Capacitar as crianças para vencerem a dependência em tecnologia |Lisa Strohman | TEDxPasadena
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0:12 - 0:14Eu tinha apenas nove anos,
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0:14 - 0:17quando tive a minha primeira
conversa sobre dependência. -
0:19 - 0:20Parece que foi ontem.
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0:21 - 0:22Não eram drogas ou álcool.
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0:23 - 0:25Minha droga era o videogame.
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0:26 - 0:27(Risos)
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0:27 - 0:30Meus pais tiveram um divórcio terrível,
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0:30 - 0:33e acredito que para aliviar a dor,
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0:33 - 0:35meu pai veio para casa uma tarde
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0:35 - 0:40com um Atari 2600 novíssimo,
de última geração. -
0:40 - 0:43(Risos) (Aplausos)
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0:44 - 0:47Foi um grande acontecimento.
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0:48 - 0:51Gastar dinheiro era
fora do normal para o meu pai. -
0:51 - 0:57Até hoje, ele ainda usa
limão e açúcar na água -
0:57 - 0:59em vez de comprar limonada no restaurante.
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1:00 - 1:01(Risos)
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1:01 - 1:02Mas naquele dia...
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1:03 - 1:06(Risos)
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1:06 - 1:10Naquele dia, depois que o entusiasmo
e o choque passaram, -
1:10 - 1:15meu irmão e eu sentamos e instalamos
o console para começar a jogar. -
1:16 - 1:19Na verdade, tive que esperar meu irmão
sair para o treino até ser a minha vez. -
1:20 - 1:22Mas, quando foi a minha vez,
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1:22 - 1:26coloquei o jogo "Pitfall"
e joguei por horas. -
1:27 - 1:30Ainda consigo lembrar
do som que o cartucho fazia -
1:30 - 1:32quando era encaixado no lugar.
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1:33 - 1:37Eu mantive o personagem principal do jogo,
Harry, jogando por horas, -
1:37 - 1:39coletando joias, pulando sobre jacarés.
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1:40 - 1:45Se eu perdesse alguma, eu voltava
ao início e começava de novo. -
1:46 - 1:51Eu era incansável na busca da perfeição;
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1:52 - 1:55eu estava obcecada em conseguir
a pontuação perfeita. -
1:57 - 1:59Mas essa obsessão não durou muito,
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1:59 - 2:05porque, pelo canto do olho,
vi vovó Drake me observando, preocupada. -
2:07 - 2:10Minha avó era alguém que eu estimava
profundamente na minha vida. -
2:11 - 2:13Ela foi a pessoa que me manteve centrada
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2:13 - 2:19em uma época cheia de divórcio, pobreza
e até uma ocasional falta de abrigo. -
2:21 - 2:25Minha avó era alguém que,
não importa o que dissesse para você, -
2:26 - 2:30era sempre honesta,
algumas vezes até brutalmente. -
2:32 - 2:35Naquele dia, continuei a jogar...
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2:36 - 2:38lembram da minha obsessão
pela pontuação perfeita? -
2:39 - 2:41E, finalmente, eu atingi a perfeição.
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2:42 - 2:47Ela ficou sentada lá por horas,
calmamente esperando por mim, -
2:47 - 2:50e então me convidou a ir
conversar com ela no quarto. -
2:50 - 2:53Era algo que ela tinha feito
várias vezes antes. -
2:54 - 2:55Mas, naquele dia,
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2:56 - 3:00ela percebeu que havia algumas verdades
dolorosas que eu estava pronta para ouvir. -
3:02 - 3:03Ela conversou sobre minha família,
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3:03 - 3:06que, fiquei sabendo,
foi forjada pela dependência: -
3:06 - 3:10drogas, jogos, álcool;
o que você pensar, nós tivemos. -
3:11 - 3:13Mas o que fiquei surpresa em saber
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3:13 - 3:17foi como a dependência ocorria
em ambos os lados da minha família. -
3:19 - 3:21Pode-se dizer que fui duplamente abençoada
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3:21 - 3:24com o que hoje chamo, carinhosamente,
minha loteria genética. -
3:25 - 3:28Mas, infelizmente, não estou sozinha.
