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Conheça a mãe que começou o Desafio do Balde de Gelo

  • 0:01 - 0:02
    Boa tarde.
  • 0:02 - 0:07
    Quantos de vocês aceitaram
    o Desafio do Balde de Gelo, pela ELA?
  • 0:07 - 0:09
    (Aplausos)
  • 0:11 - 0:14
    Tenho de dizer-vos,
    do fundo do nosso coração,
  • 0:14 - 0:17
    muito, muito obrigada.
  • 0:17 - 0:19
    Sabiam que, até à data, a ALS Association
  • 0:19 - 0:25
    angariou 125 milhões de dólares?
  • 0:25 - 0:28
    (Aplausos)
  • 0:31 - 0:35
    Faz-me regressar ao verão de 2011.
  • 0:35 - 0:37
    Na família, os filhos estavam criados.
  • 0:37 - 0:38
    Oficialmente, tínhamos o ninho vazio
  • 0:38 - 0:41
    e decidimos
    fazer umas férias em família.
  • 0:41 - 0:43
    A Jenn, a minha filha, e o meu genro
  • 0:43 - 0:45
    vieram de Nova Iorque.
  • 0:45 - 0:46
    O meu mais novo, o Andrew,
  • 0:46 - 0:49
    veio de casa, de Charlestown,
  • 0:49 - 0:51
    onde trabalhava, em Boston,
  • 0:51 - 0:52
    e o meu filho Pete,
  • 0:52 - 0:55
    que tinha jogado basebol
    no Colégio de Boston,
  • 0:55 - 0:58
    tinha jogado basebol profissional
    na Europa,
  • 0:58 - 1:01
    e que agora voltara para casa
    e vendia seguros coletivos,
  • 1:01 - 1:03
    também se juntou a nós.
  • 1:03 - 1:06
    Uma noite, estava eu a tomar
    uma cerveja com o Pete,
  • 1:06 - 1:08
    ele olhou para mim e disse:
  • 1:08 - 1:10
    "Sabes mãe, não sei,
  • 1:10 - 1:14
    "mas vender seguros coletivos
    não é a minha paixão.
  • 1:14 - 1:20
    "Não sinto que esteja a aproveitar
    as minhas capacidades.
  • 1:20 - 1:23
    "Não encontrei a minha missão na vida".
  • 1:23 - 1:27
    Disse: "A propósito, mãe,
  • 1:27 - 1:30
    "Tenho de acabar as férias mais cedo
  • 1:30 - 1:34
    "porque a minha equipa
    passou às eliminatórias,
  • 1:34 - 1:39
    "e tenho de regressar a Boston
    para não desapontar a equipa.
  • 1:39 - 1:42
    "Simplesmente, não tenho,
    pelo meu trabalho,
  • 1:42 - 1:44
    "a paixão que tenho pelo basebol".
  • 1:44 - 1:47
    Lá foi o Pete,
    abandonou as férias
  • 1:47 - 1:49
    — quebrou-me o coração —
  • 1:49 - 1:53
    foi-se embora e nós seguimo-lo
    quatro dias depois
  • 1:53 - 1:56
    para ver o jogo seguinte
    das eliminatórias.
  • 1:56 - 1:59
    Estamos no jogo,
    o Pete está na base principal,
  • 1:59 - 2:01
    vem uma bola rápida
  • 2:01 - 2:03
    e acerta-lhe no pulso.
  • 2:03 - 2:06
    Oh, Pete.
  • 2:06 - 2:08
    Tinha o pulso completamente frouxo, assim.
  • 2:08 - 2:10
    Nos seis meses seguintes,
  • 2:10 - 2:12
    o Pete regressou a casa em Southie,
  • 2:12 - 2:15
    continuou o trabalho que não o apaixonava,
  • 2:15 - 2:17
    ia a médicos,
  • 2:17 - 2:21
    para ver o que se passava
    com aquele pulso, que nunca melhorava.
  • 2:21 - 2:23
    Seis meses depois, em março,
  • 2:23 - 2:24
    telefonou-nos e disse:
  • 2:24 - 2:26
    "Mãe e pai, temos um médico
  • 2:26 - 2:29
    "que tem um diagnóstico para o pulso.
  • 2:29 - 2:33
    "Querem vir comigo à consulta?"
  • 2:33 - 2:35
    Eu disse: "Claro, vamos contigo".
