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Como os professores podem ajudar os alunos a lidar com o trauma

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    Todos temos uma história,
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    e essa história é feita de capítulos
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    que nos tornaram na pessoa que somos hoje.
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    Aqueles primeiros capítulos da história
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    são por vezes aqueles
    que melhor nos definem.
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    O Centro para o Controlo de Doenças
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    estima que mais de metade
    das crianças do nosso país
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    já passaram por um ou dois
    tipos de trauma infantis.
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    A adversidade tem
    por vezes efeitos duradouros.
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    Quando comecei
    a ter oportunidades de falar
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    e de defender estudantes e professores,
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    coloquei-me numa posição única
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    para poder falar sobre o trauma infantil.
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    Mas tinha de tomar uma decisão primeiro.
  • 0:50 - 0:52
    Tinha de decidir
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    se queria partilhar apenas
    as partes boas e felizes da minha vida,
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    aquelas que publicamos nas redes sociais
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    que nos fazem parecer perfeitos,
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    ou se queria mostrar o meu lado vulnerável
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    e tornar-me num livro aberto.
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    A escolha tornou-se muito clara.
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    Para fazer a diferença
    na vida de uma criança,
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    eu tinha de ser transparente.
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    Assumi o compromisso
    de contar a minha história pessoal.
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    E esta história está cheia
    de pessoas que me amaram
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    que tomaram conta de mim
    e que me fizeram crescer,
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    que me ajudaram a ultrapassar e a sarar.
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    E chegou a altura
    de eu fazer o mesmo pelos outros.
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    Quando entrei para a escola,
    eu era o retrato da normalidade.
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    Tinha uma boa família,
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    andava sempre bem vestida,
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    sempre com um sorriso na cara,
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    estava preparada para a escola.
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    Mas a minha vida era tudo menos normal.
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    Por essa altura, eu já era
    vítima de abuso sexual,
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    o que continuava a acontecer.
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    Os meus pais não sabiam,
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    eu não tinha contado a ninguém.
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    Quando comecei a escola,
    pensei que iria ser o meu refúgio.
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    Estava muito contente.
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    Imaginem o meu desgosto
    quando conheci o meu professor,
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    o Sr. Randolph.
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    O Sr. Randolph não era o meu abusador.
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    Mas o Sr. Randolph era o exemplo
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    de tudo o que mais me assustava na vida.
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    Eu já tinha começado a usar
    técnicas de autopreservação
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    evitando estar em situações
    em que pudesse ficar sozinha com um homem.
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    E ali estava eu, enquanto aluna,
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    que iria estar naquela sala de aula
    todos os dias com um homem,
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    durante o ano letivo.
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    Estava assustada, não confiava nele.
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    Mas sabem que mais?
  • 3:10 - 3:13
    O Sr. Randolph ia ser
    o meu maior defensor.
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    Mas no início,
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    fiz questão que ele soubesse
    que eu não gostava dele.
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    Eu era desobediente,
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    era uma criança desinteressada.
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    Também fiz a vida negra aos meus pais.
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    Não queria ir para a escola,
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    fazia birra todas as manhãs
    para não entrar no autocarro.
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    À noite, não conseguia dormir,
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    por estar cheia de ansiedade.
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    Por isso, ia para as aulas exausta.
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    As crianças exaustas
    tornam-se irritadiças,
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    e não são fáceis de ensinar,
  • 3:50 - 3:52
    como vocês sabem.
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    O Sr. Randolph podia
    ter-me abordado com frustração,
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    como muitos outros professores
    fazem com alunos como eu.
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    Mas não.
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    Abordou-me com empatia
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    e com flexibilidade.
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    Estou-lhe muita grata por isso.
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    Ele viu uma criança de seis anos
    cansada e desgastada.
  • 4:18 - 4:21
    E ao invés de me mandar para o recreio,
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    deixava-me ficar e fazer uma sesta,
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    porque sabia que eu precisava
    de descansar.
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    Ao invés de se sentar
    na mesa dos professores ao almoço,
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    ele sentava-se à mesa dos alunos.
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    Participava nas nossas conversas.
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    E agora que olho para trás,
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    sei que ele tinha um propósito,
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    ele ouvia, fazia perguntas.
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    Ele precisava de saber
    o que se estava a passar.
  • 4:51 - 4:54
    Construiu uma relação comigo.
  • 4:54 - 4:57
    Conquistou a minha confiança.
  • 4:57 - 4:58
    E devagar, mas de forma segura,
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    aquelas barreiras
    que eu construíra à minha volta
  • 5:01 - 5:03
    começaram a quebrar,
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    e acabei por perceber
    que ele era um dos bons.