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3:28 - 3:30Os cientistas hoje estimam
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3:30 - 3:32que mais de 50 milhões de norte-americanos
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3:32 - 3:37lutam contra a dependência
em algum momento da vida. -
3:38 - 3:40Cinquenta milhões de norte-americanos!
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3:41 - 3:44Drogas, álcool, jogos, pornografia, sexo;
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3:45 - 3:48até mesmo compra pela internet
pode ser uma dependência. -
3:49 - 3:52E hoje, estas são algumas
das dependências mais recentes. -
3:54 - 3:58A diferença em relação ao que chamo
de dependências socialmente aceitáveis -
3:59 - 4:01é que essas nós raramente discutimos.
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4:02 - 4:06Confiem em mim, ninguém sentou
com a vovó Drake para ter uma conversa -
4:06 - 4:10sobre sua coleção de mais de 2 mil zebras
como um problema real. -
4:10 - 4:13(Risos)
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4:15 - 4:19Hoje, temos uma nova
dependência socialmente aceitável -
4:19 - 4:20que é a tecnologia.
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4:21 - 4:23(Risos)
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4:24 - 4:30Todos os dias, no mundo todo, crianças
gastam incontáveis horas na internet, -
4:30 - 4:35postando nas redes sociais, jogando online
e, até mesmo, só assistindo vídeos. -
4:36 - 4:38A parte mais alarmante disso
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4:38 - 4:40é que muitas dessas crianças
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4:41 - 4:46estão recebendo seus dispositivos
pessoais com seis ou sete anos. -
4:48 - 4:52Quando você leva em consideração
o mais recente censo nos Estados Unidos, -
4:53 - 4:57que identificou mais de 21 milhões
de crianças com menos de cinco anos, -
4:59 - 5:03e olha as pesquisas que dizem
que 85% dos pais norte-americanos -
5:03 - 5:05permitiram que essas jovens crianças
-
5:05 - 5:07ficassem online semanalmente
-
5:07 - 5:09e, em muitos casos,
diariamente desde a infância, -
5:10 - 5:15significa que, só nos EUA,
temos mais de 17 milhões de crianças -
5:16 - 5:18crescendo conectadas,
permanentemente, à tecnologia. -
5:21 - 5:24Então, quando sobrepomos
esse uso excessivo da tecnologia -
5:24 - 5:29a esse período crítico
do desenvolvimento do cérebro infantil, -
5:29 - 5:30surge a pergunta:
-
5:31 - 5:35estaríamos potencialmente criando
uma nova geração de dependentes? -
5:36 - 5:39Vamos dar uma olhada na ciência.
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5:39 - 5:41Nesta imagem, você vê um cérebro saudável.
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5:42 - 5:46Esta grande área vermelha
são nossos receptores de dopamina. -
5:47 - 5:50Em contraste, o cérebro
de um dependente de drogas. -
5:51 - 5:55Os receptores de dopamina neste exame
estão significativamente reduzidos. -
5:56 - 5:58Muitas pessoas consideram a dopamina
-
5:58 - 6:01como sendo o neuroquímico
que nos faz sentir bem, -
6:01 - 6:03mas os cientistas, hoje, consideram
-
6:03 - 6:07que a dopamina tem mais a ver
com motivação e reforço -
6:07 - 6:09no centro de recompensa do nosso cérebro.
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6:09 - 6:12Podemos pensar nisso
como um sistema de "fazer novamente" -
6:13 - 6:16mais do que um sistema de "sentir-se bem".
