Como a Inteligência Artificial vai fazer desaparecer a tecnologia | Rand Hindi | TEDxÉcolePolytechnique
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0:08 - 0:12Antes de começar, gostava que soubessem
que eu tenho um doutoramento -
0:12 - 0:14por isso, tudo o que digo
tem de ser verdade. -
0:14 - 0:16(Risos)
-
0:18 - 0:23Há cerca de um mês, fui de férias
à Costa Rica com a minha namorada. -
0:24 - 0:28É um local maravilhoso,
praticamente só selvas e praias. -
0:28 - 0:31É só selvas e praias
e passamos o dia inteiro -
0:31 - 0:33sem ligação à Internet.
-
0:33 - 0:35Não há Wi-Fi, não há telemóveis
da 3.ª geração. -
0:36 - 0:40Não sei quando foi a última vez
que sentiram essa paz numa grande cidade. -
0:40 - 0:43Não podemos esquecer
como é a Natureza, -
0:44 - 0:47O problema é que, logo
que voltávamos para o hotel, -
0:47 - 0:50voltávamos a ter ligação,
havia Wi-Fi. -
0:50 - 0:53E, logo que tínhamos ligação,
começávamos a ser interrompidos. -
0:53 - 0:55Repentinamente,
-
0:55 - 0:59começávamos a ser interrompidos
pelas notificações dos telemóveis. -
1:00 - 1:02Interrompiam-nos quando
estávamos a jantar, -
1:02 - 1:05interrompiam-nos quando
estávamos no duche, -
1:05 - 1:09e nós tínhamos de os desligar
com os dedos molhados. -
1:09 - 1:12Mas também nos interrompiam
quando estávamos a fazer amor. -
1:12 - 1:14Isso, para mim, era um grande problema...
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1:14 - 1:16(Risos)
-
1:16 - 1:19não só porque era interrompido,
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1:19 - 1:22mas porque eu continuava
a ir ver o telefone, -
1:22 - 1:25na esperança de, talvez,
haver qualquer notificação. -
1:25 - 1:27Eu não fazia isso conscientemente.
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1:27 - 1:32Era exatamente como o cão de Pavlov,
mas a campainha era o toque do telemóvel -
1:32 - 1:35e o açúcar era uma notificação por dia
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1:35 - 1:37que podia receber e que me faria feliz.
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1:37 - 1:39Talvez fosse uma mensagem
de alguém de quem gostasse, -
1:40 - 1:42talvez fosse Justin Bieber
a seguir-me no Twitter. -
1:43 - 1:47Acontece que ficamos
tão viciados na tecnologia -
1:47 - 1:49que 9 em 10 pessoas, hoje,
-
1:49 - 1:53experimentam uma coisa chamada
"vibrações fantasmas". -
1:53 - 1:55É quando temos o telemóvel
no bolso, -
1:55 - 1:59e pensamos que está a vibrar,
agarramos nele e não é nada. -
2:00 - 2:03Se estão a rir é porque
já deve ter acontecido convosco. -
2:03 - 2:05Nove em dez pessoas, pensem nisso.
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2:05 - 2:09Ficamos tão condicionados
pela tecnologia, sem nos apercebermos. -
2:09 - 2:13que agora temos alucinações
90% do tempo. -
2:15 - 2:17Como é que chegámos aqui?
-
2:17 - 2:20Este objeto aqui é uma coisa ótima,
sem alta tecnologia. -
2:21 - 2:25Se olharmos para a história
dos aparelhos ligados à Internet, -
2:25 - 2:30— aqui temos o tempo
e aqui temos... não interessa. -
2:30 - 2:34Em 1990, não havia aparelhos
ligados à Internet. -
2:34 - 2:38Era aquilo a que chamamos
"a era sem Internet", -
2:39 - 2:43Em 1995, temos uma coisa
chamada "a Internet". -
2:44 - 2:45Era uma coisa espantosa,
-
2:45 - 2:48porque, de repente, todos
os computadores estavam ligados. -
2:48 - 2:50Tínhamos um aparelho ligado à Internet.
-
2:50 - 2:54Mas, com este primeiro aparelho
ligado, veio uma coisa chamada "e-mail". -
2:55 - 2:58Com o "e-mail" também apareceu
a primeira notificação -
2:58 - 3:00que era o "Recebeste um 'e-mail'."
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3:01 - 3:04Por vezes, era um amigo,
por vezes, era uma imagem de um cão, -
3:04 - 3:05por vezes, era lixo.
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3:05 - 3:08Na maior parte das vezes, claro.
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3:08 - 3:10Esta é a "era da Internet".
