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Como encontrar um trabalho que você ame

  • 0:00 - 0:03
    Puxa, quanta honra!
    Sempre imaginei como seria.
  • 0:03 - 0:08
    Oito anos atrás, recebi o pior conselho
    sobre carreira da minha vida.
  • 0:08 - 0:10
    Um amigo me disse:
  • 0:10 - 0:12
    "Não tem problema não
    gostar do seu emprego atual.
  • 0:12 - 0:15
    Você está construindo seu currículo".
  • 0:15 - 0:17
    Tinha acabado de chegar
    da Espanha, onde vivi um tempo,
  • 0:17 - 0:20
    e entrei numa das 500 empresas
    da lista "Fortune" pensando:
  • 0:20 - 0:23
    "Que fantástico. Vou causar
    um grande impacto no mundo".
  • 0:23 - 0:25
    Tinha várias ideias e,
    depois de uns dois meses,
  • 0:25 - 0:28
    notei que, lá pelas dez da manhã,
    eu tinha essa estranha vontade
  • 0:28 - 0:32
    de bater com a cabeça
    no monitor do computador.
  • 0:32 - 0:34
    Não sei se alguém já sentiu isso.
  • 0:34 - 0:37
    Notei, logo depois disso,
    que todos nossos concorrentes
  • 0:37 - 0:40
    já tinham automatizado
    a função que eu ocupava.
  • 0:40 - 0:45
    E foi aí que recebi esse sábio conselho
    de "construir meu currículo".
  • 0:45 - 0:47
    Bem, enquanto tentava descobrir
  • 0:47 - 0:53
    de qual janela me jogar
    para conseguir mudar as coisas,
  • 0:53 - 0:57
    li um conselho completamente diferente,
    de Warren Buffet, em que ele dizia:
  • 0:57 - 1:00
    "Aceitar empregos
    para construir o currículo
  • 1:00 - 1:03
    é o mesmo que deixar
    para fazer sexo na velhice".
  • 1:03 - 1:04
    (Risos)
  • 1:04 - 1:07
    Aquilo era tudo o que eu precisava.
  • 1:07 - 1:10
    Daí a duas semanas, saí de lá,
    e com uma intenção:
  • 1:10 - 1:12
    encontrar algo em que pudesse errar.
  • 1:12 - 1:16
    Eu queria causar algum impacto,
    não importava o que fosse.
  • 1:16 - 1:19
    Logo descobri que não estava sozinho:
  • 1:19 - 1:23
    mais de 80% das pessoas por aí
    não gostam de seus empregos.
  • 1:23 - 1:25
    Aposto que vocês são diferentes,
  • 1:25 - 1:28
    mas essa foi a média que a Deloitte
    obteve em seus estudos.
  • 1:28 - 1:31
    Queria descobrir o que diferenciava
    as pessoas com um trabalho apaixonante,
  • 1:31 - 1:35
    transformador, que acordam
    inspiradas todo dia,
  • 1:35 - 1:39
    das pessoas, os outros 80%,
    que vivem num desespero silencioso.
  • 1:39 - 1:42
    Comecei a entrevistar pessoas
    que faziam um trabalho inspirador,
  • 1:42 - 1:45
    li livros, fiz estudos de caso,
  • 1:45 - 1:47
    num total de 300 livros sobre foco,
    carreira e tudo mais,
  • 1:47 - 1:52
    uma autoimersão total
    pela simples razão abnegada
  • 1:52 - 1:55
    de encontrar o trabalho
    que eu não podia deixar de fazer,
  • 1:55 - 1:56
    e que trabalho seria esse.
  • 1:56 - 1:59
    Ao fazer isso, cada vez mais
    gente passou a me perguntar:
  • 1:59 - 2:02
    "Você gosta dessa coisa de carreira.
    Não gosto do meu emprego.
  • 2:02 - 2:04
    Vamos almoçar para conversar?"
  • 2:04 - 2:07
    Eu aceitava, mas avisava logo
    que a taxa de abandono era de 80%.
  • 2:07 - 2:11
    Desses com quem ia almoçar,
    80% abandonariam o emprego
  • 2:11 - 2:12
    dentro de dois meses.