  • 2:35 - 2:38
    Nessa manhã, o Pete, o John e eu
  • 2:38 - 2:41
    levantámo-nos, vestimo-nos,
    entrámos nos carros
  • 2:41 - 2:42
    — três carros separados —
  • 2:42 - 2:46
    porque íamos trabalhar
    depois da consulta para saber do pulso.
  • 2:47 - 2:49
    Entrámos no consultório do neurologista,
    sentámo-nos.
  • 2:49 - 2:51
    Chegaram quatro médicos,
  • 2:51 - 2:54
    e o neurologista chefe, senta-se, e diz:
  • 2:54 - 2:56
    "Bem, Pete, analisámos os testes todos
  • 2:56 - 2:59
    "e não tens uma distensão no pulso,
  • 2:59 - 3:02
    "não tens o pulso partido,
  • 3:02 - 3:04
    "não tens os nervos do pulso danificados,
  • 3:04 - 3:06
    "não é uma infeção,
  • 3:06 - 3:09
    "não é a doença de Lyme".
  • 3:09 - 3:13
    Um processo deliberado
    de eliminação, a subir,
  • 3:13 - 3:15
    e eu pensava para mim mesma:
  • 3:15 - 3:17
    "Aonde será que ele vai com isto?"
  • 3:18 - 3:20
    Então colocou as mãos nos joelhos,
  • 3:20 - 3:23
    olhou para o meu menino de 27 anos,
    e disse:
  • 3:23 - 3:27
    "Não sei como hei de dizer isto
    a um jovem de 27 anos:
  • 3:27 - 3:29
    "Pete, tens ELA".
  • 3:30 - 3:32
    ELA?
  • 3:33 - 3:37
    Eu tinha um amigo, e o pai dele,
    de 87 anos, tinha ELA.
  • 3:37 - 3:39
    Olhei para o meu marido,
    ele olhou para mim,
  • 3:39 - 3:41
    olhámos para o médico
    e dissemos:
  • 3:41 - 3:44
    "ELA? Qual é o tratamento? Diga lá.
  • 3:44 - 3:48
    "O que fazemos? Diga lá".
  • 3:48 - 3:49
    Ele olhou para nós e disse:
  • 3:49 - 3:52
    "Sr. John, D. Nancy,
    lamento dizer-lhes,
  • 3:52 - 3:56
    "mas não há tratamento
    e não tem cura".
  • 3:58 - 4:00
    Nós éramos os mais culpados.
  • 4:00 - 4:02
    Não tínhamos percebido,
  • 4:02 - 4:04
    que tinham passado 75 anos
    desde Lou Gehrig,
  • 4:04 - 4:09
    e não houvera progresso
    no combate à ELA.
  • 4:10 - 4:13
    Regressámos a casa,
  • 4:13 - 4:15
    a Jen e o Dan voaram de Wall Street,
  • 4:15 - 4:18
    o Andrew veio de Charlestown,
  • 4:18 - 4:20
    o Pete foi ao Colégio de Boston
  • 4:20 - 4:23
    apanhar a namorada de então,
    a Julie, e levou-a para casa.
  • 4:23 - 4:28
    Seis horas depois do diagnóstico,
    estávamos a jantar em família,
  • 4:29 - 4:30
    e a fazer conversa de circunstância.
  • 4:30 - 4:33
    Nem me lembro de ter cozinhado
    o jantar nessa noite.
  • 4:33 - 4:39
    Então o nosso líder, o Pete,
    traçou a visão,
  • 4:40 - 4:43
    e falou connosco como
    se fossemos a nova equipa dele.
  • 4:43 - 4:46
    Disse: "Não nos vamos
    afogar em tristezas, minha gente.
  • 4:46 - 4:49
    "Não vamos olhar para trás,
  • 4:49 - 4:51
    "vamos olhar em frente.
  • 4:51 - 4:57
    "Temos uma oportunidade maravilhosa
    de mudar o mundo.
  • 4:57 - 5:02
    "Vou mudar
    esta situação inaceitável da ELA.
  • 5:02 - 5:08
    "Vamos fazer a diferença, vou levar isto à
    atenção de filantropos como o Bill Gates".
  • 5:08 - 5:12
    Foi assim.
    Foi-nos dada a diretriz.
  • 5:12 - 5:14
    Então, nos dias e meses que se seguiram...
