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O segredo para nos tornarmos mentalmente fortes | Amy Morin | TEDxOcala

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    Eu tenho uma amiga no Facebook
    cuja vida parece perfeita.
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    Vive numa casa maravilhosa.
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    Tem um trabalho gratificante.
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    E viaja em família,
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    ao fim-de-semana,
    vivendo aventuras empolgantes.
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    Juro-vos que eles devem levar
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    um fotógrafo profissional com eles...
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    (Risos)
  • 0:25 - 0:27
    ... porque, onde quer que vão
    ou o que quer que façam,
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    parecem sempre uma família maravilhosa.
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    Ela está sempre a publicar na Internet
    acerca do quão sortuda ela é
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    e quão grata está pela vida que tem.
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    Fico com a impressão
    que ela não diz essas coisas
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    só para pôr no Facebook,
    mas porque acredita realmente nelas.
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    Quantos de vocês têm um amigo
    mais ou menos assim?
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    E quantos de vocês
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    às vezes não gostam muito dessa pessoa?
  • 0:53 - 0:56
    (Risos)
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    Toda a gente faz isso, não é?
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    É difícil não o fazer.
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    Mas esta forma de pensar custa-nos algo.
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    E é sobre isto que vos quero falar hoje
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    — o preço de termos maus hábitos.
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    Talvez tenham navegado
    pelo vosso "feed" no Facebook
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    e pensado: "Que mal tem
    dar uma vista de olhos?
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    "São cinco minutos da minha vida.
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    "Que mal me pode isso fazer?"
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    Bem, os investigadores descobriram
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    que ter inveja dos amigos no Facebook
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    conduz à depressão.
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    É apenas uma das armadilhas
    que a nossa mente nos monta.
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    Já se queixaram do vosso patrão?
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    Ou olharam para as vidas
    de amigos e pensaram:
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    "Porque é que eles são tão sortudos?"
  • 1:41 - 1:43
    Não conseguem evitar pensar assim, não é?
  • 1:43 - 1:46
    Este modo de pensar
    parece inocente na altura.
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    Na verdade, pode até fazer-vos
    sentir melhor no momento.
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    Mas esse modo de pensar
    está a devorar a vossa força mental.
  • 1:55 - 1:58
    Há três tipos de crenças destrutivas
  • 1:58 - 2:00
    que nos tornam menos eficazes,
  • 2:00 - 2:03
    e que nos roubam a nossa força mental.
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    A primeira é ter opiniões pouco saudáveis
    acerca de nós mesmos.
  • 2:08 - 2:11
    Temos tendência a ter pena
    de nós próprios.
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    E, apesar de ser normal estar triste
    quando algo de mal acontece,
  • 2:14 - 2:16
    a autocomiseração vai mais longe.
  • 2:16 - 2:19
    É quando começam a ampliar
    a vossa má sorte.
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    Quando pensam coisas como:
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    "Porque é que estas coisas
    acontecem sempre comigo?"
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    "Não devia ter de lidar com isto."
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    Essa forma de pensar deixa-vos presos,
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    deixa-vos focados no problema,
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    e impede-vos de encontrar uma solução.
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    E mesmo quando não há uma solução,
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    podem sempre fazer algo para melhorar
    a vossa vida ou a de outra pessoa.
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    Mas não conseguem fazê-lo
  • 2:41 - 2:45
    quando estão ocupados a dar
    a vossa própria festa de autocomiseração.
  • 2:45 - 2:49
    O segundo tipo de crença
    destrutiva que nos limita
  • 2:49 - 2:52
    são opiniões pouco saudáveis
    acerca dos outros.
  • 2:52 - 2:55
    Nós achamos que eles nos podem controlar,
  • 2:55 - 2:57
    e abdicamos do nosso poder.
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    Mas, como adultos num país livre,
  • 3:01 - 3:04
    há muito poucas coisas na vida
    que são obrigados a fazer.
  • 3:04 - 3:07
    Por isso, quando dizem:
    "Tenho de trabalhar até tarde",
  • 3:07 - 3:09
    estão a abdicar do vosso poder.
