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O segredo para nos tornarmos mentalmente fortes | Amy Morin | TEDxOcala

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    Tenho uma amiga no Facebook
    que parece ter uma vida perfeita.
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    Mora numa casa maravilhosa.
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    Tem uma carreira muito gratificante.
  • 0:15 - 0:16
    Viaja com a família
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    nessas aventuras emocionantes
    nos finais de semana.
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    Juro que devem levar
    um fotógrafo profissional com eles...
  • 0:23 - 0:24
    (Risos)
  • 0:24 - 0:27
    ...porque, aonde quer que vão
    ou o que quer que façam,
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    a família toda parece
    simplesmente maravilhosa.
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    Ela está sempre publicando
    na internet sobre como é feliz
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    e grata pela vida que tem.
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    Tenho a impressão
    de que ela não diz essas coisas
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    só para colocar no Facebook,
    mas porque realmente acredita nelas.
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    Quantos de vocês têm um amigo assim?
  • 0:49 - 0:51
    E quantos de vocês,
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    às vezes, não gostam muito dessa pessoa?
  • 0:53 - 0:55
    (Risos)
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    Todos fazemos isso, não é?
  • 0:59 - 1:01
    É difícil não fazer.
  • 1:01 - 1:05
    Mas esse modo de pensar tem um preço.
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    É sobre isso que quero falar hoje:
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    o preço de ter maus hábitos.
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    Vocês devem ter passado
    pelo "feed" do Facebook e pensado:
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    "E se eu der uma olhada?
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    É só um pouquinho.
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    Que mal há nisso?"
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    Pesquisadores descobriram
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    que ter inveja dos amigos do Facebook
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    leva, na verdade, à depressão.
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    Essa é apenas uma
    das armadilhas de nossa mente.
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    Vocês já reclamaram do seu chefe?
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    Ou observaram a vida
    de seus amigos e pensaram:
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    "Por que eles têm tanta sorte?"
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    Não dá para evitar, não é?
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    Parece não ter importância pensar assim.
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    Na verdade, pode até nos fazer
    sentir melhor no momento.
  • 1:50 - 1:53
    Mas esse modo de pensar
    desgasta nossa força mental.
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    Há três tipos de crenças destrutivas
  • 1:58 - 2:02
    que nos tornam menos eficazes
    e que roubam nossa força mental.
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    O primeiro tipo é ter opiniões
    prejudiciais sobre nós mesmos.
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    Temos a tendência
    de sentir pena de nós mesmos.
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    Apesar de ser normal ficar triste
    quando algo de ruim acontece,
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    a autopiedade vai mais longe.
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    É quando começamos
    a ampliar nossa infelicidade,
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    quando pensamos em coisas como:
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    "Por que tem sempre que acontecer comigo?"
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    "Eu não deveria ter que me ocupar disso."
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    Esse modo de pensar nos deixa presos,
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    concentrados no problema,
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    e nos impede de encontrar uma solução.
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    Mesmo quando não há solução,
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    sempre é possível agir para melhorar
    nossa vida ou a de outra pessoa.
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    Mas não conseguimos fazer isso
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    quando estamos ocupados
    sentindo pena de nós mesmos.
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    O segundo tipo de crença
    destrutiva que nos faz mal
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    são opiniões prejudiciais
    sobre outras pessoas.
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    Achamos que elas podem nos controlar,
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    e abdicamos de nosso poder.
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    Mas, como adultos em um país livre,
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    há muito poucas coisas na vida
    que somos obrigados a fazer.
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    Por isso, quando dizemos:
    "Tenho que trabalhar até tarde",
  • 3:07 - 3:09
    estamos abdicando de nosso poder.
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    Pode haver consequências
    se não trabalharmos até tarde,
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    mas mesmo assim é uma escolha.
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    Ou quando dizemos:
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    "Minha sogra me deixa louco",
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    estamos abdicando de nosso poder.
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    Talvez ela não seja a pessoa
    mais simpática do mundo,
  • 3:25 - 3:30
    mas somos nós que decidimos como reagir,
    porque estamos no controle.
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    O terceiro tipo de crença
    prejudicial que nos faz mal,
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    são as crenças prejudiciais sobre o mundo.
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    Temos a tendência de achar
    que o mundo nos deve algo.
  • 3:41 - 3:42
    Pensamos:
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    "Se eu me esforçar bastante,
    mereço ter sucesso".
