Return to Video

Viés de Seleção: Você ganhará mais se ir para uma universidade privada?

  • 0:03 - 0:05
    ♪ [música] ♪
  • 0:09 - 0:11
    -[Josh´] Bem vindos de volta.
  • 0:11 - 0:14
    Hoje continuaremos nossa busca
    pelo conhecimento causal.
  • 0:14 - 0:18
    Lembrem-se que alunos de universidades
    privadas ganham 14% a mais
  • 0:18 - 0:22
    em média salarial do que os graduados
    em universidades públicas.
  • 0:23 - 0:26
    Isso significa que a educação
    em universidade privada
  • 0:26 - 0:28
    faz com que seu salário aumente?
  • 0:28 - 0:31
    Assim como a maioria das questões
    que ponderamos,
  • 0:31 - 0:33
    os fatos não estão em disputa,
  • 0:33 - 0:36
    é a interpretação
    que é controversa.
  • 0:37 - 0:39
    -[Sensei] Comparemos
    graduados em faculdades privadas
  • 0:39 - 0:42
    com os que foram para as públicas.
  • 0:43 - 0:46
    Graduados em universidades privadas
    diferem de várias maneiras.
  • 0:46 - 0:50
    Por exemplo, eles têm maiores
    pontuações na SAT.
  • 0:50 - 0:55
    Estudantes de universidades privadas
    pontuam 120 a mais em média.
  • 0:56 - 1:00
    Estas estrelas do SAT vestem
    molentos laranjas.
  • 1:01 - 1:04
    Os graduados em universidades privadas
    também vem de famílias mais ricas --
  • 1:04 - 1:08
    13% a mais, do que estudantes
    de universidades públicas.
  • 1:08 - 1:11
    Os jovens ricos vestem calças verdes.
  • 1:11 - 1:14
    Parece que as comparações
    entre pública/privada não é o mesmo
  • 1:14 - 1:16
    que comparar seis por meia dúzia.
  • 1:16 - 1:19
    Talvez seus 14% de ganhos
    a mais no salário seja causado
  • 1:19 - 1:22
    por diferenças pré-existentes
    em potencial de ganhos,
  • 1:23 - 1:26
    ao invés dos estudantes
    das universidades privadas.
  • 1:26 - 1:28
    Como muitos que caminharam
    antes de nós
  • 1:28 - 1:30
    em busca de conhecimento causal,
  • 1:30 - 1:32
    Somos emboscados aqui
    pelo viés de seleção.
  • 1:33 - 1:36
    O viés de seleção nos induz
  • 1:36 - 1:40
    a interpretar comparações simples
    como efeitos causais.
  • 1:40 - 1:41
    -[Sussurro] Venha comigo.
  • 1:41 - 1:44
    Aqui, vemos o viés de seleção
    nos iludindo,
  • 1:44 - 1:46
    direcionando o caminho.
  • 1:46 - 1:49
    Aqueles com maiores pontuações
    vão para a esquerda,
  • 1:49 - 1:51
    em direção às universidades privadas.
  • 1:51 - 1:55
    Aqueles com menores rendas familiares
    vão para a direita,
  • 1:55 - 1:58
    em direção às universidades públicas.
  • 1:58 - 2:01
    Comparações pública/privada
    tem força causal
  • 2:01 - 2:06
    somente quando os grupos comparados
    são idênticos em média.
  • 2:06 - 2:10
    Para que então, possamos dizer
    felizmente, ceteris paribus.
  • 2:11 - 2:15
    Mas as privadas são geralmente
    mais seletivas e caras
  • 2:15 - 2:17
    do que as universidades públicas.
  • 2:17 - 2:22
    Então não dá para comparar
    os que vão para a esquerda e direita.
  • 2:22 - 2:25
    É assim que o viés de seleção
    nos enfeitiça.
  • 2:26 - 2:30
    Ainda que as faculdades de fato
    escolham seus estudantes,
  • 2:30 - 2:34
    o termo viés de seleção se refere
    à qualquer comparação marcada
  • 2:34 - 2:37
    por diferenças sistemáticas
    entre grupos;
  • 2:37 - 2:39
    outros além da diferença
    que estamos focados.
  • 2:40 - 2:43
    Quando os grupos em comparação
    diferem de várias maneiras,
  • 2:43 - 2:45
    nós perdemos a ceteris paribus.
