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Capacitar as crianças para vencerem a dependência em tecnologia |Lisa Strohman | TEDxPasadena

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    Eu tinha apenas nove anos,
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    quando tive a minha primeira
    conversa sobre dependência.
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    Parece que foi ontem.
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    Não eram drogas ou álcool.
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    Minha droga era o videogame.
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    (Risos)
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    Meus pais tiveram um divórcio terrível,
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    e acredito que para aliviar a dor,
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    meu pai veio para casa uma tarde
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    com um Atari 2600 novíssimo,
    de última geração.
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    (Risos) (Aplausos)
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    Foi um grande acontecimento.
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    Gastar dinheiro era
    fora do normal para o meu pai.
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    Até hoje, ele ainda usa
    limão e açúcar na água
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    em vez de comprar limonada no restaurante.
  • 1:00 - 1:01
    (Risos)
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    Mas naquele dia...
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    (Risos)
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    Naquele dia, depois que o entusiasmo
    e o choque passaram,
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    meu irmão e eu sentamos e instalamos
    o console para começar a jogar.
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    Na verdade, tive que esperar meu irmão
    sair para o treino até ser a minha vez.
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    Mas, quando foi a minha vez,
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    coloquei o jogo "Pitfall"
    e joguei por horas.
  • 1:27 - 1:30
    Ainda consigo lembrar
    do som que o cartucho fazia
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    quando era encaixado no lugar.
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    Eu mantive o personagem principal do jogo,
    Harry, jogando por horas,
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    coletando joias, pulando sobre jacarés.
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    Se eu perdesse alguma, eu voltava
    ao início e começava de novo.
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    Eu era incansável na busca da perfeição;
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    eu estava obcecada em conseguir
    a pontuação perfeita.
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    Mas essa obsessão não durou muito,
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    porque, pelo canto do olho,
    vi vovó Drake me observando, preocupada.
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    Minha avó era alguém que eu estimava
    profundamente na minha vida.
  • 2:11 - 2:13
    Ela foi a pessoa que me manteve centrada
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    em uma época cheia de divórcio, pobreza
    e até uma ocasional falta de abrigo.
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    Minha avó era alguém que,
    não importa o que dissesse para você,
  • 2:26 - 2:30
    era sempre honesta,
    algumas vezes até brutalmente.
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    Naquele dia, continuei a jogar...
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    lembram da minha obsessão
    pela pontuação perfeita?
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    E, finalmente, eu atingi a perfeição.
  • 2:42 - 2:47
    Ela ficou sentada lá por horas,
    calmamente esperando por mim,
  • 2:47 - 2:50
    e então me convidou a ir
    conversar com ela no quarto.
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    Era algo que ela tinha feito
    várias vezes antes.
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    Mas, naquele dia,
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    ela percebeu que havia algumas verdades
    dolorosas que eu estava pronta para ouvir.
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    Ela conversou sobre minha família,
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    que, fiquei sabendo,
    foi forjada pela dependência:
  • 3:06 - 3:10
    drogas, jogos, álcool;
    o que você pensar, nós tivemos.
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    Mas o que fiquei surpresa em saber
  • 3:13 - 3:17
    foi como a dependência ocorria
    em ambos os lados da minha família.
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    Pode-se dizer que fui duplamente abençoada
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    com o que hoje chamo, carinhosamente,
    minha loteria genética.
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    Mas, infelizmente, não estou sozinha.
  • 3:28 - 3:30
    Os cientistas hoje estimam
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    que mais de 50 milhões de norte-americanos
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    lutam contra a dependência
    em algum momento da vida.
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    Cinquenta milhões de norte-americanos!
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    Drogas, álcool, jogos, pornografia, sexo;
  • 3:45 - 3:48
    até mesmo compra pela internet
    pode ser uma dependência.
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    E hoje, estas são algumas
    das dependências mais recentes.
  • 3:54 - 3:58
    A diferença em relação ao que chamo
    de dependências socialmente aceitáveis
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    é que essas nós raramente discutimos.