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6:16 - 6:20O cérebro de um dependente
o está motivando a repetir sempre. -
6:21 - 6:25Mas até mesmo recompensas naturais,
como comer, fazer sexo, -
6:26 - 6:29produzem as mesmas
respostas neuroquímicas. -
6:30 - 6:31A diferença é que, com as drogas,
-
6:32 - 6:35nosso cérebro é inundado
com até dez vezes mais dopamina. -
6:36 - 6:40o que leva o usuário a ter
esse comportamento repetidamente -
6:41 - 6:46e faz as recompensas mais naturais
parecerem inadequadas, na comparação. -
6:47 - 6:49Então vamos ver o que é
ser um dependente tecnológico. -
6:50 - 6:52A imagem que vamos ver
-
6:52 - 6:56é de um dependente tecnológico que passou
oito horas online rotineiramente -
6:57 - 6:58postando em redes sociais,
-
6:58 - 7:01jogando jogos online ou vendo pornografia.
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7:03 - 7:04Como podem ver na imagem,
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7:05 - 7:08o fundo parece um pouco diferente
por ser uma ciência realmente nova, -
7:09 - 7:13mas é o mesmo tipo de imagem
que considera os receptores de dopamina; -
7:14 - 7:16você pode perceber
que eles foram impactados. -
7:16 - 7:18E quando comparamos
com um cérebro saudável... -
7:20 - 7:22O dano? É obvio.
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7:22 - 7:26Quando comparamos o dependente
tecnológico com o químico... -
7:26 - 7:29O paralelo com a ocorrência de danos?
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7:29 - 7:30Incontestável.
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7:31 - 7:33Então o que isso significa para nós?
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7:33 - 7:36Bom, nós todos procuramos recompensa,
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7:37 - 7:38e as empresas de tecnologia
-
7:39 - 7:43agora entendem como mexer
com nossas necessidades primordiais: -
7:44 - 7:48as empresas começaram a contratar
neurocientistas e behavioristas -
7:49 - 7:51para trabalharem junto
com seus programadores -
7:51 - 7:54para desenvolver produtos
que mantenham os usuários ligados; -
7:56 - 8:01isso tem ido além da meta
de meramente produzir produtos úteis, -
8:02 - 8:04ao ponto de procurarem ativamente maneiras
-
8:05 - 8:08de nos manterem infinitamente conectados.
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8:10 - 8:13E se essa estratégia corporativa
soa familiar, é porque é. -
8:15 - 8:17Um comediante recentemente disse:
-
8:18 - 8:22"Phllip Morris queria só seus pulmões;
as lojas de aplicativos querem sua alma". -
8:22 - 8:24(Risos)
-
8:25 - 8:29Acho que todos nós podemos concordar
que a dependência é complicada; -
8:29 - 8:33ela envolve um relacionamento
entre um químico ou um comportamento -
8:33 - 8:37em conjunto com a genética,
o aprendizado ou o ambiente. -
8:38 - 8:41A dependência química
é mais facilmente compreendida, -
8:42 - 8:44pois, quando colocamos
algo dentro do nosso corpo, -
8:44 - 8:46podemos sentir isso fazer uma diferença.
-
8:46 - 8:48Mas dependências comportamentais
-
8:49 - 8:53são muito mais difíceis de identificar
porque não existe uma substância -
8:53 - 8:56e, consequentemente,
são muito mais difíceis de entender. -
8:57 - 8:59Quando falamos sobre dependência,
-
8:59 - 9:02estamos realmente falando da luta
do nosso cérebro por controle. -
9:03 - 9:06Se somos capazes de evitar
a substância ou o comportamento -
9:06 - 9:08quando está nos causando problemas,
-
9:08 - 9:10ótimo, não temos problema de dependência.
