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Fazer o impossível, eliminar os medos | Dan Meyer | TEDxMaastricht

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    Era uma vez um rei na Índia, um marajá.
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    No dia do seu aniversário,
    foi publicado um decreto
  • 0:22 - 0:25
    para que todos os chefes
    levassem presentes dignos do rei.
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    Uns levaram sedas finas,
    outros levaram espadas trabalhadas,
  • 0:29 - 0:30
    outros levaram ouro.
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    No fim de todos, apareceu um velho,
    baixinho e muito enrugado
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    que tinha vindo a pé da sua aldeia
    e muitos dias de viagem por mar.
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    Quando ele se aproximou,
    o filho do rei perguntou-lhe:
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    "Que presente trazes para o rei?"
  • 0:42 - 0:45
    O velho, muito lentamente,
    abriu a mão e mostrou
  • 0:45 - 0:47
    uma maravilhosa concha do mar,
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    com laivos lilases, amarelos,
    vermelhos e azuis.
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    O filho do rei disse:
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    "Isso não é um presente digno de um rei!
    Que raio de presente é esse?"
  • 0:55 - 0:58
    O velho olhou para ele
    e disse devagar:
  • 0:58 - 1:01
    "Longa caminhada... parte do presente".
  • 1:01 - 1:03
    (Risos)
  • 1:04 - 1:06
    Daqui a pouco vou dar-vos um presente,
  • 1:06 - 1:09
    um presente que, creio,
    vale a pena partilhar.
  • 1:09 - 1:12
    Mas antes disso, vou levar-vos
    na minha longa caminhada.
  • 1:13 - 1:16
    Como muitos de vocês,
    comecei a vida como uma criança.
  • 1:16 - 1:18
    Quantos de vocês começaram
    vida como crianças?
  • 1:18 - 1:19
    Nasceram bebés?
  • 1:19 - 1:21
    Cerca de metade... Ok.
  • 1:21 - 1:22
    (Risos)
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    E os restantes?
    Nasceram já adultos?
  • 1:26 - 1:28
    Gostava de conhecer as vossas mães.
  • 1:28 - 1:31
    Por falar no impossível,
  • 1:31 - 1:35
    enquanto criança, sempre tive
    o fascínio de fazer o impossível.
  • 1:36 - 1:39
    Hoje é um dia que espero
    ansiosamente há muitos anos,
  • 1:39 - 1:43
    porque hoje é o dia em que vou tentar
    fazer o impossível
  • 1:43 - 1:46
    mesmo em frente dos vossos olhos,
    aqui mesmo no TEDxMaastricht.
  • 1:46 - 1:51
    Vou começar por revelar o final.
  • 1:51 - 1:55
    E vou provar-vos
    que o impossível não é impossível.
  • 1:56 - 1:59
    Vou terminar, dando-vos
    um presente que vale a pena partilhar.
  • 1:59 - 2:02
    Vou mostrar-vos que todos podem
    fazer o impossível na vida.
  • 2:03 - 2:06
    Na minha procura do impossível,
    descobri que há duas coisas
  • 2:06 - 2:09
    que são universais
    para as pessoas do mundo inteiro.
  • 2:09 - 2:13
    Toda a gente tem medos
    e toda a gente tem sonhos.
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    Na minha procura do impossível,
    descobri que houve três coisas
  • 2:16 - 2:20
    que, de certa forma, me levaram a fazer
    o que tenho feito ao longo dos anos,
  • 2:20 - 2:23
    me levaram a fazer o impossível.
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    O jogo do mata ou,
    como vocês dizem, o "trefbal",
  • 2:28 - 2:29
    o Super-Homem
  • 2:29 - 2:30
    e o mosquito.
  • 2:30 - 2:34
    Estas são as minhas três palavras-chave.
    Agora sabem porque faço o impossível.
  • 2:34 - 2:37
    Vou levá-los na minha viagem,
    na minha longa caminhada,
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    dos medos até aos sonhos,
  • 2:39 - 2:41
    das palavras até às espadas,
  • 2:41 - 2:44
    do jogo do mata até ao Super-homem
  • 2:44 - 2:46
    e ao mosquito.
  • 2:46 - 2:48
    Espero poder mostrar-vos
  • 2:48 - 2:50
    como é possível
    fazer o impossível na vida.
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    Dia 4 de outubro de 2007.
  • 2:56 - 2:59
    O meu coração martelava,
    os meus joelhos tremiam,
  • 2:59 - 3:00
    quando subi ao palco
  • 3:00 - 3:03
    no Teatro Sanders
    da Universidade de Harvard
  • 3:03 - 3:06
    para aceitar o Prémio IgNobel
    de Medicina de 2007
  • 3:06 - 3:09
    por um trabalho de investigação médica
    em que eu colaborara,
  • 3:09 - 3:12
    chamado "Engolir Espadas
    e seus Efeitos Colaterais".
  • 3:12 - 3:14
    (Risos)
  • 3:14 - 3:18
    Foi publicado numa pequena revista
    que nunca tinha lido antes,
  • 3:18 - 3:21
    a British Medical Journal.
  • 3:22 - 3:25
    Para mim, era um sonho
    impossível tornado realidade.
