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De volta para o fogão | Bela Gil | TEDxLaçadorSalon

  • 0:04 - 0:05
    Boa noite.
  • 0:07 - 0:12
    Eu sempre gostei muito de comer,
    mas eu nunca fui de cozinhar.
  • 0:12 - 0:18
    Quando era pequena, eu adorava ver
    minha avó cozinhar e trabalhar na cozinha.
  • 0:18 - 0:23
    Ela que tomava conta das ceias
    de Natal, Ano Novo e Páscoa.
  • 0:23 - 0:26
    E ela fazia tudo com muito amor e carinho.
  • 0:28 - 0:31
    Quem gostava de botar a mão na massa
    junto com ela era o meu irmão.
  • 0:31 - 0:34
    Tanto que até hoje ela me pergunta
  • 0:34 - 0:37
    como, quando e por que
    eu fui parar na cozinha.
  • 0:38 - 0:41
    E essa é a resposta
    que eu quero dar pra vocês hoje.
  • 0:41 - 0:44
    Porque se tem alguma coisa
    que pode mudar o futuro da alimentação,
  • 0:45 - 0:46
    é o ato de cozinhar.
  • 0:47 - 0:51
    Na adolescência, mais precisamente
    quando eu tinha 14 anos,
  • 0:51 - 0:53
    eu comecei a praticar ioga.
  • 0:53 - 0:55
    E a ioga me transformou.
  • 0:55 - 0:57
    Transformou a minha vida completamente.
  • 0:57 - 1:01
    Mudou a minha visão de mundo,
    mudou a minha alimentação
  • 1:01 - 1:06
    e com ela eu percebi
  • 1:06 - 1:10
    que os alimentos tinham poderes,
  • 1:10 - 1:11
    digamos assim.
  • 1:11 - 1:17
    Eu decidi também estudar
    filosofias alimentares
  • 1:17 - 1:23
    que utilizassem o alimento
    como forma de prevenção,
  • 1:23 - 1:25
    cura e tratamento de doenças,
  • 1:25 - 1:27
    como forma de remédio mesmo.
  • 1:28 - 1:35
    Eu resolvi então estudar um pouco
    sobre a ayurveda e a macrobiótica.
  • 1:35 - 1:38
    Porque essas filosofias
    resgataram em mim uma coisa
  • 1:38 - 1:44
    que eu acho que a modernização
    tirou de muitos de nós, jovens,
  • 1:44 - 1:48
    que é o zelo, o cuidado
    e o respeito pela natureza.
  • 1:49 - 1:54
    Então, eu decidi que a gente poderia mudar
  • 1:54 - 1:57
    o jeito que a gente
  • 1:57 - 2:02
    constrói o sistema alimentar
    através da alimentação.
  • 2:03 - 2:09
    Eu acredito que um dos efeitos
    colaterais da modernização
  • 2:09 - 2:12
    é o afastamento do homem com a natureza,
  • 2:12 - 2:16
    o afastamento da vida
    urbana e da vida rural.
  • 2:16 - 2:20
    Acredito que se a gente trouxer
  • 2:20 - 2:25
    um pouco da vida rural pra cidade,
  • 2:25 - 2:29
    a gente pode fortalecer os laços
    entre o homem e a natureza.
  • 2:29 - 2:31
    Por exemplo, plantando hortas urbanas.
  • 2:32 - 2:37
    É um jeito pelo qual a gente
    pode se reconectar com a natureza.
  • 2:38 - 2:42
    E anos depois, já com 18 anos,
  • 2:42 - 2:47
    eu fui morar fora e lá aprendi a cozinhar.
  • 2:47 - 2:51
    Eu me apaixonei pela culinária,
    me apaixonei pela cozinha
  • 2:51 - 2:57
    e entendi que a gente podia usar a comida,
    a alimentação, como uma ferramenta,
  • 2:57 - 3:02
    não só pra melhorar a qualidade
    de vida em termos de saúde,
  • 3:02 - 3:07
    mas também usar como uma ferramenta
  • 3:07 - 3:12
    política, econômica, social e ambiental,
  • 3:12 - 3:19
    e com isso conseguir
    reestruturar o sistema alimentar,
  • 3:19 - 3:24
    mudar a dinâmica da alimentação
    e o processo de produção,
  • 3:24 - 3:27
    distribuição e consumo dos alimentos.