  • 2:46 - 2:49
    O viés de seleção é o principal inimigo
    dos estudantes de métrica,
  • 2:49 - 2:51
    assim como o dos mestres.
  • 2:51 - 2:54
    Nossas cinco armas
    mais importantes na luta contra ele
  • 2:54 - 2:57
    são os Cinco Furiosos da Econometria.
  • 2:57 - 2:59
    -[Sussurro] Os Cinco Furiosos.
  • 2:59 - 3:02
    O viés de seleção
    é traiçoeiro e difundido,
  • 3:02 - 3:04
    mas nossas armas são poderosas,
  • 3:04 - 3:07
    pois não precisamos garantir
    que indivíduos
  • 3:07 - 3:08
    comparados sejam idênticos.
  • 3:08 - 3:12
    Não precisamos de clones virtuais.
  • 3:12 - 3:15
    O que precisamos garantir
    é que os grupos comparados
  • 3:15 - 3:17
    tenham médias parecidas.
  • 3:18 - 3:21
    Nossa arma mais poderosa,
    forte e confiável,
  • 3:21 - 3:24
    é a atribuição aleatória
    de afliliação de grupo.
  • 3:25 - 3:27
    Imagine um teste secreto
    onde os estudantes
  • 3:27 - 3:29
    de faculdades pública e privada
  • 3:29 - 3:32
    sejam aleatoriamente atribuídos
    para ir para uma ou para outra.
  • 3:32 - 3:34
    Parece bem justo.
  • 3:34 - 3:37
    E talvez aprendamos algo
    sobre isso também.
  • 3:37 - 3:40
    No interesse da ciência,
    eu propus um teste similar
  • 3:40 - 3:43
    no MIT, onde ensino econometria.
  • 3:43 - 3:47
    Eu queria substituir os qualificados,
    mas bem pagos funcionários contratados
  • 3:47 - 3:48
    com um cara ou coroa.
  • 3:49 - 3:51
    Atribuição aleatória
    de aceitação na faculdade
  • 3:51 - 3:54
    garante quem em comparações
    opostas de faculdades,
  • 3:54 - 3:56
    a ceteris é paribus em média.
  • 3:57 - 4:01
    Infelizmente, para a ciência,
    eu ainda não convenci que o MIT
  • 4:01 - 4:04
    troque o seu staff
    através de uma moeda.
  • 4:04 - 4:08
    Como discutiremos depois,
    a atribuição aleatória é impossível
  • 4:08 - 4:12
    ou imprática, então devemos
    procurar estratégias
  • 4:12 - 4:15
    práticas e baratas
    que tenha o mesmo
  • 4:15 - 4:19
    poder indutor da ceteris paribus
    como a atribuição aleatória.
  • 4:19 - 4:21
    Kamal, onde devemos olhar?
  • 4:21 - 4:22
    -[Kamal] Eu não sei.
  • 4:22 - 4:24
    Se pudéssemos verificar...
  • 4:24 - 4:25
    Correto.
  • 4:25 - 4:26
    -[sussurro] O quê?
  • 4:26 - 4:29
    Mestres em métrica
    são maníacos por verificação.
  • 4:29 - 4:31
    Implementamos estratégias estatísticas
  • 4:31 - 4:35
    que fazem os grupos escolherem diferentes
    caminhos mais similares o possível.
  • 4:35 - 4:39
    Ao invés de só comparar salários
    de alunos de privadas e públicas,
  • 4:39 - 4:41
    olhamos para um conjunto
    de ex-alunos
  • 4:41 - 4:43
    que têm halilidades e base similares.
  • 4:44 - 4:47
    Dentro desses conjuntos,
    fazemos comparações pública/privada
  • 4:47 - 4:48
    mas não entre eles.
  • 4:49 - 4:53
    Essa estratégia nos deixa à um passo
    mais perto da ceteris paribus
  • 4:53 - 4:56
    e à comparações justas.
  • 4:56 - 4:58
    Vejamos de novo os Cinco Furiosos.
  • 4:58 - 4:59
    -[sussurro]
  • 4:59 - 5:00
    Nossa principal ferramenta na luta
  • 5:00 - 5:02
    pelo controle é a regressão.
  • 5:03 - 5:06
    A regressão é uma maneira legal
    para comparar dois grupos,
  • 5:06 - 5:08
    ainda que em paralelo
    possuam muitas diferenças
  • 5:08 - 5:11
    entre esses dois grupos fixados.
  • 5:11 - 5:14
    A regressão mostra que a educação
    em universidades privadas
  • 5:14 - 5:15