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    Confiem em mim, ninguém sentou
    com a vovó Drake para ter uma conversa
  • 4:06 - 4:10
    sobre sua coleção de mais de 2 mil zebras
    como um problema real.
  • 4:10 - 4:13
    (Risos)
  • 4:15 - 4:19
    Hoje, temos uma nova
    dependência socialmente aceitável
  • 4:19 - 4:20
    que é a tecnologia.
  • 4:21 - 4:23
    (Risos)
  • 4:24 - 4:30
    Todos os dias, no mundo todo, crianças
    gastam incontáveis horas na internet,
  • 4:30 - 4:35
    postando nas redes sociais, jogando online
    e, até mesmo, só assistindo vídeos.
  • 4:36 - 4:38
    A parte mais alarmante disso
  • 4:38 - 4:40
    é que muitas dessas crianças
  • 4:41 - 4:46
    estão recebendo seus dispositivos
    pessoais com seis ou sete anos.
  • 4:48 - 4:52
    Quando você leva em consideração
    o mais recente censo nos Estados Unidos,
  • 4:53 - 4:57
    que identificou mais de 21 milhões
    de crianças com menos de cinco anos,
  • 4:59 - 5:03
    e olha as pesquisas que dizem
    que 85% dos pais norte-americanos
  • 5:03 - 5:05
    permitiram que essas jovens crianças
  • 5:05 - 5:07
    ficassem online semanalmente
  • 5:07 - 5:09
    e, em muitos casos,
    diariamente desde a infância,
  • 5:10 - 5:15
    significa que, só nos EUA,
    temos mais de 17 milhões de crianças
  • 5:16 - 5:18
    crescendo conectadas,
    permanentemente, à tecnologia.
  • 5:21 - 5:24
    Então, quando sobrepomos
    esse uso excessivo da tecnologia
  • 5:24 - 5:29
    a esse período crítico
    do desenvolvimento do cérebro infantil,
  • 5:29 - 5:30
    surge a pergunta:
  • 5:31 - 5:35
    estaríamos potencialmente criando
    uma nova geração de dependentes?
  • 5:36 - 5:39
    Vamos dar uma olhada na ciência.
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    Nesta imagem, você vê um cérebro saudável.
  • 5:42 - 5:46
    Esta grande área vermelha
    são nossos receptores de dopamina.
  • 5:47 - 5:50
    Em contraste, o cérebro
    de um dependente de drogas.
  • 5:51 - 5:55
    Os receptores de dopamina neste exame
    estão significativamente reduzidos.
  • 5:56 - 5:58
    Muitas pessoas consideram a dopamina
  • 5:58 - 6:01
    como sendo o neuroquímico
    que nos faz sentir bem,
  • 6:01 - 6:03
    mas os cientistas, hoje, consideram
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    que a dopamina tem mais a ver
    com motivação e reforço
  • 6:07 - 6:09
    no centro de recompensa do nosso cérebro.
  • 6:09 - 6:12
    Podemos pensar nisso
    como um sistema de "fazer novamente"
  • 6:13 - 6:16
    mais do que um sistema de "sentir-se bem".
  • 6:16 - 6:20
    O cérebro de um dependente
    o está motivando a repetir sempre.
  • 6:21 - 6:25
    Mas até mesmo recompensas naturais,
    como comer, fazer sexo,
  • 6:26 - 6:29
    produzem as mesmas
    respostas neuroquímicas.
  • 6:30 - 6:31
    A diferença é que, com as drogas,
  • 6:32 - 6:35
    nosso cérebro é inundado
    com até dez vezes mais dopamina.
  • 6:36 - 6:40
    o que leva o usuário a ter
    esse comportamento repetidamente
  • 6:41 - 6:46
    e faz as recompensas mais naturais
    parecerem inadequadas, na comparação.
  • 6:47 - 6:49
    Então vamos ver o que é
    ser um dependente tecnológico.
  • 6:50 - 6:52
    A imagem que vamos ver
  • 6:52 - 6:56
    é de um dependente tecnológico que passou
    oito horas online rotineiramente
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    postando em redes sociais,
  • 6:58 - 7:01
    jogando jogos online ou vendo pornografia.