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3:10 - 3:15Dez anos depois, em 2005,
chegou a "era dos dispositivos móveis". -
3:15 - 3:17É dessa era que estamos a sair,
neste momento. -
3:17 - 3:21Desta vez já não é só um,
são três dispositivos que estão ligados. -
3:21 - 3:24É o telemóvel, é o computador
e é um "tablet". -
3:25 - 3:27Mas com estes três dispositivos ligados,
-
3:27 - 3:30seria de pensar que teríamos mais valor.
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3:30 - 3:33Mas acontece que estes dispositivos
não são suficientemente inteligentes -
3:33 - 3:35para perceber qual deles
estamos a usar, -
3:35 - 3:39por isso a estratégia, por defeito,
tem sido enfiar tudo em todos eles. -
3:39 - 3:43Se temos telemóvel e computador,
e alguém nos liga, tocam os dois. -
3:43 - 3:44Se respondemos, continua a tocar,
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3:44 - 3:46porque o computador
não reconhece o outro. -
3:46 - 3:48Este é um grande problema,
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3:48 - 3:52porque estamos a entrar numa coisa
chamada a era da "Internet das Coisas". -
3:53 - 3:56A Internet das Coisas é
quando o frigorífico está ligado, -
3:56 - 3:58o relógio está ligado,
o carro está ligado. -
3:58 - 4:00Desta vez, não vão ser três,
-
4:00 - 4:04vão ser entre 10 a 15
aparelhos por pessoa. -
4:04 - 4:11Vão ser mais de 100 mil milhões
de dispositivos interligados em 2025. -
4:11 - 4:14Cem mil milhões!
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4:14 - 4:16Tentem imaginar
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4:16 - 4:20o que serão 15 dispositivos na vossa posse
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4:21 - 4:23quando todos eles exigirem
a nossa atenção. -
4:23 - 4:25Quando nos interromperem
durante todo o dia. -
4:25 - 4:28Quando a única forma que temos
para parar a interrupção -
4:28 - 4:31é interagir manualmente
com cada um deles. -
4:32 - 4:34É uma coisa horrível, é mesmo horrível.
-
4:34 - 4:36É como uma anti-Costa Rica.
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4:36 - 4:40Quando olhamos para isto
— quando ligamos as informações — -
4:40 - 4:43vemos que esta curva é exponencial,
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4:44 - 4:45(Risos)
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4:45 - 4:49o que significa que, se a prolongarmos,
talvez em 2035, -
4:50 - 4:53podemos ter talvez 1000 dispositivos.
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4:53 - 4:55Mil aparelhos!
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4:55 - 4:57Vamos receber tantas notificações
-
4:57 - 4:59que, provavelmente,
nem sequer as vamos ouvir. -
4:59 - 5:01Vai ser só ruído de fundo.
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5:01 - 5:04Obviamente, não queremos
esse futuro. -
5:04 - 5:06Isto é um problema real
-
5:06 - 5:09e digo isto porque as pessoas
ainda não se aperceberam. -
5:09 - 5:11Pensam que é assim
que funciona a tecnologia. -
5:11 - 5:13Mas não é assim que ela funciona.
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5:13 - 5:16Há outra coisa
que já apareceu neste momento. -
5:16 - 5:19Trata-se da "Inteligência Artificial".
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5:19 - 5:22Não estou a falar do tipo de robôs
que nos vão matar a todos, -
5:22 - 5:28estou a falar de um tipo específico de IA,
chamada "Consciência do Contexto". -
5:28 - 5:33A Consciência do Contexto é a ideia
de que podemos dar aos nossos aparelhos -
5:33 - 5:37a capacidade de sentir e reagir
à situação em que nos encontramos. -
5:37 - 5:42Neste cenário específico,
a Consciência do Contexto é a anti-ficção, -
5:42 - 5:47porque é o que permite que o telemóvel
não vibre quando estamos numa reunião. -
5:47 - 5:51É o que permite que não tenhamos
de clicar num interruptor -
5:51 - 5:53quando entramos em casa.
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5:53 - 5:57O único problema é que a IA
leva mais tempo a evoluir, -
5:57 - 5:59começou a arrancar há pouco tempo
-
5:59 - 6:02mas, depois de arrancar,
vai ser muitíssimo mais rápida. -
6:03 - 6:05Para já, e durante os próximos anos,
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6:05 - 6:08vamos ter cada vez mais fricção,
-
6:08 - 6:09vai ser horrível.
