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Como a Inteligência Artificial vai fazer desaparecer a tecnologia | Rand Hindi | TEDxÉcolePolytechnique

  • 0:08 - 0:12
    Antes de começar, gostava que soubessem
    que eu tenho um doutoramento
  • 0:12 - 0:14
    por isso, tudo o que digo
    tem de ser verdade.
  • 0:14 - 0:16
    (Risos)
  • 0:18 - 0:23
    Há cerca de um mês, fui de férias
    à Costa Rica com a minha namorada.
  • 0:24 - 0:28
    É um local maravilhoso,
    praticamente só selvas e praias.
  • 0:28 - 0:31
    É só selvas e praias
    e passamos o dia inteiro
  • 0:31 - 0:33
    sem ligação à Internet.
  • 0:33 - 0:35
    Não há Wi-Fi, não há telemóveis
    da 3.ª geração.
  • 0:36 - 0:40
    Não sei quando foi a última vez
    que sentiram essa paz numa grande cidade.
  • 0:40 - 0:43
    Não podemos esquecer
    como é a Natureza,
  • 0:44 - 0:47
    O problema é que, logo
    que voltávamos para o hotel,
  • 0:47 - 0:50
    voltávamos a ter ligação,
    havia Wi-Fi.
  • 0:50 - 0:53
    E, logo que tínhamos ligação,
    começávamos a ser interrompidos.
  • 0:53 - 0:55
    Repentinamente,
  • 0:55 - 0:59
    começávamos a ser interrompidos
    pelas notificações dos telemóveis.
  • 1:00 - 1:02
    Interrompiam-nos quando
    estávamos a jantar,
  • 1:02 - 1:05
    interrompiam-nos quando
    estávamos no duche,
  • 1:05 - 1:09
    e nós tínhamos de os desligar
    com os dedos molhados.
  • 1:09 - 1:12
    Mas também nos interrompiam
    quando estávamos a fazer amor.
  • 1:12 - 1:14
    Isso, para mim, era um grande problema...
  • 1:14 - 1:16
    (Risos)
  • 1:16 - 1:19
    não só porque era interrompido,
  • 1:19 - 1:22
    mas porque eu continuava
    a ir ver o telefone,
  • 1:22 - 1:25
    na esperança de, talvez,
    haver qualquer notificação.
  • 1:25 - 1:27
    Eu não fazia isso conscientemente.
  • 1:27 - 1:32
    Era exatamente como o cão de Pavlov,
    mas a campainha era o toque do telemóvel
  • 1:32 - 1:35
    e o açúcar era uma notificação por dia
  • 1:35 - 1:37
    que podia receber e que me faria feliz.
  • 1:37 - 1:39
    Talvez fosse uma mensagem
    de alguém de quem gostasse,
  • 1:40 - 1:42
    talvez fosse Justin Bieber
    a seguir-me no Twitter.
  • 1:43 - 1:47
    Acontece que ficamos
    tão viciados na tecnologia
  • 1:47 - 1:49
    que 9 em 10 pessoas, hoje,
  • 1:49 - 1:53
    experimentam uma coisa chamada
    "vibrações fantasmas".
  • 1:53 - 1:55
    É quando temos o telemóvel
    no bolso,
  • 1:55 - 1:59
    e pensamos que está a vibrar,
    agarramos nele e não é nada.
  • 2:00 - 2:03
    Se estão a rir é porque
    já deve ter acontecido convosco.
  • 2:03 - 2:05
    Nove em dez pessoas, pensem nisso.
  • 2:05 - 2:09
    Ficamos tão condicionados
    pela tecnologia, sem nos apercebermos.
  • 2:09 - 2:13
    que agora temos alucinações
    90% do tempo.
  • 2:15 - 2:17
    Como é que chegámos aqui?
  • 2:17 - 2:20
    Este objeto aqui é uma coisa ótima,
    sem alta tecnologia.
  • 2:21 - 2:25
    Se olharmos para a história
    dos aparelhos ligados à Internet,
  • 2:25 - 2:30
    — aqui temos o tempo
    e aqui temos... não interessa.
  • 2:30 - 2:34
    Em 1990, não havia aparelhos
    ligados à Internet.
  • 2:34 - 2:38
    Era aquilo a que chamamos
    "a era sem Internet",
  • 2:39 - 2:43
    Em 1995, temos uma coisa
    chamada "a Internet".