  • 3:25 - 3:28
    Foi uma surpresa inesperada
    para uma pessoa como eu.
  • 3:29 - 3:32
    Foi uma honra que jamais esquecerei.
  • 3:32 - 3:35
    Mas não foi a parte mais inesquecível
    da minha vida.
  • 3:36 - 3:38
    A 4 de outubro de 1967,
  • 3:38 - 3:42
    este puto medroso, tímido,
    magrizela e cheio de borbulhas,
  • 3:42 - 3:43
    sofria de terríveis medos.
  • 3:44 - 3:46
    Quando estava prestes a subir ao palco,
  • 3:46 - 3:49
    tinha o coração aos saltos,
    os joelhos a tremer.
  • 3:50 - 3:52
    Queria abrir a boca para falar,
  • 3:57 - 3:58
    mas as palavras não saíam.
  • 3:58 - 4:01
    Ficou ali especado, em lágrimas.
  • 4:01 - 4:04
    Estava paralisado de pânico,
    congelado de medo.
  • 4:04 - 4:07
    Este puto medroso, tímido,
    magrizela e cheio de borbulhas,
  • 4:07 - 4:09
    sofria de terríveis medos.
  • 4:09 - 4:11
    Tinha medo do escuro,
  • 4:11 - 4:12
    tinha medo das alturas,
  • 4:12 - 4:14
    medo de aranhas e de cobras.
  • 4:14 - 4:16
    Alguém aqui tem medo de aranhas e cobras?
  • 4:16 - 4:17
    Há uns quantos.
  • 4:17 - 4:20
    Tinha medo da água e dos tubarões,
  • 4:20 - 4:22
    medo de médicos,
    de enfermeiras e de dentistas,
  • 4:22 - 4:26
    de agulhas e brocas e de objetos afiados.
  • 4:26 - 4:28
    Mas mais do que tudo,
    tinha medo das pessoas.
  • 4:30 - 4:34
    Aquele puto medroso, tímido,
    magrizela e cheio de borbulhas, era eu.
  • 4:34 - 4:37
    Tinha medo do fracasso e da rejeição,
  • 4:38 - 4:40
    uma autoestima baixa,
    um complexo de inferioridade,
  • 4:40 - 4:43
    e uma coisa que, nessa época,
    nem sequer sabíamos que existia:
  • 4:43 - 4:45
    ansiedade social.
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    Como eu tinha medos, os rufias
    provocavam-me, batiam-me.
  • 4:49 - 4:51
    Riam-se de mim e chamavam-me nomes.
  • 4:51 - 4:54
    Nunca me deixavam participar
    em nenhum dos seus "Jogos de Traições".
  • 4:55 - 4:58
    Mas havia um jogo
    que costumavam deixar-me jogar,
  • 4:58 - 5:00
    o jogo do mata.
  • 5:00 - 5:02
    Eu não me sabia esquivar bem.
  • 5:02 - 5:04
    Os rufias chamavam por mim,
  • 5:04 - 5:06
    eu olhava e via aquelas bolas vermelhas
  • 5:06 - 5:09
    a bater-me na cara
    a uma velocidade supersónica:
  • 5:09 - 5:11
    "bam, bam, bam"!
  • 5:11 - 5:14
    Lembro-me que, muitas vezes,
    quando voltava para casa,
  • 5:14 - 5:18
    tinha a cara vermelha e a arder,
    as orelhas vermelhas e a zunir.
  • 5:18 - 5:22
    Os meus olhos ardiam com as lágrimas
  • 5:22 - 5:24
    e as palavras deles
    queimavam-me os ouvidos.
  • 5:24 - 5:25
    Quem foi que disse:
  • 5:25 - 5:29
    "Paus e pedras podem-me quebrar os ossos,
    mas as palavras nunca me magoarão"?
  • 5:29 - 5:30
    É mentira.
  • 5:30 - 5:33
    As palavras podem cortar como uma lâmina.
  • 5:33 - 5:35
    As palavras podem perfurar
    como uma espada.
  • 5:35 - 5:38
    As palavras podem fazer
    feridas tão profundas que nem se veem.
  • 5:38 - 5:42
    Eu tinha medos.
    E as palavras eram o meu pior inimigo.
  • 5:42 - 5:43
    E ainda são.
  • 5:44 - 5:45
    Mas também tinha sonhos.
  • 5:45 - 5:48
    Ia para casa e refugiava-me
    nas histórias do Super-Homem.
  • 5:48 - 5:50
    Lia a banda desenhada do Super-Homem
  • 5:50 - 5:54
    e sonhava que queria ser um
    um super-herói, como o Super-Homem.
  • 5:54 - 5:57
    Queria lutar pela verdade e pela justiça.
  • 5:57 - 5:59
    Queria combater os vilões
    e a criptonite.
  • 5:59 - 6:03
    Queria voar pelo mundo fora,
    com façanhas sobre-humanas a salvar vidas.
  • 6:03 - 6:06
    Também tinha um fascínio
    por coisas reais.
  • 6:06 - 6:10
    Lia o Livro Guiness de Recordes,
    e o Livro de Ripley "Acredite se Quiser".