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    Como podem ver na imagem,
  • 7:05 - 7:08
    o fundo parece um pouco diferente
    por ser uma ciência realmente nova,
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    mas é o mesmo tipo de imagem
    que considera os receptores de dopamina;
  • 7:14 - 7:16
    você pode perceber
    que eles foram impactados.
  • 7:16 - 7:18
    E quando comparamos
    com um cérebro saudável...
  • 7:20 - 7:22
    O dano? É obvio.
  • 7:22 - 7:26
    Quando comparamos o dependente
    tecnológico com o químico...
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    O paralelo com a ocorrência de danos?
  • 7:29 - 7:30
    Incontestável.
  • 7:31 - 7:33
    Então o que isso significa para nós?
  • 7:33 - 7:36
    Bom, nós todos procuramos recompensa,
  • 7:37 - 7:38
    e as empresas de tecnologia
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    agora entendem como mexer
    com nossas necessidades primordiais:
  • 7:44 - 7:48
    as empresas começaram a contratar
    neurocientistas e behavioristas
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    para trabalharem junto
    com seus programadores
  • 7:51 - 7:54
    para desenvolver produtos
    que mantenham os usuários ligados;
  • 7:56 - 8:01
    isso tem ido além da meta
    de meramente produzir produtos úteis,
  • 8:02 - 8:04
    ao ponto de procurarem ativamente maneiras
  • 8:05 - 8:08
    de nos manterem infinitamente conectados.
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    E se essa estratégia corporativa
    soa familiar, é porque é.
  • 8:15 - 8:17
    Um comediante recentemente disse:
  • 8:18 - 8:22
    "Phllip Morris queria só seus pulmões;
    as lojas de aplicativos querem sua alma".
  • 8:22 - 8:24
    (Risos)
  • 8:25 - 8:29
    Acho que todos nós podemos concordar
    que a dependência é complicada;
  • 8:29 - 8:33
    ela envolve um relacionamento
    entre um químico ou um comportamento
  • 8:33 - 8:37
    em conjunto com a genética,
    o aprendizado ou o ambiente.
  • 8:38 - 8:41
    A dependência química
    é mais facilmente compreendida,
  • 8:42 - 8:44
    pois, quando colocamos
    algo dentro do nosso corpo,
  • 8:44 - 8:46
    podemos sentir isso fazer uma diferença.
  • 8:46 - 8:48
    Mas dependências comportamentais
  • 8:49 - 8:53
    são muito mais difíceis de identificar
    porque não existe uma substância
  • 8:53 - 8:56
    e, consequentemente,
    são muito mais difíceis de entender.
  • 8:57 - 8:59
    Quando falamos sobre dependência,
  • 8:59 - 9:02
    estamos realmente falando da luta
    do nosso cérebro por controle.
  • 9:03 - 9:06
    Se somos capazes de evitar
    a substância ou o comportamento
  • 9:06 - 9:08
    quando está nos causando problemas,
  • 9:08 - 9:10
    ótimo, não temos problema de dependência.
  • 9:11 - 9:13
    Mas quando perdemos controle
  • 9:13 - 9:18
    e isso começa a impactar nossos
    relacionamentos, trabalho, escola,
  • 9:18 - 9:22
    nossa autoestima ou até mesmo
    nossa estabilidade emocional,
  • 9:24 - 9:26
    então o ciclo vicioso
    da dependência começa.
  • 9:28 - 9:32
    "Anormalidades da microestrutura", termo
    que deveria destacar-se para todos nós.
  • 9:33 - 9:37
    Há centenas de estudos
    em desenvolvimento atualmente
  • 9:37 - 9:41
    por cientistas que estão tentando achar
    respostas para nos dar toda orientação.
  • 9:42 - 9:44
    Cada um dos estudos é complexo,
  • 9:45 - 9:48
    mas eles estão analisando
    regiões ínfimas do cérebro
  • 9:48 - 9:50
    e tentando ajudar a diferenciar
  • 9:50 - 9:54
    entre um cérebro saudável
    e um cérebro de um dependente tecnológico.
