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Por que algumas pessoas acham o exercício mais difícil do que outras

  • 0:01 - 0:03
    A visão é o sentido mais importante
  • 0:03 - 0:06
    e priorizado que nós temos.
  • 0:06 - 0:07
    Nós estamos constantemente olhando
  • 0:07 - 0:09
    para o mundo ao nosso redor,
  • 0:09 - 0:11
    e rapidamente
    nós identificamos e analisamos
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    o que é que estamos vendo.
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    Vamos começar com um exemplo
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    desse exato fato.
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    Vou mostrar uma fotografia de uma pessoa,
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    por apenas um ou dois segundos,
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    e eu gostaria que vocês identificassem
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    que emoção está em seu rosto.
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    Prontos?
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    Aqui vai. Vão pelo seu instinto.
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    Certo. O que vocês veem?
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    Bom, nós na verdade perguntamos
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    a mais de 120 pessoas,
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    e os resultados foram variados.
  • 0:37 - 0:40
    As pessoas não concordaram
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    em qual emoção viram no rosto dele.
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    Talvez você tenha visto desconforto.
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    E essa foi a resposta mais frequente
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    que nós recebemos.
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    Mas se perguntasse
    à pessoa à sua esquerda,
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    ela poderia ter dito
    arrependimento ou ceticismo,
  • 0:52 - 0:54
    e se perguntasse à pessoa à sua direita,
  • 0:54 - 0:57
    ela poderia ter dito
    algo completamente diferente,
  • 0:57 - 1:00
    como esperança ou empatia.
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    Então nós estamos todos olhando
  • 1:02 - 1:05
    para o mesmo rosto de novo.
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    E nós talvez vejamos algo
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    inteiramente diferente,
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    pois a percepção é subjetiva.
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    O que nós pensamos que vemos
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    é na verdade filtrado
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    através da visão das nossas mentes.
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    É claro, há muitos outros exemplos
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    de como vemos o mundo
    pela visão das nossas mentes.
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    Vou mostrar alguns.
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    Então, por exemplo, pessoas em dietas
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    percebem as maçãs maiores
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    do que as pessoas que não estão
    contando calorias.
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    Jogadores de softball
    percebem a bola menor
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    se eles acabaram de cair,
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    comparados a pessoas que se deram bem na base.
  • 1:41 - 1:44
    E, na verdade, as nossas
    crenças políticas também
  • 1:44 - 1:46
    podem afetar o nosso modo
    de ver as pessoas,
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    incluindo políticos.
  • 1:49 - 1:52
    Minha equipe de pesquisa e eu
    decidimos testar essa pergunta.
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    Em 2008, Barack Obama
    era candidato a presidente
  • 1:56 - 1:57
    pela primeira vez,
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    e nós perguntamos a centenas de americanos
  • 2:00 - 2:02
    um mês antes da eleição.
  • 2:02 - 2:04
    O que descobrimos na pesquisa
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    foi que algumas pessoas,
    alguns americanos,
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    acham que fotografias como estas
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    refletem melhor a aparência real do Obama.
  • 2:11 - 2:14
    Dessas pessoas, 75%
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    votaram no Obama na eleição.
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    Outras pessoas, porém,
    acharam que fotografias como estas
  • 2:20 - 2:22
    refletem melhor a aparência real do Obama.
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    89% dessas pessoas
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    votaram no McCain.
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    Nós apresentamos muitas
    fotografias do Obama,
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    uma de cada vez,
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    para que as pessoas
    não notassem que a diferença
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    de uma foto para a outra
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    era que nós tínhamos clareado
  • 2:38 - 2:40
    ou escurecido o seu tom de pele
    artificialmente.
  • 2:40 - 2:42
    Então como isso é possível?
  • 2:42 - 2:45
    Como é possível que
    ao olhar para uma pessoa,
  • 2:45 - 2:46
    um objeto, ou um evento,
  • 2:46 - 2:48
    eu veja algo bem diferente
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    do que outra pessoa vê?