  • 2:12 - 2:16
    Fiquei orgulhoso disso, não porque
    eu tivesse um poder mágico,
  • 2:16 - 2:18
    mas porque eu fazia uma pergunta simples:
  • 2:18 - 2:21
    "Por que você faz o trabalho
    que está fazendo?
  • 2:21 - 2:25
    Normalmente a resposta era: "Bem,
    porque alguém disse que eu devia".
  • 2:25 - 2:27
    Percebi que muita gente por aí
  • 2:27 - 2:31
    está subindo uma escada
    que alguém lhe disse para subir,
  • 2:31 - 2:35
    e acaba se escorando na parede
    errada, ou em parede nenhuma.
  • 2:35 - 2:38
    Quanto mais tempo passava
    com essas pessoas e via esse problema,
  • 2:38 - 2:40
    pensava: "E se criássemos uma comunidade,
  • 2:40 - 2:43
    um lugar onde as pessoas
    se sentissem acolhidas e aceitas
  • 2:43 - 2:46
    por fazerem as coisas de forma diferente,
    ir pela trilha menos conhecida,
  • 2:46 - 2:50
    onde isso fosse incentivado,
    e que inspirasse as pessoas a mudar?"
  • 2:50 - 2:53
    Isso acabou se tornando o que hoje
    chamo de "Live your Legend",
  • 2:53 - 2:55
    vou explicar daqui a pouco.
  • 2:55 - 2:57
    Mas, conforme fui fazendo
    essas descobertas,
  • 2:57 - 3:01
    notei um padrão de três coisas simples
    que essas pessoas apaixonadas
  • 3:01 - 3:03
    que transformam o mundo tinham em comum,
  • 3:03 - 3:07
    fosse um Steve Jobs ou apenas,
    o dono da padaria da esquina,
  • 3:07 - 3:10
    mas que fazem um trabalho
    que representa quem são.
  • 3:10 - 3:13
    Quero compartilhar essas três
    coisas para servirem de guias
  • 3:13 - 3:15
    pelo resto do dia e, tomara,
    pelo resto da vida.
  • 3:15 - 3:18
    O primeiro passo para se ter
    esse trabalho apaixonante
  • 3:18 - 3:21
    é se tornar especialista
    em si próprio e se entender,
  • 3:21 - 3:25
    pois, se não souber
    o que procura, nunca vai encontrar.
  • 3:25 - 3:28
    E a verdade é que ninguém
    vai fazer isso por nós.
  • 3:28 - 3:31
    Não há curso na universidade
    sobre paixão, objetivo e carreira.
  • 3:31 - 3:36
    Não sei como não é obrigatório,
    mas nem vou entrar nisso.
  • 3:36 - 3:39
    A gente gasta mais tempo
    escolhendo uma TV para o dormitório
  • 3:39 - 3:42
    do que escolhendo
    o curso e a área de estudo.
  • 3:42 - 3:44
    Mas a questão é: cabe a nós descobrir,
  • 3:44 - 3:47
    e precisamos de um guia, precisamos
    de saber como navegar nisso.
  • 3:47 - 3:51
    O primeiro passo da nossa bússola
    é descobrir nossos pontos fortes.
  • 3:51 - 3:54
    Quais são as coisas
    que acordamos adorando fazer,
  • 3:54 - 3:58
    quer sejamos somos pagos ou não,
    coisas pelas quais nos agradecem?
  • 3:58 - 4:01
    O livro "Strengths Finder 2.0"
    é também uma ferramenta on-line,
  • 4:01 - 4:05
    altamente recomendado para descobrir
    aquilo em que você é bom.
  • 4:05 - 4:09
    Próximo: qual é o nosso padrão
    ou hierarquia para tomar decisões?
  • 4:09 - 4:13
    Nós nos importamos mais
    com as pessoas, nossa família, saúde,
  • 4:13 - 4:16
    ou com vitórias, sucesso, etc.?
  • 4:16 - 4:20
    Temos de saber como tomar essas decisões,
    descobrir de que é feita nossa alma,
  • 4:20 - 4:25
    para não a vendermos a uma causa
    à qual não damos a mínima.
  • 4:25 - 4:28
    O passo seguinte são as experiências.