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    Sim, talvez haja consequências
    se não trabalharem até tarde,
  • 3:13 - 3:15
    mas mesmo assim é uma escolha.
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    Ou quando vocês dizem:
    "A minha sogra dá comigo em doido",
  • 3:20 - 3:22
    estão a abdicar do vosso poder.
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    Talvez ela não seja a pessoa
    mais simpática do mundo,
  • 3:25 - 3:28
    mas são vocês que decidem
    como lhe respondem,
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    porque vocês é que têm o controlo.
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    O terceiro tipo de crença
    destrutiva que nos limita,
  • 3:35 - 3:38
    são as convicções doentias
    acerca do mundo.
  • 3:39 - 3:41
    Tendemos a acreditar que o mundo
    nos deve alguma coisa.
  • 3:41 - 3:44
    Pensamos: "Se eu me esforçar muito,
  • 3:44 - 3:47
    "então eu mereço ter sucesso."
  • 3:47 - 3:49
    Mas esperar que o sucesso
    vos caia do céu
  • 3:49 - 3:52
    como uma espécie de recompensa cósmica,
  • 3:52 - 3:55
    só leva à desilusão.
  • 3:56 - 3:59
    Eu sei que é difícil abdicar
    dos maus hábitos mentais.
  • 4:00 - 4:02
    É difícil livrarmo-nos
    dessas crenças doentias
  • 4:02 - 4:04
    que andaram connosco
    durante tanto tempo.
  • 4:05 - 4:08
    Mas não nos podemos dar ao luxo
    de não abdicar delas.
  • 4:08 - 4:12
    Porque mais tarde ou mais cedo,
    há de chegar uma altura na vida
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    em que iremos precisar de toda
    a força mental possível.
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    Quando eu tinha 23 anos,
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    eu pensava que tinha
    a minha vida toda resolvida.
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    Acabei a universidade.
  • 4:25 - 4:28
    Arranjei o meu primeiro
    trabalho a sério, como terapeuta.
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    Casei-me.
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    E até comprei uma casa.
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    E pensei: "Isto vai ser maravilhoso!"
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    "Eu tenho este enorme avanço
    para uma vida de sucesso."
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    O que poderia correr mal?
  • 4:39 - 4:41
    Tudo mudou um dia,
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    quando recebi uma chamada da minha irmã.
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    Ela disse que a nossa mãe
    tinha sido encontrada inconsciente
  • 4:48 - 4:50
    e tinha sido levada para o hospital.
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    O meu marido Lincoln e eu metemo-nos
    no carro e corremos para o hospital.
  • 4:55 - 4:57
    Não conseguíamos imaginar
    o que tinha acontecido.
  • 4:57 - 5:00
    A minha mãe só tinha 51 anos.
  • 5:00 - 5:03
    Não tinha nenhum historial
    de qualquer tipo de problema de saúde.
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    Quando chegámos ao hospital,
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    os médicos explicaram que ela
    tinha tido um aneurisma cerebral.
  • 5:10 - 5:13
    E, em 24 horas, a minha mãe,
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    que costumava acordar de manhã a dizer:
    "Que belo dia para se estar vivo",
  • 5:18 - 5:19
    faleceu.
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    A notícia foi devastadora para mim.
  • 5:22 - 5:24
    A minha mãe e eu éramos muito chegadas.
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    Como terapeuta, eu sabia a teoria toda
    de como ultrapassar o luto.
  • 5:28 - 5:32
    Mas sabê-lo e fazê-lo
    são coisas muito diferentes.
  • 5:33 - 5:37
    Foi preciso muito tempo até eu sentir
    que estava realmente a sarar.
  • 5:38 - 5:43
    E depois, três anos após
    a morte da minha mãe,
  • 5:43 - 5:44
    uns amigos ligaram,
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    e convidaram-me a mim e ao Lincoln
    para um jogo de basquetebol.
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    Por coincidência, o jogo iria ser
    no mesmo pavilhão
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    onde tinha visto a minha mãe
    pela última vez,
  • 5:55 - 5:57
    na noite antes de ela ter falecido.