-
9:11 - 9:13Mas quando perdemos controle
-
9:13 - 9:18e isso começa a impactar nossos
relacionamentos, trabalho, escola, -
9:18 - 9:22nossa autoestima ou até mesmo
nossa estabilidade emocional, -
9:24 - 9:26então o ciclo vicioso
da dependência começa. -
9:28 - 9:32"Anormalidades da microestrutura", termo
que deveria destacar-se para todos nós. -
9:33 - 9:37Há centenas de estudos
em desenvolvimento atualmente -
9:37 - 9:41por cientistas que estão tentando achar
respostas para nos dar toda orientação. -
9:42 - 9:44Cada um dos estudos é complexo,
-
9:45 - 9:48mas eles estão analisando
regiões ínfimas do cérebro -
9:48 - 9:50e tentando ajudar a diferenciar
-
9:50 - 9:54entre um cérebro saudável
e um cérebro de um dependente tecnológico. -
9:55 - 9:58Esta é a estrutura,
normalmente, de um cérebro. -
9:58 - 10:02Na área periférica,
você pode ver nossa massa cinzenta; -
10:02 - 10:07é a principal responsável por processar
informações e emoções. -
10:08 - 10:11Alojada mais profundamente dentro
do cérebro está nossa massa branca; -
10:11 - 10:13como uma pista
de alta velocidade do cérebro, -
10:13 - 10:16facilita as mensagens dentro do cérebro
-
10:16 - 10:20para garantir que nossas mensagens
estejam no lugar certo, na hora certa -
10:20 - 10:23para que possamos agir de acordo com elas.
-
10:23 - 10:26A pesquisa científica
sobre a dependência tecnológica -
10:27 - 10:31tem mostrado que temos uma perda
da massa cinzenta em áreas críticas -
10:31 - 10:35e uma redução na densidade
da massa branca dentro do cérebro. -
10:37 - 10:41Ainda mais alarmante é que as áreas
do cérebro que estão sendo impactadas -
10:42 - 10:46têm a ver com controle motor,
cognição e motivação, -
10:48 - 10:51assim como as áreas
que processam as emoções, -
10:52 - 10:55a tomada de decisão
e o controle dos impulsos. -
10:57 - 11:00Geralmente, o acesso
ininterrupto à tecnologia -
11:01 - 11:05está nos tornando mais impulsivos,
desconectados, ansiosos, -
11:05 - 11:08e desregrados emocionalmente do que nunca.
-
11:09 - 11:13Sabemos agora que quanto mais
tempo as crianças gastam online, -
11:14 - 11:18mais isoladas e deprimidas elas se tornam.
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11:19 - 11:21E quanto mais tempo elas gastam
-
11:21 - 11:26vendo postagens bem selecionadas
e digitalmente alteradas nas redes sociais -
11:27 - 11:32mais inadequadas
e deprimidas elas se sentem. -
11:33 - 11:37Você deve estar se perguntando:
"Quão depressivas elas podem ficar?" -
11:37 - 11:41Um estudo recente que avaliou
32 hospitais diferentes -
11:42 - 11:44entre 2008 e 2015
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11:46 - 11:48descobriu que as admissões
nesses hospitais -
11:48 - 11:53mais do que dobraram para crianças
de 5 a 17 anos de idade -
11:53 - 11:58por automutilação
e pensamentos e ações suicidas. -
11:59 - 12:05Outro estudo relata que houve
um aumento de 200% em suicídios -
12:05 - 12:09entre garotas dos 10 aos 14 anos
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12:10 - 12:13e um aumento de 50%
entre garotos da mesma idade. -
12:14 - 12:19A maioria desses suicídios, supostamente,
relacionava-se a incidentes online. -
12:20 - 12:22A perda da conexão humana
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12:22 - 12:27através da comunicação cara a cara,
contato visual, toque, -
12:27 - 12:29está criando um futuro
para nossas crianças -
12:31 - 12:35no qual intimidade emocional, compaixão
-
12:35 - 12:37e empatia estão desaparecendo.
