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Como os "baby bonds" podem ajudar a fechar o fosso económico

  • 0:01 - 0:03
    Há uma narrativa,
  • 0:03 - 0:09
    uma ideia de que, com persistência,
    coragem e responsabilidade pessoal,
  • 0:09 - 0:13
    as pessoas conseguem erguer-se
    e alcançar o sucesso económico.
  • 0:14 - 0:17
    Nos EUA, chamamos-lhe
    o sonho americano.
  • 0:17 - 0:21
    Há uma narrativa semelhante
    no mundo inteiro.
  • 0:21 - 0:24
    Mas a verdade é que os problemas
    para que isso aconteça
  • 0:24 - 0:28
    têm menos a ver com o que fazemos,
  • 0:28 - 0:31
    do que com as circunstâncias
    financeiras em que nascemos.
  • 0:31 - 0:34
    Assim, vou defender
    que o governo dos EUA,
  • 0:34 - 0:36
    aliás qualquer governo,
  • 0:36 - 0:39
    devia criar um fundo fiduciário
    para cada recém-nascido,
  • 0:39 - 0:42
    até 60 000 dólares,
  • 0:42 - 0:46
    calibrado consoante a situação financeira
    da família em que nascerem.
  • 0:46 - 0:48
    Estou a falar de um donativo.
  • 0:49 - 0:53
    Um capital de base e pessoal
    um "baby trust", instituído publicamente
  • 0:53 - 0:58
    a que o meu colega William Darity
    da Universidade Duke e eu
  • 0:58 - 1:00
    nos referimos como "baby bonds",
  • 1:00 - 1:05
    um termo cunhado pelo falecido
    historiador da Universidade de Columbia,
  • 1:05 - 1:07
    Manning Marable.
  • 1:07 - 1:10
    Devíamos criar estes fundos
    por uma razão muito simples.
  • 1:10 - 1:15
    A riqueza é o padrão principal
    da segurança económica e do bem-estar.
  • 1:15 - 1:19
    Proporciona capacidade de acção financeira
    e segurança económica para correr riscos
  • 1:19 - 1:21
    e para se defender contra as perdas.
  • 1:21 - 1:25
    Sem capital, fica assegurada
    a desigualdade.
  • 1:25 - 1:31
    Usamos palavras como escolha e liberdade
    para descrever os benefícios do mercado,
  • 1:31 - 1:36
    quando é a riqueza que nos dá
    escolha, liberdade e capacidade de opção.
  • 1:38 - 1:41
    As famílias ricas estão mais bem
    posicionadas para financiar
  • 1:41 - 1:44
    uma escola privada, para elites,
    e um curso superior,
  • 1:44 - 1:46
    ter acesso a capital
    para começar um negócio,
  • 1:47 - 1:50
    pagar intervenções médicas caras,
  • 1:50 - 1:53
    viver em bairros
    com comodidades superiores,
  • 1:53 - 1:56
    exercer a sua influência política
    através do financiamento de campanhas,
  • 1:56 - 1:59
    pagar melhores conselhos legais
  • 1:59 - 2:02
    quando confrontados com um sistema
    de justiça criminal caro,
  • 2:02 - 2:04
    deixar uma herança
  • 2:04 - 2:09
    e/ou resistir a dificuldades
    financeiras resultantes de emergências.
  • 2:10 - 2:13
    Basicamente, quando se trata
    de segurança económica,
  • 2:13 - 2:17
    a riqueza é tanto o seu início,
    como o seu fim.
  • 2:17 - 2:21
    Vou enquadrar esta conversa
    no contexto dos EUA,
  • 2:21 - 2:24
    mas esta análise aplica-se
    praticamente a qualquer país
  • 2:24 - 2:27
    que enfrente uma desigualdade crescente.
  • 2:28 - 2:31
    Nos EUA, 10% dos agregados familiares
  • 2:31 - 2:34
    possuem cerca de 80% da riqueza nacional,
  • 2:34 - 2:38
    enquanto os restantes 60%
    possuem apenas 1%.