  • 2:50 - 2:53
    Bom, há muitas razões,
  • 2:53 - 2:55
    mas uma razão requer que entendamos
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    um pouco melhor
    o funcionamento de nossos olhos.
  • 2:57 - 2:59
    Então os cientistas da visão sabem
  • 2:59 - 3:01
    que a quantidade de informação
  • 3:01 - 3:03
    que nós podemos ver
  • 3:03 - 3:05
    em um determinado momento,
  • 3:05 - 3:07
    o que podemos focar é relativamente pouco.
  • 3:07 - 3:10
    O que podemos ver com boa precisão
  • 3:10 - 3:12
    e clareza e exatidão
  • 3:12 - 3:14
    é o equivalente
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    ao tamanho do nosso dedão
  • 3:16 - 3:19
    com o nosso braço esticado.
  • 3:19 - 3:21
    Todo o resto em volta é embaçado,
  • 3:21 - 3:23
    tornando ambíguo
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    muito do que é apresentado
    aos nossos olhos.
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    Mas nós temos que esclarecer
  • 3:28 - 3:30
    e dar sentido àquilo que nós vemos,
  • 3:30 - 3:34
    e é a nossa mente que nos ajuda
    a preencher esse espaço.
  • 3:34 - 3:37
    Consequentemente, a percepção é uma
    experiência subjetiva,
  • 3:37 - 3:39
    e é assim que acabamos vendo
  • 3:39 - 3:41
    através da visão da nossa mente.
  • 3:41 - 3:43
    Eu sou uma psicóloga social,
  • 3:43 - 3:44
    e são perguntas como essas
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    que realmente me intrigam.
  • 3:46 - 3:48
    Fico fascinada com estes casos
  • 3:48 - 3:50
    quando as pessoas não concordam
    sobre o que veem.
  • 3:50 - 3:52
    Por que acontece de alguém
  • 3:52 - 3:55
    literalmente ver o copo meio cheio,
  • 3:55 - 3:57
    enquanto outra pessoa
    literalmente o vê meio vazio?
  • 3:57 - 4:01
    Qual é a parte do que
    as pessoas sentem e pensam
  • 4:01 - 4:02
    que as leva a ver o mundo
  • 4:02 - 4:04
    de maneira completamente diferente?
  • 4:04 - 4:07
    E isso importa?
  • 4:07 - 4:10
    Para começar a responder essas perguntas,
  • 4:10 - 4:13
    minha equipe de pesquisa e eu
    decidimos mergulhar fundo
  • 4:13 - 4:14
    em um assunto que recebeu
  • 4:14 - 4:16
    atenção internacional:
  • 4:16 - 4:18
    a nossa saúde e condição física.
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    Em todo o mundo,
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    as pessoas estão lutando
    para controlar o seu peso,
  • 4:22 - 4:24
    e existe uma série de estratégias
  • 4:24 - 4:27
    que nos ajudam a evitar os quilos extras.
  • 4:27 - 4:31
    Por exemplo, nós temos
    a melhor das intenções
  • 4:31 - 4:33
    de fazer exercício
    depois das festas de fim de ano,
  • 4:33 - 4:36
    mas na verdade, a maioria dos americanos
  • 4:36 - 4:38
    percebe que as suas
    resoluções de ano novo
  • 4:38 - 4:41
    já foram quebradas na metade de fevereiro.
  • 4:41 - 4:42
    Nós falamos com nós mesmos
  • 4:42 - 4:44
    de formas muito encorajadoras,
  • 4:44 - 4:46
    dizendo que esse é o nosso ano
  • 4:46 - 4:47
    para voltar à forma,
  • 4:47 - 4:50
    mas não é suficiente para nos fazer voltar
  • 4:50 - 4:51
    ao nosso peso ideal.
  • 4:51 - 4:53
    Então por quê?
  • 4:53 - 4:55
    É claro, não há uma resposta simples,
  • 4:55 - 4:58
    mas uma razão, eu acredito,
  • 4:58 - 5:00
    é que a visão da nossa mente
  • 5:00 - 5:01
    pode funcionar contra nós.