-
12:39 - 12:45Nossa sociedade está ficando mais focada
no número de "curtidas" ou comentários -
12:45 - 12:50do que na conexão humana
que essa curtida deveria representar. -
12:50 - 12:52Lembram daquelas imagens de cérebros?
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12:53 - 12:57Eu perco o sono com o dano não intencional
ao cérebro das nossas crianças -
12:58 - 13:00com a suposição errada
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13:00 - 13:03de que o uso excessivo de tecnologia
é totalmente inofensivo. -
13:04 - 13:07É claro que não podemos manter
nossos filhos afastados da tecnologia -
13:07 - 13:10ou isso os colocaria em grande desvantagem
-
13:10 - 13:14numa economia global que exige
que eles sejam proficientes nela. -
13:16 - 13:19Mas também estou bem consciente
pela minha educação -
13:20 - 13:22que algo simples como um smartphone
-
13:23 - 13:26pode realmente alterar estruturalmente
o cérebro da minha filha -
13:27 - 13:31e potencialmente desencadear
uma vida de dependência. -
13:33 - 13:36O mundo vai evoluir,
quer a gente goste ou não, -
13:36 - 13:38especialmente a tecnologia.
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13:38 - 13:42E a tecnologia, sem dúvida,
tem sido efetivamente positiva; -
13:43 - 13:46entretanto, com todo esse bem
vem um pouco de mal. -
13:48 - 13:50A pergunta para seguirmos adiante
-
13:50 - 13:52não é se podemos descobrir uma maneira
-
13:52 - 13:55de ter uma relação balanceada
com a tecnologia. -
13:55 - 13:57É quão rapidamente podemos chegar lá
-
13:57 - 14:00e como vai ser esse relacionamento
saudável e balanceado. -
14:02 - 14:04Passei minha carreira
-
14:05 - 14:09aprendendo, entendendo e falando
sobre o bem e o mal da tecnologia. -
14:10 - 14:12Vovó Drake me ensinou sobre eu mesma,
-
14:12 - 14:13mas, mais importante,
-
14:13 - 14:17ela me ensinou que capacitar
as crianças com conhecimento -
14:17 - 14:20e, então, confiar a elas essas informações
-
14:20 - 14:24significa que elas vão, frequentemente,
fazer escolhas melhores por causa disso. -
14:26 - 14:28Podemos todos caminhar
juntos para a luz agora -
14:28 - 14:30porque tenho provas
de que isso realmente funciona. -
14:32 - 14:35Minha equipe e eu temos
implementado um programa -
14:35 - 14:39em que capacitamos as crianças,
os pais e os educadores -
14:40 - 14:43com conhecimento sobre o uso
saudável e balanceado da tecnologia. -
14:44 - 14:45E os resultados?
-
14:45 - 14:49Crianças fazem, de fato, melhores escolhas
para si mesmas e para seus amigos -
14:50 - 14:52quando recebem o conhecimento
e a oportunidade. -
14:54 - 14:58Esses são alguns dados sobre um colégio
do ensino fundamental no qual trabalhei, -
14:58 - 15:02igual a qualquer colégio semelhante
nos EUA ou no mundo, -
15:02 - 15:06que tinha problemas crescentes
com incidentes relacionados à tecnologia: -
15:06 - 15:12bullying cibernético, plágios, postagens
inapropriadas, até mensagens sexuais. -
15:12 - 15:14Como mostra o gráfico,
-
15:15 - 15:17para lidar com incidentes
relacionados à tecnologia -
15:17 - 15:23o tempo gasto passou de 40% a 72%
-
15:23 - 15:26em apenas cinco anos.