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6:09 - 6:11Seja o que for que se passe neste momento,
-
6:11 - 6:13vai ser muito pior
nos próximos anos. -
6:13 - 6:15Mas, a certa altura,
-
6:15 - 6:17a IA vai ficar tão afinada
-
6:17 - 6:21que a mais valia que nos trará compensará
o conflito entre todos os aparelhos. -
6:21 - 6:24Então, vai acontecer uma coisa
realmente fantástica. -
6:24 - 6:26Com a experiência da tecnologia
-
6:26 - 6:29que evoluirá nos próximos anos,
-
6:29 - 6:31todas as fricções vão inverter-se
num instante. -
6:31 - 6:35Como a IA evolui muito rapidamente,
vão passar a zero, muito rapidamente, -
6:37 - 6:39Chegará uma altura, no futuro,
-
6:39 - 6:43em que a tecnologia
deixará de ter fricções, graças à IA. -
6:43 - 6:47É aquilo a que chamamos
a era da "informática omnisciente". -
6:48 - 6:52A informática omnipresente significa
podermos acrescentar um novo aparelho -
6:52 - 6:56que não provoca fricção
e acrescenta mais valia. -
6:56 - 6:59É esta a revolução digital.
-
6:59 - 7:04Trata-se de usar a IA
para fazer desaparecer a tecnologia, -
7:04 - 7:09de forma que podemos passar o dia
sem nos preocuparmos com ela. -
7:10 - 7:14Esta ideia será uma ideia maluca?
Eu acho que é fantástica. -
7:15 - 7:17Se recuarmos umas centenas de anos,
-
7:17 - 7:20houve uma outra tecnologia
muito intrusiva. -
7:20 - 7:23Era mesmo má na época,
chamava-se "eletricidade". -
7:24 - 7:27A eletricidade, no início,
era muito difícil de produzir, -
7:28 - 7:32era muito cara, era pouco fiável,
estava sempre a ir abaixo. -
7:32 - 7:36Era perigosa, ficava-se eletrocutado,
as casas incendiavam-se, -
7:36 - 7:40Era a realidade da eletricidade
naquela época. -
7:40 - 7:43As pessoas achavam que os candeeiros
a petróleo eram mais seguros. -
7:43 - 7:47Quem é que havia de querer
pôr fios elétricos nas paredes -
7:47 - 7:49e esperar que tudo ficasse em chamas?
-
7:49 - 7:52À medida que a tecnologia amadurecia,
tornou-se mais barata, -
7:52 - 7:56tornou-se mais fiável,
tornou-se mais acessível. -
7:56 - 7:58Hoje, está por toda a parte,
-
7:58 - 8:00temos eletricidade nas paredes,
nos telemóveis, -
8:00 - 8:03temo-la no coração,
se tivermos um "pacemaker". -
8:03 - 8:05Já ninguém pensa na eletricidade,
-
8:05 - 8:08ela tornou-se omnipresente,
está à nossa volta. -
8:08 - 8:12Integrámo-la de tal modo na nossa vida
que já nos esquecemos dela. -
8:12 - 8:15Desapareceu da nossa consciência.
-
8:15 - 8:19É exatamente a mesma coisa
que acontece com a informática, -
8:19 - 8:21A informática vai desaparecer.
-
8:21 - 8:23Porque é que estou
tão entusiasmado com isto? -
8:23 - 8:25Estou entusiasmado
-
8:25 - 8:28porque não é uma questão de tomar chá
-
8:28 - 8:30já preparado de manhã,
-
8:30 - 8:33porque a cama está ligada
à máquina do café. -
8:33 - 8:36Não se trata de o carro ser autónomo
-
8:36 - 8:38e saber para onde vamos,
-
8:39 - 8:40Não é nada disso.
-
8:41 - 8:45Trata-se de ter a liberdade
de gozar o mundo -
8:45 - 8:50duma forma que parece estar desligado
mas tem todo o valor da tecnologia. -
8:54 - 8:56Para vos provar que isto não é
ficção científica, -
8:56 - 8:59vou explicar como estamos a criá-la.
-
8:59 - 9:01Na Consciência do Contexto
-
9:01 - 9:02a primeira coisa importante
-
9:02 - 9:05é ter consciência das pessoas
com quem interagimos. -
9:05 - 9:09Este é um exemplo do aspeto
das minhas ligações no meu "e-mail". -
9:10 - 9:13Quanto maior for a bolha,
mais "e-mails" estamos a trocar. -
9:13 - 9:17Aquela grande bolha no meio,
é um de um dos meus sócios. -
9:17 - 9:19Tem-me enviado demasiados "e-mails"
-
9:19 - 9:22depois de termos feito isto
algumas vezes. -
9:22 - 9:24O que é interessante
é que, se começarmos a analisar -
9:24 - 9:27essas relações sociais
através dos "e-mails", -
9:27 - 9:30podemos começar a ver que tipo
de relações temos com que pessoas, -
9:31 - 9:32a nível profissional ou pessoal.