  • 6:10 - 6:13
    Alguém já leu o Livro Guiness de Recordes
    ou o livro de Ripley?
  • 6:13 - 6:15
    Eu adorava esses livros!
  • 6:15 - 6:17
    Via pessoas reais a fazer façanhas reais.
  • 6:17 - 6:18
    Dizia : "Quero fazer isto.
  • 6:18 - 6:21
    "Se os rufias não me deixam
    jogar os seus jogos desportivos,
  • 6:21 - 6:23
    "quero fazer magia real, façanhas reais,
  • 6:23 - 6:26
    "qualquer coisa fantástica
    que aqueles rufias não possam fazer.
  • 6:26 - 6:29
    "Quero descobrir o meu objetivo
    e a minha vocação.
  • 6:29 - 6:30
    "Quero dar sentido à minha vida.
  • 6:30 - 6:33
    "Quero fazer qualquer coisa incrível
    para mudar o mundo.
  • 6:33 - 6:37
    "Quero provar que o impossível
    não é impossível".
  • 6:39 - 6:41
    Avancemos 10 anos.
  • 6:41 - 6:43
    Foi na semana anterior aos meus 21 anos.
  • 6:43 - 6:47
    Aconteceram duas coisas no mesmo dia
    que mudaram a minha vida para sempre.
  • 6:47 - 6:50
    Eu estava a viver
    em Tamil Nadu, no sul da Índia.
  • 6:50 - 6:52
    Era missionário.
  • 6:52 - 6:53
    O meu mentor, meu amigo, perguntou-me:
  • 6:53 - 6:55
    "Tens tromos, Daniel?"
  • 6:55 - 6:58
    E eu disse: "Tromos?
    O que são tromos?"
  • 6:58 - 7:01
    Ele disse: "Tromos são objetivos
    importantes na vida.
  • 7:01 - 7:03
    "São uma combinação de sonhos e objetivos.
  • 7:03 - 7:07
    "Se pudesses fazer tudo o que quisesses,
    ires onde quisesses,
  • 7:07 - 7:09
    "seres quem quer que quisesses ser:
  • 7:09 - 7:11
    "Onde irias? O que farias?
    Quem serias?"
  • 7:11 - 7:14
    E eu: "Não consigo fazer isso!
    Tenho muito medo! Tenho medos demais!"
  • 7:14 - 7:18
    Naquela noite, levei a minha esteira
    de arroz para o telhado do bangalô,
  • 7:18 - 7:20
    estendi-a sob as estrelas
  • 7:20 - 7:22
    e observei os morcegos
    a mergulhar para apanhar mosquitos.
  • 7:22 - 7:26
    Só pensava no que eram os tromos,
    nos sonhos e nos objetivos
  • 7:26 - 7:29
    e naqueles rufias com as bolas do mata.
  • 7:29 - 7:31
    Umas horas depois, acordei.
  • 7:32 - 7:34
    Tinha o coração aos saltos,
    os joelhos a tremer.
  • 7:34 - 7:36
    Desta vez, não era com medo.
  • 7:37 - 7:39
    Todo o meu corpo estava em convulsões.
  • 7:39 - 7:40
    Nos cinco dias seguintes,
  • 7:40 - 7:45
    entre a consciência e a inconsciência,
    lutei pela vida, no leito de morte.
  • 7:45 - 7:48
    O meu cérebro ardia
    com 40º de febre da malária.
  • 7:49 - 7:52
    Sempre que estava consciente,
    só pensava nos tromos.
  • 7:52 - 7:54
    Pensava: "O que é que eu quero
    fazer da minha vida?"
  • 7:54 - 7:57
    Por fim, na véspera dos meus 21 anos,
  • 7:57 - 8:00
    num momento de lucidez,
    percebi uma coisa.
  • 8:00 - 8:05
    Percebi que o pequeno mosquito,
    o Anopheles Stephensi,
  • 8:05 - 8:08
    esse pequeno mosquito, que pesava
    menos de cinco microgramas,
  • 8:08 - 8:10
    menos do que um grão de sal,
  • 8:10 - 8:13
    se esse mosquito deitava abaixo
    um homem de 80 quilos,
  • 8:13 - 8:15
    percebi que isso era a minha criptonite.
  • 8:15 - 8:17
    Então, percebi.
    Não, não, não é o mosquito.
  • 8:17 - 8:21
    É o pequeno parasita dentro do mosquito,
    o Plasmodium Falciparum,
  • 8:21 - 8:24
    que mata mais de um milhão
    de pessoas por ano.
  • 8:24 - 8:27
    Depois percebi: Não, não,
    ainda é mais pequeno do que isso,
  • 8:27 - 8:29
    mas, para mim, parecia-me muito maior.
  • 8:29 - 8:33
    Percebi que o medo era
    a minha criptonite, o meu parasita,
  • 8:33 - 8:36
    que tinha anquilosado
    e paralisado toda a minha vida.
  • 8:36 - 8:38
    Há uma diferença entre perigo e medo.
  • 8:38 - 8:40
    O perigo é real.
  • 8:40 - 8:42
    O medo é uma opção.
