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Como nos tornaremos ciborgues e aumentaremos o potencial humano

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    Sou professor no MIT,
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    mas não projeto prédios
    ou sistemas de computador.
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    Em vez disso, construo partes do corpo,
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    pernas biônicas que aprimoram
    o andar e a corrida humana.
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    Em 1982, sofri um acidente de montanhismo
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    e minhas duas pernas foram amputadas
    devido ao congelamento dos tecidos.
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    Aqui, vocês podem ver minhas pernas:
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    24 sensores, 6 microprocessadores
    e atuadores iguais a tendões musculares.
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    Sou um punhado de ferragens
    e parafusos do joelho para baixo.
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    Mas com essa tecnologia biônica avançada,
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    consigo pular, dançar e correr.
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    (Aplausos)
  • 0:39 - 0:40
    Obrigado.
  • 0:40 - 0:43
    (Aplausos)
  • 0:43 - 0:47
    Sou um homem biônico,
    mas ainda não sou um ciborgue.
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    Quando penso em mover minhas pernas,
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    os sinais neurais do meu
    sistema nervoso central
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    passam pelos meus nervos
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    e ativam os músculos
    dentro dos membros residuais.
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    Eletrodos artificiais sentem esses sinais,
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    e pequenos computadores no membro biônico
  • 1:09 - 1:13
    decodificam meus impulsos nervosos
    nos movimentos que quero fazer.
  • 1:14 - 1:18
    Basicamente, quando penso em me mover,
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    o comando é enviado para a parte
    sintética do meu corpo.
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    Mas esses computadores não conseguem
    enviar informações ao meu sistema nervoso.
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    Quando toco ou movo
    meus membros sintéticos,
  • 1:30 - 1:33
    não experimento sensações normais
    de toque ou movimento.
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    Se eu fosse um ciborgue
    e pudesse sentir minhas pernas
  • 1:39 - 1:43
    via pequenos computadores que enviassem
    informações ao meu sistema nervoso,
  • 1:43 - 1:45
    acredito que isso mudaria completamente
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    minha relação com as partes
    sintéticas do meu corpo.
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    Hoje, não sinto minhas pernas,
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    e, por conta disso,
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    minhas pernas são ferramentas separadas
    da minha mente e do meu corpo.
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    Não são partes de mim.
  • 1:59 - 2:03
    Acredito que se eu fosse um ciborgue
    e pudesse sentir minhas pernas,
  • 2:03 - 2:05
    elas poderiam ser parte de mim.
  • 2:06 - 2:10
    No MIT, estamos pensando
    sobre Design Neuroincorporado.
  • 2:10 - 2:12
    Nesse processo de design,
  • 2:13 - 2:19
    os designers projetam carne e ossos
    humanos, o próprio corpo biológico,
  • 2:19 - 2:24
    em conjunto com o sintético, para aumentar
    a comunicação bidirecional
  • 2:24 - 2:26
    entre o sistema nervoso
    e o mundo construído.
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    O Design Neuroincorporado
    é uma metodologia para criar ciborgues.
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    Nesse processo, os designers
    consideram um futuro
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    em que a tecnologia não separa mais
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    ferramentas sem vida
    de nossos corpos e mentes,
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    um futuro em que a tecnologia
    é cuidadosamente integrada
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    em nossa natureza,
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    um mundo onde
    o que é biológico e o que não é,
  • 2:53 - 2:55
    o que é humano e o que não é,
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    o que é natureza e o que não é,
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    será para sempre indefinido.
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    Esse futuro proporcionará
    à humanidade novos corpos.
  • 3:04 - 3:07
    O Design Neuroincorporado
    expandirá nosso sistema nervoso
  • 3:07 - 3:09
    ao mundo sintético,
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    e o mundo sintético a nós,
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    modificando substancialmente quem somos.
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    Projetando o corpo biológico
    para se comunicar melhor
  • 3:18 - 3:20
    com o mundo construído,
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    a humanidade acabará
    com as deficiências no século 21
  • 3:24 - 3:28
    e estabelecerá uma base
    científica e tecnológica
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    para a ampliação humana,
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    aumentando a capacidade humana
    além do inato, dos níveis psicológicos,
  • 3:34 - 3:38
    cognitivos, emocionais e físicos.
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    Existem muitas maneiras de construir
    novos corpos em escala,
  • 3:42 - 3:46
    desde a biomolecular até tecidos e órgãos.