  • 2:39 - 2:41
    Porém, quando se fala em riqueza,
  • 2:41 - 2:45
    a etnia é um fator mais importante
    do que a própria classe.
  • 2:45 - 2:48
    Negros e latinos constituem,
    colectivamente,
  • 2:48 - 2:50
    30% da população dos EUA,
  • 2:50 - 2:54
    mas colectivamente só possuem
    cerca de 7% da riqueza nacional.
  • 2:55 - 2:59
    Um estudo de 2016
    acerca do consumo financeiro
  • 2:59 - 3:05
    indica que a típica família negra
    tem cerca de 17 000 dólares de riqueza,
  • 3:05 - 3:07
    em que se inclui o património imobiliário,
  • 3:07 - 3:11
    enquanto a típica família branca
    tem cerca de 170 000 dólares.
  • 3:11 - 3:14
    Isto indica um total fosso
    económico baseado na etnia
  • 3:14 - 3:18
    em que o agregado familiar negro
    tem cerca de 10 cêntimos por cada dólar
  • 3:18 - 3:21
    que o agregado familiar branco tem.
  • 3:21 - 3:23
    Mas, independentemente da etnia,
  • 3:23 - 3:29
    o mercado, por si só, tem-se revelado
    incapaz de acabar com estas desigualdades.
  • 3:30 - 3:33
    Mesmo em tempos de expansão económica,
    a desigualdade cresce.
  • 3:33 - 3:35
    Nos últimos 45 anos,
  • 3:35 - 3:38
    a disparidade económica
    tem aumentado drasticamente.
  • 3:38 - 3:43
    Essencialmente, todos os ganhos económicos
    do aumento de produtividade nos EUA
  • 3:43 - 3:46
    são absorvidos pela elite
    ou pela classe média alta.
  • 3:48 - 3:51
    Porém, muito do enquadramento
    em volta da disparidade económica
  • 3:51 - 3:56
    foca-se nas más escolhas
    dos negros, dos latinos
  • 3:56 - 3:58
    ou dos devedores pobres.
  • 3:58 - 4:00
    Este enquadramento está errado.
  • 4:00 - 4:02
    Este ênfase direccional está errado.
  • 4:02 - 4:05
    É mais provável que sejam
    as circunstâncias económicas precárias,
  • 4:05 - 4:08
    e não as más escolhas
    ou os conhecimentos deficientes,
  • 4:08 - 4:13
    que limitam a própria escolha
    e deixam as pessoas sem outra opção
  • 4:13 - 4:16
    senão a de recorrerem
    ao financiamento predatório.
  • 4:16 - 4:21
    Na sua essência, o ensino
    não é o antídoto mágico
  • 4:21 - 4:24
    paras as enormes disparidades herdadas
  • 4:24 - 4:28
    que resultam de leis, políticas
    e acordos económicos.
  • 4:29 - 4:32
    Tal não diminui o valor do ensino.
  • 4:32 - 4:34
    De facto, sou professor universitário.
  • 4:34 - 4:37
    Há valores claros
    e intrínsecos no ensino,
  • 4:37 - 4:40
    juntamente com
    uma responsabilidade pública
  • 4:40 - 4:43
    de dar a todos um ensino de alto nível,
  • 4:43 - 4:46
    desde a escola primária
    ao ensino superior.
  • 4:46 - 4:48
    Porém, o ensino não é a panaceia.
  • 4:48 - 4:52
    Na verdade, os negros que têm famílias
    cujo chefe completou o ensino superior
  • 4:52 - 4:54
    têm tipicamente menos riqueza
  • 4:54 - 4:57
    do que as famílias brancas,
    cujo chefe desistiu do liceu.
  • 4:58 - 5:02
    Talvez exageremos o papel
    funcional do ensino,
  • 5:03 - 5:07
    em detrimento de compreender
    o papel funcional da riqueza.
  • 5:07 - 5:11
    Basicamente, é a riqueza
    que gera mais riqueza.
  • 5:12 - 5:14
    É por isso que apoiamos um "baby trust".