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    Mas esperar que o sucesso caia do céu,
    como uma espécie de recompensa cósmica,
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    só leva à frustração.
  • 3:56 - 4:00
    Mas sei que é difícil abrir mão
    de nossos maus hábitos mentais.
  • 4:00 - 4:02
    É difícil nos livrar
    das crenças prejudiciais
  • 4:02 - 4:04
    que levamos conosco por tanto tempo.
  • 4:05 - 4:07
    Mas não podemos nos dar ao luxo
    de não abrir mão delas,
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    porque, mais cedo ou mais tarde,
    chegará um momento na vida
  • 4:12 - 4:15
    em que precisaremos de toda
    a força mental possível.
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    Quando eu tinha 23 anos,
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    achava que minha vida
    estava toda resolvida.
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    Eu me formei na faculdade.
  • 4:25 - 4:29
    Arranjei meu primeiro emprego
    importante como terapeuta.
  • 4:29 - 4:30
    Eu me casei.
  • 4:30 - 4:32
    Até comprei uma casa.
  • 4:32 - 4:33
    Pensei: "Isto vai ser ótimo!
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    Tive este começo incrível para o sucesso.
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    O que poderia dar errado?"
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    Tudo isso mudou para mim certo dia,
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    quando recebi um telefonema de minha irmã.
  • 4:45 - 4:48
    Ela disse que nossa mãe
    havia sido encontrada inconsciente
  • 4:48 - 4:50
    e levada para o hospital.
  • 4:51 - 4:55
    Meu marido Lincoln e eu entramos
    no carro e corremos para o hospital.
  • 4:55 - 4:57
    Não podíamos imaginar
    o que havia acontecido.
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    Minha mãe tinha apenas 51 anos.
  • 4:59 - 5:03
    Não tinha histórico algum
    de problemas de saúde.
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    Quando chegamos ao hospital,
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    os médicos explicaram
    que ela teve um aneurisma cerebral.
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    Em 24 horas,
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    minha mãe, que costumava
    acordar de manhã dizendo:
  • 5:15 - 5:17
    "Que belo dia para estar viva",
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    faleceu.
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    Essa notícia foi devastadora para mim.
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    Minha mãe e eu éramos muito próximas.
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    Como terapeuta, eu conhecia,
    na teoria, como passar pelo luto.
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    Mas saber e fazer
    são coisas muito diferentes.
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    Levei muito tempo até sentir
    que eu estava realmente me curando.
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    Três anos após a morte de minha mãe,
  • 5:43 - 5:44
    alguns amigos ligaram
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    e convidaram Lincoln e eu
    para um jogo de basquete.
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    Por coincidência,
    o jogo seria no mesmo ginásio
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    onde vi minha mãe pela última vez,
    na noite anterior ao falecimento dela.
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    Eu não tinha voltado lá desde então,
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    nem sequer sabia se queria voltar lá.
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    Mas conversei com Lincoln a respeito,
    e acabamos concordando:
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    "Talvez seja uma boa maneira
    de honrar a memória dela".
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    Fomos ao jogo.
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    Nós nos divertimos muito
    com nossos amigos.
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    Naquela noite, voltando para casa,
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    falamos como havia sido ótimo
    conseguir finalmente voltar àquele local,
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    e me lembrar de minha mãe com um sorriso,
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    em vez de todos aqueles
    sentimentos de tristeza.
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    Mas, pouco depois de chegarmos em casa,
  • 6:28 - 6:30
    Lincoln disse que não se sentia bem.
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    Alguns minutos depois, desmaiou.
  • 6:35 - 6:37
    Tive que chamar uma ambulância.
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    A família dele me encontrou
    no pronto-socorro.
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    Esperamos o que pareceu uma eternidade,
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    até finalmente aparecer um médico.
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    Mas, em vez de nos levar para ver Lincoln,
  • 6:50 - 6:52
    ele nos levou a uma sala privada.
  • 6:54 - 6:55
    Pediu para nos sentarmos,
  • 6:55 - 6:57
    e explicou que Lincoln,
  • 6:57 - 7:00
    a pessoa mais aventureira
    que eu já havia conhecido,
  • 7:00 - 7:01
    havia morrido.
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    Não sabíamos no momento,
    mas ele teve um ataque cardíaco.
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    Ele tinha apenas 26 anos.
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    Não tinha qualquer histórico
    de problemas cardíacos.
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    Então, lá estava eu,
    uma viúva de 26 anos,
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    e não tinha minha mãe.
