A razão por que estamos confusos acerca do consentimento — reescrevendo as nossas histórias de sedução | Michele Meek | TEDxProvidence
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0:27 - 0:28Olá.
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0:30 - 0:35Há uns anos, a minha filha e eu
assistimos à exibição do filme de 1993 -
0:35 - 0:38"The Sandlot", na associação de basebol.
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0:38 - 0:41A história acompanha o crescimento
de um grupo de rapazes pré-adolescentes -
0:41 - 0:45que estão a aprender a vida
e a descobrir o amor pelo basebol. -
0:46 - 0:50O filme tem muito poucas
personagens femininas, -
0:50 - 0:52e uma delas é uma nadadora-salvadora
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0:53 - 0:55por quem todos os rapazes
têm uma paixoneta. -
0:56 - 0:58Numa cena, um dos rapazes
finge estar a afogar-se -
0:58 - 1:05para que a nadadora-salvadora intervenha,
o salve e lhe faça respiração boca-a-boca. -
1:06 - 1:11Nesse momento, ele agarra-lhe a cabeça
e começa a beijá-la. -
1:12 - 1:15Depois, surge um comentário
em "off" de outro rapaz que diz: -
1:15 - 1:21"O que ele fez
foi traiçoeiro, mau e baixo -
1:22 - 1:25"— e fixe, porque ele teve a coragem
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1:25 - 1:28"de dar um beijo longo
e como deve ser a uma mulher." -
1:29 - 1:34Foi precisamente aí que percebi
que este é o tipo de cenas -
1:34 - 1:38que passam, muitas vezes,
sem nos apercebermos e sem comentarmos. -
1:38 - 1:40No entanto, são estas cenas
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1:40 - 1:43que nos ensinam a nós
e aos nossos filhos o consentimento. -
1:44 - 1:47Embora, enquanto pais,
educadores e treinadores, -
1:47 - 1:53nos esforçássemos por proteger as crianças
de cenas explícitas de violência e sexo, -
1:53 - 1:56estávamos mesmo assim a partilhar
histórias de coação -
1:56 - 2:03que eram supostamente engraçadas,
inofensivas ou admiráveis. -
2:04 - 2:05Ao longo da minha carreira,
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2:05 - 2:10trabalhei como cineasta,
jornalista de cinema e professora. -
2:10 - 2:14Como passei os últimos anos
a estudar histórias de consentimento, -
2:14 - 2:16creio que há um obstáculo decisivo
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2:16 - 2:18a impedir-nos de compreender
melhor o consentimento -
2:18 - 2:21e de reduzir a agressão sexual.
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2:21 - 2:25Embora digamos "Um não significa não"
e "Um sim significa sim", -
2:25 - 2:30continuamos a ver e a partilhar histórias
em que "Um não significa talvez" -
2:30 - 2:32ou "Um não significa insiste mais."
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2:33 - 2:38Em suma, as nossas histórias de sedução
são também, muitas vezes, de coação. -
2:40 - 2:42Quando digo uma "história de sedução",
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2:42 - 2:45refiro-me à clássica história
de um rapaz que conhece uma rapariga, -
2:45 - 2:48mas agora estas histórias
exigem medidas mais drásticas: -
2:48 - 2:55mentira, dissimulação, degradação
e, tipicamente, um toque de violência. -
2:57 - 2:59Vamos examinar este conjunto
de experiências sexuais. -
2:59 - 3:02Por um lado, temos "Um sim significa sim",
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3:02 - 3:07o que inclui o sexo consensual,
o desejo mútuo e a disponibilidade. -
3:07 - 3:10Por outro lado,
temos o "Um não significa não", -
3:10 - 3:14o que inclui agressão e coação sexual,
e relutância. -
3:14 - 3:17Mas a minha sugestão é que
continuamos a confundir os dois, -
3:17 - 3:20e é isto que eu quero dizer com sedução.
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3:21 - 3:25Dependendo de como a situação é lida
pelos participantes e pelos outros, -
3:25 - 3:29a sedução pode ser vista como a persuasão
de uma pessoa disposta a participar -
3:29 - 3:33ou como a coação de uma pessoa
que está relutante em participar. -
3:34 - 3:39Este padrão atravessa todos os espetros
de género e de preferências sexuais. -
3:39 - 3:44Quero deixar claro que não encaro
a sedução como uma zona cinzenta. -
3:44 - 3:48Encaro-a mais como uma zona amarela,
onde se "avança com cuidado". -
3:48 - 3:51A sedução retrata o sexo
como uma conquista, -
3:51 - 3:55como uma caçada
entre o predador e a presa. -
3:55 - 3:58Pensem no filme "As 50 Sombras de Grey",
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3:58 - 4:00no qual a universitária Anastasia Steele
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4:00 - 4:03é seduzida pelo multimilionário
Christian Grey. -
4:03 - 4:06Christian está tão obcecado
com o consentimento -
4:06 - 4:10que chega a sacar de um contrato escrito
muito detalhado para Anastasia assinar, -
4:10 - 4:12coisa que ela nunca chega a fazer.
