Return to Video

Como podemos converter o frio do espaço em um recurso renovável

  • 0:02 - 0:04
    Todo verão, durante minha infância,
  • 0:04 - 0:07
    eu deixava o Canadá
    para visitar os meus avós,
  • 0:07 - 0:09
    que moravam em Mumbai, na Índia.
  • 0:09 - 0:12
    Os verões canadenses são amenos,
    na melhor das hipóteses.
  • 0:12 - 0:18
    A temperatura de um dia típico de verão
    é de 22 °C, não muito quente.
  • 0:19 - 0:25
    Mas Mumbai é um lugar quente e úmido,
    facilmente chegando aos 30 ºC.
  • 0:26 - 0:28
    Assim que chegava lá, eu pensava:
  • 0:28 - 0:32
    "Como alguém pode viver, trabalhar
    ou dormir com esse tempo?"
  • 0:34 - 0:37
    Para piorar, meus avós
    não tinham ar-condicionado.
  • 0:38 - 0:41
    Embora eu tentasse o meu melhor,
  • 0:41 - 0:43
    nunca consegui convencer
    os meus avós a comprarem um.
  • 0:44 - 0:47
    Mas isso está mudando, e depressa.
  • 0:48 - 0:52
    Os sistemas de resfriamento
    representam atualmente 17%
  • 0:52 - 0:55
    de toda energia elétrica mundial.
  • 0:55 - 0:57
    Isso inclui desde os ares-condicionados,
  • 0:57 - 1:00
    que eu tanto queria nas minhas férias,
  • 1:00 - 1:04
    aos sistemas de resfriamento
    que mantêm a comida segura e fria
  • 1:04 - 1:05
    nos supermercados,
  • 1:05 - 1:09
    aos sistemas de escala industrial
    que mantêm centros de dados funcionando.
  • 1:10 - 1:13
    Ao todo, esses sistemas representam 8%
  • 1:13 - 1:15
    da emissão de gases do efeito estufa.
  • 1:16 - 1:17
    Mas o que não me deixa dormir
  • 1:17 - 1:22
    é que o consumo de energia
    será seis vezes maior em 2050,
  • 1:22 - 1:27
    principalmente nos países
    asiáticos e africanos.
  • 1:27 - 1:29
    Presenciei isso.
  • 1:29 - 1:32
    Quase todos os apartamentos
    da vizinhança dos meus avós
  • 1:32 - 1:34
    têm ar-condicionado.
  • 1:34 - 1:37
    E isso é algo bom
  • 1:37 - 1:40
    para a saúde, o bem-estar
    e a produtividade
  • 1:40 - 1:43
    das pessoas que vivem
    em climas mais quentes.
  • 1:44 - 1:48
    Mas uma das coisas mais alarmantes
    sobre as mudanças climáticas
  • 1:48 - 1:50
    é que quanto mais quente fica o planeta,
  • 1:50 - 1:53
    mais vamos precisar
    de sistemas de resfriamento
  • 1:53 - 1:57
    que são grandes emissores
    de gases do efeito estufa.
  • 1:57 - 2:02
    Isso tem o potencial de causar um ciclo,
    em que os sistemas de resfriamento
  • 2:02 - 2:05
    podem se tornar a maior fonte
    de emissão de gases do efeito estufa
  • 2:05 - 2:06
    no final do século.
  • 2:07 - 2:08
    No pior dos casos,
  • 2:08 - 2:12
    precisaremos de mais de 10 trilhões de kWh
    de energia elétrica por ano,
  • 2:12 - 2:14
    apenas para resfriamento, até 2100.
  • 2:15 - 2:18
    Isso é metade do que consumimos hoje.
  • 2:18 - 2:19
    Só para resfriamento.
  • 2:21 - 2:25
    Mas isso também é
    uma oportunidade incrível.
  • 2:25 - 2:30
    Uma melhoria de 10% ou 20%
    na eficiência do sistema de resfriamento
  • 2:30 - 2:34
    poderia causar um enorme impacto
    na emissão de gases do efeito estufa,
  • 2:34 - 2:36
    hoje e no fim do século.
  • 2:38 - 2:42
    E nos ajudaria a reverter
    o pior dos cenários.