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    Pensei: "Como vou superar isto?"
  • 7:23 - 7:25
    Descrever esse período
    como doloroso em minha vida
  • 7:25 - 7:27
    parece um eufemismo.
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    Foi durante esse período que percebi
    que, quando passamos por tempos difíceis,
  • 7:32 - 7:34
    ter bons hábitos não basta.
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    Basta um ou dois pequenos hábitos
  • 7:37 - 7:39
    para nos fazer mal.
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    Eu me esforcei ao máximo,
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    não só para criar
    bons hábitos em minha vida,
  • 7:44 - 7:46
    mas para me livrar
    desses pequenos hábitos,
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    por mais pequenos que pudessem parecer.
  • 7:50 - 7:51
    Durante tudo isso,
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    mantive a esperança de que, um dia,
    a vida pudesse melhorar.
  • 7:55 - 7:57
    E acabou melhorando.
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    Alguns anos mais tarde, conheci Steve,
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    e nos apaixonamos.
  • 8:01 - 8:03
    Eu me casei de novo.
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    Vendemos a casa em que
    eu havia morado com Lincoln,
  • 8:06 - 8:09
    e compramos outra, em uma região nova.
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    Arranjei um novo emprego.
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    Mas, quase tão rápido
    quanto respirei aliviada
  • 8:15 - 8:17
    com aquele meu recomeço,
  • 8:18 - 8:22
    recebemos a notícia de que o pai de Steve
    tinha um câncer terminal.
  • 8:23 - 8:24
    Comecei a pensar:
  • 8:24 - 8:27
    "Por que isso tem sempre que acontecer?"
  • 8:27 - 8:29
    "Por que tenho que perder
    todas as pessoas que amo?"
  • 8:29 - 8:31
    "Isso não é justo."
  • 8:33 - 8:35
    Mas, se eu havia aprendido algo,
  • 8:35 - 8:39
    era que esse modo de pensar me faria mal.
  • 8:40 - 8:43
    Eu sabia que iria precisar
    de toda a força mental possível
  • 8:44 - 8:45
    para superar mais uma perda.
  • 8:47 - 8:49
    Então, eu me sentei e escrevi uma lista
  • 8:49 - 8:52
    de todas as coisas que as pessoas
    mentalmente fortes não fazem.
  • 8:53 - 8:54
    E li essa lista toda.
  • 8:54 - 8:57
    Era um lembrete de todos
    aqueles maus hábitos
  • 8:57 - 9:00
    que tive em algum momento,
    e que me deixariam presa.
  • 9:01 - 9:04
    Continuei lendo essa lista várias vezes.
  • 9:04 - 9:05
    E realmente precisava disso,
  • 9:05 - 9:08
    porque, algumas semanas
    depois de escrevê-la,
  • 9:08 - 9:10
    o pai de Steve faleceu.
  • 9:13 - 9:17
    Minha história me ensinou
    que o segredo para ser mentalmente forte
  • 9:18 - 9:20
    é largar todos os maus hábitos mentais.
  • 9:21 - 9:24
    A força mental é muito parecida
    com a força física.
  • 9:24 - 9:26
    Se quiséssemos ser fisicamente fortes,
  • 9:27 - 9:29
    precisaríamos ir à academia
    e levantar pesos.
  • 9:29 - 9:32
    Mas, se quiséssemos mesmo ver resultados,
  • 9:32 - 9:35
    também teríamos que abrir mão
    de alimentação pouco saudável.
  • 9:35 - 9:36
    A força mental é idêntica.
  • 9:36 - 9:38
    Se quisermos ser mentalmente fortes,
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    precisaremos ter bons hábitos,
    como praticar a gratidão.
  • 9:42 - 9:45
    Mas também temos que largar maus hábitos,
  • 9:45 - 9:47
    como ter inveja do sucesso de alguém.
  • 9:47 - 9:51
    Não importa quantas vezes aconteça,
    isso irá nos fazer mal.
  • 9:55 - 9:58
    Como treinamos o cérebro
    para pensar de modo diferente?
  • 9:58 - 10:02
    Como largamos esses maus hábitos mentais
    que levamos conosco?
  • 10:03 - 10:08
    Começa pelo combate
    às crenças prejudiciais de que falei
  • 10:08 - 10:09
    com crenças mais saudáveis.
