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Somos feitos de material estelar | Jocelyn Bell Burnell | TEDxVienna

  • 0:19 - 0:24
    Estou com um pequeno problema,
    mas o show tem que continuar.
  • 0:26 - 0:28
    Meu sangue é vermelho.
  • 0:29 - 0:31
    O sangue vienense é vermelho?
  • 0:31 - 0:32
    (Risos)
  • 0:32 - 0:34
    Eu suspeito que sim.
  • 0:37 - 0:39
    Porque o sangue é vermelho?
  • 0:40 - 0:43
    Alguém sabe? Pode me dizer?
  • 0:43 - 0:44
    Plateia: É ferro.
  • 0:44 - 0:46
    Jocelyn Bell Burnell: É ferro, sim.
  • 0:46 - 0:49
    É o ferro na hemoglobina,
    em nossa corrente sanguínea,
  • 0:50 - 0:52
    que faz o sangue ficar vermelho.
  • 0:52 - 0:54
    Ferro é um dos elementos químicos,
  • 0:54 - 0:56
    e vou falar sobre ele daqui a pouco.
  • 0:56 - 0:58
    Mas, primeiro...
  • 0:58 - 1:00
    (Risos)
  • 1:00 - 1:02
    Ketchup.
  • 1:02 - 1:05
    Vamos ouvir mais sobre tomates depois.
  • 1:05 - 1:07
    (Risos) (Aplausos)
  • 1:13 - 1:16
    Voltando aos elementos químicos e ferro.
  • 1:17 - 1:19
    Ele é, de fato, um dos elementos químicos,
  • 1:19 - 1:23
    e, mesmo que você não seja um químico,
    você provavelmente conhece outros.
  • 1:26 - 1:29
    Uma resposta dada
    por um estudante em uma prova.
  • 1:29 - 1:32
    [H2O é água quente e CO2 é água fria.]
  • 1:32 - 1:34
    (Risos)
  • 1:39 - 1:41
    Então, você sabe o que é H2O?
  • 1:42 - 1:44
    Plateia: Água.
    JBB: Água.
  • 1:44 - 1:45
    CO2?
  • 1:45 - 1:48
    Plateia: Dióxido de carbono.
    JBB: Dióxido de Carbono.
  • 1:48 - 1:51
    Então, aqui temos
    mais três elementos químicos:
  • 1:51 - 1:54
    hidrogênio, oxigênio e carbono.
  • 1:55 - 1:57
    E já que estamos lidando
    com questões de prova,
  • 1:57 - 1:59
    aqui está outra sobre a água:
  • 2:00 - 2:02
    A água é composta de dois gins.
  • 2:02 - 2:05
    ["Oxiginio" e "hidroginio".]
  • 2:05 - 2:07
    ["Oxiginio" é puro gim.
    "Hidroginio" é água e gim.]
  • 2:07 - 2:09
    (Risos)
  • 2:15 - 2:19
    Essas respostas vêm
    dos Estados Unidos da América, mas...
  • 2:19 - 2:22
    (Risos) (Aplausos)
  • 2:26 - 2:31
    É uma fonte maravilhosa de todo tipo
    de coisas incríveis que viram realidade.
  • 2:33 - 2:36
    Talvez alguns de vocês se lembrem
    de ver um diagrama como este
  • 2:36 - 2:39
    nos laboratórios de química da escola.
  • 2:39 - 2:42
    Vocês pode vê-lo também em outros lugares,
  • 2:42 - 2:47
    até os dias de hoje, em toalhas de chá,
    canecas, mochilas, canetas.
  • 2:48 - 2:53
    É uma tabulação dos mais de 100
    elementos químicos que conhecemos.
  • 2:55 - 2:58
    Em Oxford, de onde eu venho,
  • 2:58 - 3:01
    temos isso em táxis e ônibus também -
  • 3:01 - 3:03
    mas é Oxford.
  • 3:03 - 3:05
    (Risos)
  • 3:06 - 3:11
    Agora, em nossos corpos, há claramente
    ferro na corrente sanguínea,
  • 3:11 - 3:16
    também há hidrogênio e oxigênio,
    porque somos dois terços de água.
  • 3:16 - 3:20
    Há carbono em nossos tecidos,
    cálcio em nossos ossos.
  • 3:23 - 3:26
    Vou focar no ferro porque
    essa é uma palestra curta.
  • 3:28 - 3:32
    De onde o ferro e, de fato,
    de onde as outras coisas vêm?
  • 3:32 - 3:35
    Como isso entrou em nossos corpos?
  • 3:35 - 3:37
    Não está no ar... não muito.