  • 5:15 - 5:17
    Um direito de nascença
    de capital para todos.
  • 5:17 - 5:20
    Estas contas estarão
    em fundos fiduciários públicos
  • 5:20 - 5:25
    para servirem de base
    para uma vida económica segura.
  • 5:25 - 5:30
    O conceito de direitos económicos
    não é novo nem é radical.
  • 5:30 - 5:34
    Em 1944, o presidente Franklin Roosevelt
  • 5:34 - 5:37
    introduziu a ideia de uma
    Declaração de Direitos económica.
  • 5:37 - 5:40
    Roosevelt evocou a segurança física
  • 5:40 - 5:45
    a segurança económica,
    a segurança social, a segurança religiosa.
  • 5:46 - 5:49
    Infelizmente, desde
    a administração de Nixon,
  • 5:49 - 5:52
    este sentimento político
    acerca da mobilidade social
  • 5:52 - 5:57
    desviou-se radicalmente de mandados
    governamentais para a segurança económica,
  • 5:57 - 5:59
    para uma abordagem neoliberal
  • 5:59 - 6:03
    em que se presume que o mercado
    é a solução de todos os problemas,
  • 6:04 - 6:06
    económicos ou não.
  • 6:07 - 6:11
    Assim, o ónus da mobilidade social
    passou para o indivíduo.
  • 6:12 - 6:17
    A narrativa generalizada é que, mesmo
    tendo na vida um quinhão inferior,
  • 6:17 - 6:22
    com perseverança, trabalho árduo
    e com as virtudes do mercado livre,
  • 6:22 - 6:25
    podemos transformar os trapos
    proverbiais em riquezas.
  • 6:27 - 6:30
    Obviamente, o reverso da medalha
    é que as virtudes do mercado
  • 6:30 - 6:35
    irão igualmente sancionar
    aqueles que não são astutos,
  • 6:35 - 6:38
    aqueles que têm falta de motivação
    ou os que são simplesmente preguiçosos.
  • 6:38 - 6:43
    Ou seja, os pobres que merecerem
    receberão os seus justos prémios.
  • 6:45 - 6:48
    O que flagrantemente
    falta nesta narrativa,
  • 6:48 - 6:50
    são os papéis do poder e do capital,
  • 6:50 - 6:53
    e como esse poder e esse capital
  • 6:53 - 6:57
    são usados para alterar as regras
    e a estrutura de transacções e mercados
  • 6:57 - 6:59
    em primeiro lugar.
  • 6:59 - 7:02
    O poder e o capital reforçam-se
    a si mesmos.
  • 7:02 - 7:04
    E sem intervenção governamental,
  • 7:04 - 7:09
    geram um ciclo repetitivo tanto
    de estratificação como de desigualdade.
  • 7:10 - 7:13
    O financiamento de capital
    providenciado pelo "baby trust"
  • 7:13 - 7:17
    destina-se a proporcionar
    um caminho mais igualitário e autêntico
  • 7:17 - 7:19
    à segurança económica,
  • 7:19 - 7:22
    independentemente
    da posição financeira da família
  • 7:22 - 7:24
    em que os indivíduos nascem.
  • 7:24 - 7:28
    O programa complementará
    os direitos económicos para pensionistas
  • 7:28 - 7:32
    e providenciará um programa mais
    abrangente de segurança social,
  • 7:32 - 7:37
    concebido para providenciar financiamento
    de capital do berço à sepultura.
  • 7:37 - 7:40
    Visionamos doar
    aos recém-nascidos americanos
  • 7:40 - 7:43
    uma conta com cerca de 25 000 dólares
  • 7:43 - 7:47
    que aumentará gradualmente
    até 60 000 dólares
  • 7:47 - 7:50
    para bebés que nasçam
    nas famílias mais pobres.
  • 7:50 - 7:52
    Os bebés nascidos nas famílias mais ricas
  • 7:52 - 7:55
    também serão incluídos
    no contrato social,
  • 7:55 - 7:59
    mas receberão uma conta
    mais nominal de cerca de 500 dólares.