  • 2:43 - 2:47
    Sou um cientista que pensa
    muito sobre luz e calor,
  • 2:47 - 2:50
    principalmente em como novos materiais
    podem alterar a circulação
  • 2:50 - 2:52
    desses elementos básicos da natureza
  • 2:52 - 2:55
    de formas que nunca imaginamos antes.
  • 2:55 - 2:58
    Apesar de sempre entender
    o valor do resfriamento
  • 2:58 - 3:00
    durante as minhas férias,
  • 3:00 - 3:02
    acabei trabalhando nesse problema
  • 3:02 - 3:06
    por causa de um problema
    bem complicado seis anos atrás.
  • 3:07 - 3:13
    Como os antigos faziam gelo
    em climas desérticos?
  • 3:14 - 3:17
    Essa é uma casa de gelo,
  • 3:17 - 3:20
    também chamada de Yakhchal,
    localizada no sudoeste do Irã.
  • 3:21 - 3:25
    Existem dezenas de estruturas
    em ruínas como essa no Irã,
  • 3:25 - 3:28
    e construções similares
    ao longo do Oriente Médio
  • 3:28 - 3:30
    até à China.
  • 3:30 - 3:33
    As pessoas que trabalhavam
    nessa casa de gelo muitos séculos atrás
  • 3:33 - 3:36
    despejavam água na piscina à esquerda
  • 3:36 - 3:39
    durante as primeiras horas
    do anoitecer, ao pôr do sol.
  • 3:39 - 3:41
    E algo incrível acontecia.
  • 3:41 - 3:44
    Embora a temperatura
    estivesse acima de zero,
  • 3:44 - 3:48
    algo próximo de 5 ºC,
  • 3:48 - 3:49
    a água congelava.
  • 3:51 - 3:55
    Então o gelo produzido
    era coletado de manhã cedo
  • 3:55 - 3:58
    e armazenado na construção à direita,
  • 3:58 - 3:59
    durante todos os meses de verão.
  • 4:00 - 4:03
    Você já viu algo muito semelhante
  • 4:03 - 4:06
    se observou a geada se formando
    em uma noite de céu aberto,
  • 4:06 - 4:09
    mesmo quando a temperatura
    estava bem acima de zero.
  • 4:09 - 4:10
    Mas espere.
  • 4:10 - 4:14
    Como a água congela
    se a temperatura está acima de zero?
  • 4:14 - 4:16
    Talvez a evaporação tenha contribuído,
  • 4:16 - 4:20
    mas não teria sido suficiente
    para transformar a água em gelo.
  • 4:20 - 4:22
    Alguma outra coisa a congelou.
  • 4:23 - 4:25
    Imagine uma torta esfriando
    no parapeito da janela.
  • 4:26 - 4:29
    Para esfriar, o calor precisa
    fluir para um lugar mais frio,
  • 4:29 - 4:31
    isto é, para o ar ao seu redor.
  • 4:32 - 4:34
    Embora pareça improvável,
  • 4:35 - 4:40
    o calor daquela piscina de água está
    fluindo para o frio do espaço.
  • 4:42 - 4:44
    Como isso é possível?
  • 4:44 - 4:48
    Veja, a piscina de água,
    como muitos materiais naturais,
  • 4:48 - 4:50
    emite calor pela luz.
  • 4:51 - 4:53
    Esse conceito é conhecido
    como radiação térmica.
  • 4:54 - 4:58
    Todos nós emitimos calor
    por luz infravermelha,
  • 4:58 - 5:00
    um para o outro e para o ambiente.
  • 5:01 - 5:03
    Podemos visualizar isso
    através de câmeras térmicas,
  • 5:03 - 5:06
    que produzem imagens
    como esta que estou mostrando.
  • 5:07 - 5:09
    Aquela piscina de água está emitindo calor
  • 5:09 - 5:11
    para a atmosfera.
  • 5:11 - 5:13
    A atmosfera e suas moléculas
  • 5:13 - 5:16
    absorvem o calor e o enviam de volta.
  • 5:16 - 5:20
    Esse é o efeito estufa responsável
    pelas mudanças climáticas.
  • 5:20 - 5:23
    Mas há algo fundamental a ser entendido.
  • 5:23 - 5:26
    A nossa atmosfera
    não absorve todo o calor.
  • 5:27 - 5:30
    Se fizesse isso, o planeta
    seria bem mais quente.
  • 5:30 - 5:31
    Em alguns comprimentos de onda,
  • 5:32 - 5:35
    particularmente entre 8 e 13 micrômetros,
  • 5:35 - 5:39
    a nossa atmosfera tem
    uma janela de transmissão.