  • 5:01 - 5:04
    Algumas pessoas literalmente
    podem ver o exercício
  • 5:04 - 5:06
    como mais difícil,
  • 5:06 - 5:08
    e algumas pessoas literalmente
  • 5:08 - 5:10
    podem ver o exercício como mais fácil.
  • 5:10 - 5:14
    Então, como um primeiro passo
    para testar essas perguntas,
  • 5:14 - 5:16
    nós reunimos medidas objetivas
  • 5:16 - 5:19
    da condição física de indivíduos.
  • 5:19 - 5:21
    Medimos a circunferência
    das suas cinturas
  • 5:21 - 5:24
    comparada à circunferência
    dos seus quadris.
  • 5:24 - 5:27
    Uma proporção maior
    entre cintura e quadril
  • 5:27 - 5:28
    indica estar em pior forma
  • 5:28 - 5:31
    do que uma proporção menor
    entre cintura e quadril.
  • 5:31 - 5:33
    depois de tirar essas medidas,
  • 5:33 - 5:34
    nós pedimos aos participantes
  • 5:34 - 5:38
    que andassem até uma linha de chegada
    carregando peso extra
  • 5:38 - 5:39
    em um tipo de corrida.
  • 5:39 - 5:41
    Mas antes de fazerem isso,
  • 5:41 - 5:43
    nós pedimos
    que estimassem a distância
  • 5:43 - 5:45
    até a linha de chegada.
  • 5:45 - 5:47
    Pensamos que os estados físicos
    de seus corpos
  • 5:47 - 5:51
    poderiam mudar a forma come eles
    percebem a distância.
  • 5:51 - 5:53
    Então o que nós encontramos?
  • 5:53 - 5:55
    Bom, a proporção entre cintura e quadril
  • 5:55 - 5:58
    prevê as percepções de distância.
  • 5:58 - 6:00
    Pessoas fora de forma
  • 6:00 - 6:03
    perceberam a distância
    até a linha de chegada
  • 6:03 - 6:04
    como significativamente maior
  • 6:04 - 6:06
    do que quem estava em melhor forma.
  • 6:06 - 6:08
    O estado do corpo de cada pessoa
  • 6:08 - 6:11
    mudou a maneira
    como ela percebeu o ambiente.
  • 6:11 - 6:13
    Mas nossa mente também pode fazer isso.
  • 6:13 - 6:15
    De fato, os nossos corpos e mentes
  • 6:15 - 6:17
    trabalham em cooperação
  • 6:17 - 6:20
    para mudar a forma como vemos
    o mundo ao nosso redor.
  • 6:20 - 6:22
    Isso nos levou a pensar que talvez pessoas
  • 6:22 - 6:23
    com fortes motivações
  • 6:23 - 6:25
    e fortes objetivos para o exercício
  • 6:25 - 6:28
    poderiam ver a linha de chegada
    como mais próxima
  • 6:28 - 6:32
    que as pessoas com motivações mais fracas.
  • 6:32 - 6:34
    Então para testar se as motivações
  • 6:34 - 6:38
    afetam as nossas experiências
    perceptivas dessa forma,
  • 6:38 - 6:40
    nós conduzimos um segundo estudo.
  • 6:40 - 6:42
    De novo, reunimos medidas objetivas
  • 6:42 - 6:44
    da condição física das pessoas,
  • 6:44 - 6:46
    medindo a circunferência das suas cinturas
  • 6:46 - 6:48
    e a circunferência de seus quadris,
  • 6:48 - 6:52
    e pedimos que fizessem
    outros testes físicos.
  • 6:52 - 6:54
    Baseados no feedback que lhes demos,
  • 6:54 - 6:56
    alguns dos participantes nos disseram
  • 6:56 - 6:58
    que não tinham mais motivação
    para se exercitarem.
  • 6:58 - 7:01
    Sentiam como se já
    tivessem atingido seus objetivos
  • 7:01 - 7:02
    e não iriam fazer mais nada.