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    Sei que ele sentia
    que não fazia o suficiente,
  • 5:15 - 5:20
    porque teve a iniciativa
    de falar com a minha mãe.
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    E obteve permissão dela
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    para eu começar a ter consultas
    com uma orientadora escolar.
  • 5:25 - 5:27
    A Sra. McFadyen.
  • 5:28 - 5:31
    Comecei por ter consultas
    uma ou duas vezes por semana
  • 5:31 - 5:33
    nos dois anos seguintes.
  • 5:33 - 5:35
    Era um processo.
  • 5:36 - 5:37
    Durante esse período,
  • 5:37 - 5:40
    nunca lhe revelei o abuso
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    porque era um segredo.
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    Não era suposto contar.
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    Mas ela ligou os pontos, sei que sim,
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    porque tudo o que ela fez comigo
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    foi ajudar-me a emancipar-me
    e a encontrar a minha voz.
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    Ensinou-me como usar imagens mentais
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    para combater os meus medos.
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    Ensinou-me técnicas de respiração
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    para me ajudar nos ataques de ansiedade
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    que eu tinha muito frequentemente.
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    Fez dramatizações comigo.
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    E garantiu
  • 6:13 - 6:17
    que eu era capaz de me defender.
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    E o dia chegou
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    em que eu estava no quarto
    com o meu abusador
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    e um outro adulto.
  • 6:24 - 6:26
    E contei a verdade.
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    Revelei os abusos.
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    O meu abusador negou de imediato,
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    e a pessoa a quem contei,
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    não estava preparada
    para lidar com aquela bomba
  • 6:41 - 6:43
    que eu acabara de lançar.
  • 6:44 - 6:47
    Era mais fácil acreditar no abusador
  • 6:47 - 6:49
    do que numa criança.
  • 6:50 - 6:54
    Por isso, disseram-me para
    nunca mais falar sobre o assunto.
  • 6:55 - 6:59
    Senti mais uma vez
    que tinha feito algo errado.
  • 7:01 - 7:03
    Foi devastador.
  • 7:05 - 7:07
    Mas sabem que mais?
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    Algo de bom surgiu a partir desse dia.
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    O meu abusador percebeu
    que eu não iria ficar em silêncio.
  • 7:13 - 7:15
    Houve uma mudança de poder.
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    E os abusos pararam.
  • 7:19 - 7:22
    (Aplausos)
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    Mas a vergonha
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    e o medo de que se voltassem a repetir
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    permaneceram.
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    E permaneceriam comigo
  • 7:35 - 7:38
    durante muitos e muitos anos.
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    O Sr. Randolph e a Sra. McFadyen,
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    ajudaram-me a encontrar a minha voz.
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    Ajudaram-me a encontrar a luz.
  • 7:54 - 7:55
    Mas sabem que mais?
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    Há muitas crianças que
    não têm a mesma sorte que eu.
  • 7:58 - 8:01
    E vocês têm-nas nas vossas salas de aula.
  • 8:01 - 8:05
    É por isso que é tão importante
    para mim falar-vos hoje,
  • 8:05 - 8:07
    para que estejam atentos
  • 8:07 - 8:11
    e comecem a fazer
    as perguntas que têm de ser feitas
  • 8:11 - 8:14
    e a prestar atenção a esses alunos,
  • 8:14 - 8:19
    para também poderem ajudá-los
    a encontrar o seu caminho.
  • 8:20 - 8:22
    Enquanto educadora de infância,
  • 8:22 - 8:24
    começo o ano
  • 8:24 - 8:28
    com as crianças a criarem
    biografias em caixas.
  • 8:28 - 8:31
    Estes são dois dos meus alunos.
  • 8:31 - 8:33
    Eu incentivo-os
  • 8:33 - 8:36
    a encherem as caixas
    com coisas sobre eles
  • 8:36 - 8:38
    e sobre as suas vidas,
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    sobre o que é importante para eles.
  • 8:40 - 8:42
    Eles enfeitam-nas,
  • 8:42 - 8:44
    levam-no muito a sério,
  • 8:44 - 8:49
    preenchem as caixas com fotografias
    da família e dos animais de estimação,
  • 8:49 - 8:53
    e de seguida apresentam
    as caixas a mim e à turma.
  • 8:53 - 8:57
    E durante esse tempo
    sou uma ouvinte ativa.
  • 8:57 - 9:00
    Porque as coisas que eles dizem,
  • 9:00 - 9:03
    as suas expressões faciais,
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    as coisas que não dizem
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    podem tornar-se alertas para mim
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    e podem ajudar-me a perceber
    quais são as suas necessidades,
  • 9:13 - 9:16
    o que é que os leva
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    a ter os comportamentos
    que exibem na sala de aula.