-
15:27 - 15:29Depois de implementar nosso programa,
-
15:29 - 15:32os resultados foram realmente
chocantes, até mesmo para nós. -
15:34 - 15:37Educar crianças a serem
bons cidadãos digitais -
15:38 - 15:40ao mesmo tempo que dar
aos pais e educadores -
15:40 - 15:43as ferramentas e recursos
que eles precisavam -
15:43 - 15:46para dar suporte a essas crianças
através de algumas mudanças -
15:47 - 15:53reduziu o total de incidentes
relacionados à tecnologia em mais de 50%. -
15:54 - 15:59Isso prova que quando confiamos nas nossas
crianças com as ciências emergentes, -
15:59 - 16:00e quando conversamos com elas
-
16:01 - 16:05sobre as consequências educacionais
e legais que elas estão encarando -
16:05 - 16:08em todas as facetas de suas vidas
para o resto de suas vidas, -
16:09 - 16:11isso dá a elas uma boa direção
-
16:12 - 16:15para fazerem melhores escolhas
neste mundo digital. -
16:16 - 16:20Eu acredito que todas as crianças querem
fazer boas escolhas, tendo a oportunidade, -
16:20 - 16:26mas depende de nós educá-las
sobre como fazer isso -
16:26 - 16:28neste novo mundo.
-
16:28 - 16:32Tudo que fazemos online
é público e permanente. -
16:35 - 16:39Então agora que nós todos
conhecemos essa ciência emergente, -
16:39 - 16:43como vamos nos unir para fazer a diferença
-
16:43 - 16:45nesse problema tão real
da dependência tecnológica? -
16:47 - 16:51A resposta é simples:
conscientização e educação. -
16:52 - 16:54Este momento em que vivemos é incrível.
-
16:55 - 16:57E este é um grupo incrível de pessoas
-
16:57 - 17:01que vêm unir-se para consumir
ideias que valem a pena ser difundidas. -
17:03 - 17:07A tecnologia tem nos possibilitado
fazer tantas coisa boas, -
17:07 - 17:10mas não é totalmente sem consequências.
-
17:12 - 17:16Pitfall: esse era um jogo superdivertido
para jogar enquanto criança, -
17:16 - 17:20mas era, essencialmente, um boneco
de palito correndo pela tela -
17:21 - 17:22em, talvez, quatro cores.
-
17:22 - 17:24(Risos)
-
17:24 - 17:30Os jogos, aplicativos, programas de hoje
são muito mais sofisticados, -
17:30 - 17:32e os programadores, como aprendemos,
-
17:33 - 17:37altamente especializados
nas nossas vulnerabilidades. -
17:38 - 17:41É imperativo nos unirmos
-
17:42 - 17:47e enfrentarmos esse problema
com ousadia, honestidade e sem medo. -
17:49 - 17:52Nós temos o conhecimento
que precisamos para vencermos isso. -
17:53 - 17:57Nossas crianças estão contando conosco
para sermos sua vovó Drake. -
17:58 - 17:59Obrigada.
-
17:59 - 18:02(Aplausos)
- Title:
- Capacitar as crianças para vencerem a dependência em tecnologia |Lisa Strohman | TEDxPasadena
- Description:
-
Depois de superar um contexto familiar abundante em dependências, a psicóloga, advogada e mãe preocupada Dra. Lisa Strohman analisa a ciência que emerge do mais novo vício da sociedade: a tecnologia. Em sua palestra apaixonada e inspiradora, Dra. Strohman explica como o uso excessivo de tecnologia impacta as mentes em desenvolvimento e compartilha esperança em uma abordagem de sucesso que demonstra como o poder da conscientização e educação podem ajudar a evitar isso.
Dra. Lisa Strohman é a fundadora e diretora do Technology Wellness Center e da Digital Citizen Academy. Ela é uma das principais especialistas no campo a abordar o problema mundial da dependência e uso excessivo da tecnologia através de recursos, treinamentos e educação dos pais e educadores; assim como programas de prevenção e distração para as crianças. Ela tem trabalhado em pesquisa sobre dependência e cérebro para o congresso, o FBI e, mais recentemente, como psicóloga clínica e forense.
Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais, visite http://ted.com/tedx - Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDxTalks
- Duration:
- 18:08