  • 3:28 - 3:34
    Eu vou dar um exemplo
    do processo de produção de carne.
  • 3:35 - 3:41
    Existem dois princípios que conduzem
    a produção de carne em escala industrial:
  • 3:42 - 3:44
    a quantidade e a velocidade.
  • 3:44 - 3:50
    Quanto mais se produz,
    quanto mais barato se produz,
  • 3:50 - 3:57
    pior é a qualidade e maior é o custo
    pro meio ambiente e pra nossa saúde.
  • 3:57 - 3:59
    Em termos de velocidade,
  • 3:59 - 4:02
    o ciclo do animal
    é acelerado artificialmente,
  • 4:02 - 4:06
    o ciclo de vida do animal
    é acelerado artificialmente,
  • 4:06 - 4:12
    e ele começa a crescer
    e produzir de uma maneira
  • 4:12 - 4:17
    que chega uma hora
    que seus corpos não aguentam,
  • 4:17 - 4:22
    e ele começa a diminuir drasticamente
  • 4:22 - 4:25
    a sua qualidade de vida,
  • 4:25 - 4:27
    a sua saúde e o seu tempo de vida.
  • 4:27 - 4:32
    Acredito que a gente pode e deve mudar
  • 4:32 - 4:37
    esse sistema alimentar.
  • 4:37 - 4:40
    Eu estava outro dia
    passando no supermercado,
  • 4:40 - 4:45
    e percebi que o quilo do frango
    estava mais barato que o quilo do tomate.
  • 4:45 - 4:47
    Eu falei: "Gente, como pode?"
  • 4:47 - 4:48
    Isso é muito complexo.
  • 4:49 - 4:52
    Como pode custar tão pouco
  • 4:52 - 4:57
    você criar um animal
    desde o nascimento até o abate?
  • 4:57 - 4:59
    Isso não entrava na minha cabeça.
  • 4:59 - 5:02
    Em termos de legumes e verduras,
  • 5:02 - 5:07
    o processo de produção
    em escala industrial
  • 5:07 - 5:14
    também é muito, digamos assim,
    danoso pra nossa vida,
  • 5:14 - 5:15
    pra nossa saúde e pro meio ambiente,
  • 5:15 - 5:22
    porque hoje em dia o Brasil é o maior
    consumidor de agrotóxicos do mundo.
  • 5:22 - 5:26
    Cada brasileiro consome em média
    cinco quilos de agrotóxicos por ano.
  • 5:27 - 5:30
    É uma quantidade exorbitante.
  • 5:31 - 5:37
    E as pessoas sabem
    dos malefícios dos agrotóxicos,
  • 5:37 - 5:44
    mas mesmo assim elas continuam tolerando
    esse abuso no uso e no consumo.
  • 5:45 - 5:46
    E eu queria entender por quê.
  • 5:46 - 5:53
    Mas a resposta é porque
    a nossa sociedade atual
  • 5:53 - 5:56
    tem os valores invertidos.
  • 5:56 - 5:58
    Há uma inversão de valores.
  • 5:58 - 6:03
    Por que uma pessoa se preocupa
    em não comprar um perfume falsificado
  • 6:03 - 6:09
    porque acha que vai ter alguma reação
    alérgica, porque não sabe a procedência,
  • 6:09 - 6:12
    ou não sabe que tipo
    de química tem ali dentro,
  • 6:13 - 6:17
    e não se preocupa em comer
    um vegetal intoxicado?
  • 6:18 - 6:19
    Por que isso?
  • 6:20 - 6:26
    Eu queria entender e descobri
    que é essa mudança de valores.
  • 6:26 - 6:32
    E a gente precisa ensinar as pessoas
    a valorizar os produtos orgânicos,
  • 6:32 - 6:37
    porque quando você compra,
    por exemplo, um pé de alface orgânico,
  • 6:37 - 6:39
    você está pagando...
  • 6:39 - 6:43
    não só você está investindo na sua saúde,
  • 6:43 - 6:45
    mas você está pagando
    pelo bem-estar do produtor,
  • 6:45 - 6:49
    que é uma coisa que muitas vezes
    as pessoas não pensam,
  • 6:49 - 6:55
    não sabem que por trás daquela alface teve
    alguém que cuidou com todo amor e carinho
  • 6:55 - 6:57
    e levou essa alface até você.