  • 7:02 - 7:04
    Essas pessoas não estavam motivadas.
  • 7:04 - 7:06
    Outros, porém, baseados no nosso feedback,
  • 7:06 - 7:09
    alegaram estar muito
    motivados a se exercitarem.
  • 7:09 - 7:11
    Tinham um forte objetivo
    de chegar à linha de chegada.
  • 7:11 - 7:14
    Mas novamente, antes que
    andassem até a linha de chegada,
  • 7:14 - 7:16
    pedimos que estimassem a que distância
  • 7:16 - 7:18
    estavam da linha de chegada.
  • 7:18 - 7:20
    E, novamente, como no estudo anterior,
  • 7:20 - 7:23
    descobrimos que a proporção
    entre cintura e quadril
  • 7:23 - 7:24
    previa as percepções de distância.
  • 7:24 - 7:29
    Indivíduos fora de forma viam a
    distância como sendo maior,
  • 7:29 - 7:31
    viam a linha de chegada mais distante
  • 7:31 - 7:32
    que as pessoas em melhor forma.
  • 7:32 - 7:35
    O importante, porém,
    é que isso apenas aconteceu
  • 7:35 - 7:37
    com pessoas que não estavam motivadas
  • 7:37 - 7:38
    a se exercitarem.
  • 7:38 - 7:40
    Por outro lado,
  • 7:40 - 7:43
    as pessoas que estavam muito
    motivadas a se exercitarem
  • 7:43 - 7:45
    viam a distância como curta.
  • 7:45 - 7:47
    Até os indivíduos mais fora de forma
  • 7:47 - 7:49
    viam a linha de chegada,
  • 7:49 - 7:50
    tão perto quanto,
  • 7:50 - 7:52
    se não mais perto,
  • 7:52 - 7:55
    que as pessoas que estava em melhor forma.
  • 7:55 - 7:57
    Então os nossos corpos podem mudar
  • 7:57 - 7:59
    a distância aparente
    até a linha de chegada,
  • 7:59 - 8:03
    mas as pessoas que haviam se
    comprometido a um objetivo alcançável,
  • 8:03 - 8:05
    que poderiam cumpri-lo em curto prazo
  • 8:05 - 8:07
    e que acreditavam ser capazes
  • 8:07 - 8:09
    de alcançá-lo
  • 8:09 - 8:12
    viam o exercício como mais fácil.
  • 8:12 - 8:14
    Isso nos levou a pensar:
  • 8:14 - 8:17
    será que existe uma estratégia
    que poderíamos usar
  • 8:17 - 8:19
    e ensinar às pessoas, que ajudaria
  • 8:19 - 8:21
    a mudar suas percepções de distância,
  • 8:21 - 8:24
    a fazer o exercício parecer mais fácil?
  • 8:24 - 8:26
    Então, nós buscamos
    na literatura da ciência da visão
  • 8:26 - 8:28
    para saber o que deveríamos fazer,
  • 8:28 - 8:31
    e baseados no que lemos,
    desenvolvemos uma estratégia
  • 8:31 - 8:34
    que chamamos de
    "mantenha os olhos no prêmio."
  • 8:34 - 8:36
    Então este não é o slogan
  • 8:36 - 8:38
    de um pôster inspirador.
  • 8:38 - 8:40
    É uma diretiva real
  • 8:40 - 8:43
    para enxergar seus arredores.
  • 8:43 - 8:45
    As pessoas que treinamos
    com essa estratégia,
  • 8:45 - 8:49
    dissemos a elas para colocarem
    sua atenção na linha de chegada,
  • 8:49 - 8:51
    para evitar olhar em volta,
  • 8:51 - 8:54
    e imaginar um holofote
    brilhando naquele objetivo
  • 8:54 - 8:56
    e que tudo mais ao redor
    estivesse embaçado
  • 8:56 - 8:58
    e talvez difícil de ver.
  • 8:58 - 9:00
    Nós achamos que essa estratégia
  • 9:00 - 9:03
    ajudaria a fazer o exercício
    parecer mais fácil.