  • 3:46 - 3:50
    Hoje, quero falar de uma área
    do Design Neuroincorporado
  • 3:50 - 3:54
    na qual os tecidos corpóreos
    são manipulados e esculpidos
  • 3:54 - 3:56
    usando processos cirúrgicos
    e regenerativos.
  • 3:58 - 4:00
    O atual paradigma da amputação
  • 4:00 - 4:04
    não mudou muito desde
    a Guerra Civil Americana
  • 4:04 - 4:08
    e se tornou obsoleta
    com as mudanças radicais
  • 4:08 - 4:12
    em atuadores, sistemas de controle
    e tecnologias de interface neural.
  • 4:13 - 4:17
    A maior deficiência é a falta
    de interações musculares dinâmicas
  • 4:17 - 4:20
    para controle e cinestesia.
  • 4:21 - 4:23
    O que é cinestesia?
  • 4:23 - 4:26
    Ao flexionar o tornozelo, os músculos
    à frente da perna se contraem,
  • 4:26 - 4:29
    esticando simultaneamente
    os músculos na parte de trás.
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    O oposto ocorre quando
    o tornozelo é estendido.
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    Os músculos de trás da perna se contraem,
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    alongando os músculos na frente.
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    Quando os músculos flexionam e estendem,
  • 4:37 - 4:40
    sensores biológicos dentro
    dos tendões musculares
  • 4:40 - 4:42
    enviam informações através
    dos nervos para o cérebro.
  • 4:42 - 4:47
    Assim você é capaz de sentir onde seus pés
    estão sem precisar olhá-los.
  • 4:48 - 4:52
    O atual paradigma da amputação
    quebra essa dinâmica de relação muscular,
  • 4:52 - 4:57
    e fazer isso elimina as sensações
    cinestésicas normais.
  • 4:57 - 4:59
    Consequentemente,
    um membro artificial padrão
  • 4:59 - 5:02
    não pode enviar informações
    de volta ao sistema nervoso
  • 5:02 - 5:05
    sobre onde a prótese está no espaço.
  • 5:05 - 5:08
    O paciente, portanto, não
    pode perceber e sentir
  • 5:08 - 5:13
    a posição e os movimentos
    da junta protética sem olhá-la.
  • 5:14 - 5:18
    Minhas pernas foram amputadas usando
    a metodologia da Guerra Civil Americana.
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    Eu posso sentir meus pés,
    posso senti-los agora mesmo
  • 5:21 - 5:23
    como uma existência fantasma.
  • 5:23 - 5:25
    Mas quando tento movê-los, não posso.
  • 5:25 - 5:28
    Parece que estão presos
    dentro de botas de esqui duras.
  • 5:29 - 5:30
    Para resolver isso,
  • 5:30 - 5:35
    no MIT, inventamos a interface
    mioneural agonista-antagonista,
  • 5:35 - 5:37
    ou IMA, para resumir.
  • 5:37 - 5:40
    A IMA é um método para conectar
    os nervos dentro do resíduo
  • 5:40 - 5:43
    a uma prótese biônica externa.
  • 5:43 - 5:46
    Como a IMA é projetada e como funciona?
  • 5:48 - 5:51
    A IMA inclui dois músculos
    cirurgicamente conectados,
  • 5:51 - 5:53
    um agonista conectado a um antagonista.
  • 5:54 - 5:57
    Quando o agonista contrai
    sob ativação elétrica,
  • 5:57 - 5:59
    ele estica o antagonista.
  • 5:59 - 6:02
    Essa interação muscular dinâmica
  • 6:02 - 6:05
    faz os sensores biológicos
    dentro dos tendões musculares
  • 6:05 - 6:08
    enviarem informações através do nervo
    para o sistema nervoso central,
  • 6:08 - 6:13
    informações relativas ao comprimento,
    velocidade e força do tendão muscular.
  • 6:13 - 6:15
    É assim que a cinestesia
    do tendão muscular age,
  • 6:15 - 6:18
    e essa é a principal maneira
    que nós, como humanos,
  • 6:18 - 6:22
    podemos perceber e sentir as posições,
    movimentos e forças em nossos membros.
  • 6:22 - 6:24
    Quando um membro é amputado,
  • 6:24 - 6:28
    o cirurgião conecta a parte oposta
    dos músculos com o resíduo
  • 6:28 - 6:29
    para criar uma IMA.