  • 4:28 - 4:32
    Todos temos experiências
    e aprendemos o tempo todo
  • 4:32 - 4:36
    sobre o que amamos, o que odiamos,
    no que somos bons, no que somos péssimos.
  • 4:36 - 4:40
    E, se não nos dedicarmos a pensar nisso
    e assimilarmos esse aprendizado,
  • 4:40 - 4:43
    aplicando-o ao restante da nossa vida,
    não serve para nada.
  • 4:43 - 4:45
    Todos os dias, toda semana,
    todos os meses do ano,
  • 4:45 - 4:49
    eu reflito sobre o que deu certo
    ou errado, o que quero repetir
  • 4:49 - 4:51
    e o que posso usar em minha vida.
  • 4:51 - 4:55
    E, melhor ainda, ao ver pessoas,
    especialmente hoje,
  • 4:55 - 4:57
    que o inspiram, que o fazem dizer:
  • 4:57 - 5:00
    "Meu Deus, olha o que Jeff
    está fazendo, quero ser como ele!"
  • 5:00 - 5:01
    Por que você diz isso?
  • 5:01 - 5:04
    Comece um diário. Escreva
    sobre o que o inspira neles.
  • 5:04 - 5:07
    Não é sobre tudo também,
    mas, seja lá o que for, anote,
  • 5:07 - 5:10
    de modo que, com o tempo,
    vai ter todo esse apanhado
  • 5:10 - 5:14
    que pode aplicar em sua vida,
    ter uma vida mais apaixonante
  • 5:14 - 5:16
    e causar um impacto maior.
  • 5:16 - 5:18
    Quando começamos a organizar essas coisas,
  • 5:18 - 5:22
    conseguimos então definir
    o que significa sucesso para nós
  • 5:22 - 5:25
    e, sem todas essas partes
    da bússola, é impossível.
  • 5:25 - 5:27
    Acabamos tendo a vida previsível
  • 5:27 - 5:31
    que todo mundo parece estar vivendo,
    subindo essa escada para lugar nenhum.
  • 5:31 - 5:33
    É meio como "Wall Street 2",
    se alguém assistiu...
  • 5:33 - 5:37
    o peão pergunta ao chefão
    do banco em Wall Street:
  • 5:37 - 5:39
    "Quanto é? Todo mundo tem um valor
  • 5:39 - 5:42
    que, quando tiverem
    esse dinheiro, largam tudo".
  • 5:42 - 5:45
    Ele diz: "Muito simples. Mais".
  • 5:45 - 5:46
    E sorri.
  • 5:46 - 5:49
    É o estado deprimente da maioria
    das pessoas que não se dedicou
  • 5:49 - 5:53
    a descobrir o que importa a elas,
    lutando por algo sem sentido,
  • 5:53 - 5:55
    mas elas continuam,
    pois lhes disseram que deve ser assim.
  • 5:55 - 5:57
    Mas, ao adquirirmos essa visão,
  • 5:57 - 6:01
    podemos começar a identificar
    o que nos faz sentir vivos.
  • 6:01 - 6:04
    Sem isso, uma paixão
    pode bater à sua porta,
  • 6:04 - 6:06
    ou surgir em seu trabalho,
    e você pode colocá-la de lado,
  • 6:06 - 6:09
    pois não sabe como reconhecê-la.
  • 6:09 - 6:12
    Mas, ao identificá-la, consegue ver
    congruências com seus pontos fortes,
  • 6:12 - 6:14
    seus valores, a pessoa que você é,
  • 6:14 - 6:17
    e agarra com unhas e dentes,
    faz algo com isso,
  • 6:17 - 6:20
    corre atrás e tenta fazer a diferença.
  • 6:20 - 6:23
    E "Live Your Legend",
    o movimento que criamos,
  • 6:23 - 6:26
    não existiria se não houvesse
    essa bússola para identificar:
  • 6:26 - 6:29
    "Isso é algo que quero fazer
    e fazer a diferença".
  • 6:29 - 6:32
    Se não soubermos o que estamos
    procurando, nunca vamos encontrar,
  • 6:32 - 6:34
    mas, uma vez que tenhamos essa bússola,
  • 6:34 - 6:39
    podemos seguir em frente
    — e não sou eu lá em cima —,
  • 6:39 - 6:41
    fazendo o impossível
    e indo além dos meus limites.