  • 2:44 - 2:45
    Era uma coisa espantosa,
  • 2:45 - 2:48
    porque, de repente, todos
    os computadores estavam ligados.
  • 2:48 - 2:50
    Tínhamos um aparelho ligado à Internet.
  • 2:50 - 2:54
    Mas, com este primeiro aparelho
    ligado, veio uma coisa chamada "e-mail".
  • 2:55 - 2:58
    Com o "e-mail" também apareceu
    a primeira notificação
  • 2:58 - 3:00
    que era o "Recebeste um 'e-mail'."
  • 3:01 - 3:04
    Por vezes, era um amigo,
    por vezes, era uma imagem de um cão,
  • 3:04 - 3:05
    por vezes, era lixo.
  • 3:05 - 3:08
    Na maior parte das vezes, claro.
  • 3:08 - 3:10
    Esta é a "era da Internet".
  • 3:10 - 3:15
    Dez anos depois, em 2005,
    chegou a "era dos dispositivos móveis".
  • 3:15 - 3:17
    É dessa era que estamos a sair,
    neste momento.
  • 3:17 - 3:21
    Desta vez já não é só um,
    são três dispositivos que estão ligados.
  • 3:21 - 3:24
    É o telemóvel, é o computador
    e é um "tablet".
  • 3:25 - 3:27
    Mas com estes três dispositivos ligados,
  • 3:27 - 3:30
    seria de pensar que teríamos mais valor.
  • 3:30 - 3:33
    Mas acontece que estes dispositivos
    não são suficientemente inteligentes
  • 3:33 - 3:35
    para perceber qual deles
    estamos a usar,
  • 3:35 - 3:39
    por isso a estratégia, por defeito,
    tem sido enfiar tudo em todos eles.
  • 3:39 - 3:43
    Se temos telemóvel e computador,
    e alguém nos liga, tocam os dois.
  • 3:43 - 3:44
    Se respondemos, continua a tocar,
  • 3:44 - 3:46
    porque o computador
    não reconhece o outro.
  • 3:46 - 3:48
    Este é um grande problema,
  • 3:48 - 3:52
    porque estamos a entrar numa coisa
    chamada a era da "Internet das Coisas".
  • 3:53 - 3:56
    A Internet das Coisas é
    quando o frigorífico está ligado,
  • 3:56 - 3:58
    o relógio está ligado,
    o carro está ligado.
  • 3:58 - 4:00
    Desta vez, não vão ser três,
  • 4:00 - 4:04
    vão ser entre 10 a 15
    aparelhos por pessoa.
  • 4:04 - 4:11
    Vão ser mais de 100 mil milhões
    de dispositivos interligados em 2025.
  • 4:11 - 4:14
    Cem mil milhões!
  • 4:14 - 4:16
    Tentem imaginar
  • 4:16 - 4:20
    o que serão 15 dispositivos na vossa posse
  • 4:21 - 4:23
    quando todos eles exigirem
    a nossa atenção.
  • 4:23 - 4:25
    Quando nos interromperem
    durante todo o dia.
  • 4:25 - 4:28
    Quando a única forma que temos
    para parar a interrupção
  • 4:28 - 4:31
    é interagir manualmente
    com cada um deles.
  • 4:32 - 4:34
    É uma coisa horrível, é mesmo horrível.
  • 4:34 - 4:36
    É como uma anti-Costa Rica.
  • 4:36 - 4:40
    Quando olhamos para isto
    — quando ligamos as informações —
  • 4:40 - 4:43
    vemos que esta curva é exponencial,
  • 4:44 - 4:45
    (Risos)
  • 4:45 - 4:49
    o que significa que, se a prolongarmos,
    talvez em 2035,
  • 4:50 - 4:53
    podemos ter talvez 1000 dispositivos.
  • 4:53 - 4:55
    Mil aparelhos!
  • 4:55 - 4:57
    Vamos receber tantas notificações
  • 4:57 - 4:59
    que, provavelmente,
    nem sequer as vamos ouvir.
  • 4:59 - 5:01
    Vai ser só ruído de fundo.
  • 5:01 - 5:04
    Obviamente, não queremos
    esse futuro.