  • 6:29 - 6:32
    Múltiplas IMAs podem ser criadas
  • 6:32 - 6:36
    para controlar e sentir
    múltiplas juntas protéticas.
  • 6:36 - 6:40
    Elétrodos artificiais são então
    postos em cada músculo IMA,
  • 6:40 - 6:43
    e pequenos computadores dentro do membro
    biônico decodificam esses sinais
  • 6:43 - 6:46
    para controlar poderosos motores
    no membro biônico.
  • 6:47 - 6:49
    Quando o membro biônico se move,
  • 6:49 - 6:51
    os músculos IMA recuam ou avançam,
  • 6:51 - 6:53
    enviando sinais através
    dos nervos ao cérebro,
  • 6:53 - 6:57
    permitindo que a pessoa com a prótese
    experimente sensações naturais
  • 6:57 - 7:00
    de posição e movimento de sua prótese.
  • 7:00 - 7:05
    Os princípios de design de tecidos podem
    ser usados em um ser humano de verdade?
  • 7:06 - 7:11
    Alguns anos atrás, meu amigo Jim Ewing,
    de 34 anos, procurou minha ajuda.
  • 7:12 - 7:14
    Jim sofreu um terrível
    acidente de alpinismo.
  • 7:14 - 7:17
    Ele caiu de uma altura
    de 15m nas Ilhas Cayman
  • 7:17 - 7:20
    quando sua corda falhou
    e ele chocou-se contra o chão.
  • 7:21 - 7:24
    Ele sofreu muitas lesões:
  • 7:24 - 7:27
    pulmões perfurados
    e muitos ossos quebrados.
  • 7:28 - 7:32
    Depois de seu acidente, ele sonhou
    em retornar ao seu esporte favorito,
  • 7:32 - 7:35
    o alpinismo, mas como isso seria possível?
  • 7:37 - 7:40
    A resposta era a Equipe Ciborgue,
  • 7:40 - 7:44
    uma equipe de cirurgiões,
    cientistas e engenheiros
  • 7:44 - 7:48
    reunidos no MIT para reconstruir Jim,
    devolvendo suas habilidades de alpinista.
  • 7:48 - 7:53
    O Dr. Matthew Carty amputou a perna de Jim
    que estava gravemente lesionada,
  • 7:53 - 7:55
    no Brigham and Women's Hospital em Boston,
  • 7:55 - 7:57
    usando o procedimento cirúrgico IMA.
  • 7:57 - 8:01
    Polias de tendão foram criadas e anexadas
    ao osso da tíbia de Jim,
  • 8:01 - 8:03
    para reconectar os músculos opostos.
  • 8:03 - 8:06
    O procedimento IMA
    reestabeleceu a conexão neural
  • 8:06 - 8:09
    entre os músculos do pé e tornozelo
    de Jim e seu cérebro.
  • 8:10 - 8:12
    Quando Jim move seu membro fantasma,
  • 8:12 - 8:15
    os músculos reconectados se movem
    em pares dinâmicos,
  • 8:15 - 8:20
    originando sinais de cinestesia que passam
    através de seus nervos até o cérebro.
  • 8:20 - 8:24
    Assim Jim experimenta sensações normais
    com as posições e movimentos dos pés,
  • 8:24 - 8:25
    mesmo quando vendado.
  • 8:26 - 8:29
    Aqui está Jim no laboratório do MIT
    depois das cirurgias.
  • 8:29 - 8:33
    Ligamos eletricamente os músculos IMA
    de Jim, via eletrodos, ao membro biônico.
  • 8:34 - 8:36
    Jim aprendeu rapidamente
    a mover sua perna biônica
  • 8:36 - 8:39
    em quatro direções distintas
    de movimento dos pés e tornozelo.
  • 8:40 - 8:43
    Ficamos empolgados com os resultados,
    mas então Jim se levantou,
  • 8:43 - 8:46
    e o que ocorreu foi extraordinário.
  • 8:46 - 8:50
    Toda a biomecânica natural mediada
    pelo sistema nervoso central
  • 8:50 - 8:53
    emergiu pelo membro sintético
  • 8:53 - 8:57
    como uma ação reflexiva e involuntária.
  • 8:57 - 9:01
    Toda a complexidade do arranjo do pé,
    durante a subida na escada,
  • 9:01 - 9:04
    (Aplausos)
  • 9:04 - 9:06
    manifestou-se diante de nós.