  • 6:57 - 7:00
    Então a gente paga
    pelo bem-estar do produtor,
  • 7:00 - 7:04
    a gente investe na saúde
    e a gente respeita a natureza.
  • 7:05 - 7:10
    Por isso eu acho que me apaixonei
  • 7:10 - 7:15
    pela culinária e pela nutrição.
  • 7:16 - 7:20
    Em termos de distribuição,
    também não é eficiente.
  • 7:21 - 7:25
    Eu acho que vocês devem saber
    que a gente produz muita comida.
  • 7:25 - 7:31
    Um terço da comida que a gente produz
    é simplesmente desperdiçado, jogado fora.
  • 7:32 - 7:38
    E a gente se pergunta
    por que ainda tem gente passando fome.
  • 7:38 - 7:41
    E o motivo é uma má
    política de distribuição.
  • 7:41 - 7:43
    A gente tem que rever isso.
  • 7:44 - 7:48
    Em termos de consumo,
  • 7:48 - 7:52
    o modo que a gente consome
    os alimentos hoje é assustador.
  • 7:52 - 7:55
    A minha avó é paulista.
    Ela mora em São Paulo.
  • 7:55 - 7:59
    Se eu pegasse ela e a colocasse
    no meio da Avenida Paulista,
  • 8:00 - 8:03
    eu tenho certeza que ela
    ia ficar muito assustada,
  • 8:03 - 8:07
    vendo aqueles executivos
    ou aquelas pessoas apressadas,
  • 8:07 - 8:12
    andando na rua, falando no celular,
    engolindo um pedaço de pizza, por exemplo.
  • 8:12 - 8:18
    Porque também mastigar é uma coisa
    que as pessoas acham que é perda de tempo,
  • 8:18 - 8:21
    mas que, na verdade, é muito importante.
  • 8:21 - 8:25
    Enfim, ela ia ter quase uma síncope,
  • 8:25 - 8:28
    porque ela não reconhece aquilo
    como uma forma de refeição,
  • 8:28 - 8:31
    como uma forma de se nutrir
    e de se alimentar.
  • 8:35 - 8:39
    Esses fast-foods, essas comidas rápidas,
    foram feitas pra isso mesmo,
  • 8:39 - 8:42
    pra gente poder comer
    em conjunto com outra atividade,
  • 8:42 - 8:46
    ou falando no celular,
    teclando, ou assistindo TV.
  • 8:46 - 8:50
    Isso faz com que a gente
    perca a noção de saciedade.
  • 8:50 - 8:52
    A gente acaba abrindo espaço pra gula,
  • 8:52 - 8:57
    que é muito danosa
    e prejudicial pra nossa saúde.
  • 8:57 - 9:03
    Então, a gente precisa rever o modo
    como a gente consome os alimentos.
  • 9:04 - 9:10
    E esses salgadinhos, biscoitinhos e tal,
    também têm muitos aditivos químicos
  • 9:10 - 9:16
    e um nível exagerado de sal, gordura
    e açúcar, que é o trio viciante.
  • 9:16 - 9:23
    Principalmente os realçadores de sabor
    acabam destruindo o nosso paladar,
  • 9:23 - 9:28
    eles degeneram o nosso sistema nervoso
    e eles acabam criando uma dependência,
  • 9:28 - 9:32
    não só física, mas também
    uma dependência mental,
  • 9:32 - 9:36
    uma dependência psicológica
    e uma dependência fisiológica.
  • 9:36 - 9:42
    Ou seja, os produtos industrializados
    em excesso são muito prejudiciais.
  • 9:42 - 9:46
    Eu nem chamo eles de comida.
  • 9:46 - 9:49
    Pra mim são comidas maquiadas de alimento,
  • 9:49 - 9:54
    porque você pode até
    consumir e se satisfazer,
  • 9:54 - 9:57
    mas ele não vai ter nutrir
    e não vai te alimentar.
  • 9:58 - 10:03
    E quem é que ainda faz pipoca de panela?
    Pipoca de panela em lugar de micro-ondas?