  • 3:39 - 3:42
    Vem do que comemos: plantas e animais.
  • 3:44 - 3:48
    Como o ferro entrou nas plantas e animais?
  • 3:50 - 3:51
    Bom, veio da terra.
  • 3:52 - 3:54
    Como isso entrou na terra?
  • 3:54 - 3:56
    De onde veio antes disso?
  • 3:58 - 4:00
    O que eu vou falar para vocês
  • 4:00 - 4:04
    é como as estrelas criaram
    os elementos químicos,
  • 4:04 - 4:10
    os ingredientes-chave para a vida:
    oxigênio, carbono, cálcio, ferro,
  • 4:10 - 4:12
    com uma ênfase particular no ferro.
  • 4:14 - 4:18
    Estrelas são formadas em alguns
    dos lugares mais escuros da galáxia,
  • 4:18 - 4:20
    as manchas escuras.
  • 4:20 - 4:24
    Lá há partículas de gás
    e poeira perambulando,
  • 4:24 - 4:26
    por acaso como um pequeno nó,
  • 4:26 - 4:28
    ela ganha gravidade extra,
    atrai um pouco mais,
  • 4:28 - 4:31
    mais gravidade, atrai mais.
  • 4:31 - 4:34
    E depois de alguns milhões de anos,
  • 4:34 - 4:39
    esse pequeno nó cresce para o que será
    uma estrela plenamente desenvolvida.
  • 4:40 - 4:43
    Quando a temperatura no meio deste nódulo
  • 4:43 - 4:46
    alcançar quase 10 milhões de graus,
  • 4:46 - 4:48
    reações nucleares começam,
  • 4:48 - 4:54
    e, em particular, uma reação nuclear
    do hidrogênio sendo convertido em hélio.
  • 4:55 - 4:58
    E há energia de sobra, e isso
    é expelido como luz de estrela.
  • 5:00 - 5:02
    Nosso sol está ocupado fazendo isso:
  • 5:02 - 5:08
    nosso sol queima cerca de 600 milhões
    de toneladas de hidrogênio por segundo.
  • 5:09 - 5:11
    Tem feito isso por 5 bilhões de anos.
  • 5:11 - 5:15
    Fará isso por cerca
    de mais 5 bilhões de anos.
  • 5:16 - 5:22
    E logo depois disso, vai acabar.
    Na verdade essa história não adianta nada.
  • 5:22 - 5:24
    (Risos)
  • 5:24 - 5:27
    Temos que focar em uma minoria
    bem pequena de estrelas,
  • 5:27 - 5:29
    as extremamente massivas,
  • 5:29 - 5:33
    10, 20, 30 vezes o tamanho do nosso sol.
  • 5:34 - 5:37
    Exemplos que você talvez conheça:
  • 5:37 - 5:43
    as Plêiades, que estão no céu de inverno
    próximas à constelação de Órion,
  • 5:43 - 5:44
    e Betelgeuse,
  • 5:44 - 5:49
    que é uma estrela vermelha, acima
    e à esquerda da constelação de Órion.
  • 5:50 - 5:54
    Essas grandes estrelas não apenas
    convertem hidrogênio em hélio,
  • 5:54 - 5:55
    depois o hélio em carbono,
  • 5:55 - 6:00
    mas seguem seu caminho
    através da tabela periódica
  • 6:00 - 6:03
    até acabarem com ferro
    no centro de seu núcleo.
  • 6:03 - 6:08
    e esse é o primeiro lugar
    em que temos ferro no universo,
  • 6:08 - 6:10
    no núcleo de algumas estrelas.
  • 6:12 - 6:16
    Não é muito útil pra nós se estiver
    no núcleo das estrelas.
  • 6:18 - 6:24
    Mas a morte da estrela, a morte dramática
    da estrela vem para resgatá-lo.
  • 6:25 - 6:30
    Um par de fotos aqui:
    uma antes e uma depois.
  • 6:31 - 6:35
    Estamos olhando para um objeto
    do hemisfério sul
  • 6:35 - 6:38
    chamado Grande Nuvem de Magalhães.
  • 6:38 - 6:42
    É uma galáxia pequena, externa
    à nossa, mas bem próxima.
  • 6:43 - 6:46
    Acima, à esquerda, vemos
    uma massa de gás brilhante,
  • 6:47 - 6:49
    bastante gás hidrogênio rosa,
  • 6:50 - 6:52
    milhões de pequenas estrelas,
  • 6:52 - 6:56
    e uma delas, embaixo à direita,
    apontada por uma seta.
  • 6:57 - 7:00
    Para aqueles que não são astrofísicos,
  • 7:00 - 7:03
    a seta foi adicionada depois
    que a foto foi tirada.