  • 8:42 - 8:44
    Percebi que tinha uma opção:
  • 8:44 - 8:49
    podia viver no medo,
    e morrer no fracasso naquela noite
  • 8:49 - 8:52
    ou podia matar os meus medos,
  • 8:52 - 8:56
    podia alcançar os meus sonhos
    e podia ousar viver a vida.
  • 8:57 - 9:00
    Passa-se qualquer coisa
    quando estamos no leito de morte,
  • 9:00 - 9:04
    a enfrentar a morte, que faz
    com que queiramos viver a vida.
  • 9:04 - 9:08
    Apercebi-me que todos morremos,
    mas nem todos vivem verdadeiramente.
  • 9:08 - 9:10
    É na morte que vivemos.
  • 9:10 - 9:13
    Quando aprendemos a morrer,
    aprendemos mesmo a viver.
  • 9:13 - 9:17
    Por isso, nessa noite, decidi
    que ia mudar a minha história
  • 9:17 - 9:18
    Eu não queria morrer.
  • 9:18 - 9:20
    Então, rezei uma oração:
  • 9:20 - 9:22
    "Meu Deus, se me deixares viver
    os meus 21 anos,
  • 9:22 - 9:25
    "nunca mais deixarei que o medo
    governe a minha vida.
  • 9:25 - 9:27
    "Vou matar os meus medos,
  • 9:28 - 9:30
    "vou alcançar os meus sonhos,
  • 9:30 - 9:33
    "quero mudar a minha atitude,
    fazer alguma coisa incrível na vida,
  • 9:33 - 9:36
    "encontrar o meu objetivo
    e a minha vocação.
  • 9:36 - 9:39
    "Quero saber que o impossível
    não é impossível".
  • 9:39 - 9:43
    Não vos direi se sobrevivi naquela noite,
    deixo isso à vossa imaginação.
  • 9:43 - 9:44
    (Risos)
  • 9:44 - 9:47
    Mas nessa noite, fiz uma lista
    dos meus primeiros 10 tromos:
  • 9:47 - 9:50
    decidi que queria visitar
    os principais continentes,
  • 9:50 - 9:52
    visitar as Sete Maravilhas do Mundo,
  • 9:52 - 9:55
    aprender uma série de línguas,
    viver numa ilha deserta,
  • 9:55 - 9:57
    viver num barco no meio do oceano,
  • 9:57 - 9:59
    viver com uma tribo de índios
    na Amazónia,
  • 9:59 - 10:02
    subir ao topo da montanha
    mais alta da Suécia.
  • 10:02 - 10:04
    Queria ver o Monte Evereste
    ao nascer do sol.
  • 10:04 - 10:06
    trabalhar no mundo da música
    em Nashville.
  • 10:06 - 10:08
    Queria trabalhar num circo,
  • 10:08 - 10:10
    e queria saltar de um avião.
  • 10:10 - 10:13
    Durante os 20 anos seguintes,
    realizei a maior parte destes tromos.
  • 10:13 - 10:15
    Sempre que riscava
    um tromo da minha lista,
  • 10:15 - 10:19
    acrescentava mais 5 ou 10
    e a minha lista continuava a crescer.
  • 10:19 - 10:24
    Nos sete anos seguintes, vivi
    numa pequena ilha nas Bahamas,
  • 10:24 - 10:26
    durante sete anos,
  • 10:26 - 10:28
    numa cabana de colmo,
  • 10:30 - 10:34
    arpoando tubarões e raias para comer,
    a única coisa na ilha,
  • 10:34 - 10:36
    — de tanga —
  • 10:36 - 10:39
    e aprendi a nadar com os tubarões.
  • 10:40 - 10:41
    Dali, fui para o México.
  • 10:41 - 10:46
    Depois fui para a bacia
    do Rio Amazonas no Equador.
  • 10:46 - 10:48
    Em Pujo Pongo, no Equador,
    vivi lá com uma tribo
  • 10:48 - 10:53
    e pouco a pouco comecei a ganhar
    confiança apenas com os meus tromos.
  • 10:53 - 10:55
    Fui para o mundo da música,
    em Nashville, e depois na Suécia,
  • 10:55 - 10:58
    fui para Estocolmo,
    trabalhei lá no mundo da música.
  • 10:58 - 11:02
    Subi ao topo do Monte Kebnekaise,
    bem a norte do Círculo Ártico.
  • 11:03 - 11:06
    Aprendi a ser palhaço,
    e malabarismo,
  • 11:07 - 11:09
    a usar andas, a andar de monociclo,
  • 11:09 - 11:11
    a comer fogo, a comer vidro.
  • 11:11 - 11:14
    Em 1997, ouvi dizer que já só havia
    meia dúzia de engolidores de espadas
  • 11:14 - 11:16
    e disse: "Tenho que fazer isso!"
  • 11:16 - 11:19
    Contactei um engolidor de espadas,
    e pedi-lhe alguns conselhos.
  • 11:19 - 11:21
    E ele: "Eu dou-te dois conselhos:
  • 11:21 - 11:23
    "Número um: É extremamente perigoso.
  • 11:23 - 11:25
    "Já têm morrido pessoas a fazer isso.
  • 11:25 - 11:27
    "Número dois: Não experimentes!"