  • 8:00 - 8:02
    As contas serão geridas a nível federal,
  • 8:02 - 8:05
    e crescerão com uma taxa de juros
    anual garantida
  • 8:05 - 8:09
    a cerca de 2% por ano
    a fim de compensar o custo da inflação,
  • 8:09 - 8:12
    e serão usadas quando
    a criança chegar a adulto
  • 8:12 - 8:15
    para qualquer atividade
    de valorização de ativos
  • 8:15 - 8:18
    como financiar
    um ensino superior sem juros,
  • 8:18 - 8:21
    pagar um adiantamento
    para uma casa,
  • 8:21 - 8:24
    ou algum capitais de arranque
    para começar um negócio.
  • 8:25 - 8:29
    Com cerca de quatro milhões de bebés
    nascidos por ano nos EUA,
  • 8:29 - 8:34
    se o donativo médio de um "baby trust"
    for definido em 25 000 dólares,
  • 8:34 - 8:37
    o programa custará cruamente
    uns 100 mil milhões de dólares por ano.
  • 8:38 - 8:39
    Isto constituirá apenas
  • 8:39 - 8:43
    cerca de 2% das atuais despesas federais
  • 8:43 - 8:47
    e será muito menos do que
    os 500 mil milhões de dólares
  • 8:47 - 8:49
    que o governo federal já gasta
  • 8:49 - 8:54
    na promoção de ativos através
    de juros fiscais e subsídios.
  • 8:54 - 8:56
    Não está em causa
    o montante atribuído,
  • 8:57 - 8:58
    mas sim a quem é atribuído.
  • 8:58 - 9:02
    Actualmente, o 1% do topo
    dos agregados familiares,
  • 9:02 - 9:05
    aqueles que ganham
    mais de 100 milhões de dólares,
  • 9:05 - 9:08
    recebem apenas um terço
    de todo esse orçamento,
  • 9:08 - 9:13
    enquanto os restantes 60%
    recebem apenas 5%.
  • 9:14 - 9:16
    Se o orçamento federal
    de promoção de ativos
  • 9:16 - 9:19
    fosse distribuído
    de maneira mais progressiva
  • 9:19 - 9:23
    as políticas federais poderiam ser
    transformadoras para todos os americanos.
  • 9:24 - 9:26
    Este é um trabalho em curso.
  • 9:26 - 9:30
    Obviamente, há muitos detalhes
    em que trabalhar,
  • 9:30 - 9:34
    mas é uma proposta política
    baseada nos papéis funcionais
  • 9:34 - 9:37
    e nas vantagens herdadas da riqueza
  • 9:37 - 9:41
    que nos afastam do "status-quo"
  • 9:41 - 9:44
    com explicações comportamentais
    para a desigualdade
  • 9:44 - 9:46
    para soluções mais estruturadas.
  • 9:47 - 9:51
    A nossa política fiscal
    que privilegia a riqueza existente
  • 9:51 - 9:54
    em vez de estabelecer
    que uma nova riqueza é uma escolha.
  • 9:55 - 10:00
    A extensão da nossa desigualdade dramática
    é tanto ou mais um problema da política
  • 10:00 - 10:03
    como um problema da economia.
  • 10:03 - 10:07
    Já é a altura de irmos
    para além destas narrativas
  • 10:07 - 10:11
    que atribuem a desigualdade
    ao défice pessoal do indivíduo,
  • 10:11 - 10:14
    enquanto ignoram em grande medida
    as vantagens da riqueza.
  • 10:15 - 10:19
    Pelo contrário, as provisões públicas
    de um "baby trust"
  • 10:19 - 10:23
    podem ir longe, ao eliminarem
    a transmissão
  • 10:23 - 10:28
    da vantagem ou da desvantagem
    económica ao longo de gerações,
  • 10:28 - 10:31
    estabelecendo assim uma economia
    mais moral e mais decente
  • 10:31 - 10:35
    que facilita os ativos,
    a segurança económica
  • 10:35 - 10:39
    e a mobilidade social
    para todos os seus cidadãos.