  • 7:03 - 7:06
    (Risos)
  • 7:08 - 7:14
    Mas essa estrela imperceptível,
    que tivemos que apontar com uma seta,
  • 7:14 - 7:15
    se torna isto,
  • 7:16 - 7:20
    e você não precisa de seta para ver
    essa coisa abaixo à direita.
  • 7:21 - 7:24
    A estrela explodiu catastroficamente.
  • 7:25 - 7:27
    Essa era uma dessas grandes estrelas
  • 7:27 - 7:30
    como aquelas em Plêiades, ou Betelgeuse.
  • 7:30 - 7:34
    Passou por todo o caminho através
    dos vários elementos químicos.
  • 7:34 - 7:38
    Ela tem essa gama de camadas
    com ferro no meio
  • 7:38 - 7:40
    e outros elementos químicos
    do lado de fora,
  • 7:41 - 7:43
    e explodiu.
  • 7:44 - 7:48
    A física da explosão é muito complicada,
  • 7:48 - 7:50
    então não vou entrar
    em detalhes sobre ela,
  • 7:50 - 7:53
    mas é uma explosão catastrófica.
  • 7:54 - 7:57
    Costumamos assumir que foi
    totalmente catastrófica.
  • 7:57 - 8:01
    Sabemos agora que os pulsares
    que Vlad mencionou em sua introdução
  • 8:01 - 8:05
    são formados no núcleo
    dessas estrelas explodindo.
  • 8:05 - 8:10
    Mas 95% da estrela é jogada para o espaço,
  • 8:11 - 8:15
    o que significa que estão sendo
    espalhados através do espaço
  • 8:15 - 8:20
    os elementos químicos úteis
    que estavam dentro da estrela:
  • 8:20 - 8:24
    oxigênio, cálcio, carbono, ferro,
  • 8:25 - 8:30
    espalhados, tornando-se disponíveis
    pela explosão catastrófica e terminal
  • 8:30 - 8:32
    dessa estrela em particular.
  • 8:35 - 8:41
    Agora, chegar de lá
    até nós é uma longa história,
  • 8:42 - 8:45
    e vou fazer isso com um pouco de mímica.
  • 8:46 - 8:48
    Você provavelmente compreende
  • 8:48 - 8:52
    que professores de física têm
    uma reputação ligeiramente duvidosa.
  • 8:52 - 8:53
    (Risos)
  • 8:53 - 8:56
    As professoras são totalmente loucas!
  • 8:57 - 8:59
    E estou prestes a provar isso!
  • 8:59 - 9:01
    (Aplausos)
  • 9:05 - 9:08
    Então, este palco é a Via Láctea,
  • 9:08 - 9:09
    nossa galáxia,
  • 9:10 - 9:14
    e esta é uma história
    que envolve toda a Via Láctea.
  • 9:15 - 9:19
    Por aqui na Via Láctea há
    uma dessas nuvens escuras
  • 9:19 - 9:21
    onde às vezes as estrelas se formam,
  • 9:22 - 9:26
    partículas de gás, moléculas
    e poeira perambulando por lá.
  • 9:27 - 9:29
    Por acaso, há um pequeno nó,
  • 9:29 - 9:34
    ele tem gravidade extra, ele atrai
    um pouco mais de poeira e gás,
  • 9:34 - 9:36
    aumenta a massa, aumenta a gravidade,
  • 9:36 - 9:38
    atrai mais um pouco.
  • 9:40 - 9:44
    Para economizar tempo, galera, esta será
    uma daquelas estrelas muito massivas,
  • 9:44 - 9:47
    ou ficaríamos aqui por muito tempo.
  • 9:48 - 9:51
    Então, ela gradualmente cresce,
    gradualmente cresce.
  • 9:52 - 9:55
    E no momento em que ela cresceu tanto
  • 9:55 - 9:59
    que a temperatura em seu núcleo
    alcançou cerca de 10 milhões de graus,
  • 9:59 - 10:03
    ela começa sua sequência
    de reações nucleares,
  • 10:03 - 10:07
    e ela queima, convertendo
    hidrogênio em hélio.
  • 10:07 - 10:09
    Brrrr!
  • 10:10 - 10:13
    Ela começa a ficar
    sem hidrogênio em seu núcleo.
  • 10:14 - 10:16
    Então começa a converter hélio em carbono.
  • 10:16 - 10:17
    Brrrr!
  • 10:19 - 10:20
    Isso não dura muito tempo.
  • 10:20 - 10:22
    Então ela fica sem hélio em seu núcleo,
  • 10:22 - 10:26
    então converte o carbono
    em oxigênio, oxigênio em...