    valem a pena serem pagas?
  • 5:15 - 5:16
    -[Otto] Boa pergunta.
  • 5:16 - 5:19
    Usar a regressão
    para ajustar a habilidade,
  • 5:19 - 5:22
    base familiar, e algumas poucas
    características demográficas
  • 5:22 - 5:26
    como raça e sexo, reduzem
    o privilégio da faculdade privada
  • 5:26 - 5:28
    de 14% para 9%.
  • 5:29 - 5:31
    9% parece muito bom.
  • 5:31 - 5:32
    -[Otto] 9% é legal.
  • 5:32 - 5:34
    Mas temos a verdadeira
    ceteris paribus?
  • 5:34 - 5:36
    Camilla?
  • 5:36 - 5:39
    -[Camilla] Hum... Não tenho certeza
    se verificamos tudo.
  • 5:39 - 5:42
    Talvez estudantes de privadas
    sejam mais ambiciosos ou inteligentes
  • 5:42 - 5:45
    de maneiras não totalmente
    refletidas pelos testes.
  • 5:45 - 5:48
    Se for assim, as comparaçãos
    não são justas
  • 5:48 - 5:50
    mesmo após os ajustes
    de que você falou.
  • 5:50 - 5:51
    De fato, preocupante.
  • 5:52 - 5:55
    A possibilidade de que as variáveis
    que ajustamos
  • 5:55 - 5:58
    para usar a regressão, não conte
    para as diferenças de grupos,
  • 5:58 - 6:02
    é chamada de viés de variável omitida,
    ou VVO.
  • 6:02 - 6:03
    -[Otto] Isso é ruim.
  • 6:03 - 6:07
    A VVO é um viés de seleção
    em um contexto de regressão.
  • 6:07 - 6:11
    Sofremos os efeitos da VVO
    quando a regressão que tivemos
  • 6:11 - 6:13
    não era a que queríamos.
  • 6:13 - 6:17
    A regressão que queremos,
    a regressão dos nossos sonhos,
  • 6:17 - 6:20
    têm maiores e melhores controles
    em relação à que tivemos.
  • 6:20 - 6:23
    Como podemos verificar
    algo como a ambição?
  • 6:23 - 6:26
    Há algum índice de ambição?
  • 6:26 - 6:30
    Não é fácil produzir
    comparações ceteris paribus.
  • 6:30 - 6:32
    A regressão é uma ferramenta.
  • 6:32 - 6:33
    Não é mágica.
  • 6:34 - 6:37
    Mas às vezes, os resultados descobetos
    por essa ferramenta são marcantes.
  • 6:37 - 6:41
    Os mestres da econometria,
    os professores Stacy Dale
  • 6:41 - 6:45
    e Alan Krueger enfrentaram o desafio
    do viés de seleção e a VVO.
  • 6:45 - 6:48
    Em um famoso estudo acadêmico,
    Dale e Krueger verificaram
  • 6:48 - 6:52
    muitas possibilidades diferentes
    entre estudantes que iam
  • 6:52 - 6:54
    para diferentes tipos de escolas.
  • 6:54 - 6:57
    Eles perceberam que o viés de seleção
    neste contexto se origina
  • 6:57 - 7:02
    em dois fatores: A ambição do estudante
    e a oportunidade da faculdade.
  • 7:03 - 7:06
    A maioria dos estudantes têm
    um bom senso de suas atitudes,
  • 7:06 - 7:08
    tendências, e motivação
    para trabalho escolar.
  • 7:09 - 7:13
    Esses fatores são resumidos
    pelo tipo de escolas que eles vão.
  • 7:13 - 7:17
    Ao mesmo tempo, escritórios
    de admissão de faculdades investem
  • 7:17 - 7:19
    muito tempo e energia determinando
  • 7:19 - 7:22
    quem irá obter êxito no campus.
  • 7:22 - 7:27
    Eles avaliam e selecionam
    habilidade acadêmica e compromisso.
  • 7:27 - 7:29
    E se compararmos os resultados
  • 7:29 - 7:32
    daqueles que tiveram as mesmas
    aprovações e rejeições?
  • 7:33 - 7:36
    Compare duas estudantes
    do ensino médio, Maya e Mariana.
  • 7:36 - 7:40
    Ambas aceitas em UNC e Duke,
    mas não em Yale.
  • 7:40 - 7:44
    Igualmente ambiciosas
    e consideradas igualmente capazes
  • 7:44 - 7:46
    por esses três escritórios
    de admissão escolar,
  • 7:46 - 7:49
    Maya opta por Duke,