  • 9:55 - 9:58
    Esta é a estrutura,
    normalmente, de um cérebro.
  • 9:58 - 10:02
    Na área periférica,
    você pode ver nossa massa cinzenta;
  • 10:02 - 10:07
    é a principal responsável por processar
    informações e emoções.
  • 10:08 - 10:11
    Alojada mais profundamente dentro
    do cérebro está nossa massa branca;
  • 10:11 - 10:13
    como uma pista
    de alta velocidade do cérebro,
  • 10:13 - 10:16
    facilita as mensagens dentro do cérebro
  • 10:16 - 10:20
    para garantir que nossas mensagens
    estejam no lugar certo, na hora certa
  • 10:20 - 10:23
    para que possamos agir de acordo com elas.
  • 10:23 - 10:26
    A pesquisa científica
    sobre a dependência tecnológica
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    tem mostrado que temos uma perda
    da massa cinzenta em áreas críticas
  • 10:31 - 10:35
    e uma redução na densidade
    da massa branca dentro do cérebro.
  • 10:37 - 10:41
    Ainda mais alarmante é que as áreas
    do cérebro que estão sendo impactadas
  • 10:42 - 10:46
    têm a ver com controle motor,
    cognição e motivação,
  • 10:48 - 10:51
    assim como as áreas
    que processam as emoções,
  • 10:52 - 10:55
    a tomada de decisão
    e o controle dos impulsos.
  • 10:57 - 11:00
    Geralmente, o acesso
    ininterrupto à tecnologia
  • 11:01 - 11:05
    está nos tornando mais impulsivos,
    desconectados, ansiosos,
  • 11:05 - 11:08
    e desregrados emocionalmente do que nunca.
  • 11:09 - 11:13
    Sabemos agora que quanto mais
    tempo as crianças gastam online,
  • 11:14 - 11:18
    mais isoladas e deprimidas elas se tornam.
  • 11:19 - 11:21
    E quanto mais tempo elas gastam
  • 11:21 - 11:26
    vendo postagens bem selecionadas
    e digitalmente alteradas nas redes sociais
  • 11:27 - 11:32
    mais inadequadas
    e deprimidas elas se sentem.
  • 11:33 - 11:37
    Você deve estar se perguntando:
    "Quão depressivas elas podem ficar?"
  • 11:37 - 11:41
    Um estudo recente que avaliou
    32 hospitais diferentes
  • 11:42 - 11:44
    entre 2008 e 2015
  • 11:46 - 11:48
    descobriu que as admissões
    nesses hospitais
  • 11:48 - 11:53
    mais do que dobraram para crianças
    de 5 a 17 anos de idade
  • 11:53 - 11:58
    por automutilação
    e pensamentos e ações suicidas.
  • 11:59 - 12:05
    Outro estudo relata que houve
    um aumento de 200% em suicídios
  • 12:05 - 12:09
    entre garotas dos 10 aos 14 anos
  • 12:10 - 12:13
    e um aumento de 50%
    entre garotos da mesma idade.
  • 12:14 - 12:19
    A maioria desses suicídios, supostamente,
    relacionava-se a incidentes online.
  • 12:20 - 12:22
    A perda da conexão humana
  • 12:22 - 12:27
    através da comunicação cara a cara,
    contato visual, toque,
  • 12:27 - 12:29
    está criando um futuro
    para nossas crianças
  • 12:31 - 12:35
    no qual intimidade emocional, compaixão
  • 12:35 - 12:37
    e empatia estão desaparecendo.
  • 12:39 - 12:45
    Nossa sociedade está ficando mais focada
    no número de "curtidas" ou comentários
  • 12:45 - 12:50
    do que na conexão humana
    que essa curtida deveria representar.
  • 12:50 - 12:52
    Lembram daquelas imagens de cérebros?
  • 12:53 - 12:57
    Eu perco o sono com o dano não intencional
    ao cérebro das nossas crianças
  • 12:58 - 13:00
    com a suposição errada
  • 13:00 - 13:03
    de que o uso excessivo de tecnologia
    é totalmente inofensivo.