  • 5:04 - 5:06
    Isto é um problema real
  • 5:06 - 5:09
    e digo isto porque as pessoas
    ainda não se aperceberam.
  • 5:09 - 5:11
    Pensam que é assim
    que funciona a tecnologia.
  • 5:11 - 5:13
    Mas não é assim que ela funciona.
  • 5:13 - 5:16
    Há outra coisa
    que já apareceu neste momento.
  • 5:16 - 5:19
    Trata-se da "Inteligência Artificial".
  • 5:19 - 5:22
    Não estou a falar do tipo de robôs
    que nos vão matar a todos,
  • 5:22 - 5:28
    estou a falar de um tipo específico de IA,
    chamada "Consciência do Contexto".
  • 5:28 - 5:33
    A Consciência do Contexto é a ideia
    de que podemos dar aos nossos aparelhos
  • 5:33 - 5:37
    a capacidade de sentir e reagir
    à situação em que nos encontramos.
  • 5:37 - 5:42
    Neste cenário específico,
    a Consciência do Contexto é a anti-ficção,
  • 5:42 - 5:47
    porque é o que permite que o telemóvel
    não vibre quando estamos numa reunião.
  • 5:47 - 5:51
    É o que permite que não tenhamos
    de clicar num interruptor
  • 5:51 - 5:53
    quando entramos em casa.
  • 5:53 - 5:57
    O único problema é que a IA
    leva mais tempo a evoluir,
  • 5:57 - 5:59
    começou a arrancar há pouco tempo
  • 5:59 - 6:02
    mas, depois de arrancar,
    vai ser muitíssimo mais rápida.
  • 6:03 - 6:05
    Para já, e durante os próximos anos,
  • 6:05 - 6:08
    vamos ter cada vez mais fricção,
  • 6:08 - 6:09
    vai ser horrível.
  • 6:09 - 6:11
    Seja o que for que se passe neste momento,
  • 6:11 - 6:13
    vai ser muito pior
    nos próximos anos.
  • 6:13 - 6:15
    Mas, a certa altura,
  • 6:15 - 6:17
    a IA vai ficar tão afinada
  • 6:17 - 6:21
    que a mais valia que nos trará compensará
    o conflito entre todos os aparelhos.
  • 6:21 - 6:24
    Então, vai acontecer uma coisa
    realmente fantástica.
  • 6:24 - 6:26
    Com a experiência da tecnologia
  • 6:26 - 6:29
    que evoluirá nos próximos anos,
  • 6:29 - 6:31
    todas as fricções vão inverter-se
    num instante.
  • 6:31 - 6:35
    Como a IA evolui muito rapidamente,
    vão passar a zero, muito rapidamente,
  • 6:37 - 6:39
    Chegará uma altura, no futuro,
  • 6:39 - 6:43
    em que a tecnologia
    deixará de ter fricções, graças à IA.
  • 6:43 - 6:47
    É aquilo a que chamamos
    a era da "informática omnisciente".
  • 6:48 - 6:52
    A informática omnipresente significa
    podermos acrescentar um novo aparelho
  • 6:52 - 6:56
    que não provoca fricção
    e acrescenta mais valia.
  • 6:56 - 6:59
    É esta a revolução digital.
  • 6:59 - 7:04
    Trata-se de usar a IA
    para fazer desaparecer a tecnologia,
  • 7:04 - 7:09
    de forma que podemos passar o dia
    sem nos preocuparmos com ela.
  • 7:10 - 7:14
    Esta ideia será uma ideia maluca?
    Eu acho que é fantástica.
  • 7:15 - 7:17
    Se recuarmos umas centenas de anos,
  • 7:17 - 7:20
    houve uma outra tecnologia
    muito intrusiva.
  • 7:20 - 7:23
    Era mesmo má na época,
    chamava-se "eletricidade".
  • 7:24 - 7:27
    A eletricidade, no início,
    era muito difícil de produzir,
  • 7:28 - 7:32
    era muito cara, era pouco fiável,
    estava sempre a ir abaixo.
  • 7:32 - 7:36
    Era perigosa, ficava-se eletrocutado,
    as casas incendiavam-se,
  • 7:36 - 7:40
    Era a realidade da eletricidade
    naquela época.
  • 7:40 - 7:43
    As pessoas achavam que os candeeiros
    a petróleo eram mais seguros.