  • 6:41 - 6:44
    Há duas razões por que as pessoas
    não fazem as coisas:
  • 6:44 - 6:47
    dizer a si mesmas que não conseguem,
    ou alguém lhes diz isso,
  • 6:47 - 6:51
    mas, seja o que for, acabam acreditando,
    aí ou desistimos, ou nunca começamos.
  • 6:51 - 6:54
    Todo mundo acha impossível
    até que alguém consiga fazer.
  • 6:54 - 6:58
    Toda invenção, toda coisa nova no mundo,
    as pessoas achavam loucas no início.
  • 6:58 - 7:01
    Roger Bannister e 1,6km em 4 minutos.
  • 7:01 - 7:04
    Era fisicamente impossível correr 1,6 km
    em 4 min numa corrida a pé,
  • 7:04 - 7:06
    até Roger Bannister encarar e conseguir.
  • 7:06 - 7:10
    E, apenas dois meses depois, 16 pessoas
    quebraram o recorde novamente.
  • 7:10 - 7:15
    As coisas que achamos impossíveis às vezes
    são marcos esperando ser conquistados,
  • 7:15 - 7:17
    se pressionarmos esses limites.
  • 7:17 - 7:22
    Isso começa com o corpo e preparo físico,
    pois podemos controlar isso.
  • 7:22 - 7:26
    Se não acha que consegue correr 1,5 km,
    prove que pode correr até o dobro,
  • 7:26 - 7:29
    ou uma maratona, ou perder 10 kg,
    ou seja o que for,
  • 7:29 - 7:32
    você percebe que a confiança é construída
  • 7:32 - 7:34
    e pode ser transferida
    para outros aspectos da vida.
  • 7:34 - 7:38
    Eu, na verdade, peguei um pouco
    desse hábito com meus amigos.
  • 7:38 - 7:41
    Temos um grupo para aventuras físicas
  • 7:41 - 7:44
    e, recentemente, me encontrei
    numa situação precária.
  • 7:44 - 7:47
    Tenho pavor de água funda azul-escura.
  • 7:47 - 7:49
    Não sei se alguém tem o mesmo medo
  • 7:49 - 7:53
    depois de assistir todos os filmes
    "Tubarão" seis vezes quando era criança.
  • 7:53 - 7:58
    Mas qualquer coisa acima disso,
    se for escura, posso sentir agora mesmo.
  • 7:58 - 8:01
    Juro que tem algo lá, mesmo
    que seja Lake Tahoe, água limpa,
  • 8:01 - 8:04
    medo totalmente infundado,
    ridículo, mas está lá.
  • 8:04 - 8:06
    Três anos atrás, lá estava
    eu num barco rebocador
  • 8:06 - 8:08
    aqui na Baía de São Francisco.
  • 8:08 - 8:12
    Era um dia tempestuoso, ventando,
    e as pessoas com enjoo no barco,
  • 8:12 - 8:15
    e lá estava eu sentado, com roupa
    de mergulho e olhando pela janela
  • 8:15 - 8:18
    aterrorizado de pensar
    que teria de nadar para morte
  • 8:18 - 8:20
    ao tentar atravessar a nado a Golden Gate.
  • 8:20 - 8:24
    E meu palpite é que algumas
    pessoas aqui já fizeram isso.
  • 8:24 - 8:27
    Estava sentado lá, e meu amigo
    Jonathan, que me convenceu a ir,
  • 8:27 - 8:30
    vendo meu estado,
    chegou para mim e falou:
  • 8:30 - 8:33
    "Scott, ei, cara, qual a pior
    coisa que pode acontecer?
  • 8:33 - 8:35
    Está com roupa de mergulho;
    não vai afundar.
  • 8:35 - 8:38
    E, se não conseguir atravessar,
    é só entrar num dos 20 caiaques.
  • 8:38 - 8:42
    E, se tubarão atacar, por que vão pegar
    logo você com 80 pessoas na água?"
  • 8:42 - 8:43
    "Valeu!"
  • 8:43 - 8:48
    Ele diz: "Sério, divirta-se e boa sorte",
    mergulhou e saiu nadando.