  • 5:39 - 5:46
    Essa janela permite que um pouco do calor
    emitido por luz infravermelha escape,
  • 5:47 - 5:48
    levando embora o calor da piscina,
  • 5:49 - 5:53
    indo para um lugar que é muito mais frio,
  • 5:54 - 5:56
    o frio da atmosfera superior
  • 5:56 - 5:57
    até o espaço,
  • 5:57 - 6:04
    onde o frio chega a -270 ºC.
  • 6:05 - 6:09
    A piscina consegue emitir mais luz ao céu
  • 6:09 - 6:10
    do que este emite de volta.
  • 6:10 - 6:12
    E por causa disso,
  • 6:12 - 6:15
    a piscina fica mais fria
    que a temperatura ao seu redor.
  • 6:16 - 6:20
    Esse efeito é conhecido
    como resfriamento radiante noturno
  • 6:20 - 6:21
    ou resfriamento radiante.
  • 6:21 - 6:25
    E os cientistas e os meteorologistas
    sempre o consideraram
  • 6:25 - 6:27
    um fenômeno natural muito importante.
  • 6:29 - 6:30
    Quando soube disso,
  • 6:30 - 6:33
    já estava no fim do meu PhD em Stanford.
  • 6:33 - 6:37
    Fiquei maravilhado com a simplicidade
    do método de resfriamento,
  • 6:38 - 6:39
    e também muito confuso.
  • 6:39 - 6:41
    Por que não fazemos uso disso?
  • 6:43 - 6:46
    Os cientistas e os engenheiros
    investigaram essa ideia
  • 6:46 - 6:47
    nas décadas anteriores.
  • 6:47 - 6:50
    E um grande problema foi descoberto.
  • 6:51 - 6:54
    Havia uma razão para o nome
    "resfriamento radiante noturno".
  • 6:54 - 6:55
    Por quê?
  • 6:55 - 6:58
    É uma pequena coisa chamada Sol.
  • 6:58 - 7:01
    A superfície que está sendo resfriada
  • 7:01 - 7:03
    precisa estar a céu aberto.
  • 7:03 - 7:04
    E durante o meio do dia,
  • 7:04 - 7:08
    se quisermos esfriar algo,
  • 7:08 - 7:11
    o sol estará lá em cima, infelizmente.
  • 7:11 - 7:12
    E o sol aquece a maioria dos materiais
  • 7:12 - 7:15
    suficientemente para impedir
    o efeito de resfriamento.
  • 7:16 - 7:18
    Eu e meus colegas gastamos o nosso tempo
  • 7:18 - 7:22
    pensando em como construir materiais
    em escalas bem pequenas
  • 7:22 - 7:25
    para que coisas novas e úteis
    sejam feitas com a luz,
  • 7:25 - 7:28
    escalas que são bem menores
    que o comprimento da luz.
  • 7:28 - 7:33
    Com a ajuda de áreas da nanofotônica
    e de pesquisas em metamaterias,
  • 7:33 - 7:36
    percebemos que existe um jeito
    de tornar isso possível durante o dia
  • 7:36 - 7:38
    pela primeira vez.
  • 7:38 - 7:41
    Então, criei um material
    óptico de multicamadas,
  • 7:41 - 7:43
    que pode ser visto nesta imagem.
  • 7:43 - 7:46
    Ele é 40 vezes mais fino
    que um fio de cabelo
  • 7:46 - 7:49
    e consegue fazer duas coisas
    ao mesmo tempo.
  • 7:49 - 7:51
    Primeiro, ele libera seu calor
  • 7:51 - 7:55
    exatamente onde a nossa atmosfera
    permite que esse calor escape melhor.
  • 7:55 - 7:57
    Voltamos a janela para o espaço.
  • 7:58 - 8:01
    Segundo, o sol não consegue aquecê-lo.
  • 8:01 - 8:03
    É um ótimo espelho para o sol.
  • 8:04 - 8:07
    Testei isso pela primeira vez
    no telhado de Stanford,
  • 8:07 - 8:09
    que estou mostrando aqui.
  • 8:09 - 8:12
    Deixei o equipamento
    do lado de fora por um tempo,
  • 8:12 - 8:15
    voltei após alguns minutos
  • 8:15 - 8:18
    e, no mesmo instante, vi que funcionava.