  • 13:04 - 13:07
    É claro que não podemos manter
    nossos filhos afastados da tecnologia
  • 13:07 - 13:10
    ou isso os colocaria em grande desvantagem
  • 13:10 - 13:14
    numa economia global que exige
    que eles sejam proficientes nela.
  • 13:16 - 13:19
    Mas também estou bem consciente
    pela minha educação
  • 13:20 - 13:22
    que algo simples como um smartphone
  • 13:23 - 13:26
    pode realmente alterar estruturalmente
    o cérebro da minha filha
  • 13:27 - 13:31
    e potencialmente desencadear
    uma vida de dependência.
  • 13:33 - 13:36
    O mundo vai evoluir,
    quer a gente goste ou não,
  • 13:36 - 13:38
    especialmente a tecnologia.
  • 13:38 - 13:42
    E a tecnologia, sem dúvida,
    tem sido efetivamente positiva;
  • 13:43 - 13:46
    entretanto, com todo esse bem
    vem um pouco de mal.
  • 13:48 - 13:50
    A pergunta para seguirmos adiante
  • 13:50 - 13:52
    não é se podemos descobrir uma maneira
  • 13:52 - 13:55
    de ter uma relação balanceada
    com a tecnologia.
  • 13:55 - 13:57
    É quão rapidamente podemos chegar lá
  • 13:57 - 14:00
    e como vai ser esse relacionamento
    saudável e balanceado.
  • 14:02 - 14:04
    Passei minha carreira
  • 14:05 - 14:09
    aprendendo, entendendo e falando
    sobre o bem e o mal da tecnologia.
  • 14:10 - 14:12
    Vovó Drake me ensinou sobre eu mesma,
  • 14:12 - 14:13
    mas, mais importante,
  • 14:13 - 14:17
    ela me ensinou que capacitar
    as crianças com conhecimento
  • 14:17 - 14:20
    e, então, confiar a elas essas informações
  • 14:20 - 14:24
    significa que elas vão, frequentemente,
    fazer escolhas melhores por causa disso.
  • 14:26 - 14:28
    Podemos todos caminhar
    juntos para a luz agora
  • 14:28 - 14:30
    porque tenho provas
    de que isso realmente funciona.
  • 14:32 - 14:35
    Minha equipe e eu temos
    implementado um programa
  • 14:35 - 14:39
    em que capacitamos as crianças,
    os pais e os educadores
  • 14:40 - 14:43
    com conhecimento sobre o uso
    saudável e balanceado da tecnologia.
  • 14:44 - 14:45
    E os resultados?
  • 14:45 - 14:49
    Crianças fazem, de fato, melhores escolhas
    para si mesmas e para seus amigos
  • 14:50 - 14:52
    quando recebem o conhecimento
    e a oportunidade.
  • 14:54 - 14:58
    Esses são alguns dados sobre um colégio
    do ensino fundamental no qual trabalhei,
  • 14:58 - 15:02
    igual a qualquer colégio semelhante
    nos EUA ou no mundo,
  • 15:02 - 15:06
    que tinha problemas crescentes
    com incidentes relacionados à tecnologia:
  • 15:06 - 15:12
    bullying cibernético, plágios, postagens
    inapropriadas, até mensagens sexuais.
  • 15:12 - 15:14
    Como mostra o gráfico,
  • 15:15 - 15:17
    para lidar com incidentes
    relacionados à tecnologia
  • 15:17 - 15:23
    o tempo gasto passou de 40% a 72%
  • 15:23 - 15:26
    em apenas cinco anos.
  • 15:27 - 15:29
    Depois de implementar nosso programa,
  • 15:29 - 15:32
    os resultados foram realmente
    chocantes, até mesmo para nós.
  • 15:34 - 15:37
    Educar crianças a serem
    bons cidadãos digitais
  • 15:38 - 15:40
    ao mesmo tempo que dar
    aos pais e educadores
  • 15:40 - 15:43
    as ferramentas e recursos
    que eles precisavam
  • 15:43 - 15:46
    para dar suporte a essas crianças
    através de algumas mudanças
  • 15:47 - 15:53
    reduziu o total de incidentes
    relacionados à tecnologia em mais de 50%.