  • 8:48 - 8:53
    O encorajamento funcionou,
    fiquei completamente calmo
  • 8:53 - 8:56
    e acho que foi porque Jonathan
    tinha apenas 13 anos de idade.
  • 8:56 - 8:58
    (Risos)
  • 8:58 - 9:03
    E, das 80 pessoas nadando aquele dia,
    65 tinham entre 9 e 13 anos de idade.
  • 9:03 - 9:06
    Pensem como vocês enfrentariam
    o mundo de outra forma
  • 9:06 - 9:09
    se, aos nove anos, descobrissem
    que podiam nadar 2,5 km
  • 9:09 - 9:12
    numa água a 13 °C,
    de Alcatraz a São Francisco.
  • 9:12 - 9:13
    Para o que teriam dito sim?
  • 9:13 - 9:16
    Do que não teriam desistido?
    O que teriam tentado?
  • 9:16 - 9:19
    Terminando a travessia,
    indo para o parque aquático
  • 9:19 - 9:22
    e, ao sair da água, metade
    das crianças já tinham chegado
  • 9:22 - 9:24
    e estavam torcendo por mim,
    todos muito animados.
  • 9:24 - 9:27
    E meu rosto parecia um picolé,
    quem já nadou lá sabe como é,
  • 9:27 - 9:31
    e estava descongelando minha cara,
    vendo os outros chegarem.
  • 9:31 - 9:34
    E vejo um menino e parecia
    que havia algo errado.
  • 9:34 - 9:36
    E ele se movia assim
  • 9:36 - 9:39
    e mal conseguia puxar o ar
    antes de bater a cabeça.
  • 9:39 - 9:42
    Notei que outros pais estavam
    vendo aquilo também
  • 9:42 - 9:44
    e juro que pensavam o mesmo que eu:
  • 9:44 - 9:48
    "Por isso não se deixa crianças
    de nove anos nadarem de Alcatraz".
  • 9:48 - 9:49
    Não era fadiga.
  • 9:49 - 9:52
    De repente, dois pais
    correram e o agarraram,
  • 9:52 - 9:55
    colocaram-no nos ombros
    e o puxaram assim,
  • 9:55 - 9:57
    totalmente mole.
  • 9:57 - 10:02
    Eles caminharam mais uns metros
    e o sentaram numa cadeira de rodas.
  • 10:02 - 10:05
    E ele levantou os pulsos na demonstração
    de vitória mais insana que já vi.
  • 10:05 - 10:08
    Ainda posso sinto o calor
    e a energia desse carinha
  • 10:08 - 10:09
    quando conseguiu essa vitória.
  • 10:09 - 10:12
    Eu o tinha visto mais cedo
    naquele dia em sua cadeira de rodas.
  • 10:12 - 10:15
    Só não fazia a menor ideia
    de que ele ia nadar.
  • 10:15 - 10:17
    Quero dizer, onde vai estar em 20 anos?
  • 10:17 - 10:21
    Quantos lhe disseram que não podia
    fazer aquilo, que morreria se tentasse?
  • 10:21 - 10:25
    Prove que as pessoas estavam erradas,
    que você estava errado, que pode ir além,
  • 10:25 - 10:27
    do que acredita ser possível.
  • 10:27 - 10:31
    Não tem de ser recordista, apenas
    vença suas próprias impossibilidades
  • 10:31 - 10:33
    com pequenos passos iniciais.
  • 10:33 - 10:38
    E a melhor forma de se fazer isso
    é se cercar de pessoas com paixão.
  • 10:38 - 10:41
    O jeito mais rápido de fazermos
    coisas que parecem impossíveis
  • 10:41 - 10:43
    é nos cercarmos de pessoas
    que já as fazem.
  • 10:43 - 10:45
    Jim Rohn disse certa vez:
  • 10:45 - 10:49
    "Você é a média das cinco pessoas com
    as quais passa a maior parte do tempo".
  • 10:49 - 10:53
    E não há truque maior na história do mundo
  • 10:53 - 10:56
    para sair de onde você está hoje
    e chegar aonde quer estar
  • 10:56 - 10:59
    do que escolher as pessoas
    certas para ter ao seu lado.