  • 8:18 - 8:19
    Como?
  • 8:19 - 8:20
    Toquei nele e estava frio.
  • 8:21 - 8:24
    (Aplausos)
  • 8:27 - 8:31
    Apenas para enfatizar o quão
    estranho e contraintuitivo é isso:
  • 8:31 - 8:33
    esse material e outros similares
  • 8:33 - 8:36
    ficam mais gelados
    quando não estão na sombra,
  • 8:36 - 8:38
    mesmo se o sol estiver
    brilhando sobre ele.
  • 8:38 - 8:41
    Esses dados são do primeiro experimento,
  • 8:41 - 8:46
    onde o material ficou 5 ºC mais frio
    que a temperatura do ar,
  • 8:47 - 8:50
    mesmo com o sol brilhando
    diretamente nele.
  • 8:51 - 8:54
    O processo de fabricação que usamos
    para fazer esse material
  • 8:54 - 8:57
    já existe em grande escala.
  • 8:57 - 8:58
    Eu fiquei empolgado
  • 8:58 - 9:01
    não apenas porque estamos
    fazendo algo bacana,
  • 9:01 - 9:06
    mas porque talvez tenhamos a oportunidade
    de fazer algo efetivo e também útil.
  • 9:07 - 9:09
    O que me leva à próxima questão:
  • 9:09 - 9:12
    como economizar energia com essa ideia?
  • 9:12 - 9:15
    Acreditamos que o jeito mais direto
    de economizar energia com essa tecnologia
  • 9:15 - 9:17
    é por um aumento de rendimento
  • 9:17 - 9:20
    para os ares-condicionados
    e os sistemas de resfriamento.
  • 9:20 - 9:23
    Para isso, criamos painéis
    com fluido de resfriamento,
  • 9:23 - 9:24
    como esses aqui.
  • 9:24 - 9:27
    Esses painéis são similares
    aos painéis solares,
  • 9:27 - 9:28
    só que fazem o contrário:
  • 9:28 - 9:32
    esfriam a água usando
    o nosso material específico.
  • 9:33 - 9:35
    Os painéis podem ser integrados
    com um componente
  • 9:35 - 9:38
    comum em sistemas
    de resfriamento, um condensador,
  • 9:38 - 9:41
    que reforça a eficiência
    básica do sistema.
  • 9:41 - 9:43
    A nossa startup, SkyCool Systems,
  • 9:43 - 9:47
    fez recentemente um ensaio
    de campo em Davis, na Califórnia.
  • 9:48 - 9:49
    Nessa demonstração,
  • 9:49 - 9:52
    demonstramos que poderíamos
    melhorar a eficiência
  • 9:52 - 9:55
    do sistema de resfriamento em 12%.
  • 9:55 - 9:57
    Nos próximos anos,
  • 9:57 - 10:01
    estou bem animado em ver
    as primeiras unidades em escala comercial
  • 10:01 - 10:04
    para refrigeração e ar-condicionado.
  • 10:04 - 10:08
    No futuro, talvez possamos
    desenvolver esses painéis
  • 10:08 - 10:11
    com uma eficiência mais alta,
    construindo sistemas de resfriamento
  • 10:11 - 10:14
    com uma redução do consumo
    de energia em dois terços.
  • 10:14 - 10:18
    E finalmente, talvez possamos
    construir um sistema de resfriamento
  • 10:18 - 10:20
    que não precise de energia elétrica.
  • 10:21 - 10:24
    Dando um primeiro passo nesse sentido,
    eu e meus colegas de Stanford
  • 10:24 - 10:26
    demonstramos que é possível manter
  • 10:26 - 10:31
    algo mais de 42 ºC abaixo
    da temperatura do ar
  • 10:31 - 10:32
    com mais desenvolvimento.
  • 10:33 - 10:34
    Obrigado.
  • 10:34 - 10:38
    (Aplausos)
  • 10:39 - 10:40
    Então apenas imagine
  • 10:40 - 10:44
    algo que está abaixo de zero
    em um dia quente de verão.
  • 10:46 - 10:50
    Apesar de estar bem animado
    sobre as possibilidades de resfriamento,
  • 10:50 - 10:54
    e acho que ainda há muito para se fazer,
  • 10:54 - 10:57
    como cientista, estou mais atraído
    a uma grande oportunidade
  • 10:57 - 10:59
    que esse trabalho evidencia.