  • 9:03 - 9:06
    Nós comparamos esse grupo
    a um grupo base.
  • 9:06 - 9:07
    A esse grupo nós dissemos
  • 9:07 - 9:10
    apenas para olhar o ambiente
    em volta naturalmente;
  • 9:10 - 9:12
    notar a linha de chegada,
  • 9:12 - 9:13
    mas também notar
  • 9:13 - 9:15
    a lata de lixo no canto direito,
  • 9:15 - 9:18
    ou as pessoas e o poste
    no canto esquerdo.
  • 9:18 - 9:20
    Achamos que as pessoas
    que usavam essa estratégia
  • 9:20 - 9:22
    viriam a distância como maior.
  • 9:22 - 9:25
    Então o que percebemos?
  • 9:25 - 9:27
    Quando pedimos
    para estimarem a distância,
  • 9:27 - 9:29
    será que essa estratégia teve sucesso
  • 9:29 - 9:31
    em mudar a experiência perceptiva?
  • 9:31 - 9:32
    Sim.
  • 9:32 - 9:34
    As pessoas que mantiveram
    os olhos no prêmio
  • 9:34 - 9:37
    viram a linha de chegada como
    30% mais perto
  • 9:37 - 9:39
    que as pessoas que olharam em volta
  • 9:39 - 9:40
    como fariam naturalmente.
  • 9:40 - 9:42
    Nós achamos ótimo.
  • 9:42 - 9:44
    Ficamos muito contentes, pois significava
  • 9:44 - 9:45
    que a estratégia ajudou a fazer
  • 9:45 - 9:47
    o exercício parecer mais fácil,
  • 9:47 - 9:49
    mas a grande pergunta foi:
  • 9:49 - 9:51
    será que isso poderia tornar o exercício
  • 9:51 - 9:52
    realmente melhor?
  • 9:52 - 9:54
    Será que poderia também
  • 9:54 - 9:56
    melhorar a qualidade do exercício?
  • 9:56 - 9:58
    Depois nós dissemos aos participantes
  • 9:58 - 10:00
    para andarem até a linha de chegada
  • 10:00 - 10:02
    usando pesos extras.
  • 10:02 - 10:04
    E adicionamos pesos aos seus calcanhares
  • 10:04 - 10:07
    equivalentes a 15% do peso de cada pessoa.
  • 10:07 - 10:09
    Dissemos para levantarem os joelhos
  • 10:09 - 10:11
    e andarem até a linha
    de chegada rapidamente.
  • 10:11 - 10:13
    Planejamos esse exercício específico
  • 10:13 - 10:15
    para ser moderadamente desafiador,
  • 10:15 - 10:17
    mas não impossível,
  • 10:17 - 10:18
    como a maioria dos exercícios
  • 10:18 - 10:21
    que melhoram a nossa condição física.
  • 10:21 - 10:23
    Então a grande pergunta:
  • 10:23 - 10:25
    será que manter os olhos no prêmio
  • 10:25 - 10:28
    e focar apenas a linha de chegada
  • 10:28 - 10:31
    mudou a experiência do exercício?
  • 10:31 - 10:32
    Sim.
  • 10:32 - 10:34
    As pessoas que mantiveram
    os olhos no prêmio
  • 10:34 - 10:36
    nos disseram depois que foi necessário
  • 10:36 - 10:38
    17% menos esforço
  • 10:38 - 10:40
    para que se exercitassem
  • 10:40 - 10:43
    do que as pessoas que olharam
    em volta naturalmente.
  • 10:43 - 10:47
    Mudou a experiência
    subjetiva do exercício.
  • 10:47 - 10:51
    Também mudou
    a natureza objetiva do exercício.
  • 10:51 - 10:54
    Os que mantiveram os olhos no prêmio
  • 10:54 - 10:56
    se movimentaram 23% mais rápido
  • 10:56 - 11:00
    que as pessoas que olharam
    em volta naturalmente.