  • 10:59 - 11:01
    Elas mudam tudo, e isso está provado.
  • 11:01 - 11:05
    Em 1898, Norman Triplett fez
    um estudo com um grupo de ciclistas,
  • 11:05 - 11:09
    para medir seus tempos numa corrida
    em grupo e também individualmente.
  • 11:09 - 11:13
    E descobriu que os ciclistas
    em grupo pedalavam mais rápido.
  • 11:13 - 11:16
    E o estudo foi repetido em todos
    os domínios desde então,
  • 11:16 - 11:18
    e o resultado foi o mesmo:
  • 11:18 - 11:20
    as pessoas ao seu redor contam,
    e o ambiente é tudo.
  • 11:20 - 11:23
    Mas depende do seu controle,
    pois é uma via de mão dupla.
  • 11:23 - 11:26
    Com 80% das pessoas
    insatisfeitas com o que fazem,
  • 11:26 - 11:29
    significa que a maioria das pessoas
    que nos cercam, não aqui,
  • 11:29 - 11:33
    encorajam a complacência e evitam
    que lutemos por aquilo que nos é caro,
  • 11:33 - 11:35
    assim, temos de gerir nosso ambiente.
  • 11:35 - 11:37
    Me encontrei nessa situação...
  • 11:39 - 11:42
    exemplo pessoal, uns dois anos atrás.
  • 11:42 - 11:46
    Alguém já teve um hobby ou uma paixão
    em que colocou seu coração e sua alma,
  • 11:46 - 11:49
    um tempo incrível, e nem queria
    chamar isso de negócio,
  • 11:49 - 11:54
    mas ninguém prestava atenção,
    e não ganhava um centavo?
  • 11:54 - 11:58
    Pois passei quatro anos tentando criar
    esse movimento "Live Your Legend",
  • 11:58 - 12:01
    para ajudar pessoas num trabalho
    que importasse e as inspirasse.
  • 12:01 - 12:05
    Estava fazendo o que podia, e havia
    apenas três pessoas prestando atenção
  • 12:05 - 12:07
    e estão ali: minha mãe, meu pai
    e minha esposa, Chelsea.
  • 12:07 - 12:09
    Obrigado pelo apoio.
  • 12:09 - 12:11
    (Aplausos)
  • 12:11 - 12:16
    E isso é para mostrar como eu queria isso:
    cresci 0% em quatro anos,
  • 12:16 - 12:18
    e estava a ponto de desistir
  • 12:18 - 12:19
    e, exatamente aí,
  • 12:19 - 12:23
    me mudei para São Francisco e comecei
    a conhecer pessoas bem interessantes
  • 12:23 - 12:25
    que tinham um estilo de vida
    louco, aventureiro,
  • 12:25 - 12:27
    e negócios, websites e blogues
  • 12:27 - 12:30
    feitos com paixão e ajudando
    as pessoas de um jeito significativo.
  • 12:30 - 12:33
    Um dos meus amigos,
    com uma família de oito pessoas,
  • 12:33 - 12:35
    sustenta a família toda
  • 12:35 - 12:38
    com um blogue em que escreve
    duas vezes por semana.
  • 12:38 - 12:41
    Eles acabaram de passar um mês
    na Europa, todo mundo.
  • 12:41 - 12:44
    Aí, pirei! Como isso era possível?
  • 12:44 - 12:47
    E fiquei tremendamente
    inspirado ao ver isso
  • 12:47 - 12:50
    e, em vez de fechar,
    decidi levar mais a sério.
  • 12:50 - 12:54
    Fiz o que podia para passar meu tempo,
    cada hora do dia seguindo esses caras,
  • 12:54 - 12:57
    saindo com eles, tomando cerveja,
    malhando, o que fosse.
  • 12:57 - 13:01
    E, após quatro anos de crescimento zero,
    após seis meses andando com esse pessoal,
  • 13:01 - 13:04
    a comunidade de "Live Your Legend"
    cresceu dez vezes.
  • 13:04 - 13:08
    Em mais 12 meses, cresceu 160 vezes.
  • 13:08 - 13:10
    E, hoje, cerca de 30 mil pessoas
  • 13:10 - 13:14
    em 158 países usam nossas ferramentas
    de carreira e conexão mensalmente.