  • 9:20 - 9:23
    Como posso ser uma melhor educadora
  • 9:23 - 9:25
    ao ouvir as suas vozes?
  • 9:26 - 9:29
    Faço questão de criar
    também relações com eles,
  • 9:29 - 9:32
    tal como o Sr. Randolph fez comigo.
  • 9:32 - 9:33
    Sento-me com eles ao almoço,
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    converso com eles nos recreios,
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    Vou aos jogos deles ao fim de semana,
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    aos recitais de dança.
  • 9:41 - 9:44
    Torno-me parte da vida deles.
  • 9:44 - 9:47
    Para podermos conhecer
    realmente um aluno,
  • 9:47 - 9:50
    temos de nos infundir na vida deles.
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    Sei que alguns de vocês são
    professores do ensino básico médio
  • 9:54 - 9:56
    e do ensino secundário,
  • 9:56 - 9:59
    e podem pensar que esses jovens
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    já se desenvolveram, em certa medida,
  • 10:02 - 10:05
    e estão afuncionar em piloto automático.
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    Mas não se deixem enganar.
  • 10:07 - 10:10
    Especialmente aqueles que vocês pensam
    que já são senhores de si,
  • 10:10 - 10:14
    porque esses são os que podem
    precisar mais de vocês.
  • 10:14 - 10:16
    Se olhassem para o meu livro de curso,
  • 10:16 - 10:18
    iriam ver-me em todas as páginas,
  • 10:18 - 10:22
    porque eu envolvia-me em tudo.
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    Até conduzi o autocarro escolar.
  • 10:24 - 10:26
    (Risos)
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    Eu era aquela miúda
  • 10:28 - 10:30
    que os professores achavam ser brilhante,
  • 10:30 - 10:32
    uma miúda popular,
  • 10:32 - 10:34
    que tinha tudo sob controlo.
  • 10:35 - 10:38
    Mas malta, eu sentia-me perdida.
  • 10:38 - 10:40
    Eu sentia-me perdida,
  • 10:40 - 10:42
    e queria que alguém me perguntasse:
  • 10:42 - 10:45
    "Lisa, porque passas aqui tanto tempo?
  • 10:45 - 10:48
    "Porque te dedicas a tanta coisa?"
  • 10:48 - 10:51
    Será que alguma vez suspeitaram
  • 10:51 - 10:53
    que eu estava a fugir de alguém,
  • 10:53 - 10:56
    que eu estava a fugir de alguma coisa?
  • 10:56 - 11:00
    Porque é que eu não queria
    estar na minha comunidade
  • 11:00 - 11:01
    ou em casa?
  • 11:01 - 11:04
    Porque é que eu queria
    estar sempre na escola?
  • 11:05 - 11:08
    Nunca ninguém perguntou.
  • 11:09 - 11:11
    Não me interpretem mal,
  • 11:11 - 11:13
    nem todos os alunos brilhantes
    nas vossas escolas
  • 11:13 - 11:16
    são vítimas de abusos ou traumas.
  • 11:16 - 11:21
    Quero apenas que sejam curiosos.
  • 11:21 - 11:24
    Perguntem-lhes porquê.
  • 11:24 - 11:28
    Podem descobrir
    que existe um motivo por trás.
  • 11:28 - 11:33
    Vocês podem ser o motivo
    para eles seguirem em frente
  • 11:34 - 11:36
    com as suas histórias.
  • 11:37 - 11:40
    Mas tenham cuidado, não pressuponham
  • 11:40 - 11:43
    que já sabem o final das suas histórias.
  • 11:43 - 11:46
    Não coloquem um ponto final
    em vez de um ponto e vírgula.
  • 11:46 - 11:48
    Mantenham a história em andamento
  • 11:48 - 11:52
    ajudem-nos a saber que, mesmo que algo
    traumático lhes tenha acontecido,
  • 11:52 - 11:55
    as suas vidas merecem ser contadas,
  • 11:56 - 11:59
    as suas histórias merecem ser contadas.
  • 12:02 - 12:04
    Para que isso aconteça,
  • 12:04 - 12:09
    sinto que temos de aceitar as nossas
    histórias pessoais enquanto educadores.
  • 12:10 - 12:13
    Muito de vocês podem estar aqui, e pensar:
  • 12:14 - 12:17
    "Pois é, aconteceu-me o mesmo.
  • 12:18 - 12:20
    "Mas não estou preparado para partilhar."
  • 12:20 - 12:22
    Não há mal nenhum nisso.