  • 11:27 - 11:28
    (Risos)
  • 11:28 - 11:30
    Por isso, acrescentei-o
    à minha lista de tromos.
  • 11:31 - 11:34
    Pratiquei 10 a 12 vezes por dia,
    todos os dias,
  • 11:34 - 11:36
    durante quatro anos.
  • 11:36 - 11:40
    Fiz os cálculos: 4 x 365 x 12,
  • 11:40 - 11:43
    foram cerca de 13 000 tentativas falhadas,
  • 11:43 - 11:46
    antes de enfiar a primeira espada
    pela garganta abaixo, em 2001.
  • 11:46 - 11:48
    Durante essa época,
    juntei mais um tromo:
  • 11:48 - 11:51
    ser o principal especialista mundial
    em engolir espadas.
  • 11:51 - 11:54
    Pesquisei em todos os livros,
    revistas, artigos de jornal,
  • 11:54 - 11:58
    relatórios médicos,
    estudei fisiologia, anatomia,
  • 11:58 - 12:00
    falei com médicos e enfermeiras.
  • 12:00 - 12:02
    Reuni todos os engolidores de espadas
  • 12:02 - 12:05
    na Associação Internacional
    de Engolidores de Espadas.
  • 12:05 - 12:07
    Durante dois anos, orientei
    um ensaio médico
  • 12:07 - 12:09
    sobre "Engolir Espadas
    e os seus Efeitos Colaterais"
  • 12:09 - 12:11
    publicado no British Medical Journal.
  • 12:11 - 12:13
    (Aplausos)
  • 12:13 - 12:14
    Obrigado.
  • 12:14 - 12:16
    (Aplausos)
  • 12:18 - 12:22
    Aprendi coisas fascinantes
    sobre engolir espadas.
  • 12:22 - 12:26
    Coisas em que, aposto, nunca terão pensado
    mas ficarão a pensar depois desta noite.
  • 12:26 - 12:30
    Quando forem para casa e estiverem
    a cortar o bife com a faca
  • 12:30 - 12:32
    ou com uma espada, o vosso "bestek",
    vão pensar nisso.
  • 12:32 - 12:37
    Aprendi que a arte de engolir espadas
    começou na Índia
  • 12:37 - 12:40
    — onde a vi pela primeira vez
    quando tinha 20 anos —
  • 12:40 - 12:43
    há cerca de 4000 anos,
    por volta de 2000 a.C.
  • 12:43 - 12:46
    Durante os últimos 150 anos,
    usaram-se os engolidores de espadas
  • 12:46 - 12:48
    nos campos da ciência e da medicina
  • 12:48 - 12:51
    para ajudar a desenvolver
    o endoscópio rígido em 1868,
  • 12:51 - 12:54
    criado pelo Dr. Adolf Kussmaul,
    em Freiburgo, na Alemanha.
  • 12:54 - 12:57
    Em 1906, o eletrocardiograma em Gales,
  • 12:57 - 13:00
    para estudar perturbações
    na deglutição e na digestão,
  • 13:00 - 13:02
    os broncoscópios, esse tipo de coisas.
  • 13:02 - 13:04
    Mas, nos últimos 150 anos,
  • 13:04 - 13:08
    temos conhecimento de centenas
    de ferimentos e dezenas de mortes.
  • 13:08 - 13:15
    Este é o endoscópio rígido que foi
    desenvolvido pelo Dr. Adolf Kussmaul.
  • 13:15 - 13:18
    Mas descobrimos que houve 29 mortes
    nos últimos 150 anos,
  • 13:18 - 13:21
    incluindo este engolidor de espadas
    em Londres,
  • 13:21 - 13:23
    que trespassou o coração com a espada.
  • 13:24 - 13:26
    Soubemos que houve
    entre três a oito ferimentos graves
  • 13:26 - 13:29
    provocados por engolir espadas,
    todos os anos.
  • 13:29 - 13:31
    Sei disso porque recebo telefonemas.
  • 13:31 - 13:34
    Só nas últimas semanas, recebi dois deles,
    um da Suécia e um de Orlando,
  • 13:34 - 13:37
    de engolidores de espadas,
    no hospital com ferimentos.
  • 13:37 - 13:39
    É uma coisa extremamente perigosa.
  • 13:39 - 13:42
    Outra coisa que aprendi
    é que aprender a engolir espadas
  • 13:42 - 13:45
    demora dois a 10 anos
    para muita gente.
  • 13:46 - 13:48
    Mas a descoberta mais fascinante que fiz
  • 13:48 - 13:51
    foi como os engolidores de espadas
    aprendem a fazer o impossível.
  • 13:52 - 13:54
    Vou contar-vos um pequeno segredo.
  • 13:54 - 13:57
    Não se concentrem nos 99,9%
    que são impossíveis.
  • 13:58 - 14:03
    Concentrem-se no 0,1% que é possível,
    e descubram como torná-lo possível.
  • 14:03 - 14:06
    Agora vamos viajar dentro da cabeça
    de um engolidor de espadas.