  • 10:03 - 10:06
    Olha! Metade e metade. (Risos)
  • 10:06 - 10:12
    Quem ainda faz bolo em vez de comprar
    aquele bolinho pronto de pacotinho?
  • 10:12 - 10:15
    Oh! Também metade e metade. (Risos)
  • 10:16 - 10:23
    Essas duas perguntas
    podem parecer um pouco inofensivas
  • 10:23 - 10:27
    e não querer dizer nada, mas,
    na verdade, querem dizer muito.
  • 10:27 - 10:32
    Só de você trocar a pipoca de panela
    pela pipoca de micro-ondas
  • 10:32 - 10:35
    você já está causando
    um dano pra sua saúde,
  • 10:35 - 10:38
    porque você vai estar consumindo químicos
  • 10:38 - 10:43
    que você não colocaria,
    tenho certeza, na sua pipoca de panela,
  • 10:43 - 10:49
    e você também está poluindo
    com a embalagem da pipoca de micro-ondas.
  • 10:49 - 10:54
    É uma embalagem extra que poderia ser
    um lixo a menos no mundo.
  • 10:54 - 10:58
    Então, eu acho que o consumo excessivo
    de produtos industrializados
  • 10:58 - 11:01
    é muito prejudicial mesmo.
  • 11:05 - 11:09
    Pra resumir
  • 11:09 - 11:13
    essa questão do processo
    de produção de comida,
  • 11:13 - 11:19
    eu acho que essa dinâmica alimentar,
    esse sistema alimentar
  • 11:19 - 11:21
    não é nada sadio.
  • 11:21 - 11:24
    Não está funcionando.
  • 11:24 - 11:27
    E a gente deve mudar. Mas como mudar?
  • 11:28 - 11:32
    A principal resposta é voltando pro fogão.
  • 11:33 - 11:39
    Cozinhar é sinônimo de arte,
    cultura, lazer, saúde.
  • 11:39 - 11:46
    Cozinhar traz independência,
    traz autoconhecimento, traz autonomia,
  • 11:46 - 11:49
    traz segurança, traz liberdade.
  • 11:49 - 11:52
    Cozinhar é a arte fundamental da vida.
  • 11:53 - 11:56
    Se a gente não cozinha,
    alguém vai cozinhar pela gente.
  • 11:57 - 11:59
    Eu espero que não seja a indústria.
  • 12:00 - 12:05
    Porque a indústria não cozinha,
    ela simplesmente processa os alimentos.
  • 12:05 - 12:09
    Se você deixar a indústria te alimentar,
  • 12:10 - 12:14
    ela vai escolher pra você
    o que você vai ter pro jantar:
  • 12:14 - 12:18
    lasanha congelada, batata frita,
    hambúrguer, cachorro quente.
  • 12:19 - 12:20
    Que tal uma pizza?
  • 12:21 - 12:25
    E dá-lhe o Disk Pizza! Porque
    nem pizza a gente sabe fazer mais.
  • 12:26 - 12:29
    Eu acredito que a gente...
  • 12:31 - 12:35
    Ah, não! Espera aí! Cadê o arroz e feijão?
  • 12:35 - 12:42
    Cadê o arroz e feijão de cada dia
    que enchia a nossa barriga e a nossa alma?
  • 12:42 - 12:48
    Eu acho que muita gente que não tem
    interesse e nem apreço pela cozinha,
  • 12:48 - 12:52
    deve pensar que fazer comida
    é muito trabalhoso,
  • 12:53 - 12:55
    é antiprático e uma perda de tempo.
  • 12:55 - 12:58
    Mas, se você deixar o feijão
    de molho da noite pro dia,
  • 12:58 - 13:04
    acorda de manhã, em 20 minutos você tem
    o feijão pronto na panela de pressão.
  • 13:04 - 13:06
    Ou você pode simplesmente
    pegar um dia, fazer o feijão,
  • 13:06 - 13:09
    e deixar congelado pro resto da semana.
  • 13:09 - 13:13
    Juntando com arroz fresquinho
    que você faz em 20 ou 30 minutos,
  • 13:13 - 13:17
    e mais os legumes que você já deixou
    cortados e lavados na geladeira
  • 13:17 - 13:22
    quando você chegou da feira,
    em meia hora você tem a refeição pronta.
