudo está dizendo,
  • 3:18 - 3:22
    mas o que podemos pegar desse estudo,
    e montes de pesquisas posteriores na área,
  • 3:22 - 3:24
    é a importância de parecermos confiáveis.
  • 3:25 - 3:27
    Gostaria que pensassem nisso
  • 3:27 - 3:31
    no contexto de uma preparação
    para algum tipo de apresentação.
  • 3:32 - 3:36
    Você passa 38% do seu tempo
    trabalhando na apresentação?
  • 3:37 - 3:38
    Se for como a maioria das pessoas,
  • 3:38 - 3:41
    provavelmente passa grande parte,
    senão todo o tempo,
  • 3:41 - 3:46
    trabalhando no conteúdo: o esquema,
    o roteiro, os eslaides do PowerPoint,
  • 3:46 - 3:50
    se assegurando de ter um gráfico legal
    e algumas animações maneiras,
  • 3:50 - 3:53
    processando dados para colocar em tabelas.
  • 3:53 - 3:55
    No entanto, depois de todo esse trabalho,
  • 3:55 - 3:59
    nós meio que improvisamos a apresentação,
    esperando que seja boa o suficiente.
  • 3:59 - 4:02
    E, no final, ela é relativamente fraca,
  • 4:02 - 4:06
    e pode sabotar tanto seus objetivos
    e metas imediatos,
  • 4:06 - 4:09
    quanto sua imagem e reputação
    permanentemente.
  • 4:10 - 4:13
    O fato é que, se quiser
    ser visto como um líder,
  • 4:13 - 4:15
    você tem de falar como um.
  • 4:15 - 4:18
    Você tem de demonstrar
    presença executiva vocal.
  • 4:21 - 4:24
    Parte da presença executiva vocal
  • 4:24 - 4:28
    é a habilidade de ler uma plateia
    e identificar o tipo de pessoa
  • 4:28 - 4:32
    de quem ela estaria mais propensa
    a receber sua mensagem,
  • 4:32 - 4:36
    e depois descobrir como falar
    como aquele tipo de pessoa.
  • 4:38 - 4:42
    Bem, de maneira geral,
    todos nascemos com a voz que temos,
  • 4:42 - 4:45
    mas temos muito controle
    sobre como a usamos.
  • 4:45 - 4:47
    Um grande exemplo
    disso é Margaret Thatcher.
  • 4:47 - 4:50
    Ela foi a primeira mulher
    no parlamento britânico,
  • 4:50 - 4:53
    e era abertamente caçoada
    por muitos de seus oponentes
  • 4:53 - 4:57
    com frases como: "Penso
    que a senhora berra demais",
  • 4:57 - 5:00
    porque, quando ela estava
    no calor de uma discussão,
  • 5:00 - 5:03
    o tom de sua voz subia
    e se tornava bastante estridente.
  • 5:03 - 5:06
    Assim, quando decidiu
    se candidatar a primeira-ministra,
  • 5:06 - 5:09
    ela treinou com um tutor
    do Teatro Nacional,
  • 5:09 - 5:13
    que a ajudou a abaixar seu tom de voz,
    de modo a soar com mais autoridade.
  • 5:13 - 5:15
    E isso é de fato muito importante,
  • 5:15 - 5:19
    pois a voz provoca efeitos tanto
    cognitivos quanto emocionais no ouvinte.
  • 5:19 - 5:21
    Vamos começar com os cognitivos.
  • 5:22 - 5:27
    Falamos sobre o tom, aqueles 38%,
    os altos e baixos de sua voz.
  • 5:27 - 5:29
    Se usarmos isso de forma estratégica,
  • 5:29 - 5:31
    podemos de fato ajudar o ouvinte a focar
  • 5:31 - 5:34
    as palavras e partes
    mais importantes da mensagem,
  • 5:34 - 5:36
    o que contribui para suavizar
    o processamento
  • 5:36 - 5:39
    e o ajuda a compreender e potencialmente
    lembrar o que estamos dizendo.
  • 5:39 - 5:42
    E isso pode ter uma influência persuasiva.
  • 5:44 - 5:45
    Quando ouvimos um discurso,
  • 5:45 - 5:49
    nós o processamos na forma
    das chamadas unidades ou grupos tonais.