  • 9:08 - 9:09
    Aqui é Jim descendo,
  • 9:09 - 9:12
    alcançando com seu dedo biônico
    o próximo degrau da escada,
  • 9:13 - 9:15
    exibindo movimentos naturais
    automaticamente,
  • 9:15 - 9:18
    sem nem mesmo tentar mover a perna.
  • 9:18 - 9:22
    Como o sistema nervoso central de Jim
    estava recebendo sinais cinestésicos,
  • 9:23 - 9:27
    ele sabia exatamente como controlar
    o membro biônico de maneira natural.
  • 9:28 - 9:33
    Jim se move e se comporta como se
    a perna sintética fosse parte dele.
  • 9:34 - 9:36
    Por exemplo, um dia no laboratório,
  • 9:36 - 9:39
    ele acidentalmente pisou
    em um rolo de fita isolante.
  • 9:39 - 9:41
    O que você faz quando alguma coisa
    gruda no seu sapato?
  • 9:42 - 9:44
    Você não tenta pegar assim,
    é um jeito muito estranho.
  • 9:44 - 9:45
    Em vez disso, você sacode,
  • 9:45 - 9:47
    e foi exatamente o que Jim fez
  • 9:47 - 9:50
    após ser neuronicamente conectado
    à sua perna algumas horas antes.
  • 9:51 - 9:53
    O mais interessante para mim
  • 9:53 - 9:56
    foi o que Jim disse estar experimentando.
  • 9:56 - 10:00
    Ele disse: "O robô se tornou
    parte de mim".
  • 10:00 - 10:04
    Jim Ewing: Na manhã após a primeira
    vez em que fui anexado ao robô,
  • 10:04 - 10:09
    minha filha desceu as escadas e perguntou
    como me sentia sendo um ciborgue.
  • 10:09 - 10:13
    Respondi que não me sentia um ciborgue,
  • 10:13 - 10:17
    sentia como se tivesse minha perna,
  • 10:17 - 10:22
    e ela não estava anexada a um robô
  • 10:22 - 10:25
    e muito menos o robô anexado a mim.
  • 10:25 - 10:26
    O robô se tornou parte de mim,
  • 10:26 - 10:29
    se tornou minha perna muito rapidamente.
  • 10:30 - 10:31
    Hugh Herr: Obrigado.
  • 10:31 - 10:34
    (Aplausos)
  • 10:34 - 10:37
    Ao conectar o sistema nervoso de Jim
    de maneira bidirecional
  • 10:37 - 10:39
    ao seu membro sintético,
  • 10:39 - 10:42
    a incorporação neurológica
    foi conquistada.
  • 10:42 - 10:48
    Admiti a hipótese de que, como Jim
    pode pensar e mover sua perna artificial,
  • 10:48 - 10:52
    e como pode sentir tais
    movimentos em seu sistema nervoso,
  • 10:52 - 10:55
    a prótese não é mais
    uma ferramenta separada,
  • 10:55 - 10:59
    mas uma parte integral de Jim,
    uma parte integral de seu corpo.
  • 11:00 - 11:04
    Por conta da incorporação neurológica,
    Jim não se sente um ciborgue.
  • 11:05 - 11:07
    Ele sente como se tivesse
    sua perna de volta,
  • 11:07 - 11:09
    que teve seu corpo de volta.
  • 11:10 - 11:11
    Com frequência perguntam
  • 11:11 - 11:14
    quando serei conectado neuronicamente
    às minhas pernas bidirecionalmente,
  • 11:14 - 11:16
    quando me tornarei um ciborgue.
  • 11:16 - 11:19
    A verdade é que estou hesitando
    em ser um ciborgue.
  • 11:20 - 11:23
    Antes de minhas pernas serem amputadas,
    eu era um aluno terrível.
  • 11:23 - 11:26
    Tirava D e frequentemente F na escola.
  • 11:26 - 11:29
    Depois que minhas pernas foram amputadas,
  • 11:29 - 11:31
    tornei-me, de repente, professor do MIT.
  • 11:31 - 11:34
    (Risos)
  • 11:34 - 11:37
    (Aplausos)
  • 11:37 - 11:42
    Fico preocupado que, quando conectado
    neuronicamente às minhas pernas novamente,
  • 11:42 - 11:45
    meu cérebro retorne
    ao seu estado não tão brilhante.
  • 11:46 - 11:47
    (Risos)
  • 11:47 - 11:51
    Mas sabem de uma coisa, tudo bem,
    como estou no MIT, já tenho estabilidade.