  • 10:26 - 10:28
    Brrr! Brrr! Brrr! Brrr!
  • 10:28 - 10:30
    Bum!
  • 10:30 - 10:32
    (Risos)
  • 10:33 - 10:38
    E milhões e milhões de toneladas
    de materiais, de gás,
  • 10:38 - 10:41
    se espalham a partir do local da explosão
  • 10:42 - 10:44
    em uma parte da nossa Via Láctea.
  • 10:47 - 10:49
    Isso se infiltra, devagar,
  • 10:49 - 10:53
    mas temos eras, não há pressa.
  • 10:53 - 10:54
    (Risos)
  • 10:54 - 10:56
    Isso pode viajar,
  • 10:56 - 10:59
    e viaja mesmo, gradualmente,
    em todas as direções,
  • 10:59 - 11:01
    mas estamos interessados nesta parte.
  • 11:02 - 11:04
    E um pouco vem pra cá
  • 11:05 - 11:08
    onde existe outra dessas nuvens escuras
  • 11:08 - 11:10
    com partículas de gás e poeira
    perambulando por lá.
  • 11:11 - 11:15
    E alguns dos materiais
    da distante explosão
  • 11:15 - 11:17
    encontram seu caminho por aqui,
  • 11:17 - 11:22
    e esse material é rico em carbono e cálcio
  • 11:22 - 11:24
    e ferro e oxigênio, e assim por diante.
  • 11:24 - 11:26
    Então eles se juntam a essa nuvem,
  • 11:26 - 11:30
    e por acaso um pequeno nó
    se forma, ganha mais gravidade,
  • 11:30 - 11:34
    atrai mais algumas partículas,
    a massa aumenta, a gravidade aumenta,
  • 11:34 - 11:36
    atrai mais algumas partículas,
  • 11:36 - 11:38
    a massa aumenta, a gravidade aumenta,
  • 11:38 - 11:41
    e depois de 1 milhão de anos,
    10 milhões de anos,
  • 11:41 - 11:43
    ela cresce, cresce e cresce.
  • 11:44 - 11:47
    E mais uma vez, eu tenho
    que implorar por sua clemência,
  • 11:47 - 11:50
    essa também será
    uma destas estrelas grandes,
  • 11:51 - 11:53
    de outra forma ficaríamos
    aqui a noite toda.
  • 11:54 - 11:56
    Então essa estrela grande cresce,
  • 11:56 - 12:01
    as reações nucleares começam, ela queima,
    convertendo hidrogênio em hélio.
  • 12:01 - 12:02
    Brrr!
  • 12:03 - 12:05
    Fica sem hidrogênio, queima o hélio. Brrr!
  • 12:05 - 12:07
    Fica sem hélio, queima carbono.
  • 12:07 - 12:09
    Brrr! Brrr! Brrr! Bum!
  • 12:09 - 12:10
    (Risos)
  • 12:10 - 12:13
    Agora, você sabe
    a continuação da história.
  • 12:13 - 12:17
    Milhões e milhões e milhões de toneladas
    de material são espalhadas pelo espaço,
  • 12:18 - 12:21
    e um pouco disso vem pra cá,
  • 12:22 - 12:26
    para outra parte escura
    da galáxia, da Via Láctea,
  • 12:27 - 12:30
    onde há uma estrela começando a se formar.
  • 12:30 - 12:33
    O material que vem de lá
  • 12:33 - 12:38
    é duplamente enriquecido de carbono
    em cálcio e ferro, e assim por diante,
  • 12:38 - 12:41
    por causa dos materiais
    que aquela estrela gerou,
  • 12:41 - 12:43
    mais os materiais
    que ela pegou da outra estrela.
  • 12:44 - 12:49
    Então, o que está chegando aqui
    é uma dose dupla de carbono,
  • 12:49 - 12:51
    cálcio, ferro, e assim por diante.
  • 12:52 - 12:57
    E nesta nuvem, uma estrela
    chamada Sol está se formando,
  • 12:58 - 13:01
    e é feita de materiais que por acaso
    estavam nesta parte da galáxia,
  • 13:01 - 13:04
    mais os materiais
    que vieram daquela estrela,
  • 13:04 - 13:06
    mais os materiais
    que vêm diretamente dali,
  • 13:06 - 13:09
    e talvez de outras estrelas
    que também explodiram.
  • 13:10 - 13:13
    Nosso sol é uma estrela
    de terceira geração.
  • 13:14 - 13:17
    Nosso sol é um estrela tardia,
  • 13:17 - 13:19
    e ela tinha que ser
  • 13:20 - 13:22
    ou então não estaríamos aqui.