  • 7:43 - 7:47
    Quem é que havia de querer
    pôr fios elétricos nas paredes
  • 7:47 - 7:49
    e esperar que tudo ficasse em chamas?
  • 7:49 - 7:52
    À medida que a tecnologia amadurecia,
    tornou-se mais barata,
  • 7:52 - 7:56
    tornou-se mais fiável,
    tornou-se mais acessível.
  • 7:56 - 7:58
    Hoje, está por toda a parte,
  • 7:58 - 8:00
    temos eletricidade nas paredes,
    nos telemóveis,
  • 8:00 - 8:03
    temo-la no coração,
    se tivermos um "pacemaker".
  • 8:03 - 8:05
    Já ninguém pensa na eletricidade,
  • 8:05 - 8:08
    ela tornou-se omnipresente,
    está à nossa volta.
  • 8:08 - 8:12
    Integrámo-la de tal modo na nossa vida
    que já nos esquecemos dela.
  • 8:12 - 8:15
    Desapareceu da nossa consciência.
  • 8:15 - 8:19
    É exatamente a mesma coisa
    que acontece com a informática,
  • 8:19 - 8:21
    A informática vai desaparecer.
  • 8:21 - 8:23
    Porque é que estou
    tão entusiasmado com isto?
  • 8:23 - 8:25
    Estou entusiasmado
  • 8:25 - 8:28
    porque não é uma questão de tomar chá
  • 8:28 - 8:30
    já preparado de manhã,
  • 8:30 - 8:33
    porque a cama está ligada
    à máquina do café.
  • 8:33 - 8:36
    Não se trata de o carro ser autónomo
  • 8:36 - 8:38
    e saber para onde vamos,
  • 8:39 - 8:40
    Não é nada disso.
  • 8:41 - 8:45
    Trata-se de ter a liberdade
    de gozar o mundo
  • 8:45 - 8:50
    duma forma que parece estar desligado
    mas tem todo o valor da tecnologia.
  • 8:54 - 8:56
    Para vos provar que isto não é
    ficção científica,
  • 8:56 - 8:59
    vou explicar como estamos a criá-la.
  • 8:59 - 9:01
    Na Consciência do Contexto
  • 9:01 - 9:02
    a primeira coisa importante
  • 9:02 - 9:05
    é ter consciência das pessoas
    com quem interagimos.
  • 9:05 - 9:09
    Este é um exemplo do aspeto
    das minhas ligações no meu "e-mail".
  • 9:10 - 9:13
    Quanto maior for a bolha,
    mais "e-mails" estamos a trocar.
  • 9:13 - 9:17
    Aquela grande bolha no meio,
    é um de um dos meus sócios.
  • 9:17 - 9:19
    Tem-me enviado demasiados "e-mails"
  • 9:19 - 9:22
    depois de termos feito isto
    algumas vezes.
  • 9:22 - 9:24
    O que é interessante
    é que, se começarmos a analisar
  • 9:24 - 9:27
    essas relações sociais
    através dos "e-mails",
  • 9:27 - 9:30
    podemos começar a ver que tipo
    de relações temos com que pessoas,
  • 9:31 - 9:32
    a nível profissional ou pessoal.
  • 9:32 - 9:34
    Mas também podemos começar a prever
  • 9:34 - 9:36
    quando é provável
    entrarmos em contacto com elas.
  • 9:36 - 9:39
    Se pudermos prever com quem vamos
    falar, dentro em breve,
  • 9:39 - 9:42
    talvez possamos automatizar
    muitas dessas mensagens,
  • 9:42 - 9:44
    como no On My Way.
  • 9:45 - 9:48
    São pequenas coisas,
    mas podem ser automatizadas.
  • 9:48 - 9:51
    Também podemos observar coisas
    como o calendário.
  • 9:51 - 9:54
    Um calendário é um ótimo meio de saber
    o que planeamos fazer nesse dia.
  • 9:55 - 9:57
    Mas ninguém regista
    acontecimentos, num calendário,
  • 9:57 - 9:58
    de forma muito explícita,
  • 9:58 - 10:01
    porque o contexto do acontecimento
    está na nossa cabeça.