    porque uma amiga vai para lá,
  • 7:49 - 7:52
    enquanto que Mariana
    vai para UNC em Chaper Hill.
  • 7:52 - 7:53
    -[Mariana] Vamos, Hills!
  • 7:53 - 7:56
    Obviamente, Maya e Mariana
    não são clones,
  • 7:56 - 8:00
    e elas escolheram diferentes tipos
    de escolas por razões pessoais.
  • 8:00 - 8:03
    Mas por outro lado,
    elas têm muito em comum.
  • 8:03 - 8:06
    Os fatores pessoais que as levaram
    à escolher entre as escolas
  • 8:06 - 8:09
    em seus menus, podem
    não estar relacionadas
  • 8:09 - 8:11
    aos seus futuros poderes de remuneração.
  • 8:11 - 8:15
    Juntando muitas comparações assim
    nos deixa à um grande passo mais perto
  • 8:15 - 8:16
    da ceteris paribus.
  • 8:17 - 8:21
    Incrívelmente, um modelo de regressão
    que avalia os conjuntos de escolas
  • 8:21 - 8:24
    que os candidatos querem ir
    e foram aceitos,
  • 8:24 - 8:26
    mostram que quase não há
    dfrerença entre graduados
  • 8:26 - 8:28
    em públicas ou privadas.
  • 8:28 - 8:31
    Ou seja, calculando a média
    de um grande número
  • 8:31 - 8:34
    de tipos de comparações
    de Maya para Mariana,
  • 8:34 - 8:37
    o privilégio da escola privada
    cai para zero.
  • 8:39 - 8:43
    Maya pode ter aproveitado
    sua cara educação em Duke,
  • 8:43 - 8:47
    mas na média, pelo menos,
    estudantes como ela não se darão melhor
  • 8:47 - 8:50
    no mercado de trabalho comparando
    com os colegas das públicas.
  • 8:51 - 8:54
    Essa é uma grande mudança
    se pergarmos a diferença inicial de 14%
  • 8:54 - 8:56
    favorecendo alunos
    de escolas de elite.
  • 8:57 - 9:01
    A regressão tem o poder de transformar
    uma noite nebulosa de estatísticas
  • 9:01 - 9:03
    em um dia causal ensolarado.
  • 9:04 - 9:07
    Mas você terá de saber um pouco mais
    antes de poder regressar
  • 9:07 - 9:09
    com habilidade e confiança.
  • 9:10 - 9:14
    Você está no caminho certo
    para dominar a econometria.
  • 9:14 - 9:18
    Fixe o que aprendeu
    com algumas questões práticas.
  • 9:19 - 9:22
    Ou, caso já esteja pronto,
    clique no próximo vídeo.
  • 9:22 - 9:25
    Você também pode ir no site da MRU
  • 9:25 - 9:28
    para mais cursos,
    materias de professores, e mais.
  • 9:28 - 9:30
    ♪ [Música] ♪
  • 9:30 - 9:32
    Tradução: John Silva.
Title:
Viés de Seleção: Você ganhará mais se ir para uma universidade privada?
Description:

Josh Angrist, do MIT, retorna de sua meditação no topo da montanha para nos orientar em nossa próxima lição de econometria: viés de seleção! Graduados em universidades privadas ganham 14% a mais do que graduados em universidades públicas. Isso significa que frequentar uma universidade privada aumenta seu salário? vídeo, Mestre Joshway mostra como ensaios randomizados e regressão podem ser usados ​​para resolver esta questão.

Acha que a econometria é entediante? Era uma vez, mas não será mais! Deixando de lado o tédio teórico, usamos questões empíricas reais para dar vida aos números. Uma educação universitária privada cara compensa com ganhos maiores? O seguro saúde realmente faz você mais saudável? Beber legalmente custa vidas?

Experimente nossas perguntas práticas: http://bit.ly/35dYv7p

Veja o esboço completo do curso: http://bit.ly/2KCxDGp

Mais da Marginal Revolution University: http://bit.ly/2rayZ41

more » « less
Video Language:
English
Team:
Marginal Revolution University
Project:
Mastering Econometrics
Duration:
09:33

Portuguese, Brazilian subtitles

Revisions