  • 14:06 - 14:09
    Engolir uma espada exige
    uma meditação do espírito sobre a matéria,
  • 14:09 - 14:12
    uma concentração aguçada,
    um rigor milimétrico
  • 14:12 - 14:14
    para isolar os órgãos internos do corpo
  • 14:14 - 14:17
    e ultrapassar os reflexos
    automáticos do corpo
  • 14:17 - 14:21
    para reforçar as sinopses cerebrais
    através duma repetida memória muscular,
  • 14:21 - 14:24
    pela prática deliberada
    de mais de 10 000 vezes.
  • 14:25 - 14:28
    Vou levar-vos numa viagem ao corpo
    de um engolidor de espadas.
  • 14:29 - 14:31
    Para engolir uma espada,
  • 14:31 - 14:33
    tenho que fazer deslizar
    a lâmina pela língua,
  • 14:33 - 14:35
    reprimir o reflexo de vómito
    no esófago cervical,
  • 14:35 - 14:38
    fazer uma curva de 90 graus
    a descer a epiglote,
  • 14:38 - 14:41
    passar pelo esfíncter esofágico
    superior cricofaríngeo,
  • 14:41 - 14:43
    reprimir o reflexo peristáltico,
  • 14:43 - 14:46
    enfiar a lâmina na cavidade torácica,
    entre os pulmões.
  • 14:46 - 14:49
    Nessa altura,
  • 14:49 - 14:51
    tenho que empurrar o coração para o lado.
  • 14:51 - 14:52
    Se observarem atentamente,
  • 14:52 - 14:55
    podem ver o batimento
    do coração na minha espada
  • 14:55 - 14:57
    porque ela está encostada ao coração,
  • 14:57 - 14:59
    separada por três milímetros
    de tecido esofágico.
  • 14:59 - 15:01
    Não é uma coisa que se possa fingir.
  • 15:01 - 15:03
    Depois tenho de a enfiar
    até passar o esterno,
  • 15:03 - 15:06
    passar o esfíncter esofágico inferior
    até ao estômago,
  • 15:06 - 15:08
    reprimir o reflexo
    de regurgitação no estômago
  • 15:08 - 15:10
    durante toda a descida até ao duodeno.
  • 15:10 - 15:11
    É canja!
  • 15:11 - 15:12
    (Risos)
  • 15:12 - 15:14
    Se formos mais longe do que isso,
  • 15:14 - 15:18
    até às trompas de Falópio...
  • 15:18 - 15:21
    Depois, podem perguntar isso
    às vossas mulheres...
  • 15:22 - 15:24
    As pessoas dizem-me:
  • 15:24 - 15:27
    "É preciso muita coragem
    para arriscar a vida,
  • 15:27 - 15:29
    "para afastar o coração
    e engolir uma espada".
  • 15:29 - 15:31
    Não, quem precisou de muita coragem
  • 15:31 - 15:34
    foi aquele puto medroso, tímido,
    magrizela e cheio de borbulhas
  • 15:34 - 15:37
    para arriscar o fracasso e a rejeição,
  • 15:37 - 15:39
    para manter o coração ao alto,
    engolir o seu orgulho
  • 15:39 - 15:41
    e estar aqui em frente
    duma série de desconhecidos
  • 15:41 - 15:44
    a contar-vos a história
    dos seus medos e dos seus sonhos,
  • 15:44 - 15:48
    arriscar-se a esvaziar as entranhas,
    tanto literalmente como em sentido figurado.
  • 15:49 - 15:51
    (Aplausos).
  • 15:51 - 15:52
    Obrigado.
  • 15:54 - 15:56
    O que é realmente espantoso
  • 15:56 - 15:59
    é que sempre quis fazer
    coisas notáveis na vida
  • 15:59 - 16:00
    e agora estou a fazê-las.
  • 16:00 - 16:03
    Mas o que é mesmo notável
    não é eu poder engolir
  • 16:03 - 16:05
    21 espadas ao mesmo tempo,
  • 16:05 - 16:11
    ou estar a seis metros debaixo de água
    num tanque com 88 tubarões e raias
  • 16:11 - 16:14
    para o "Acredite se Quiser", de Ripley,
  • 16:14 - 16:18
    ou aguentar 800º C de calor abrasador
    para os Super-Homens de Stan Lee,
  • 16:18 - 16:20
    como "Homem de Aço".
  • 16:20 - 16:22
    E se estava calor!
  • 16:23 - 16:26
    Ou puxar um carro com uma espada
    para o livro de Ripley ou para o Guiness.
  • 16:27 - 16:29
    Ou chegar às finais do
    America's Got Talent.
  • 16:29 - 16:32
    Ou ganhar o Prémio IgNobel
    de Medicina em 2007.
  • 16:32 - 16:34
    Não, nada disso são coisas
    extraordinárias.
  • 16:34 - 16:37
    Isso é o que as pessoas julgam.
    Não, não é nada disso.
  • 16:37 - 16:39
    O que é realmente extraordinário
  • 16:39 - 16:42
    é que Deus agarrou naquele puto medroso,
    tímido, magrizela, cheio de borbulhas
  • 16:42 - 16:45
    que tinha medo das alturas,
    da água e de tubarões,
  • 16:45 - 16:47
    de médicos e enfermeiras
    de agulhas e objetos aguçados,
  • 16:47 - 16:48
    e de falar com pessoas
  • 16:48 - 16:51
    e pôs-me a voar pelo mundo inteiro
    a 9000 metros de altura,
  • 16:51 - 16:54
    a engolir objetos afiados,
    mergulhado em tanques com tubarões,
  • 16:54 - 16:58
    a falar com médicos e enfermeiras
    e com audiências pelo mundo inteiro.