  • 5:57 - 6:00
    Eu não tinha lá estado desde então.
  • 6:00 - 6:02
    Nem sequer sabia se queria lá voltar.
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    Mas falei com o Lincoln sobre isso,
    e acabámos por concordar:
  • 6:06 - 6:08
    "Talvez fosse uma boa forma
    de honrar a sua memória."
  • 6:08 - 6:10
    Então fomos ao jogo.
  • 6:10 - 6:13
    E até passámos um bom bocado
    com os nossos amigos.
  • 6:13 - 6:16
    Nessa noite, no regresso para casa,
  • 6:16 - 6:19
    nós falámos de quão bom era
    conseguir finalmente voltar àquele local,
  • 6:19 - 6:21
    e lembrar a minha mãe com um sorriso,
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    em vez de todos aqueles
    sentimentos de tristeza.
  • 6:26 - 6:30
    Mas pouco depois de chegarmos a casa,
    o Lincoln disse que não se sentia bem.
  • 6:31 - 6:34
    Uns minutos depois desmaiou.
  • 6:35 - 6:37
    Tive de chamar uma ambulância.
  • 6:38 - 6:41
    A família dele foi ter comigo
    à sala das urgências.
  • 6:41 - 6:44
    Nós esperámos o que
    pareceu uma eternidade,
  • 6:44 - 6:46
    até aparecer finalmente um médico.
  • 6:47 - 6:50
    Mas em vez de nos levar
    com ele para ver o Lincoln,
  • 6:50 - 6:52
    ele levou-nos para uma sala privada,
  • 6:53 - 6:55
    mandou-nos sentar,
  • 6:55 - 6:57
    e explicou-nos que o Lincoln,
  • 6:57 - 7:00
    a pessoa mais aventureira
    que eu alguma vez conhecera,
  • 7:00 - 7:02
    tinha partido.
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    Nós na altura não sabíamos,
    mas ele tivera um ataque cardíaco.
  • 7:07 - 7:09
    Ele só tinha 26 anos.
  • 7:09 - 7:12
    Não tinha qualquer historial
    de problemas cardíacos.
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    Portanto, ali estava eu,
    uma viúva de 26 anos,
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    e não tinha a minha mãe.
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    Eu pensei: "Como é que eu
    vou ultrapassar isto?"
  • 7:23 - 7:25
    Descrevê-lo como um período
    doloroso na minha vida
  • 7:25 - 7:28
    parece um eufemismo.
  • 7:28 - 7:30
    Foi durante esse período
    que eu me apercebi
  • 7:30 - 7:32
    que quando passamos
    por tempos difíceis
  • 7:32 - 7:34
    ter bons hábitos não chega.
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    Basta um ou dois pequenos hábitos
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    para nos deter.
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    Eu esforcei-me ao máximo,
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    não apenas para criar bons hábitos,
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    mas para me livrar
    desses pequenos hábitos,
  • 7:46 - 7:49
    por mais pequenos que parecessem.
  • 7:49 - 7:51
    Durante isso tudo,
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    eu mantive a esperança que um dia
    a vida pudesse melhorar.
  • 7:55 - 7:57
    E acabou por melhorar.
  • 7:57 - 8:00
    Uns anos mais tarde conheci o Steve
  • 8:00 - 8:01
    e apaixonámo-nos.
  • 8:01 - 8:03
    Voltei a casar.
  • 8:04 - 8:06
    Vendemos a casa em que
    tinha vivido com o Lincoln,
  • 8:06 - 8:09
    e comprámos uma nova, numa zona nova.
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    Eu arranjei um novo trabalho.
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    Mas ainda eu estava a começar
    a respirar de alívio
  • 8:15 - 8:18
    com esse recomeço que tivera,
  • 8:18 - 8:22
    disseram-nos que o pai do Steve
    tinha um cancro terminal.
  • 8:23 - 8:24
    Eu comecei a pensar:
  • 8:24 - 8:27
    "Porque é que estas coisas
    me acontecem sempre?"