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4:12 - 4:16Mas como parte da sua sedução,
ele entra no apartamento dela, -
4:16 - 4:19despe-a enquanto ela está inconsciente,
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4:19 - 4:23e vende o carro dela,
tudo sem a sua permissão. -
4:24 - 4:28Assim, muitos ficaram chocados
quando a argumentista do filme disse -
4:28 - 4:32que Christian era um herói
romântico e à moda antiga. -
4:33 - 4:36Mas, de facto, a história não é nova.
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4:37 - 4:42Muitos de vocês da minha geração
lembrar-se-ão de como todos nós -
4:42 - 4:46vimos ou queríamos ver o filme de 1986,
"Nove Semanas e Meia", -
4:46 - 4:49especificamente pelas cenas de sexo
tingidas de violência. -
4:49 - 4:52Mas esta história é muito mais antiga.
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4:52 - 4:55Há "A Fera Amansada" de Shakespeare,
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4:55 - 4:58em que Petrúquio derruba
as defesas de Catarina, -
4:58 - 5:03que, a princípio, não tem interesse
em Petrúquio nem em qualquer homem. -
5:06 - 5:11Para terem noção de até onde
este tema de facto remonta, -
5:11 - 5:13podemos olhar para a mitologia grega,
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5:13 - 5:18em que a deusa Hera recusa inicialmente
a proposta de casamento de Zeus. -
5:18 - 5:20Zeus aparece à janela dela
disfarçado de pássaro -
5:20 - 5:22e, quando ela o deixa entrar,
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5:22 - 5:26ele viola-a e depois ela aceita
a proposta de casamento dele. -
5:27 - 5:29Por vezes, à primeira vista,
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5:29 - 5:33as histórias de sedução podem parecer
perfeitamente inofensivas. -
5:33 - 5:36Pensem na série televisiva
"Stranger Things," -
5:36 - 5:38na qual Steve, o namorado de Nancy,
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5:38 - 5:41reage aos "Nãos" dela
como um vendedor reagiria -
5:41 - 5:42— insiste mais.
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5:43 - 5:45Ela recusa encontrar-se com ele.
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5:46 - 5:49Ela recusa encontrar-se com ele,
por isso, ele entra pela janela. -
5:51 - 5:54Ela foge do beijo dele,
portanto ele tenta novamente. -
5:55 - 5:58O mesmo sucede em "Parks and Recreation",
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5:59 - 6:02com a forma como Tom tenciona
converter o "Não" de Ann num "Sim". -
6:02 - 6:05E a vasta maioria das comédias
de sexo adolescente -
6:05 - 6:08de "American Pie: A Primeira Vez"
a "Super Baldas" -
6:08 - 6:12retrata rapazes que estão obcecados
em seduzir raparigas. -
6:13 - 6:16Uma tal confusão
entre consentimento e coação -
6:16 - 6:19não é menos desconcertante
quando os papéis de género se invertem. -
6:19 - 6:22Considerem como um filme
como "A Primeira Noite" -
6:22 - 6:25simplesmente altera o agressor
para a personagem da mulher mais velha, -
6:25 - 6:29que anda atrás da sua contraparte
masculina, mais jovem e inocente. -
6:29 - 6:33Isto também começou a surgir
em comédias adolescentes mais recentes, -
6:33 - 6:35como "Os Empatas"
e "A Lista dos... Prazeres!", -
6:35 - 6:40onde as raparigas andam ativamente atrás
das suas próprias conquistas sexuais, -
6:40 - 6:41por vezes sem pensar
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6:41 - 6:45que, primeiro, precisam de obter
o consentimento dos parceiros masculinos. -
6:47 - 6:51O problema é que isto não é só
no domínio dos afetos. -
6:51 - 6:55Uma em três mulheres são vítimas
de agressões sexuais ao longo da vida. -
6:55 - 6:58E um em seis homens também.
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6:58 - 7:02A maioria das agressões sexuais
não são denuciadas. -
7:02 - 7:04Só para destacar um exemplo:
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7:05 - 7:0980% das agressões sexuais
a estudantes universitárias, -
7:09 - 7:11entre 1995 e 2013,
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7:12 - 7:15não foram denunciadas à polícia,
de acordo com o Departamento de Justiça. -
7:15 - 7:20Por isso, quando realçamos um problema
como a violência sexual nos "campus", -
7:20 - 7:23falando só das situações a preto e branco,
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7:23 - 7:29estamos a perder a oportunidade de falar
sobre os casos nesta zona amarela. -
7:31 - 7:34Um dos problemas
com o consentimento sexual -
7:34 - 7:37é que, habitualmente,
não o obtemos por escrito -
7:38 - 7:40— talvez alguns de vocês o façam —
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7:40 - 7:43ou até verbalmente:
não necessariamente. -
7:43 - 7:46Portanto, confiamos no comportamento.