  • 16:58 - 17:00
    Para mim, isto é que é espantoso.
  • 17:00 - 17:02
    Sempre quis fazer o impossível.
  • 17:02 - 17:04
    (Aplausos)
  • 17:04 - 17:05
    Obrigado.
  • 17:05 - 17:08
    (Aplausos)
  • 17:10 - 17:13
    Sempre quis fazer o impossível
    e agora faço-o.
  • 17:13 - 17:16
    Queria fazer qualquer coisa notável
    na minha vida e mudar o mundo
  • 17:16 - 17:17
    e agora faço-o.
  • 17:17 - 17:20
    Sempre quis voar pelo mundo inteiro
    fazendo façanhas sobre-humanas,
  • 17:20 - 17:22
    salvando vidas, e agora faço-o.
  • 17:22 - 17:23
    Sabem que mais?
  • 17:23 - 17:27
    Ainda há uma pequena parte
    do grande sonho daquele miúdo cá no fundo.
  • 17:29 - 17:31
    (Risos)
  • 17:31 - 17:34
    (Aplausos)
  • 17:38 - 17:41
    Sempre quis encontrar
    o meu objetivo e a minha vocação
  • 17:41 - 17:42
    e agora encontrei-os.
  • 17:42 - 17:43
    Mas imaginem,
  • 17:43 - 17:46
    não é com as espadas,
    nem com as minhas forças,
  • 17:46 - 17:49
    é com as minhas fraquezas,
    as minhas palavras.
  • 17:49 - 17:51
    O meu objetivo e a minha vocação
    é mudar o mundo
  • 17:51 - 17:53
    eliminando o medo,
  • 17:53 - 17:55
    uma espada de cada vez,
    uma palavra de cada vez,
  • 17:55 - 17:58
    uma faca de cada vez,
    uma vida de cada vez,
  • 17:58 - 18:00
    para inspirar as pessoas
    a serem super-heróis
  • 18:00 - 18:02
    e fazer o impossível na vida.
  • 18:02 - 18:05
    O meu objetivo é ajudar os outros
    a encontrar o objetivo deles.
  • 18:05 - 18:08
    Qual é o vosso?
    Qual é o vosso objetivo?
  • 18:08 - 18:10
    O que é que poriam aqui para fazer?
  • 18:10 - 18:12
    Creio que todos somos chamados
    para sermos super-heróis.
  • 18:13 - 18:15
    Qual é o vosso superpoder?
  • 18:15 - 18:18
    Numa população mundial
    de mais de 7 mil milhões de pessoas,
  • 18:18 - 18:20
    há menos de meia dúzia
    de engolidores de espadas
  • 18:20 - 18:21
    atualmente em todo o mundo.
  • 18:21 - 18:24
    Mas só há um de cada um de nós.
    Vocês são únicos.
  • 18:24 - 18:28
    Qual é a vossa história?
    O que vos torna diferentes?
  • 18:28 - 18:29
    Contem a vossa história,
  • 18:29 - 18:32
    mesmo que a vossa voz
    seja fraca e incerta.
  • 18:32 - 18:33
    Quais são os vossos tromos?
  • 18:33 - 18:37
    Se pudessem ser qualquer coisa,
    qualquer pessoa, ir a qualquer lado,
  • 18:37 - 18:39
    o que fariam, onde iriam, o que fariam?
  • 18:39 - 18:40
    O que querem fazer da vossa vida?
  • 18:40 - 18:42
    Quais são os vossos grandes sonhos?
  • 18:42 - 18:44
    Os vossos grandes sonhos
    de criança? Pensem bem.
  • 18:44 - 18:47
    Aposto que não era isto, pois não?
  • 18:47 - 18:49
    Quais eram os vossos sonhos mais loucos
  • 18:49 - 18:51
    que achavam que eram
    tão estranhos e confusos?
  • 18:51 - 18:54
    Aposto que os vossos sonhos,
    afinal, não eram assim tão estranhos.
  • 18:56 - 18:57
    Qual é a vossa espada?
  • 18:57 - 18:59
    Cada um de vocês tem uma espada,
  • 18:59 - 19:01
    uma espada de dois gumes
    de medos e de sonhos.
  • 19:01 - 19:04
    Engulam a vossa espada,
    qualquer que ela seja.
  • 19:04 - 19:06
    Sigam os vossos sonhos,
    senhoras e senhores.
  • 19:06 - 19:09
    Nunca é tarde demais para ser
    o que quer que queiramos ser.
  • 19:10 - 19:13
    Para aqueles rufias com as bolas,
    aqueles miúdos que achavam
  • 19:13 - 19:16
    que eu nunca faria o impossível,
  • 19:16 - 19:18
    só tenho uma coisa a dizer-lhes:
  • 19:18 - 19:19
    Obrigado.