  • 8:27 - 8:30
    "Porque tenho de perder
    todos os meus familiares?"
  • 8:30 - 8:31
    "Isto não é justo."
  • 8:33 - 8:35
    Mas se aprendera algo,
  • 8:35 - 8:39
    era que esse modo de pensar
    me iria deitar abaixo.
  • 8:40 - 8:44
    Eu sabia que iria precisar
    de tanta força mental quanta possível,
  • 8:44 - 8:46
    para ultrapassar mais uma perda.
  • 8:46 - 8:49
    Então sentei-me e escrevi uma lista
  • 8:49 - 8:52
    de todas as coisas que as pessoas
    mentalmente fortes não fazem.
  • 8:53 - 8:54
    E reli essa lista.
  • 8:54 - 8:57
    Era um lembrete de todos
    esses maus hábitos
  • 8:57 - 9:01
    que eu tinha feito em algum momento,
    e que me deixariam presa.
  • 9:01 - 9:04
    Continuei a reler essa lista
    vezes sem conta.
  • 9:04 - 9:06
    E realmente precisava disso.
  • 9:06 - 9:08
    Porque umas semanas após a escrever,
  • 9:08 - 9:10
    o pai do Steve faleceu.
  • 9:13 - 9:17
    A minha história ensinou-me
    que o segredo para ter força mental
  • 9:17 - 9:20
    é abdicar de todos
    os maus hábitos mentais.
  • 9:21 - 9:24
    A força mental é muito parecida
    com a força física.
  • 9:24 - 9:27
    Se quisessem ser fisicamente fortes,
  • 9:27 - 9:29
    teriam de ir para o ginásio
    e levantar pesos.
  • 9:29 - 9:32
    Mas se realmente quisessem resultados,
  • 9:32 - 9:35
    também teriam de abdicar
    de comer coisas pouco saudáveis.
  • 9:35 - 9:37
    A força mental é idêntica.
  • 9:37 - 9:39
    Se quiserem ser mentalmente fortes,
  • 9:39 - 9:42
    têm de ter bons hábitos,
    tais como praticar a gratidão.
  • 9:42 - 9:44
    Mas também têm de largar maus hábitos,
  • 9:44 - 9:47
    como ter inveja do sucesso de alguém.
  • 9:47 - 9:50
    Não importa quantas vezes acontece,
  • 9:50 - 9:52
    isso vai sempre limitar-vos.
  • 9:53 - 9:57
    Então, como treinar o vosso cérebro
    a pensar de forma diferente?
  • 9:57 - 10:00
    Como abdicar desses maus hábitos mentais
  • 10:00 - 10:03
    que andaram convosco este tempo todo?
  • 10:03 - 10:08
    Começa-se por combater
    as crenças destrutivas de que falei
  • 10:08 - 10:10
    com crenças mais saudáveis.
  • 10:11 - 10:14
    Por exemplo, as crenças destrutivas
    acerca de nós mesmos
  • 10:14 - 10:18
    em geral existem porque nos sentimos
    desconfortáveis com as nossas emoções.
  • 10:18 - 10:20
    Sentirmo-nos tristes, magoados,
    zangados ou assustados,
  • 10:20 - 10:23
    todas essas coisas são desconfortáveis.
  • 10:23 - 10:26
    Por isso esforçamo-nos muito
    para evitar esse desconforto.
  • 10:26 - 10:28
    Tentamos escapar-lhe,
  • 10:28 - 10:31
    fazendo coisas como
    enchermo-nos de autocomiseração.
  • 10:32 - 10:34
    E embora isso seja
    uma distração no momento,
  • 10:34 - 10:37
    apenas prolonga a dor.
  • 10:37 - 10:40
    A única forma de ultrapassarmos
    emoções desconfortáveis,
  • 10:40 - 10:43
    a única forma de lidarmos com elas,
    é vivendo essas emoções.
  • 10:43 - 10:46
    Permitirmo-nos estar tristes,
    e depois seguir em frente.
  • 10:46 - 10:48
    Ter confiança na nossa capacidade
  • 10:48 - 10:51
    de lidar com esse desconforto.