  • 11:00 - 11:01
    Para pôr isso em perspectiva,
  • 11:01 - 11:03
    um aumento de 23%
  • 11:03 - 11:07
    é como trocar o seu
    Chevette Citation 1980
  • 11:07 - 11:12
    por um Chevrolet Corvette 1980.
  • 11:12 - 11:14
    Nós ficamos muito contentes com isso,
  • 11:14 - 11:16
    porque significou que um estratégia
  • 11:16 - 11:18
    que custa nada,
  • 11:18 - 11:20
    que é fácil para as pessoas usarem,
  • 11:20 - 11:22
    independente de estarem em forma
  • 11:22 - 11:24
    ou se esforçando para chegar lá,
  • 11:24 - 11:25
    teve um grande efeito.
  • 11:25 - 11:27
    Manter os olhos no prêmio
  • 11:27 - 11:30
    fez o exercício parecer
    e dar a sensação de ser mais fácil,
  • 11:30 - 11:32
    mesmo quando as pessoas
    trabalhavam mais duro,
  • 11:32 - 11:34
    pois elas se moviam mais rápido.
  • 11:34 - 11:37
    Agora, eu sei que, para uma boa saúde,
    é necessário mais
  • 11:37 - 11:39
    do que apenas andar
    um pouquinho mais rápido,
  • 11:39 - 11:41
    mas manter os seus olhos no prêmio
  • 11:41 - 11:43
    pode ser uma estratégia adicional
  • 11:43 - 11:45
    para ajudar a promover
  • 11:45 - 11:47
    um estilo de vida saudável.
  • 11:47 - 11:49
    Se ainda não estiverem convencidos
  • 11:49 - 11:52
    que nós todos vemos o mundo
    pela visão da mente,
  • 11:52 - 11:54
    deixem-me mostrá-los um último exemplo.
  • 11:54 - 11:57
    Esta é uma foto de uma bonita rua,
    em Estocolmo, com dois carros.
  • 11:57 - 11:59
    O carro de trás parece muito maior
  • 11:59 - 12:01
    do que o carro da frente.
  • 12:01 - 12:02
    Porém, na realidade,
  • 12:02 - 12:05
    esses carros são do mesmo tamanho,
  • 12:05 - 12:08
    mas não é assim que nós vemos.
  • 12:08 - 12:10
    Então será que isso significa que
  • 12:10 - 12:11
    nossos olhos não funcionam bem
  • 12:11 - 12:14
    e que nossos cérebros são uma bagunça?
  • 12:14 - 12:16
    Não, nem um pouco.
  • 12:16 - 12:19
    É só a maneira como
    os nossos olhos funcionam.
  • 12:19 - 12:21
    Nós podemos ver o mundo
    de maneiras diferentes,
  • 12:21 - 12:23
    e às vezes isso pode não
  • 12:23 - 12:25
    condizer com a realidade,
  • 12:25 - 12:28
    mas não significa que um de nós está certo
  • 12:28 - 12:29
    e o outro errado.
  • 12:29 - 12:31
    Nós vemos o mundo pela visão da mente,
  • 12:31 - 12:34
    mas podemos nos ensinar
    a vê-lo de forma diferente.
  • 12:34 - 12:36
    Eu posso pensar em dias
  • 12:36 - 12:38
    que correram terrivelmente para mim.
  • 12:38 - 12:41
    Eu estou sobrecarregada,
    estou ranzinza, cansada,
  • 12:41 - 12:42
    e muito atrasada,
  • 12:42 - 12:45
    e há uma grande nuvem preta
  • 12:45 - 12:46
    pairando sobre a minha cabeça
  • 12:46 - 12:47
    e em dias como esse,
  • 12:47 - 12:49
    parece que todos à minha volta
  • 12:49 - 12:51
    estão no fundo do poço também.