  • 13:23 - 13:29
    Esse seria talvez o mesmo tempo
    que levaria para esperar a pizza chegar,
  • 13:30 - 13:32
    esperar o "delivery" de pizza.
  • 13:33 - 13:38
    Então, eu acredito que a gente deve mudar
  • 13:38 - 13:41
    a maneira como a gente enxerga a cozinha,
  • 13:41 - 13:43
    como a gente enxerga o ato de cozinhar.
  • 13:43 - 13:46
    Todo mundo pode e deve cozinhar.
  • 13:46 - 13:53
    Homem, mulher, menino,
    menina, criança, adulto, idoso.
  • 13:53 - 13:58
    Não tem idade, não tem sexo
    e não tem gênero.
  • 13:58 - 14:02
    Todo mundo pode cozinhar.
    Todo mundo deve cozinhar.
  • 14:02 - 14:08
    Mudando a educação,
    a gente ensinando as crianças,
  • 14:08 - 14:13
    levando as crianças à feira pra escolher
    o legume que vai ter pro jantar,
  • 14:13 - 14:18
    botando as crianças pra descascar
    uma batata, lavar a louça,
  • 14:18 - 14:20
    coisas simples do dia a dia,
  • 14:20 - 14:23
    a gente pode construir um futuro melhor.
  • 14:23 - 14:27
    Essas crianças vão crescer
    com uma visão holística de mundo.
  • 14:27 - 14:30
    Elas vão saber de onde vem a comida,
  • 14:30 - 14:33
    que muita gente acha que vem
    da prateleira do supermercado.
  • 14:34 - 14:41
    As crianças vão crescer independentes
    da indústria alimentícia,
  • 14:41 - 14:42
    porque elas vão saber cozinhar.
  • 14:42 - 14:47
    Elas vão crescer independentes
    da indústria farmacêutica,
  • 14:47 - 14:50
    porque elas vão ficar muito menos doentes,
  • 14:50 - 14:53
    crescendo e comendo uma comida
    caseira, uma comida saudável.
  • 14:54 - 14:59
    Eu acredito que a gente tem que mudar
    a dinâmica da alimentação.
  • 14:59 - 15:03
    A gente tem que mudar
  • 15:06 - 15:10
    a valorização que a gente
    tem com a comida.
  • 15:10 - 15:16
    A gente tem que valorizar mais a comida,
    valorizar o ato de comer e de cozinhar.
  • 15:16 - 15:21
    Educação não é só falar
    "por favor", "obrigado" e "dá licença".
  • 15:21 - 15:25
    Educação não significa
  • 15:25 - 15:28
    entender que hospital
    é sinônimo de saúde.
  • 15:30 - 15:35
    Eu acho que ter uma qualidade de vida,
    um estilo de vida saudável
  • 15:35 - 15:40
    e uma alimentação saudável
    pra que a gente tenha menos hospitais,
  • 15:40 - 15:42
    isso sim é educação.
  • 15:43 - 15:45
    É educação e prevenção.
  • 15:45 - 15:50
    Então, o futuro da comida
  • 15:50 - 15:52
    vai decidir o futuro da humanidade.
  • 15:53 - 15:58
    Cozinhar e escolher bem os alimentos
  • 15:58 - 16:03
    são escolhas que a gente pode fazer
    pra mudar o mundo pra melhor.
  • 16:03 - 16:04
    Obrigada.
  • 16:04 - 16:07
    (Aplausos)
Title:
De volta para o fogão | Bela Gil | TEDxLaçadorSalon
Description:

Bela Gil fala sobre a cadeia produtiva dos alimentos do ponto de vista de quem está na cozinha. Ela defende que estamos acostumados com as praticidades pouco saudáveis dos industrializados e que deveríamos voltar mais para o fogão para que a indústria não escolha nosso cardápio por nós.

Bela Gil, culinarista e apresentadora de televisão formada em Culinária Natural pelo Natural Gourmet Institute e em Nutrição e Ciência dos Alimentos pela Hunter College.

Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais, visite http://ted.com/tedx.

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Video Language:
Portuguese, Brazilian
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
16:13

Portuguese, Brazilian subtitles

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