  • 10:52 - 10:55
    As crenças destrutivas acerca dos outros
  • 10:55 - 10:58
    surgem porque nos comparamos
    com as outras pessoas.
  • 10:58 - 11:01
    Nós achamos que eles estão
    ou acima ou abaixo de nós.
  • 11:01 - 11:03
    Ou que eles podem controlar
    como nos sentimos.
  • 11:03 - 11:05
    Ou que podemos controlar
    como eles se comportam.
  • 11:05 - 11:08
    Ou culpamo-los por nos retraírem.
  • 11:08 - 11:11
    Mas as nossas escolhas é que são
    os verdadeiros culpados.
  • 11:11 - 11:14
    Temos de aceitar que somos nós mesmos,
  • 11:14 - 11:16
    e os outros estão separados de nós.
  • 11:16 - 11:18
    A única pessoa com quem
    nos deveríamos comparar
  • 11:18 - 11:21
    é a pessoa que fomos ontem.
  • 11:22 - 11:25
    E as crenças destrutivas acerca do mundo
  • 11:25 - 11:29
    surgem porque, lá no fundo,
    queremos que o mundo seja justo.
  • 11:29 - 11:33
    Nós queremos acreditar que,
    se fizermos suficientes boas ações,
  • 11:33 - 11:35
    nos acontecerão suficientes coisas boas.
  • 11:35 - 11:37
    Ou que, se aguentarmos
    bastantes períodos difíceis,
  • 11:37 - 11:40
    iremos receber algum tipo de recompensa.
  • 11:40 - 11:45
    Mas por fim teremos de aceitar
    que a vida não é justa.
  • 11:45 - 11:47
    E isso pode ser libertador.
  • 11:47 - 11:50
    Sim, significa que poderemos não ser
    compensados pela nossa bondade,
  • 11:50 - 11:53
    mas também significa que,
    por mais que tenhamos sofrido,
  • 11:53 - 11:56
    não estamos condenados
    a sofrer eternamente.
  • 11:57 - 11:59
    O mundo não funciona assim.
  • 11:59 - 12:02
    O nosso mundo é o que fazemos dele.
  • 12:03 - 12:05
    Mas claro que antes de podermos
    mudar o nosso mundo,
  • 12:05 - 12:08
    temos de acreditar que podemos mudá-lo.
  • 12:09 - 12:13
    Eu trabalhei uma vez com um homem
    que era diabético há anos.
  • 12:13 - 12:15
    O médico dele recomendou-lhe fazer terapia
  • 12:15 - 12:18
    porque ele tinha alguns
    maus hábitos mentais
  • 12:18 - 12:20
    que começavam a afetar
    a sua saúde física.
  • 12:21 - 12:25
    A mãe dele tinha morrido ainda nova,
    devido a complicações da diabetes,
  • 12:25 - 12:28
    por isso ele achava que estava condenado,
  • 12:28 - 12:31
    e tinha desistido por completo de tentar
    controlar o seu nível de glicemia.
  • 12:32 - 12:35
    Aliás, os níveis de glucose dele
    tinham-se tornado tão elevados
  • 12:35 - 12:37
    que já estavam a afetar a sua visão.
  • 12:37 - 12:40
    E tiraram-lhe a carta de condução.
  • 12:40 - 12:43
    O mundo dele estava a encolher.
  • 12:44 - 12:46
    Quando chegou ao meu gabinete,
  • 12:46 - 12:48
    era óbvio que ele sabia
    tudo o que podia fazer
  • 12:48 - 12:51
    para controlar os níveis de glicemia.
  • 12:51 - 12:53
    Ele só não achava que valesse a pena.
  • 12:54 - 12:59
    Mas, por fim, acabou por concordar
    em fazer uma pequena mudança.
  • 12:59 - 13:02
    Ele disse: "Vou deixar o meu hábito
    dos dois litros de Pepsi por dia,
  • 13:02 - 13:05
    "e trocá-lo por Pepsi Diet ."