  • 12:51 - 12:53
    Meu colega parece irritado
  • 12:53 - 12:56
    quando eu peço uma extensão de prazo,
  • 12:56 - 12:58
    e o meu amigo parece frustrado
  • 12:58 - 13:01
    quando chego atrasada para almoçar
    porque uma reunião demorou,
  • 13:01 - 13:02
    e no fim do dia,
  • 13:02 - 13:04
    meu marido parece desapontado,
  • 13:04 - 13:07
    pois eu prefiro ir dormir a ir ao cinema.
  • 13:07 - 13:10
    E em dias como esses,
    quando todos parecem
  • 13:10 - 13:12
    chateados e bravos comigo,
  • 13:12 - 13:15
    eu tento lembrar que há
    outras maneira de encará-los.
  • 13:15 - 13:18
    Talvez o meu colega estivesse confuso,
  • 13:18 - 13:21
    talvez meu amigo estivesse preocupado,
  • 13:21 - 13:24
    e talvez o meu marido estivesse
    sentindo empatia.
  • 13:24 - 13:26
    Então nós todos vemos o mundo
  • 13:26 - 13:28
    através da visão da nossa mente,
  • 13:28 - 13:29
    e em alguns dias, o mundo
  • 13:29 - 13:31
    pode parecer um lugar perigoso,
  • 13:31 - 13:34
    desafiador e insuperável,
  • 13:34 - 13:37
    mas não tem que parecer
    assim o tempo todo.
  • 13:37 - 13:39
    Podemos aprender a vê-lo
    de forma diferente,
  • 13:39 - 13:41
    e quando encontramos
    um jeito de fazer o mundo
  • 13:41 - 13:43
    parecer mais legal e mais fácil,
  • 13:43 - 13:46
    talvez ele de fato se torne assim.
  • 13:46 - 13:47
    Obrigada.
  • 13:47 - 13:51
    (Aplausos)
Title:
Por que algumas pessoas acham o exercício mais difícil do que outras
Speaker:
Emily Balcetis
Description:

Por que algumas pessoas têm mais dificuldade em manter o peso? A psicóloga social Emily Balcetis mostra pesquisas que abrangem um dos muitos fatores: a visão. Em uma palestra informativa, ela mostra que, quando se trata de estar em forma, algumas pessoas podem literalmente ver o mundo diferentemente das outras e oferece uma solução surpreendentemente simples para superarmos essas diferenças.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
14:08
  • Muito obrigado pela aprovação, Leonardo!

    Porém, preciso discordar de você no que toca o "independente". Com certeza, estritamente falando, é um adjetivo, mas no uso coloquial já é amplamente aceito e usado como advérbio, a ponto de fazer com que o emprego do advérbio correto soe rebuscado demais.
    Posso citar alguns exemplos dessa adverbialização do adjetivo que já estão amplamente incorporados na linguagem informal:

    "Se você comer rápido demais, pode passar mal.";
    O correto seria "Se você comer rapidamente demais (...)"

    "Junto com o presente, encontrei um cartão."
    O correto seria "Juntamente com o presente (...)."

    "Eu bati tão forte na porta que ela acabou despencando."
    O correto seria "Eu bati tão fortemente (...)"

    Portanto, em favor da fluidez da legenda, vou alterar de volta para "independente".
    Acredito que, em detrimento da regra normativa, muitas vezes é necessário usar um ou outro coloquialismo para deixar a legenda mais natural. Nesse caso inclusive, esse coloquialismo já é até aceito como gramaticalmente correto por alguns autores.

    http://www.infoescola.com/portugues/adjetivo-adverbializado/

    Abraços,
    Até a próxima!

  • Por nada, Gustavo! Mas não me convenci. E nada contra os coloquialismos! A língua é dinâmica, claro. Só acho importante dizer que quem dá o tom (se coloquial ou não) é o palestrante (a transcrição), não a tradução. Há embasamento também contra esse tipo de coloquialismo adverbial (no caso específico do "independente"). Disponibilizei o link na aprovação. Quando aprovei, vi realmente problemas de fluidez, mas não nesse trecho. Já que você já reeditou o texto, assim seja. Abraços! Até!

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