  • 11:51 - 11:53
    (Risos)
  • 11:53 - 11:55
    (Aplausos)
  • 11:55 - 11:58
    Acredito que o Design Neuroincorporado
  • 11:58 - 12:01
    se expandirá além
    da substituição de membros
  • 12:01 - 12:03
    e vai levar a humanidade a domínios
  • 12:03 - 12:06
    que fundamentalmente redefinirão
    o potencial humano.
  • 12:07 - 12:09
    Neste século 21,
  • 12:09 - 12:13
    designers expandirão o sistema nervoso
    em fortes e poderosos exoesqueletos,
  • 12:13 - 12:17
    que os humanos poderão controlar
    e sentir com suas mentes.
  • 12:18 - 12:21
    Músculos no corpo poderão
    ser reconfigurados
  • 12:21 - 12:24
    para o controle de poderosos motores,
  • 12:24 - 12:28
    e para perceber e sentir
    os movimentos exoesqueléticos,
  • 12:28 - 12:32
    aumentando a força humana, a altura
    de pulo e a velocidade de corrida.
  • 12:33 - 12:37
    No século 21, acredito que humanos
    se tornarão super-heróis.
  • 12:38 - 12:42
    Humanos também poderão
    expandir seus corpos
  • 12:42 - 12:45
    com estruturas não
    antropomórficas, como asas,
  • 12:46 - 12:50
    controlando e sentindo cada movimento
    das asas em seu sistema nervoso.
  • 12:51 - 12:54
    Leonardo da Vinci disse:
    "Quando você experimentar voar,
  • 12:54 - 12:58
    andará para sempre na terra
    com os olhos voltados aos céus
  • 12:58 - 13:02
    por lá ter estado
    e para lá desejar retornar".
  • 13:03 - 13:06
    Ao crepúsculo deste século,
  • 13:06 - 13:10
    acredito que humanos serão irreconhecíveis
    em questões como morfologia e dinâmica
  • 13:10 - 13:12
    em comparação ao que somos hoje.
  • 13:12 - 13:15
    A humanidade vai decolar
    e subir muito alto.
  • 13:16 - 13:19
    Jim Ewing caiu na terra
    e sofreu muitas lesões,
  • 13:19 - 13:22
    mas seus olhos se voltaram aos céus,
    para onde sempre desejou retornar.
  • 13:23 - 13:26
    Após seu acidente, ele não só
    sonhou em andar de novo,
  • 13:26 - 13:29
    mas também em retornar
    ao seu esporte favorito, o alpinismo.
  • 13:30 - 13:34
    No MIT, a Equipe Ciborgue construiu
    para Jim uma perna para o mundo vertical,
  • 13:34 - 13:39
    uma perna controlada pelo cérebro
    com sensação total de movimento e posição.
  • 13:40 - 13:43
    Usando essa tecnologia,
    Jim retornou às Ilhas Cayman,
  • 13:43 - 13:45
    ao local de seu acidente,
  • 13:45 - 13:49
    reconstruído como um ciborgue,
    para escalar aos céus mais uma vez.
  • 13:49 - 13:51
    (Ondas quebrando)
  • 14:16 - 14:19
    (Aplausos)
  • 14:32 - 14:33
    Obrigado.
  • 14:33 - 14:36
    (Aplausos)
  • 14:36 - 14:40
    Senhoras e senhores, Jim Ewing,
    o primeiro ciborgue montanhista.
  • 14:40 - 14:43
    (Aplausos)
Title:
Como nos tornaremos ciborgues e aumentaremos o potencial humano
Speaker:
Hugh Herr
Description:

Os humanos em breve terão novos corpos que para sempre tornarão indefinida a linha entre o mundo natural e o sintético, diz o designer biônico Hugh Herr. Em uma palestra inesquecível, ele detalha o "Design NeuroIncorporado", uma metodologia para criar ciborgues que ele está desenvolvendo no MIT, e nos mostra um futuro em que teremos nossos corpos aprimorados de tal forma que o potencial humano será redefinido – talvez nos tornando super-heróis. "Durante o crepúsculo deste século, acredito que os humanos serão irreconhecíveis na morfologia e na dinâmica em relação ao que somos hoje", diz Herr. "A humanidade decolará a um patamar superior."

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
15:13

Portuguese, Brazilian subtitles

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