  • 5:14 - 5:17
    Passada uma semana,
  • 5:17 - 5:20
    os nossos irmãos e a família
    tinham vindo ter connosco,
  • 5:20 - 5:22
    e já estavam a criar a equipa Frate Train.
  • 5:22 - 5:25
    O tio Dave administrava o "site";
  • 5:25 - 5:27
    o tio Artie era o contabilista;
  • 5:27 - 5:30
    a tia Dana era a artista gráfica;
  • 5:30 - 5:33
    o meu filho mais novo, o Andrew,
  • 5:33 - 5:36
    despediu-se, saiu do apartamento
    em Charlestown e disse:
  • 5:36 - 5:40
    "Vou ficar a tomar conta do Pete".
  • 5:40 - 5:43
    Depois, toda aquela gente,
    colegas de escola, colegas de equipa,
  • 5:43 - 5:45
    colegas do emprego,
    que o Pete tinha inspirado
  • 5:45 - 5:48
    ao longo da vida,
  • 5:48 - 5:52
    os círculos do Pete,
    começaram a intersetar-se,
  • 5:52 - 5:56
    e formaram a equipa Frate Train.
  • 5:56 - 5:58
    Seis meses depois do diagnóstico,
  • 5:58 - 6:03
    o Pete recebeu um prémio
    numa cimeira para fomento de investigação.
  • 6:03 - 6:06
    Levantou-se e fez um discurso eloquente.
  • 6:06 - 6:09
    Depois do discurso houve um debate,
  • 6:09 - 6:11
    no painel estavam
    executivos de farmacêuticas,
  • 6:11 - 6:14
    bioquímicos, clínicos.
  • 6:14 - 6:16
    Eu estava sentada a ouvi-los
  • 6:16 - 6:19
    e não percebia a maior parte
    do que diziam.
  • 6:19 - 6:22
    Sempre fugi às aulas de ciência.
  • 6:22 - 6:25
    Mas eu via aquelas pessoas,
    ouvia-as, e elas só diziam:
  • 6:25 - 6:28
    "Eu. Eu faço isto, eu faço aquilo",
  • 6:28 - 6:31
    e via-se que elas não se relacionavam.
  • 6:31 - 6:35
    No fim da conversa, do debate,
  • 6:35 - 6:36
    houve perguntas e respostas.
  • 6:36 - 6:39
    A minha mão levantou-se logo,
  • 6:39 - 6:40
    deram-me o microfone,
  • 6:40 - 6:42
    olhei para eles e disse:
  • 6:42 - 6:44
    "Obrigada. Muito obrigada
    por trabalharem na ELA.
  • 6:44 - 6:46
    "É muito importante para nós.
  • 6:46 - 6:48
    "Mas, tenho de dizer-lhes
  • 6:48 - 6:50
    "que estou a observar
    a vossa linguagem corporal
  • 6:50 - 6:52
    "e a ouvir aquilo que dizem.
  • 6:52 - 6:56
    "Não parece existir muita colaboração
    nesta área.
  • 6:57 - 7:00
    "E não é só isso,
    onde estão os apontamentos,
  • 7:00 - 7:05
    "a distribuição de tarefas,
    o seguimento e a responsabilidade?
  • 7:05 - 7:08
    "O que é que vão fazer
    depois de saírem daqui?"
  • 7:09 - 7:12
    Depois virei-me
  • 7:12 - 7:17
    e 200 pares de olhos fitavam-me.
  • 7:17 - 7:19
    (Risos)
  • 7:19 - 7:22
    Foi nessa altura que percebi
  • 7:22 - 7:26
    que dissera o que todos estavam a pensar.
  • 7:27 - 7:30
    Assim começou a minha missão.
  • 7:30 - 7:35
    Nos dois anos seguintes, o Pete
    — temos tido altos e baixos —
  • 7:35 - 7:38
    recebeu um medicamento de uso compassivo.
  • 7:38 - 7:42
    Foi a esperança na forma de frasco,
    para toda a comunidade ELA.
  • 7:42 - 7:44
    Estava na fase III de testes.
  • 7:44 - 7:47
    Seis meses depois,
    chegaram os resultados: era ineficaz.
  • 7:48 - 7:50
    Era suposto termos
    tratamentos no estrangeiro
  • 7:50 - 7:53
    e puxaram-nos o tapete
    de debaixo dos pés.