  • 5:49 - 5:54
    E começamos primeiro
    fixando o padrão da entonação
  • 5:54 - 5:58
    e ancorando o que ouvimos
    onde esses picos mais altos estão.
  • 5:59 - 6:00
    E, então, se necessário,
  • 6:00 - 6:06
    permitimos nossa imaginação preencher
    o que há nesses vales de sons mais baixos.
  • 6:06 - 6:09
    Um exemplo disso são as letras de música.
  • 6:09 - 6:11
    Todos já vivemos a situação
  • 6:11 - 6:13
    de estarmos cantando
    nossa música favorita
  • 6:13 - 6:18
    e, de repente, percebermos -- ou talvez
    alguém nem tão gentil assim aponta --
  • 6:18 - 6:21
    que estamos cantando errado a letra.
  • 6:21 - 6:22
    Já passaram por isso?
  • 6:23 - 6:25
    Muita gente balançando a cabeça.
  • 6:25 - 6:26
    Há uma canção famosa,
  • 6:26 - 6:28
    "What a wonderful world",
    de Louis Armstrong.
  • 6:29 - 6:31
    Acho que todos a conhecem.
  • 6:31 - 6:33
    E nela há uma frase que fala:
  • 6:33 - 6:36
    "o brilho abençoado do dia
    e a escuridão sagrada da noite".
  • 6:37 - 6:40
    Mas, quando eu era criança,
    pensava que a frase era:
  • 6:40 - 6:43
    "o brilho abençoado do dia
    e a escuridão da sacada da noite".
  • 6:43 - 6:44
    (Risos)
  • 6:44 - 6:46
    Bem, isso faz algum sentido?
  • 6:46 - 6:50
    Não, mas aceitei isso, em parte
    porque, primeiro e antes de tudo,
  • 6:50 - 6:56
    combina esses padrões de entonação
    e também esses picos tonais,
  • 6:56 - 6:59
    as vogais, essas sílabas,
    que estão no alto.
  • 6:59 - 7:01
    E então, nas partes
    que são menos salientes,
  • 7:01 - 7:04
    que foram menos enfatizadas,
    nesse vales tonais,
  • 7:04 - 7:06
    eu me permiti criar o resto.
  • 7:07 - 7:10
    Isso também reflete por que falantes
    eficazes, quando estão falando,
  • 7:10 - 7:14
    vão enfatizar as palavras mais importantes
    com um tom mais alto.
  • 7:15 - 7:17
    Bem, se usarmos a tonalidade
    de forma estratégica,
  • 7:17 - 7:20
    isso pode influenciar positivamente
    a impressão que vamos causar,
  • 7:20 - 7:23
    para tentar estabelecer
    nós mesmos como líderes
  • 7:23 - 7:25
    no momento em que conhecemos alguém.
  • 7:26 - 7:27
    É realmente importante, é claro,
  • 7:27 - 7:31
    causar uma primeira impressão
    inesquecível, boa e forte.
  • 7:31 - 7:34
    Mas isso é difícil quando sentimos
  • 7:34 - 7:36
    que não prestamos nem pra lembrar
    o nome das pessoas.
  • 7:36 - 7:38
    Já se sentiu assim?
  • 7:38 - 7:41
    Bem, vou absolvê-lo de metade dessa culpa.
  • 7:42 - 7:45
    E isso porque, quando a maioria
    das pessoas se apresentam a você,
  • 7:45 - 7:48
    elas pronunciam seu próprio nome errado.
  • 7:49 - 7:51
    Bem, talvez não tecnicamente errado,
  • 7:51 - 7:56
    mas elas o pronunciam de uma forma
    que usa um ritmo e um padrão de entonação
  • 7:56 - 7:59
    que torna isso mais difícil para você
    entender o que elas estão dizendo.
  • 8:01 - 8:04
    E, aliás, absolvo você apenas
    da metade da responsabilidade,
  • 8:04 - 8:08
    porque na outra metade do tempo
    você é a pessoa se apresentando.