-
9:32 - 9:34Mas também podemos começar a prever
-
9:34 - 9:36quando é provável
entrarmos em contacto com elas. -
9:36 - 9:39Se pudermos prever com quem vamos
falar, dentro em breve, -
9:39 - 9:42talvez possamos automatizar
muitas dessas mensagens, -
9:42 - 9:44como no On My Way.
-
9:45 - 9:48São pequenas coisas,
mas podem ser automatizadas. -
9:48 - 9:51Também podemos observar coisas
como o calendário. -
9:51 - 9:54Um calendário é um ótimo meio de saber
o que planeamos fazer nesse dia. -
9:55 - 9:57Mas ninguém regista
acontecimentos, num calendário, -
9:57 - 9:58de forma muito explícita,
-
9:58 - 10:01porque o contexto do acontecimento
está na nossa cabeça. -
10:01 - 10:05Mas, quando o nosso computador conhece
como interagimos em que contexto, -
10:05 - 10:10pode deduzir que aquela reunião
específica que diz "Reunião com Michael", -
10:10 - 10:13se refere ao mesmo Michael
-
10:13 - 10:15com quem trocámos "emails"
e em que contexto -
10:15 - 10:19e, portanto, pode preparar essa reunião
com aquela pessoa. -
10:19 - 10:22Mas o nosso calendário
não é toda a nossa vida. -
10:22 - 10:27Estes são, provavelmente,
os melhores dados que podemos obter, -
10:27 - 10:29são os dados de localização.
-
10:29 - 10:31É o que o nosso telemóvel regista
-
10:31 - 10:33quando nos movimentamos
pela cidade, durante o dia. -
10:34 - 10:37Os dados de localização têm muito ruído.
por isso, é preciso analisá-los, -
10:37 - 10:42para podermos distinguir entre deslocações
quando estamos num espaço, num local. -
10:42 - 10:44Saber que estamos num restaurante,
ou num ginásio, -
10:44 - 10:47é uma característica contextual
muito importante -
10:47 - 10:49para perceber o que é que estamos a fazer.
-
10:49 - 10:52Também é preciso saber
como nos deslocamos entre locais, -
10:52 - 10:55saber que gostamos de ir
de bicicleta para casa é importante -
10:55 - 10:57porque é assim que garantimos
que há uma bicicleta -
10:57 - 11:00quando precisamos dela
para ir para casa. -
11:00 - 11:03Se fizermos isso durante
o tempo suficiente, -
11:03 - 11:06podemos começar a perceber
os hábitos duma pessoa. -
11:06 - 11:07Podemos começar a perceber
-
11:07 - 11:11que ela gosta de ir ao ginásio
às 5 da tarde, depois do trabalho. -
11:11 - 11:13E que gosta de ir a pé.
-
11:13 - 11:17E que, quando lá chega, gosta de usar
um determinado aparelho. -
11:17 - 11:20Portanto, podemos pensar num local
-
11:20 - 11:23em que o ginásio seja inteligente
para programar o aparelho -
11:23 - 11:26de acordo com todas as pessoas
que lá chegam, -
11:26 - 11:28sem terem de o pedir.
-
11:28 - 11:32É disto que falamos, quando falamos
de informática omnipresente. -
11:33 - 11:37Agora, olhemos para o ambiente,
para estes registos de localização. -
11:37 - 11:40Observámos 100 000 pessoas.
-
11:40 - 11:42Foi isto que fizemos em Paris.
-
11:42 - 11:44Analisámos os dados de localização
de 100 000 pessoas -
11:44 - 11:48para ver como elas se deslocam
na rede de transportes públicos. -
11:48 - 11:52Isto é lindo, podemos ver
o bater do coração da cidade. -
11:52 - 11:56Todas estas pessoas que voltam para casa,
que vão para o trabalho. -
11:56 - 11:59Estes dados são mais rigorosos
do que qualquer medição já feita. -
12:00 - 12:01Agora que temos isto,
-
12:01 - 12:04e que podemos ajudar as pessoas
a encontrar um lugar no comboio para casa, -
12:04 - 12:06para irem confortavelmente,
-
12:06 - 12:09podemos ajudar
os operadores dos comboios -
12:09 - 12:12a imaginar a capacidade dos comboios
de uma forma otimizada. -
12:12 - 12:15Podemos fazer o mesmo
para acidentes de viação. -
12:15 - 12:19Podemos prever a probabilidade
de termos um acidente de viação -
12:19 - 12:22com base em quando e onde
estamos a conduzir. -
12:22 - 12:26Isto é importante, porque, se tivermos
os filhos no banco de trás do carro, -
12:26 - 12:30ou se for o nosso carro autónomo
a levar os nossos filhos para a escola, -
12:30 - 12:32queremos que viajem em segurança.