  • 7:53 - 7:54
    Então, durante os dois anos seguintes,
  • 7:54 - 7:59
    vimos o meu filho a ser-nos roubado,
  • 7:59 - 8:02
    pouco a pouco, todos os dias.
  • 8:02 - 8:05
    Há dois anos e meio,
  • 8:05 - 8:08
    o Pete fazia "home runs"
    em estádios de basebol.
  • 8:08 - 8:12
    Hoje, está completamente paralisado.
  • 8:12 - 8:14
    Já não consegue manter a cabeça erguida.
  • 8:14 - 8:17
    Está preso
    a uma cadeira de rodas motorizada.
  • 8:17 - 8:19
    Já não consegue engolir nem comer.
  • 8:19 - 8:21
    Tem um tubo de alimentação.
  • 8:21 - 8:24
    Não consegue falar.
  • 8:25 - 8:29
    Fala usando tecnologia
    que deteta movimentos oculares
  • 8:29 - 8:32
    e um dispositivo de síntese de fala,
    e vigiamos os pulmões dele,
  • 8:32 - 8:35
    porque o diafragma dele
    irá parar, um dia.
  • 8:35 - 8:39
    Depois tomaremos a decisão
    de pô-lo num ventilador ou não.
  • 8:40 - 8:46
    A ELA rouba ao ser humano
    todas as capacidades físicas,
  • 8:46 - 8:50
    mas o cérebro permanece intacto.
  • 8:52 - 8:54
    A 4 de julho de 2014,
  • 8:54 - 8:59
    chega o 75.º aniversário
    do discurso inspirador de Lou Gehrig,
  • 8:59 - 9:04
    e o MLB.com pede ao Pete que escreva
    um artigo para o Relatório Bleacher.
  • 9:04 - 9:10
    Foi muito significativo, porque ele
    escreveu-o com movimentos oculares.
  • 9:11 - 9:16
    Vinte dias depois, o gelo começou a cair.
  • 9:16 - 9:18
    (Risos)
  • 9:18 - 9:22
    A 27 de julho,
    o colega de quarto de Pete em Nova Iorque,
  • 9:22 - 9:25
    a usar uma camisola
    "Quinn For The Win",
  • 9:25 - 9:29
    que se referia a Pat Quinn,
    outro doente com ELA de Nova Iorque,
  • 9:29 - 9:32
    e uns calções
    do Colégio de Boston, disse:
  • 9:32 - 9:35
    "Aceito o Desafio do Balde de Gelo
    pela ELA".
  • 9:35 - 9:38
    Pegou no gelo,
    deitou-o na cabeça:
  • 9:38 - 9:42
    "E nomeio...",
    e enviou-o para Boston.
  • 9:42 - 9:46
    Isto foi a 27 de julho.
  • 9:46 - 9:48
    Durante os dias seguintes,
    o nosso "feed" de notícias,
  • 9:48 - 9:51
    estava cheio de familiares e amigos.
  • 9:51 - 9:56
    Se não sabem, o Facebook dá as datas,
    podemos ver coisas do passado.
  • 9:56 - 10:00
    Têm de ver o tio Artie
    e o seu Bloody Mary humano.
  • 10:00 - 10:03
    Só vos digo, é dos melhores,
  • 10:03 - 10:06
    e foi por volta do segundo dia.
  • 10:06 - 10:10
    No quarto dia, o tio Dave,
    o administrador do "site"
  • 10:10 - 10:12
    — ele não tinha conta no Facebook —
  • 10:12 - 10:14
    enviou-me uma mensagem que dizia:
  • 10:14 - 10:17
    "Nancy, que diabo está a acontecer?"
  • 10:17 - 10:22
    O tio Dave recebe uma notificação
    quando alguém visita o "site" do Pete,
  • 10:22 - 10:24
    e o telefone dele não parava.
  • 10:24 - 10:26
    Nesse momento, percebemos
  • 10:26 - 10:30
    que estava a entrar dinheiro — incrível.
  • 10:30 - 10:33
    Sabíamos que a sensibilização
    resultaria em fundos,
  • 10:33 - 10:36
    mas não em tão poucos dias.
  • 10:36 - 10:42
    Colocámos no "site" a classificação 501c3,
    cujos donativos abatem a base tributária.