  • 13:14 - 13:19
    E essas pessoas construíram essa
    comunidade com gente apaixonada,
  • 13:19 - 13:21
    que inspirou aquela possibilidade
    com a qual sonhei
  • 13:21 - 13:24
    de "Live Your Legend" tantos anos atrás.
  • 13:24 - 13:26
    As pessoas mudam tudo,
    e essa é a razão...
  • 13:26 - 13:29
    podem me perguntar o que estava havendo.
  • 13:29 - 13:31
    Durante quatro anos,
    não conhecia ninguém do meio,
  • 13:31 - 13:35
    nem sabia que existia,
    que se podia fazer isso,
  • 13:35 - 13:37
    que podia haver movimentos assim.
  • 13:37 - 13:40
    E aí cá estava eu em São Francisco,
    e todo mundo ao meu redor fazia isso.
  • 13:40 - 13:44
    Tornou-se uma coisa normal,
    pois passei de como posso fazer isso
  • 13:44 - 13:46
    a é impossível não fazê-lo.
  • 13:46 - 13:50
    E, quando essa mudança
    na sua cabeça acontece,
  • 13:50 - 13:51
    se reflete no seu mundo todo.
  • 13:51 - 13:54
    E, sem tentar, seus padrões
    vão daqui para aqui.
  • 13:54 - 13:57
    Não é preciso mudar seus objetivos,
    apenas o que o cerca.
  • 13:57 - 14:02
    É e por isso que adoro ficar perto
    desse grupo todo de pessoas,
  • 14:02 - 14:04
    que vou a todos eventos TED,
  • 14:04 - 14:07
    e os assisto no meu IPad
    a caminho do trabalho.
  • 14:07 - 14:10
    Porque este é o grupo de pessoas
    que inspira possibilidade.
  • 14:10 - 14:13
    Temos o dia todo para passar
    juntos e muito mais.
  • 14:13 - 14:17
    Resumindo, em termos desses três pilares,
  • 14:17 - 14:21
    eles todos têm algo
    em comum, acima de tudo.
  • 14:21 - 14:23
    Eles estão 100% sob nosso controle.
  • 14:23 - 14:26
    Ninguém pode lhe dizer que você
    não pode aprender sobre si mesmo
  • 14:26 - 14:31
    que não pode superar seus limites,
    conhecer o seu impossível e ir além;
  • 14:31 - 14:33
    que não pode se cercar
    de pessoas inspiradoras
  • 14:33 - 14:36
    ou fugir de quem o puxa para baixo.
  • 14:36 - 14:38
    Você não pode controlar uma recessão.
  • 14:38 - 14:41
    Não pode controlar ser demitido
    ou se envolver num acidente de carro.
  • 14:41 - 14:44
    A maioria das coisas estão
    totalmente fora de nosso controle.
  • 14:44 - 14:47
    Essas três coisas dependem só da gente,
  • 14:47 - 14:51
    e podem mudar nosso mundo,
    se decidirmos fazer algo a respeito.
  • 14:51 - 14:55
    E isso está começando
    a acontecer no âmbito público.
  • 14:55 - 14:59
    Li na "Forbes" que o governo
    americano relatou, pela primeira vez,
  • 14:59 - 15:03
    um mês em que mais pessoas deixaram
    os empregos do que tinham sido despedidas.
  • 15:03 - 15:05
    Acharam que era uma anomalia,
    mas aconteceu três meses direto.
  • 15:05 - 15:08
    Numa época em que dizem
    que emprego está difícil,
  • 15:08 - 15:11
    as pessoas estão se lixando
    para essa vida previsível,
  • 15:11 - 15:16
    para o que esperam delas, em troca
    do que lhes importa e que as inspiram.
  • 15:16 - 15:20
    E o fato é que as pessoas estão
    acordando para essa possibilidade,
  • 15:20 - 15:25
    que realmente a única coisa que limita
    a possibilidade agora é a imaginação.
  • 15:25 - 15:27
    Não é mais um clichê.
  • 15:27 - 15:31
    Pouco importa qual seja
    sua paixão, seu hobby.