  • 10:11 - 10:14
    Por exemplo, crenças prejudiciais
    sobre nós mesmos
  • 10:14 - 10:18
    em geral existem porque não nos sentimos
    à vontade com nossas emoções.
  • 10:18 - 10:20
    Ficar triste, magoado,
    zangado ou assustado,
  • 10:20 - 10:22
    tudo isso é desconfortável.
  • 10:23 - 10:26
    Por isso, nós nos esforçamos muito
    para evitar esse desconforto.
  • 10:26 - 10:27
    Tentamos escapar dele,
  • 10:28 - 10:31
    fazendo coisas como sentir
    pena de nós mesmos.
  • 10:32 - 10:35
    Embora seja uma distração temporária,
  • 10:35 - 10:37
    isso só prolonga a dor.
  • 10:37 - 10:41
    O único modo de superar emoções
    desconfortáveis e lidar com elas
  • 10:41 - 10:43
    é passar por essas emoções,
  • 10:43 - 10:46
    permitir ficarmos tristes,
    e depois seguir em frente.
  • 10:46 - 10:50
    É adquirir confiança em nossa capacidade
    de lidar com esse desconforto.
  • 10:52 - 10:55
    As crenças prejudiciais
    sobre os outros acontecem
  • 10:55 - 10:57
    porque nos comparamos
    com as outras pessoas.
  • 10:58 - 11:01
    Achamos que elas estão
    acima ou abaixo de nós,
  • 11:01 - 11:03
    ou que podem controlar como nos sentimos,
  • 11:03 - 11:05
    ou que podemos controlar
    como elas se comportam.
  • 11:05 - 11:08
    Ou nós as culpamos
    por não nos permitirem avançar.
  • 11:08 - 11:11
    Mas são nossas próprias
    escolhas que fazem isso.
  • 11:12 - 11:15
    Temos que aceitar que somos nós mesmos,
    e que os outros estão separados de nós.
  • 11:16 - 11:18
    A única pessoa com quem
    você deve se comparar
  • 11:18 - 11:21
    é a pessoa que você foi ontem.
  • 11:22 - 11:25
    E as crenças prejudiciais
    sobre o mundo acontecem
  • 11:25 - 11:29
    porque, lá no fundo,
    queremos que o mundo seja justo.
  • 11:29 - 11:30
    Queremos acreditar
  • 11:30 - 11:35
    que, se fizermos boas ações o bastante,
    nos acontecerão coisas boas o bastante.
  • 11:35 - 11:37
    Ou que, se aguentarmos
    períodos difíceis o bastante,
  • 11:37 - 11:39
    receberemos algum tipo de recompensa.
  • 11:41 - 11:44
    Mas, no final, temos que aceitar
    que a vida não é justa.
  • 11:45 - 11:46
    E isso pode ser libertador.
  • 11:47 - 11:50
    Significa que não seremos necessariamente
    compensados por nossa bondade,
  • 11:50 - 11:53
    mas também significa
    que, por mais que tenhamos sofrido,
  • 11:53 - 11:55
    não estamos condenados
    a continuar sofrendo.
  • 11:57 - 11:58
    O mundo não funciona assim.
  • 11:59 - 12:01
    Nosso mundo é o que fazemos dele.
  • 12:03 - 12:05
    Mas é claro que, antes
    de podermos mudá-lo,
  • 12:05 - 12:07
    temos que acreditar que podemos.
  • 12:09 - 12:13
    Trabalhei uma vez com um homem
    que era diabético há anos.
  • 12:13 - 12:16
    O médico dele lhe recomendou fazer terapia
  • 12:16 - 12:18
    porque ele tinha alguns
    maus hábitos mentais
  • 12:18 - 12:20
    que começavam a afetar sua saúde física.
  • 12:22 - 12:26
    A mãe dele havia morrido ainda nova,
    devido a complicações de diabetes.
  • 12:26 - 12:28
    Por isso, ele acreditava
    que estava condenado
  • 12:28 - 12:31
    e havia desistido totalmente de tentar
    controlar seu nível de glicose.
  • 12:32 - 12:35
    Na verdade, a glicemia dele
    estava tão alta ultimamente
  • 12:35 - 12:37
    que começava a afetar sua visão.
  • 12:38 - 12:40
    E haviam retirado
    sua carteira de motorista.
  • 12:41 - 12:43
    O mundo dele estava encolhendo.
  • 12:44 - 12:46
    Quando chegou a meu consultório,
  • 12:46 - 12:49
    era óbvio que ele sabia
    tudo o que podia fazer
  • 12:49 - 12:50
    para controlar os níveis de glicose.