  • 11:00 - 11:03
    Podemos usar a fria escuridão do espaço
  • 11:03 - 11:05
    para melhorar a eficiência
  • 11:05 - 11:08
    de cada processo do planeta
    que envolva energia.
  • 11:09 - 11:13
    Um deles é a célula solar.
  • 11:13 - 11:14
    Elas se aquecem sob o sol
  • 11:14 - 11:17
    e quanto mais quente ficam
    menos eficientes são.
  • 11:17 - 11:18
    Em 2015,
  • 11:18 - 11:23
    demonstramos que, com microestruturas
    em cima de uma célula solar,
  • 11:23 - 11:26
    poderíamos nos beneficiar
    do efeito de resfriamento
  • 11:26 - 11:29
    para manter uma célula solar
    em uma temperatura mais baixa.
  • 11:30 - 11:32
    Isso permite que a célula
    seja mais eficiente.
  • 11:33 - 11:36
    Estamos examinando
    mais a fundo essas oportunidades.
  • 11:36 - 11:39
    Nos perguntamos se podemos
    usar o frio do espaço
  • 11:39 - 11:41
    para nos ajudar com a conservação da água,
  • 11:41 - 11:44
    ou talvez com sistemas
    independentes de energia.
  • 11:44 - 11:48
    Talvez até seja possível
    gerar energia com esse frio.
  • 11:49 - 11:51
    Existe uma grande diferença
    de temperatura entre a Terra
  • 11:51 - 11:53
    e o frio do espaço.
  • 11:53 - 11:55
    Essa diferença, teoricamente,
  • 11:55 - 11:58
    poderia impulsionar um motor térmico
  • 11:58 - 11:59
    para gerar eletricidade.
  • 12:00 - 12:04
    Podemos então fazer um dispositivo
    com geração de energia à noite
  • 12:04 - 12:06
    que produza quantidade
    suficiente de eletricidade
  • 12:06 - 12:08
    no lugar das células solares?
  • 12:08 - 12:10
    Podemos gerar luz da escuridão?
  • 12:12 - 12:16
    Para isso acontecer,
    é essencial saber como lidar
  • 12:16 - 12:19
    com a radiação térmica
    que está ao nosso redor.
  • 12:19 - 12:22
    Somos constante banhados
    por luz infravermelha.
  • 12:23 - 12:25
    Se pudéssemos controlá-la,
  • 12:25 - 12:28
    poderíamos mudar os fluxos
    de calor e de energia
  • 12:28 - 12:31
    que estão difundidos
    ao nosso redor todos os dias.
  • 12:31 - 12:35
    Essa habilidade e a fria
    escuridão do espaço
  • 12:35 - 12:38
    nos apontam um futuro
    onde nós, como civilização,
  • 12:38 - 12:43
    possamos lidar de modo mais inteligente
    com a nossa pegada de energia térmica
  • 12:43 - 12:45
    em grande escala.
  • 12:46 - 12:48
    Conforme confrontamos
    as mudanças climáticas,
  • 12:48 - 12:51
    acredito que essa habilidade
  • 12:51 - 12:53
    vai se revelar indispensável.
  • 12:53 - 12:57
    Então, na próxima vez
    que você andar por aí,
  • 12:57 - 13:03
    sinta-se impressionado com a importância
    do sol para a vida na Terra,
  • 13:03 - 13:08
    mas não se esqueça que o resto do céu
    também tem algo a nos oferecer.
  • 13:09 - 13:10
    Obrigado.
  • 13:10 - 13:12
    (Aplausos)
Title:
Como podemos converter o frio do espaço em um recurso renovável
Speaker:
Aaswath Raman
Description:

E se fosse possível usar a fria escuridão do espaço para resfriar as construções na Terra? Nesta palesta surpreendente, o físico Aaswath Raman detalha a tecnologia que ele está desenvolvendo para coletar o "resfriamento radiante noturno", um fenômeno natural em que a luz infravermelha escapa da Terra para o espaço levando consigo o calor. Esse fenômeno poderia reduzir drasticamente a energia utilizada pelos sistemas de resfriamento. Aprenda como essa abordagem poderia nos levar a um futuro onde possamos aproveitar a energia do universo.

more » « less
Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
13:30

Portuguese, Brazilian subtitles

Revisions