  • 10:39 - 10:41
    Independentemente da raça
  • 10:41 - 10:44
    e da posição das famílias em que se nasce.
  • 10:44 - 10:46
    Muito obrigado.
  • 10:46 - 10:49
    (Aplausos)
  • 10:51 - 10:53
    Chris Anderson: Darrick.
  • 10:53 - 10:58
    Há tanta coisa que gosto nesta ideia.
  • 10:58 - 11:02
    Há um pouco de estigma à volta dela
    que me preocupa,
  • 11:02 - 11:07
    ou seja, os miúdos "trust funds"
    têm uma reputação muito má.
  • 11:07 - 11:10
    São os cartazes que fazem
    revirar os olhos às crianças,
  • 11:10 - 11:14
    pela forma como o dinheiro,
    mais ou menos, retira a motivação.
  • 11:14 - 11:17
    Ora, estes fundos são diferentes.
  • 11:17 - 11:22
    Então como mostras às pessoas
    que isso não se vai passar?
  • 11:22 - 11:25
    Darrick Hamilton: Se sabemos
    que temos recursos limitados
  • 11:25 - 11:27
    ou que vamos sofrer discriminação,
  • 11:27 - 11:31
    há uma narrativa de que os rendimentos
    económicos para investir em mim
  • 11:31 - 11:33
    são mais baixos do que para outra pessoa,
  • 11:33 - 11:35
    por isso mais vale
    aproveitar o meu lazer.
  • 11:35 - 11:38
    Claro, também há
    uma outra narrativa,
  • 11:38 - 11:40
    não devemos ficar presos nisso.
  • 11:40 - 11:43
    Alguém que é pobre
    e irá enfrentar discriminação,
  • 11:44 - 11:46
    também pode adoptar a estratégia
    de construir currículos.
  • 11:47 - 11:50
    O velho adágio: "Tenho de ser
    duas vezes melhor que outrem".
  • 11:50 - 11:52
    Agora, quando o dizemos,
    nunca perguntamos a que custo,
  • 11:52 - 11:55
    há custos de saúde, associados a isso.
  • 11:55 - 11:58
    Não respondi à sua pergunta,
    mas voltando a ela,
  • 11:58 - 12:02
    se sabemos que vamos receber
    uma transferência mais tarde na vida,
  • 12:02 - 12:06
    isso apenas aumenta o incentivo
    de investirmos em nós próprios
  • 12:06 - 12:09
    para podermos usar
    melhor esse fundo.
  • 12:09 - 12:11
    CA: Estás a dar às pessoas
    a possibilidade de uma vida
  • 12:11 - 12:14
    que actualmente não podem imaginar.
  • 12:14 - 12:16
    E, assim, a motivação para o fazer.
  • 12:16 - 12:18
    Podia ficar horas
    a falar sobre isto contigo.
  • 12:18 - 12:20
    Fico contente por estares
    a trabalhar nisto.
  • 12:20 - 12:21
    Obrigado.
  • 12:21 - 12:24
    (Aplausos)
Title:
Como os "baby bonds" podem ajudar a fechar o fosso económico
Speaker:
Darrick Hamilton
Description:

O trabalho árduo, a persistência e a coragem levam ao sucesso, certo? O economista Darrick Hamilton afirma que esta narrativa está impregnada na forma como pensamos, mas a verdade é que as nossas oportunidades relativas à segurança económica dizem menos respeito ao que fazemos, mas mais às circunstâncias financeiras em que nascemos. Assim, apresenta-nos os "baby bonds": fundos fiduciários até 60 000 dólares para todos os recém-nascidos, calibrados consoante a riqueza da família. Descubram como esta proposta audaciosa nos pode ajudar a reduzir a desigualdade e dar a todas as crianças uma semente pessoal e monetária para objetivos importantes, como ir para o ensino superior, comprar uma casa ou começar um negócio. Segundo Hamilton "sem capital está assegurada a desigualdade", acrescentando ainda "quando se trata de segurança económica, a riqueza é tanto o seu início como o seu fim".

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
12:36

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