  • 8:08 - 8:12
    Assim, se eu quiser saber
    se estou me apresentando
  • 8:12 - 8:15
    e ajudando o ouvinte a realmente
    entender meu nome,
  • 8:15 - 8:16
    e, ao entendê-lo,
  • 8:16 - 8:20
    eles poderão felizmente se lembrar dele,
    e, consequentemente, lembrar de mim,
  • 8:20 - 8:23
    preciso começar deixando minha voz subir,
  • 8:23 - 8:27
    alta assim, no meu primeiro nome,
    como se dissesse: "Ainda não terminei",
  • 8:27 - 8:30
    então, no topo fazemos uma pequena pausa,
  • 8:30 - 8:36
    que vai permitir uma pausa de som
    para indicar ligação de palavra,
  • 8:36 - 8:40
    e então, no nosso último nome,
    queremos descer, deixar o tom cair,
  • 8:40 - 8:42
    como se disséssemos: "Agora acabei",
  • 8:42 - 8:45
    como se estivéssemos colocando
    um pequeno ponto no fim.
  • 8:45 - 8:48
    Assim, em vez de embaralhar
    seu caminho ao se apresentar,
  • 8:48 - 8:51
    como: "Oi, meu nome
    é Laura Sicola", e blá-blá-blá,
  • 8:51 - 8:54
    quero focar e ajudar
    meu ouvinte a entender,
  • 8:54 - 8:59
    e então vou fazer meu melhor para dizer:
    "Oi, meu nome é Laura Sicola".
  • 8:59 - 9:03
    E vão ficar impressionados com a diferença
    que esse tom estratégico pode fazer
  • 9:03 - 9:05
    mesmo em algo tão pequeno assim.
  • 9:06 - 9:10
    Agora, claro, se usamos nossa entonação
    de forma automática,
  • 9:10 - 9:12
    colocando-a no lugar errado,
  • 9:12 - 9:15
    podemos causar o efeito exatamente oposto.
  • 9:15 - 9:18
    Podemos distrair a atenção do ouvinte
    do que é o mais importante,
  • 9:18 - 9:21
    e tornar mais difícil para ele
    processar o que estamos dizendo.
  • 9:22 - 9:26
    E um dos exemplos mais comuns
    e, na minha opinião, mais chatos disso,
  • 9:26 - 9:29
    que tem se tornado mais e mais prevalente
    na sociedade hoje em dia,
  • 9:29 - 9:31
    é um fenômeno chamado "subir o tom",
  • 9:31 - 9:36
    conhecido como "subir a conversa"
    ou, tecnicamente, entonação ascendente.
  • 9:36 - 9:39
    É o padrão que as pessoas
    estão usando para falar,
  • 9:39 - 9:41
    adicionando esses tons interrogativos
  • 9:41 - 9:43
    nos finais de todas
    suas frases e sentenças:
  • 9:43 - 9:45
    "Sabe?", como se estivessem sugerindo
  • 9:45 - 9:48
    um monte de "tás" e "certos",
    um atrás do outro,
  • 9:48 - 9:50
    como se houvesse uma profunda insegurança
  • 9:50 - 9:52
    e necessidade patológica
    de constante validação?
  • 9:52 - 9:54
    (Risos)
  • 9:54 - 9:55
    Sabe?
  • 9:55 - 9:56
    (Risos)
  • 9:59 - 10:03
    O problema de falar assim
    é que acabamos enfatizando
  • 10:03 - 10:06
    apenas seja lá o que aleatoriamente
    estiver no fim da frase.
  • 10:07 - 10:10
    Isso não ajuda ninguém a processar
    o que você está dizendo.
  • 10:10 - 10:14
    E a repetição dessa monótona retomada
    cadenciada pode ser bem hipnótica
  • 10:14 - 10:16
    e, então, depois de um tempo,
    nem sabemos mais
  • 10:16 - 10:20
    se a plateia está ouvindo alguma coisa
    do que estamos dizendo, muito menos isso.
  • 10:21 - 10:23
    Aliás, eu tenho de ressaltar
  • 10:23 - 10:27
    que isso não é apenas
    um fenômeno das patricinhas,
  • 10:27 - 10:29
    como é conhecido por muitas pessoas.
  • 10:29 - 10:32
    Mais e mais hoje em dia esse crime
    vocal contra a humanidade
  • 10:32 - 10:35
    está sendo perpetrado
    por homens e mulheres, velhos e jovens,
  • 10:35 - 10:37
    de todos os níveis de instrução.