  • 10:43 - 10:46
    Na primeira semana, estávamos
    nos meios de comunicação de Boston.
  • 10:46 - 10:48
    Na segunda, a nível nacional.
  • 10:48 - 10:52
    Foi durante a segunda semana
    que o vizinho do lado abriu a porta,
  • 10:52 - 10:55
    atirou uma pizza
    para o chão da cozinha e disse:
  • 10:55 - 10:58
    "Devem estar a precisar
    de comida aí dentro".
  • 10:58 - 11:01
    (Risos)
  • 11:01 - 11:04
    Na terceira semana, os programas
    de celebridades:
  • 11:04 - 11:07
    o Entertainment Tonight,
    o Access Holywood.
  • 11:07 - 11:13
    Na quarta semana, estávamos
    a nível global: a BBC, a Irish Radio.
  • 11:13 - 11:16
    Viram "O Amor é um Lugar Estranho"?
  • 11:16 - 11:20
    O meu marido esteve na televisão japonesa.
    Foi interessante.
  • 11:20 - 11:22
    (Risos)
  • 11:22 - 11:26
    E aqueles vídeos, os mais populares.
  • 11:27 - 11:32
    O vídeo do Paul Bissonette
    com a água do glaciar, incrível.
  • 11:32 - 11:35
    E o das freiras redentoristas de Dublin?
  • 11:35 - 11:36
    Quem já viu?
  • 11:36 - 11:39
    É absolutamente fantástico.
  • 11:39 - 11:41
    J.T., o Justin Timberlake.
  • 11:41 - 11:45
    Foi aí que percebemos,
    ele era uma verdadeira celebridade.
  • 11:45 - 11:48
    Consulto as mensagens antigas e vejo:
  • 11:48 - 11:53
    "JT! JT!", a mensagem da minha irmã.
  • 11:53 - 11:56
    Angela Merkel, a chanceler da Alemanha.
  • 11:56 - 11:58
    Incrível!
  • 11:58 - 12:00
    Para os doentes com ELA
  • 12:00 - 12:03
    sabem quais são os vídeos preferidos,
    deles e das famílias?
  • 12:03 - 12:05
    Todos.
  • 12:05 - 12:10
    Esta doença, pouco compreendida
    mal financiada, e "rara",
  • 12:10 - 12:16
    estava nas bocas do mundo
    uma e outra vez: "ELA, ELA".
  • 12:16 - 12:19
    Era inacreditável.
  • 12:20 - 12:22
    Quanto aos detratores
  • 12:22 - 12:24
    vejamos as estatísticas, pode ser?
  • 12:24 - 12:27
    A ALS Association
  • 12:27 - 12:31
    até ao fim do ano,
    terá angariado 160 milhões de dólares.
  • 12:31 - 12:34
    A ALS TDI em Cambridge,
  • 12:34 - 12:36
    angariou 3 milhões de dólares.
  • 12:36 - 12:37
    E adivinhem.
  • 12:37 - 12:41
    Precisavam do ensaio clínico
    de um medicamento que estão a desenvolver.
  • 12:41 - 12:44
    Há três anos que aguardava financiamento.
  • 12:44 - 12:45
    Dois meses.
  • 12:45 - 12:47
    Começa daqui a dois meses.
  • 12:47 - 12:50
    (Aplausos)
  • 12:57 - 12:59
    O YouTube reportou
  • 12:59 - 13:06
    que de mais de 150 países publicaram
    Desafios do Balde de Gelo pela ELA.
  • 13:06 - 13:12
    O Facebook, 2,5 milhões de vídeos,
  • 13:12 - 13:16
    e tive a experiência maravilhosa
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    de visitar o "campus" do Facebook
    na semana passada,
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    e disse-lhes:
    "Sei como foi na minha casa.
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    "Não consigo imaginar
    como foi aqui".
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    Ela só disse:
    "Foi de ficar de boca aberta".
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    Qual é o vídeo preferido da minha família?
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    O do Bill Gates.
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    Porque na noite
    em que o Pete foi diagnosticado,
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    ele disse que ia chamar a atenção de
    filantropos como o Bill Gates, para a ELA,
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    e fê-lo.
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    Primeiro objetivo, atingido.
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    Passar ao tratamento e cura.