  • 13:06 - 13:10
    Ele nem queria acreditar quão rápido
    os números começaram a melhorar.
  • 13:11 - 13:12
    E apesar de todas as semanas
  • 13:12 - 13:17
    ele me relembrar o quão horrível
    era o sabor da Pepsi Diet,
  • 13:17 - 13:18
    manteve-se firme.
  • 13:20 - 13:23
    Assim que começou a ver progressos, disse:
  • 13:23 - 13:26
    "Bem, talvez eu pudesse
    analisar outros hábitos meus.
  • 13:26 - 13:29
    "Eu podia trocar
    a minha taça noturna de gelado
  • 13:29 - 13:31
    "por um lanche com menos açúcar."
  • 13:32 - 13:36
    Um dia, ele estava numa loja
    de artigos usados com uns amigos
  • 13:36 - 13:39
    e encontrou uma bicicleta elíptica
    já velha e desgastada.
  • 13:39 - 13:41
    Comprou-a por uns tostões,
  • 13:41 - 13:44
    levou-a para casa,
    e pô-la em frente à televisão.
  • 13:44 - 13:46
    Começou a pedalar todas as noites,
  • 13:46 - 13:49
    enquanto via alguns
    dos seus programas favoritos.
  • 13:49 - 13:52
    Não só perdeu peso
  • 13:52 - 13:56
    como, um dia, ele notou
    que conseguia ver televisão
  • 13:56 - 13:59
    com um pouco mais de nitidez
    do que via antigamente.
  • 14:00 - 14:02
    De repente passou-lhe pela cabeça
  • 14:02 - 14:06
    que talvez os danos na visão
    não tivessem sido permanentes.
  • 14:07 - 14:08
    Então, definiu um novo objetivo,
  • 14:08 - 14:11
    recuperar a sua carta de condução.
  • 14:11 - 14:14
    A partir desse dia, ninguém o parou.
  • 14:15 - 14:18
    Nas nossas últimas sessões,
    ele aparecia todas as semanas a dizer:
  • 14:18 - 14:21
    "Então, o que vamos fazer esta semana?
  • 14:21 - 14:25
    Porque ele finalmente acreditava
    que conseguia mudar o seu mundo
  • 14:25 - 14:27
    e que tinha a força mental
    necessária para o fazer.
  • 14:28 - 14:31
    E que era capaz de deixar
    os maus hábitos mentais.
  • 14:31 - 14:34
    Tudo começou com um só pequeno passo.
  • 14:36 - 14:38
    Por isso, convido-vos a perguntarem-se:
  • 14:38 - 14:41
    "Que maus hábitos mentais
    vos estão a empatar?
  • 14:42 - 14:43
    "Que crenças destrutivas
  • 14:43 - 14:47
    "vos impedem de ser mentalmente fortes?
  • 14:48 - 14:51
    "Que pequeno passo poderiam dar hoje?"
  • 14:52 - 14:54
    Aqui mesmo, agora mesmo.
  • 14:55 - 14:56
    Obrigada.
  • 14:56 - 14:58
    (Aplausos)
Title:
O segredo para nos tornarmos mentalmente fortes | Amy Morin | TEDxOcala
Description:

Esta palestra foi feita num evento TEDx, organizado de forma independente por uma comunidade local mas usando o formato das Conferências TED. Saiba mais em: http://ted.com/tedx.

Toda a gente tem a capacidade de construir força mental, mas a maior parte de nós não sabe como o fazer.

Passamos muito tempo a falar sobre força e saúde física, mas pouco a falar sobre força e saúde mentais.
Podemos praticar exercícios que nos ajudem a aprender como regular os nossos pensamentos, gerir as nossas emoções e agir de modo produtivo, em qualquer circunstância — os três principais fatores para a força mental. Quaisquer que sejam os nossos objetivos, construir força mental é a chave para atingir o nosso potencial máximo.

Amy Morin é uma trabalhadora social clínica licenciada e psicoterapeuta. Desde 2002 que dá aconselhamento a crianças, adolescentes e adultos. Também leciona Psicologia como professora adjunta.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
15:02

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