  • 15:31 - 15:34
    Se gosta de tricotar, pode encontrar
    alguém que arrasa no tricô
  • 15:34 - 15:36
    e pode aprender dele. É irado.
  • 15:36 - 15:40
    E este dia tem a ver com isso,
    aprender dos palestrantes,
  • 15:40 - 15:43
    e fazemos o perfil dessas pessoas
    no "Live Your Legend" todo dia,
  • 15:43 - 15:46
    porque, quando pessoas comuns
    estão fazendo o extraordinário
  • 15:46 - 15:49
    e podemos ficar perto,
    isso se torna o normal.
  • 15:49 - 15:54
    E isso não é sobre ser Gandhi
    ou Steve Jobs, fazer algo maluco.
  • 15:54 - 15:56
    Tem a ver com fazer algo
    que importe para você
  • 15:56 - 15:59
    e cause um impacto
    que só você pode causar.
  • 15:59 - 16:03
    Falando de Gandhi, ele era
    um advogado em recuperação,
  • 16:03 - 16:07
    que foi o termo que ouvi, e ele foi
    chamado para uma causa maior,
  • 16:07 - 16:09
    algo que importava para ele,
    e não poderia recusar.
  • 16:09 - 16:11
    E ele tem uma citação
    pela qual eu vivo:
  • 16:11 - 16:14
    "Primeiro eles o ignoram,
    depois o ridicularizam,
  • 16:14 - 16:17
    depois lutam contra você,
    e então você vence".
  • 16:17 - 16:21
    Tudo é impossível
    até alguém conseguir fazer.
  • 16:21 - 16:24
    Ou você fica perto de gente
    que lhe diz que não pode ser feito,
  • 16:24 - 16:25
    e que você é burro por insistir,
  • 16:25 - 16:29
    ou se cerca de pessoas
    que inspiram possibilidade,
  • 16:29 - 16:32
    como as pessoas que estão aqui nesta sala.
  • 16:32 - 16:34
    Porque vejo que é nossa responsabilidade
  • 16:34 - 16:39
    mostrar ao mundo que o que parece
    impossível pode se tornar o novo normal.
  • 16:39 - 16:42
    E isso já está começando a acontecer.
  • 16:42 - 16:44
    Primeiro, fazendo coisas que nos inspiram,
  • 16:44 - 16:48
    para inspirar outras pessoas
    a fazerem coisas que as inspiram.
  • 16:48 - 16:50
    Mas não vamos descobrir isso
  • 16:50 - 16:52
    enquanto não soubermos
    o que estamos procurando.
  • 16:52 - 16:54
    Nós mesmos temos de fazer isso.
  • 16:54 - 16:57
    Ponham intenção nisso
    e façam essas descobertas.
  • 16:57 - 17:00
    Porque imagino um mundo onde 80%
    das pessoas amem o trabalho que fazem.
  • 17:00 - 17:02
    Como seria isso?
  • 17:02 - 17:06
    Como seria a inovação?
    Como você trataria as pessoas ao redor?
  • 17:06 - 17:08
    As coisas iam começar a mudar.
  • 17:09 - 17:12
    E, para terminar,
    queria lhes fazer só uma pergunta
  • 17:12 - 17:15
    e acho que é a única pergunta que importa:
  • 17:15 - 17:18
    qual o trabalho que você
    não pode deixar de fazer?
  • 17:18 - 17:21
    Descubra isso, viva isso,
  • 17:21 - 17:24
    não apenas por você,
    mas por todos ao seu redor,
  • 17:24 - 17:27
    porque isso é o que começa
    a mudar o mundo.
  • 17:27 - 17:30
    Qual o trabalho que você
    não pode deixar de fazer?
  • 17:30 - 17:32
    Obrigado, pessoal!
  • 17:32 - 17:34
    (Aplausos)
Title:
Como encontrar um trabalho que você ame
Speaker:
Scott Dinsmore
Description:

Scott Dinsmore largou um emprego que o deixava infeliz e passou os quatro anos seguintes se perguntando como encontrar um trabalho que lhe proporcionasse alegria e significado. Nesta palestra aparentemente simples, ele compartilha o que aprendeu sobre como encontrar aquilo que é importante para você, e como colocar mãos à obra.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
17:47

Portuguese, Brazilian subtitles

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