  • 12:50 - 12:53
    Ele só achava que não valia a pena.
  • 12:54 - 12:58
    Mas, no final, concordou em fazer
    uma pequena mudança.
  • 12:59 - 13:02
    Ele disse: "Vou largar meu hábito
    de tomar dois litros de Pepsi por dia,
  • 13:02 - 13:04
    e trocar por Diet Pepsi."
  • 13:06 - 13:09
    Ele não conseguia acreditar na rapidez
    em que os valores começaram a melhorar.
  • 13:11 - 13:13
    Apesar de ele vir toda semana
    lembrar para mim
  • 13:13 - 13:16
    como o sabor de Diet Pepsi era horrível,
  • 13:16 - 13:17
    (Risos)
  • 13:17 - 13:18
    ele se manteve firme.
  • 13:20 - 13:23
    Assim que começou a ver progressos, disse:
  • 13:23 - 13:25
    "Talvez eu possa analisar
    meus outros hábitos.
  • 13:26 - 13:29
    Posso trocar minha taça
    noturna de sorvete
  • 13:29 - 13:31
    por um lanche com menos açúcar".
  • 13:32 - 13:36
    Um dia, ele estava com alguns amigos
    em um bazar beneficente
  • 13:36 - 13:39
    e encontrou uma bicicleta ergométrica
    velha e malconservada.
  • 13:39 - 13:41
    Ele a comprou por alguns trocados,
  • 13:41 - 13:44
    levou-a para casa
    e a colocou na frente da TV.
  • 13:44 - 13:46
    Começou a pedalar todas as noites,
  • 13:46 - 13:48
    enquanto assistia a alguns
    de seus programas favoritos.
  • 13:50 - 13:51
    Não só perdeu peso
  • 13:52 - 13:56
    como, certo dia, notou
    que conseguia ver TV
  • 13:56 - 13:59
    com um pouco mais de nitidez do que antes.
  • 14:00 - 14:02
    De repente lhe ocorreu
  • 14:02 - 14:06
    que talvez os danos à visão
    não fossem permanentes.
  • 14:07 - 14:11
    Então, definiu um novo objetivo:
    recuperar sua carteira de motorista.
  • 14:11 - 14:15
    A partir daquele dia, ele se animou.
  • 14:15 - 14:18
    Em nossas últimas sessões,
    ele vinha toda semana dizendo:
  • 14:18 - 14:20
    "O que vamos fazer nesta semana?"
  • 14:21 - 14:24
    Porque ele finalmente acreditava
    que conseguia mudar seu mundo
  • 14:25 - 14:27
    e que tinha a força mental para mudá-lo.
  • 14:28 - 14:30
    E que era capaz de largar
    os maus hábitos mentais.
  • 14:30 - 14:34
    Tudo começou com apenas um pequeno passo.
  • 14:36 - 14:38
    Portanto, convido vocês a se perguntarem:
  • 14:38 - 14:41
    "Que maus hábitos mentais
    estão te fazendo mal?"
  • 14:42 - 14:43
    "Que crenças prejudiciais
  • 14:43 - 14:47
    me impedem de ser mentalmente forte?"
  • 14:48 - 14:52
    "Que pequeno passo eu poderia dar hoje?"
  • 14:52 - 14:54
    Aqui mesmo, neste momento.
  • 14:55 - 14:56
    Obrigada.
Title:
O segredo para nos tornarmos mentalmente fortes | Amy Morin | TEDxOcala
Description:

Todo mundo tem a capacidade de desenvolver força mental, mas a maioria das pessoas não sabe como.

Passamos muito tempo falando sobre força e saúde físicas, mas muito menos falando sobre força e saúde mentais.
Podemos escolher a prática de exercícios que nos ajudem a aprender como regular nossos pensamentos, gerenciar nossas emoções e agir de modo produtivo, em qualquer circunstância - os três principais fatores para a força mental. Quaisquer que sejam nossos objetivos, o desenvolvimento da força mental é o segredo para alcançar nosso potencial máximo.

Amy Morin é assistente social clínica licenciada e psicoterapeuta. Desde 2002, dá aconselhamento a crianças, adolescentes e adultos. Também é professora adjunta de psicologia.

Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais visite http://ted.com/tedx

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
15:02

Portuguese, Brazilian subtitles

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