  • 10:37 - 10:40
    Parabéns, pessoal, vocês acabaram
    com a lacuna de gênero.
  • 10:40 - 10:41
    É assim que se faz!
  • 10:41 - 10:43
    (Risos)
  • 10:44 - 10:48
    Continuando, um dos problemas
  • 10:48 - 10:51
    é que, obviamente, quando as pessoas,
    ouvem essa entonação,
  • 10:51 - 10:55
    tendem ter uma resposta
    muito negativa e até visceral.
  • 10:55 - 10:59
    Nao é apenas a antítese
    da autoridade vocal.
  • 10:59 - 11:03
    É quase como o equivalente vocal
    de ficar enrolando o cabelo, sabe?
  • 11:04 - 11:07
    Assim, quando as pessoas têm
    essa resposta visceral,
  • 11:07 - 11:11
    isso nos leva agora
    aos efeitos emocionais da voz.
  • 11:13 - 11:17
    Vamos começar pensando sobre algumas
    pessoas que têm vozes inconfundíveis.
  • 11:18 - 11:20
    Vamos começar com James Earl Jones,
  • 11:20 - 11:23
    talvez melhor conhecido
    como a voz icônica do Darth Vader.
  • 11:24 - 11:29
    Bem, na minha opinião, com aquela voz
    profunda, rica, grave, que ele tem,
  • 11:29 - 11:32
    até a leitura dos ingredientes
    num vidro de shampoo
  • 11:32 - 11:33
    soaria como poesia.
  • 11:33 - 11:34
    (Risos)
  • 11:34 - 11:37
    Mas ele provavelmente
    não teria sido bem-sucedido
  • 11:37 - 11:40
    se tivesse tentado fazer o papel
    de Elmo na Vila Sésamo.
  • 11:40 - 11:42
    (Risos)
  • 11:44 - 11:47
    Que tal alguém como Fran Drescher,
  • 11:47 - 11:53
    com aquela voz nasal inconfundível,
    chorosa, direto do Queens, NY?
  • 11:54 - 11:56
    Ela era ótima na TV como "The Nanny",
  • 11:56 - 12:00
    mas ela provavelmente teria tido
    menos sucesso como Darth Vader.
  • 12:00 - 12:01
    (Risos)
  • 12:01 - 12:04
    Vocês conseguem imaginá-la ao lado
    de Luke Skywalker dizendo:
  • 12:04 - 12:07
    "Luke, eu sou seu pai!"
  • 12:07 - 12:09
    (Risos)
  • 12:10 - 12:12
    Simplesmente não ia funcionar!
  • 12:14 - 12:17
    Mas é uma ótima voz para comédias,
  • 12:17 - 12:21
    mas não necessariamente
    a voz que queremos encontrar
  • 12:21 - 12:24
    quando você estiver procurando
    alguém para cuidar de um funeral.
  • 12:24 - 12:26
    O contexto é tudo.
  • 12:26 - 12:31
    No contexto de um funeral, busca-se
    alguém que fale de modo empático,
  • 12:31 - 12:34
    com compaixão, que pareça alguém
    em quem se pode confiar
  • 12:34 - 12:39
    para tomar conta de você e sua família
    num momento de grande estresse emocional.
  • 12:40 - 12:45
    E o problema é que, quando encontramos
    alguém com uma voz desagradável
  • 12:46 - 12:49
    ou alguém que não parece
    ter tais características
  • 12:49 - 12:53
    do tipo de pessoa que estamos procurando,
    que não parece esse tipo de pessoa,
  • 12:53 - 12:55
    podemos descartá-los.
  • 12:55 - 12:57
    Podemos nos desligar,
  • 12:57 - 12:59
    e não queremos nem mesmo
    ouvir o resto da mensagem,
  • 12:59 - 13:01
    não importa quão importante
    a informação seja.
  • 13:01 - 13:06
    Inconscientemente, queremos realmente
    uma voz que combine com a mensagem.
  • 13:07 - 13:10
    Isso significa que a presença executiva
    vocal tem a ver com representar?
  • 13:10 - 13:13
    Não, pelo contrário,
    é exatamente o oposto.