  • 13:22 - 13:28
    Nós só podemos existir
    perto de uma estrela jovem
  • 13:28 - 13:32
    que foi enriquecida
    por ciclos solares prévios.
  • 13:33 - 13:35
    Então, o sol se formou,
  • 13:35 - 13:37
    alguns materiais são sobras.
  • 13:39 - 13:41
    Você talvez tenha visto
    fotos do planeta Saturno
  • 13:41 - 13:43
    com seus anéis ao redor.
  • 13:43 - 13:45
    Isso é uma versão gigante daquilo.
  • 13:46 - 13:48
    Então você tem um sol
  • 13:48 - 13:51
    e alguns detritos em um anel
    gigante ao redor dele.
  • 13:52 - 13:54
    Vamos focar nos detritos -
  • 13:55 - 13:56
    pequenos pedaços por aí.
  • 13:56 - 13:59
    Pequenos pedaços ocasionalmente
    colidem com outros,
  • 13:59 - 14:02
    e eles vão por aí e colidem
    com outros pedaços
  • 14:02 - 14:04
    e vão por aí.
  • 14:04 - 14:08
    E enfim, você termina com planetas
  • 14:08 - 14:11
    e o anel, o resto do anel desapareceu.
  • 14:12 - 14:15
    Os planetas são feitos
    dos mesmos materiais que o sol,
  • 14:15 - 14:17
    que, lembre-se, é feito
    dos materiais que estavam aqui,
  • 14:17 - 14:19
    mais materiais dali, mais materiais dali.
  • 14:22 - 14:24
    Ele fez oito planetas,
  • 14:24 - 14:26
    não Plutão.
  • 14:26 - 14:28
    (Risos)
  • 14:29 - 14:31
    Plutão foi agarrado depois.
  • 14:32 - 14:35
    Você pode pensar em Plutão
    como um filho adotado, se quiser.
  • 14:36 - 14:37
    O resto são filhos biológicos.
  • 14:39 - 14:43
    Então, esses planetas são, basicamente,
    feitos da mesma coisa que o Sol,
  • 14:44 - 14:47
    que foi feito das coisas que estavam aqui,
  • 14:47 - 14:53
    mais detritos de estrelas que explodiram
    e estão por toda nossa galáxia.
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    Não podemos dizer: "Aquela e aquela".
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    Foi aquela e aquela e aquela e aquela
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    e aquela e aquela e aquela e aquela;
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    duplamente enriquecida com todos
    os elementos químicos úteis.
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    E os planetas, do mesmo modo,
    são feitos da mesma coisa.
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    Houve algumas mudanças
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    nos planetas mais perto do sol,
    eles ficaram quentes,
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    e o material que mais facilmente
    evapora se evaporou.
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    Mais longe, você pode ver melhor
    ainda a composição original.
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    Mas de modo geral foi isso que aconteceu.
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    Então nós, que comemos plantas e animais
    que absorvem elementos da terra,
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    somos feitos das mesmas
    coisas que a Terra,
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    e a Terra é feita
    das mesmas coisas que o Sol,
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    que é feito do resto da galáxia.
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    Então, o ferro foi criado
    nessas estrelas super massivas,
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    as que passaram
    por muitas reações nucleares.
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    E este ferro ficou disponível
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    pelas catastróficas mortes
    dessas grandes estrelas.
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    Então já havia vida e morte.
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    Se não fosse por essas estrelas,
    particularmente as que morreram,
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    não estaríamos aqui.
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    E nós somos intimamente e finalmente
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    filhos das estrelas,
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    a tal ponto que, na verdade,
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    nós somos estrelas.
  • 16:23 - 16:24
    Obrigada.
  • 16:24 - 16:27
    (Aplausos)
Title:
Somos feitos de material estelar | Jocelyn Bell Burnell | TEDxVienna
Description:

Jocelyn Bell Burnell é Professora Visitante em Oxford (Reino Unido). Inadvertidamente, ela descobriu pulsares ainda como uma estudante de pós-graduação em Radioastronomia em Cambridge, abrindo um novo ramo da astrofísica - trabalho reconhecido por receber um Prêmio Nobel para seu supervisor. Subsequentemente, ela trabalhou em muitos papéis e ramos da astronomia, trabalhando meio período enquanto criava uma família.
Aumentar o número de mulheres na ciência é importante para ela. Em seu tempo livre ela cuida do jardim, ouve música coral, coleciona poesias com temas astronômicos, e é ativa no Quakers (Sociedade Religiosa de Amigos).

Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais, visite http://ted.com/tedx

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
16:43

Portuguese, Brazilian subtitles

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