  • 15:54 - 15:59
    Isso prova que quando confiamos nas nossas
    crianças com as ciências emergentes,
  • 15:59 - 16:00
    e quando conversamos com elas
  • 16:01 - 16:05
    sobre as consequências educacionais
    e legais que elas estão encarando
  • 16:05 - 16:08
    em todas as facetas de suas vidas
    para o resto de suas vidas,
  • 16:09 - 16:11
    isso dá a elas uma boa direção
  • 16:12 - 16:15
    para fazerem melhores escolhas
    neste mundo digital.
  • 16:16 - 16:20
    Eu acredito que todas as crianças querem
    fazer boas escolhas, tendo a oportunidade,
  • 16:20 - 16:26
    mas depende de nós educá-las
    sobre como fazer isso
  • 16:26 - 16:28
    neste novo mundo.
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    Tudo que fazemos online
    é público e permanente.
  • 16:35 - 16:39
    Então agora que nós todos
    conhecemos essa ciência emergente,
  • 16:39 - 16:43
    como vamos nos unir para fazer a diferença
  • 16:43 - 16:45
    nesse problema tão real
    da dependência tecnológica?
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    A resposta é simples:
    conscientização e educação.
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    Este momento em que vivemos é incrível.
  • 16:55 - 16:57
    E este é um grupo incrível de pessoas
  • 16:57 - 17:01
    que vêm unir-se para consumir
    ideias que valem a pena ser difundidas.
  • 17:03 - 17:07
    A tecnologia tem nos possibilitado
    fazer tantas coisa boas,
  • 17:07 - 17:10
    mas não é totalmente sem consequências.
  • 17:12 - 17:16
    Pitfall: esse era um jogo superdivertido
    para jogar enquanto criança,
  • 17:16 - 17:20
    mas era, essencialmente, um boneco
    de palito correndo pela tela
  • 17:21 - 17:22
    em, talvez, quatro cores.
  • 17:22 - 17:24
    (Risos)
  • 17:24 - 17:30
    Os jogos, aplicativos, programas de hoje
    são muito mais sofisticados,
  • 17:30 - 17:32
    e os programadores, como aprendemos,
  • 17:33 - 17:37
    altamente especializados
    nas nossas vulnerabilidades.
  • 17:38 - 17:41
    É imperativo nos unirmos
  • 17:42 - 17:47
    e enfrentarmos esse problema
    com ousadia, honestidade e sem medo.
  • 17:49 - 17:52
    Nós temos o conhecimento
    que precisamos para vencermos isso.
  • 17:53 - 17:57
    Nossas crianças estão contando conosco
    para sermos sua vovó Drake.
  • 17:58 - 17:59
    Obrigada.
  • 17:59 - 18:02
    (Aplausos)
Title:
Capacitar as crianças para vencerem a dependência em tecnologia |Lisa Strohman | TEDxPasadena
Description:

Depois de superar um contexto familiar abundante em dependências, a psicóloga, advogada e mãe preocupada Dra. Lisa Strohman analisa a ciência que emerge do mais novo vício da sociedade: a tecnologia. Em sua palestra apaixonada e inspiradora, Dra. Strohman explica como o uso excessivo de tecnologia impacta as mentes em desenvolvimento e compartilha esperança em uma abordagem de sucesso que demonstra como o poder da conscientização e educação podem ajudar a evitar isso.
Dra. Lisa Strohman é a fundadora e diretora do Technology Wellness Center e da Digital Citizen Academy. Ela é uma das principais especialistas no campo a abordar o problema mundial da dependência e uso excessivo da tecnologia através de recursos, treinamentos e educação dos pais e educadores; assim como programas de prevenção e distração para as crianças. Ela tem trabalhado em pesquisa sobre dependência e cérebro para o congresso, o FBI e, mais recentemente, como psicóloga clínica e forense.
Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais, visite http://ted.com/tedx

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
18:08

Portuguese, Brazilian subtitles

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