  • 13:13 - 13:16
    Você tem de ser autêntico,
    tem de ser você mesmo.
  • 13:16 - 13:18
    Mas o segredo é reconhecer
  • 13:18 - 13:22
    quais partes de sua personalidade precisam
    brilhar em determinado momento
  • 13:22 - 13:26
    e como transmitir isso através
    de sua voz e do estilo do seu discurso.
  • 13:27 - 13:29
    Bem, vocês estão me ouvindo aqui hoje
  • 13:29 - 13:33
    em parte porque a maneira
    com me apresento faz sentido para vocês
  • 13:33 - 13:37
    e vai ao encontro de suas expectativas
    de como uma palestrante TED deve falar.
  • 13:38 - 13:42
    Mas não posso usar este mesmo estilo
    de discurso com meu sobrinho de três anos.
  • 13:44 - 13:48
    Ele ia ficar imaginando por que
    a tia Laura não é divertida mais,
  • 13:48 - 13:50
    e provavelmente não iria brincar comigo.
  • 13:50 - 13:52
    Mas, ao mesmo tempo,
    não posso vir aqui hoje
  • 13:52 - 13:54
    e falar com vocês da mesma forma
    como falo com ele.
  • 13:55 - 13:57
    Conseguem me imaginar dizendo:
  • 13:57 - 13:59
    "Oi, pessoal, tenho uma ótima ideia!
  • 13:59 - 14:01
    Vamos falar sobre presença
    vocal executiva!"
  • 14:01 - 14:02
    (Risos)
  • 14:02 - 14:05
    Vocês pensariam: "Você está
    de brincadeira? Quem é esta louca?
  • 14:05 - 14:09
    O que ela pode saber
    sobre liderança ou algo executivo?
  • 14:09 - 14:12
    E, falando nisso, quem a convidou?"
  • 14:12 - 14:13
    A propósito, foram eles.
  • 14:13 - 14:15
    (Risos)
  • 14:16 - 14:19
    Eu chamo isso de "trabalhar
    sua voz prismática".
  • 14:21 - 14:24
    Mas eu não estou atuando.
  • 14:24 - 14:26
    É apenas uma forma de reconhecer
  • 14:26 - 14:31
    e estar ciente de duas necessidades
    e expectativas diferentes da plateia,
  • 14:31 - 14:34
    e então identificar quais partes
    da minha personalidade
  • 14:34 - 14:36
    quero deixar transparecer e como,
  • 14:36 - 14:39
    de modo a garantir que estejam
    abertos a minha mensagem.
  • 14:39 - 14:44
    E com relação à grande noção,
    à metáfora, a voz prismática,
  • 14:44 - 14:49
    da mesma forma que a luz branca
    passa pelo prisma
  • 14:49 - 14:53
    e se decompõe nas cores do arco-íris
    que compõem aquela luz branca,
  • 14:53 - 14:55
    quando a luz branca de sua personalidade
  • 14:55 - 14:58
    passar através do prisma
    de algum contexto situacional,
  • 14:58 - 15:01
    você precisa olhar
    para todas as cores disponíveis,
  • 15:01 - 15:04
    todas as partes diferentes de sua personalidade,
  • 15:04 - 15:08
    e decidir qual vai precisar
    ressaltar no momento e como,
  • 15:08 - 15:12
    de modo a ser mais efetivo
    e apropriado naquele momento.
  • 15:12 - 15:15
    E se você descobrir como usar bem isso,
  • 15:15 - 15:20
    então pode criar seu próprio, único
    e autêntico discurso de liderança.
  • 15:20 - 15:22
    Obrigada.
  • 15:22 - 15:24
    (Aplausos)
Title:
Quer falar como um líder? Comece dizendo seu nome direito | Laura Sicola | TEDxPenn
Description:

Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais, visite http://ted.com/tedx

Como podemos falar de forma a parecer pessoas confiáveis? Laura Sicola nos mostra como nossa postura vocal influencia a forma como nossa mensagem é recebida, e como usar esse fenômeno a nosso favor. Aprenda como aperfeiçoar sua "presença executiva vocal" e causar o impacto vocal desejado.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
15:33

Portuguese, Brazilian subtitles

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