  • 19:19 - 19:22
    Porque, se não houvesse vilões,
    não teríamos super-heróis.
  • 19:23 - 19:28
    Estou aqui para provar
    que o impossível não é impossível.
  • 19:29 - 19:32
    Isto é extremamente perigoso,
    pode matar-me.
  • 19:33 - 19:34
    Espero que se divirtam.
  • 19:34 - 19:36
    (Risos)
  • 19:36 - 19:39
    Vou precisar da vossa ajuda.
  • 19:47 - 19:48
    Público: Dois... três...
  • 19:48 - 19:52
    Dan Meyer: Não, não. Preciso da ajuda
    de todos para a contagem, ok?
  • 19:52 - 19:53
    (Risos)
  • 19:53 - 19:56
    Conhecem as palavras?
    Contem comigo. Prontos?
  • 19:56 - 19:57
    Um.
  • 19:57 - 19:58
    Dois.
  • 19:58 - 19:59
    Três.
  • 19:59 - 20:02
    Não, é dois, mas já devem
    ter percebido a ideia.
  • 20:07 - 20:08
    Público: Um.
  • 20:08 - 20:09
    Dois.
  • 20:09 - 20:10
    Três.
  • 20:11 - 20:14
    (Gritos do público)
  • 20:15 - 20:17
    (Aplausos)
  • 20:17 - 20:18
    DM: Uau!
  • 20:18 - 20:21
    (Aplausos)
  • 20:23 - 20:25
    Muito obrigado.
  • 20:26 - 20:29
    Obrigado, obrigado, obrigado.
    Obrigado do fundo do coração.
  • 20:29 - 20:32
    Aliás, obrigado do fundo do estômago.
  • 20:32 - 20:35
    Disse-vos que vim aqui
    fazer o impossível, e já fiz.
  • 20:35 - 20:38
    Mas isto não era o impossível.
    Faço isto todos os dias.
  • 20:38 - 20:42
    O impossível foi aquele puto medroso,
    tímido, magrizela, cheio de borbulhas,
  • 20:42 - 20:44
    ter enfrentado os seus medos
  • 20:44 - 20:45
    estar aqui neste palco,
  • 20:45 - 20:48
    para mudar o mundo,
    uma palavra de cada vez,
  • 20:48 - 20:50
    uma espada de cada vez,
    uma vida de cada vez.
  • 20:50 - 20:52
    Se vos fiz pensar duma nova forma,
  • 20:52 - 20:55
    se vos fiz acreditar
    que o impossível não é impossível,
  • 20:55 - 20:58
    se consegui que percebessem
    que podem fazer o impossível na vida,
  • 20:58 - 21:01
    o meu trabalho está feito,
    e o vosso começa agora.
  • 21:01 - 21:04
    Nunca deixem de sonhar.
    Nunca deixem de acreditar.
  • 21:05 - 21:06
    Obrigado por acreditarem em mim,
  • 21:06 - 21:08
    por fazerem parte do meu sonho.
  • 21:08 - 21:10
    Este é o meu presente para todos.
  • 21:10 - 21:12
    O impossível não é...
  • 21:12 - 21:13
    Público: ... impossível.
  • 21:13 - 21:16
    A comprida viagem
    faz parte do presente.
  • 21:16 - 21:19
    (Aplausos)
  • 21:20 - 21:21
    Obrigado.
  • 21:21 - 21:24
    (Aplausos)
  • 21:25 - 21:26
    Obrigado.
  • 21:28 - 21:30
    Apresentadora: Obrigada, Dan Meyer. Uau!
Title:
Fazer o impossível, eliminar os medos | Dan Meyer | TEDxMaastricht
Description:

Esta palestra foi dada num evento TEDx, organizado de forma independente por uma comunidade local mas usando o formato das Conferências TED. Saiba mais em: http://ted.com/tedx.

Alguma vez quiseram ser um super-herói e fazer o impossível? Dan Meyer acredita que, por mais radicais que sejam os nossos medos ou por mais loucos que sejam os nossos sonhos, todos temos o potencial de ser super-heróis, de fazer o impossível e mudar o mundo. Diretor duma organização de ajuda humanitária a órfãos no Cazaquistão, Dan conta-nos como ultrapassou uma infância de medos extremos, veio a ser finalista no America's Got Talent. ganhou o Prémio IgNobel de Medicina em 2007, em Harvard, e é detentor — 39 vezes — do recorde mundial e o principal especialista duma das artes mais antigas e mais perigosas do mundo — Engolir Espadas. Tem a paixão de poder inspirar as pessoas a fazerem o impossível na vida.

Na sua primeira palestra TED, Dan prende a audiência na sua longa caminhada desde os terríveis medos até aos feitos mais radicais, de medroso a recordista mundial, de perdedor a vencedor do Prémio IgNobel e de tímido a finalista do America's Got Talent. Dan revela a ciência por detrás da antiga arte de engolir espadas e descreve a sua procura para realizar façanhas super-humanas, ultrapassar o fracasso e os limites do corpo humano para fazer o impossível e mudar o mundo. Partilha dicas sobre como podemos eliminar o medo para fazer o impossível na nossa vida.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
21:38

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