-
12:32 - 12:36Por isso, precisamos deste contexto
quanto aos riscos que os rodeiam. -
12:37 - 12:40Até podemos fazer isto para prever
filas numa estação dos correios. -
12:41 - 12:44Porque é que havemos de estar
meia hora numa fila nos correios -
12:44 - 12:47se podemos esperar mais 10 minutos
e não encontrar fila nenhuma? -
12:47 - 12:51Porque é que os correios nos dizem
para ir entre as 8 e as 12, -
12:51 - 12:54em vez de prever quando é
a altura certa para lá irmos? -
12:55 - 12:59Como veem, a Consciência do Contexto
não imagina apenas o que estamos a fazer -
12:59 - 13:01trata de reunir todas
estas diferentes camadas, -
13:01 - 13:04trata de nos colocar,
a nós e ao nosso ambiente, -
13:04 - 13:07e às pessoas com quem interagimos
no mesmo sistema. -
13:07 - 13:11O que acabamos por obter,
é um calendário muito contextualizado -
13:11 - 13:14do que vamos fazer durante o dia
-
13:14 - 13:17com uma previsão de quais são
as nossas intenções. -
13:17 - 13:19Uma vez que possamos prever
as nossas intenções, -
13:19 - 13:22podemos dar essa inteligência
a todos os vossos aparelhos -
13:22 - 13:24para eles começarem
a trabalhar em conjunto -
13:24 - 13:28e decidirem qual é a melhor forma
de interagirem connosco. -
13:28 - 13:31Por vezes, ainda vos pedem
uma confirmação, -
13:31 - 13:34porque não vão dar um tiro no escuro.
-
13:34 - 13:38Mas, pelo menos não vão ser 1000
a fazer isso ao mesmo tempo. -
13:41 - 13:44Vou revelar-vos um pequeno segredo.
-
13:44 - 13:47Tudo aquilo que vos mostrei já está feito.
-
13:48 - 13:51Temos vindo a trabalhar,
em segredo, há mais de um ano -
13:51 - 13:55reinventando totalmente a forma
como usamos os nossos aparelhos. -
13:55 - 13:58Começámos com o telemóvel inteligente.
-
13:58 - 14:02Criámos essencialmente
uma interface, totalmente nova, -
14:02 - 14:04que permite que a IA preveja
-
14:04 - 14:07tudo o que vocês vão fazer
com o vosso telemóvel, -
14:07 - 14:09de modo que quase não precisem de o usar.
-
14:09 - 14:13Podem inscrever-vos nesta ligação,
e eu tentarei dar-vos essa interface. -
14:13 - 14:17Mas o importante aqui
é que não podemos fazer isto sozinhos, -
14:17 - 14:22porque não podemos decidir como
será uma interface que se destina a todos. -
14:22 - 14:25Precisamos da vossa ajuda
porque, sem ela, -
14:25 - 14:27não conseguiremos perceber
-
14:27 - 14:31se esta IA funcionará
em todos esses aparelhos. -
14:32 - 14:37Sem essa IA, o futuro será
tecnologicamente uma escravidão. -
14:38 - 14:39E não queremos isso.
-
14:39 - 14:42Queremos um futuro em que
a tecnologia tenha desaparecido -
14:42 - 14:47e em que acabaremos por ter
a liberdade de passar a vida -
14:47 - 14:50a gozar o tempo com as pessoas
de quem gostamos. -
14:51 - 14:52Obrigado.
-
14:52 - 14:54(Aplausos)
- Title:
- Como a Inteligência Artificial vai fazer desaparecer a tecnologia | Rand Hindi | TEDxÉcolePolytechnique
- Description:
-
Quando foi a última vez que jantaram com alguém, sem visitarem o Facebook ou o Instagram no telemóvel? Quando os "smartphones" e os objetos ligados à Internet invadem a nossa vida quotidiana, torna-se cada vez mais difícil interligarmo-nos com as pessoas, atualmente. Rand Hindi espanta-nos, ao propor uma solução que pode alterar a nossa vida, para este problema.
Esta palestra foi feita num evento TEDx usando o formato de palestras TED, mas organizado independentemente por uma comunidade local. Saiba mais em http://ted.com/tedx
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- English
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- closed TED
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- TEDxTalks
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