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    (Aplausos)
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    Portanto, depois deste gelo todo,
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    sabíamos que era preciso muito mais
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    do que apenas derramar
    baldes de água gelada na cabeça,
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    e quero deixar-vos
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    algumas ideias que gostaria
    que interiorizassem.
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    A primeira ideia é
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    que todas as manhãs, quando acordam,
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    podem escolher viver o dia
    de forma positiva.
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    Condenavam-me, se eu me encolhesse
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    e cobrisse a cabeça com os lençóis
    todos os dias?
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    Não creio que ninguém me condenasse,
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    mas o Pete inspirou-nos
    para acordar todas as manhãs
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    e sermos positivos e pró-ativos.
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    Tive de retirar o apoio a alguns grupos
    porque andavam a dizer
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    que fertilizar os relvados com químicos
    era o que lhes tinha causado a ELA,
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    e eu dizia: "Não me parece",
    mas tinha de me afastar da negatividade.
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    A segunda ideia que vos quero deixar
    é que a pessoa visada pelo desafio
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    tem de ter a robustez mental
    para se expor.
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    O Pete ainda vai a jogos de basebol
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    e ainda se senta com os colegas no banco,
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    e pendura o saco de alimentação
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    ali mesmo nas grades.
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    Veem-se os miúdos a pendurá-lo:
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    "Pete, está bem assim?"
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    "Sim".
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    E colocam-lho no estômago.
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    Porque ele quer que eles vejam
    a realidade da doença,
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    e que nunca há de desistir.
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    A terceira ideia que quero deixar-vos:
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    Se alguma vez se defrontarem
    com uma situação
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    que considerem assim tão inaceitável,
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    quero que se encham de coragem,
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    arranjem a melhor mãe-galinha que puderem,
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    e acabem com a situação.
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    (Aplausos)
  • 16:23 - 16:25
    Obrigada.
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    (Aplausos)
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    Estou a exceder o tempo,
    mas tenho de dizer:
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    as prendas que o meu filho me deu.
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    Vivi 29 anos
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    com a honra de ser a mãe
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    do Pete Frates.
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    O Pete Frates inspirou e liderou
    durante toda a vida.
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    Ofereceu bondade
    e toda aquela bondade lhe foi retribuída.
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    Anda neste mundo
    e sabe porque é que anda.
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    Que prenda.
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    A segunda coisa que o meu filho me deu
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    foi uma missão na vida.
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    Agora sei porque estou cá.
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    Vou salvar o meu filho,
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    e se não for a tempo para ele,
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    trabalharei para que mais nenhuma mãe
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    tenha de passar o que eu estou a passar.
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    A terceira prenda,
    última, mas não menos importante,
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    que o meu filho me deu,
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    foi o ponto de exclamação
    do mês milagroso de agosto de 2014:
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    a namorada que ele foi buscar na noite
    do diagnóstico, é agora a mulher dele,
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    e o Pete e a Julie deram-me a minha
    netinha, a Lucy Fitzgerald Frates.
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    A Lucy Fitzgerald Frates
    nasceu duas semanas antes do previsto,
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    fechando o mês com exclamação,
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    a 31 de agosto de 2014.
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    Portanto...
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    (Aplausos)
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    Portanto, deixo-vos com as palavras
    inspiradoras do Pete,
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    que ele diria aos colegas de turma,
    de trabalho e de equipa.
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    Sejam apaixonados.
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    Sejam genuínos.
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    Sejam trabalhadores.
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    E não se esqueçam de ser grandes.
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    Obrigada.
  • 18:39 - 18:40
    (Aplausos)
Title:
Conheça a mãe que começou o Desafio do Balde de Gelo
Speaker:
Nancy Frates
Description:

Quando, aos 27 anos, Pete Frates lesionou o pulso num jogo de basebol, recebeu um diagnóstico inesperado: não tinha nenhum osso fraturado, era esclerose lateral amiotrófica (ELA). A ELA causa a paralisia e a morte — não tem cura. Mesmo assim, Pete viu uma oportunidade de aumentar a sensibilização para a doença. Numa palestra corajosa, Nancy Frates, a sua mãe, conta como a família criou o Desafio do Balde de Gelo, pela ELA, e viu com grande satisfação como todas as pessoas participaram, desde Justin Timberlake a Bill Gates. Se aceitou o desafio, dê o próximo passo: partilhe esta palestra tal como partilhou o vídeo do seu desafio.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
18:53

Portuguese subtitles

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