  • 12:23 - 12:25
    O tempo irá chegar
  • 12:25 - 12:28
    quando sentirem na vossa alma
  • 12:28 - 12:31
    que é tempo de transformar
    o vosso passado doloroso
  • 12:31 - 12:34
    num propósito para o futuro.
  • 12:34 - 12:37
    Estas crianças são o nosso futuro.
  • 12:38 - 12:41
    Apenas vos encorajo
    a levar um dia de cada vez.
  • 12:41 - 12:43
    Falem com alguém.
  • 12:44 - 12:47
    Estejam dispostos a essa possibilidade.
  • 12:48 - 12:52
    A história da minha vida fechou o ciclo
  • 12:52 - 12:55
    na primavera de 2018,
  • 12:55 - 12:56
    quando fui convidada a falar
  • 12:57 - 13:00
    para um grupo de novos
    professores e mentores.
  • 13:00 - 13:03
    Partilhei a minha história tal como
    estou a fazer hoje com vocês
  • 13:03 - 13:07
    e, no final, uma senhora abordou-me.
  • 13:07 - 13:12
    Tinha lágrimas nos olhos
    e disse baixinho: "Obrigada.
  • 13:12 - 13:15
    "Obrigada por partilhar.
  • 13:15 - 13:19
    "Mal posso esperar por dizer ao meu pai
  • 13:19 - 13:21
    "tudo o que ouvi hoje."
  • 13:22 - 13:25
    Ela deve ter percebido
    a perplexidade no meu olhar,
  • 13:25 - 13:28
    porque de seguida disse:
  • 13:28 - 13:30
    "O Sr. Randolph é o meu pai."
  • 13:30 - 13:32
    Audiência: Oh!
  • 13:33 - 13:37
    Lisa Godwin: "E ele questiona-se muito:
  • 13:37 - 13:38
    "Será que ele fez a diferença?
  • 13:40 - 13:42
    "Hoje, quando chegar
    a casa posso dizer-lhe:
  • 13:42 - 13:45
    "Fizeste definitivamente a diferença."
  • 13:46 - 13:47
    Que dádiva!
  • 13:48 - 13:50
    Que dádiva!
  • 13:50 - 13:51
    Isso levou-me
  • 13:52 - 13:54
    a contactar também
    a filha da Sra. McFadyen
  • 13:54 - 13:56
    e partilhar com ela
  • 13:56 - 14:00
    o impacto que a mãe dela teve.
  • 14:00 - 14:01
    Queria que ela soubesse
  • 14:01 - 14:04
    que defendi um maior financiamento
  • 14:04 - 14:07
    para orientadores escolares,
    trabalhadores sociais escolares.
  • 14:08 - 14:10
    para psicólogos, enfermeiras,
  • 14:10 - 14:14
    porque são vitais
    para a saúde física e mental
  • 14:14 - 14:16
    das nossas crianças.
  • 14:16 - 14:18
    Estou agradecida à Sra. McFadyen.
  • 14:18 - 14:21
    (Aplausos)
  • 14:22 - 14:25
    Um dia ouvi alguém dizer,
  • 14:25 - 14:28
    que, para encontrarmos
    a saída da escuridão,
  • 14:28 - 14:30
    temos de encontrar a luz.
  • 14:31 - 14:34
    Hoje, espero que, quando saiam daqui,
  • 14:34 - 14:38
    procurem oportunidades
    de se tornarem nessa luz.
  • 14:38 - 14:40
    Não apenas para os alunos
  • 14:40 - 14:43
    mas também para os adultos
    nas vossas salas de aula,
  • 14:43 - 14:46
    nas vossas escolas,
    nas vossas comunidades.
  • 14:47 - 14:50
    Vocês têm o dom
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    de ajudar alguém
  • 14:53 - 14:56
    a lidar com os seus traumas
  • 14:56 - 14:59
    e tornarem as suas
    histórias dignas de serem contadas.
  • 15:00 - 15:01
    Obrigada.
  • 15:01 - 15:04
    (Aplausos)
Title:
Como os professores podem ajudar os alunos a lidar com o trauma
Speaker:
Lisa Godwin
Description:

"Para fazer a diferença na vida de uma criança... fiz o compromisso de contar a minha história," diz a educadora Lisa Godwin. Nesta palestra emocionante, ela partilha a sua experiência de superação do trauma infantil com o apoio silencioso mas incansável de um professor e de uma orientadora escolar. Mostra também como os educadores podem ajudar os alunos e as suas famílias a lidar com as adversidades, partilhando as suas histórias.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
15:20

Portuguese subtitles

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