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7:46 - 7:49Sabemos que isto pode levar a problemas.
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7:49 - 7:53Um exemplo comum é que o riso
pode ser encarado como consentimento -
7:53 - 7:56mas poderá na verdade significar
que a pessoa está muito nervosa -
7:56 - 7:59e não sabe bem como dizer não.
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7:59 - 8:03Parte da forma como aprendemos
a comportar-nos é através de histórias. -
8:03 - 8:06E as histórias não são só
os filmes e a televisão. -
8:06 - 8:08Temos as aulas na escola,
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8:08 - 8:10há coisas que os pais nos dizem,
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8:10 - 8:12histórias que os amigos nos contam,
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8:12 - 8:16e coisas que vemos nas notícias
e nos meios de comunicação social. -
8:16 - 8:21Todas as histórias sobre sexo são também
histórias sobre consentimento sexual. -
8:22 - 8:24Então, o que é que estamos a aprender?
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8:25 - 8:28Brad Perry, o coordenador de prevenção
de violência sexual e escritor -
8:28 - 8:32fala sobre como, quando era mais novo,
os amigos lhe ensinaram -
8:32 - 8:36que seduzir raparigas exigia substâncias
para descontraírem, como drogas e álcool. -
8:37 - 8:41Só quando uma amiga dele
foi violada e tentou o suicídio -
8:41 - 8:46é que ele percebeu o quão semelhantes
as suas táticas eram às do violador dela. -
8:47 - 8:50Confissões como esta
são muito raras. -
8:51 - 8:53No reverso da medalha,
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8:53 - 8:56as raparigas ainda são desencorajadas
— com demasiada frequência — -
8:56 - 8:58de se verem a si mesmas
como agentes sexuais. -
8:58 - 9:02Como persistem os padrões duplos,
e o sentimento de vergonha, -
9:02 - 9:06as raparigas limitam-se a reagir
aos avanços dos parceiros masculinos, -
9:06 - 9:10em vez de saberem o que querem
sexualmente e de tomarem a iniciativa. -
9:12 - 9:16Nas minhas aulas de estudos de género,
eu pergunto aos meus alunos: -
9:16 - 9:18"O que aprenderam em educação sexual?"
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9:18 - 9:20e "O que queriam aprender?"
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9:20 - 9:22Todos os anos é a mesma coisa.
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9:22 - 9:26Foram instruídos sobre as doenças
sexualmente transmissíveis, -
9:26 - 9:28sobre a abstinência e sobre a gravidez.
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9:28 - 9:31Mas preferiam ter aprendido mais
-
9:31 - 9:35sobre consentimento, violência,
prazer e relacionamentos. -
9:37 - 9:42Eu adoro filmes e vou continuar
a partilhá-los com os meus filhos, -
9:42 - 9:44mas, quando vir uma cena
que sei que está errada, -
9:44 - 9:47vou ter uma conversa com eles
sobre o assunto. -
9:47 - 9:53Também vou continuar a procurar histórias
que sejam melhores histórias de sedução. -
9:55 - 9:59Estou certa de que, ao mudar
as histórias que contamos -
9:59 - 10:02podemos mudar o modo como pensamos
sobre o consentimento, -
10:02 - 10:05e o modo como agimos
em relação ao consentimento sexual. -
10:05 - 10:06Obrigada.
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10:06 - 10:09(Aplauso)
- Title:
- A razão por que estamos confusos acerca do consentimento — reescrevendo as nossas histórias de sedução | Michele Meek | TEDxProvidence
- Description:
-
Quando o assunto é consentimento sexual, defendemos que "Não significa não" e "Sim significa sim", para prevenir agressões sexuais. Ainda assim, as histórias de sedução que vemos e partilharmos retratam, muitas vezes, o "Não" como significando "Talvez" ou "Insiste mais". Nesta palestra, Michele Meek mostra como os momentos que confundem o consentimento com coação muitas vezes passam nos apercebermos e sem um comentário e, no entanto, estão de facto a instruir-nos a nós e aos nossos filhos a respeito do consentimento. Michele Meek faz um apelo para que prestemos atenção às histórias de sedução que partilhamos, para que possamos começar a reescrevê-las.
A Dr.ª Michele Meek é uma escritora e cineasta estabelecida em Providence, e é Professora Assistente de Estudos de Comunicação na Universidade do Estado de Bridgewater. As suas publicações académicas recentes concentram-se nos "problemas de consentimento", ou representações ética e esteticamente ambíguas do consentimento sexual, e Michele publicou recentemente uma edição compilada de "Independent Female Filmmakers: A Chronicle through Interviews, Profiles, and Manifestos" com a editora Routledge. Meek escreveu e realizou várias curtas-metragens premiadas, e é também a fundadora do NewEnglandFilm.com.
Esta palestra foi dada num evento TEDx, utilizando o formato de conferência TED, mas foi organizada de forma independente por uma comunidade local. Saiba mais em https://www.ted.com/tedx.
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- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDxTalks
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- 10:16