  • 10:01 - 10:05
    Mas, quando o nosso computador conhece
    como interagimos em que contexto,
  • 10:05 - 10:10
    pode deduzir que aquela reunião
    específica que diz "Reunião com Michael",
  • 10:10 - 10:13
    se refere ao mesmo Michael
  • 10:13 - 10:15
    com quem trocámos "emails"
    e em que contexto
  • 10:15 - 10:19
    e, portanto, pode preparar essa reunião
    com aquela pessoa.
  • 10:19 - 10:22
    Mas o nosso calendário
    não é toda a nossa vida.
  • 10:22 - 10:27
    Estes são, provavelmente,
    os melhores dados que podemos obter,
  • 10:27 - 10:29
    são os dados de localização.
  • 10:29 - 10:31
    É o que o nosso telemóvel regista
  • 10:31 - 10:33
    quando nos movimentamos
    pela cidade, durante o dia.
  • 10:34 - 10:37
    Os dados de localização têm muito ruído.
    por isso, é preciso analisá-los,
  • 10:37 - 10:42
    para podermos distinguir entre deslocações
    quando estamos num espaço, num local.
  • 10:42 - 10:44
    Saber que estamos num restaurante,
    ou num ginásio,
  • 10:44 - 10:47
    é uma característica contextual
    muito importante
  • 10:47 - 10:49
    para perceber o que é que estamos a fazer.
  • 10:49 - 10:52
    Também é preciso saber
    como nos deslocamos entre locais,
  • 10:52 - 10:55
    saber que gostamos de ir
    de bicicleta para casa é importante
  • 10:55 - 10:57
    porque é assim que garantimos
    que há uma bicicleta
  • 10:57 - 11:00
    quando precisamos dela
    para ir para casa.
  • 11:00 - 11:03
    Se fizermos isso durante
    o tempo suficiente,
  • 11:03 - 11:06
    podemos começar a perceber
    os hábitos duma pessoa.
  • 11:06 - 11:07
    Podemos começar a perceber
  • 11:07 - 11:11
    que ela gosta de ir ao ginásio
    às 5 da tarde, depois do trabalho.
  • 11:11 - 11:13
    E que gosta de ir a pé.
  • 11:13 - 11:17
    E que, quando lá chega, gosta de usar
    um determinado aparelho.
  • 11:17 - 11:20
    Portanto, podemos pensar num local
  • 11:20 - 11:23
    em que o ginásio seja inteligente
    para programar o aparelho
  • 11:23 - 11:26
    de acordo com todas as pessoas
    que lá chegam,
  • 11:26 - 11:28
    sem terem de o pedir.
  • 11:28 - 11:32
    É disto que falamos, quando falamos
    de informática omnipresente.
  • 11:33 - 11:37
    Agora, olhemos para o ambiente,
    para estes registos de localização.
  • 11:37 - 11:40
    Observámos 100 000 pessoas.
  • 11:40 - 11:42
    Foi isto que fizemos em Paris.
  • 11:42 - 11:44
    Analisámos os dados de localização
    de 100 000 pessoas
  • 11:44 - 11:48
    para ver como elas se deslocam
    na rede de transportes públicos.
  • 11:48 - 11:52
    Isto é lindo, podemos ver
    o bater do coração da cidade.
  • 11:52 - 11:56
    Todas estas pessoas que voltam para casa,
    que vão para o trabalho.
  • 11:56 - 11:59
    Estes dados são mais rigorosos
    do que qualquer medição já feita.
  • 12:00 - 12:01
    Agora que temos isto,
  • 12:01 - 12:04
    e que podemos ajudar as pessoas
    a encontrar um lugar no comboio para casa,
  • 12:04 - 12:06
    para irem confortavelmente,
  • 12:06 - 12:09
    podemos ajudar
    os operadores dos comboios
  • 12:09 - 12:12
    a imaginar a capacidade dos comboios
    de uma forma otimizada.
  • 12:12 - 12:15
    Podemos fazer o mesmo
    para acidentes de viação.
  • 12:15 - 12:19
    Podemos prever a probabilidade
    de termos um acidente de viação
  • 12:19 - 12:22
    com base em quando e onde
    estamos a conduzir.
  • 12:22 - 12:26
    Isto é importante, porque, se tivermos
    os filhos no banco de trás do carro,
  • 12:26 - 12:30
    ou se for o nosso carro autónomo
    a levar os nossos filhos para a escola,
  • 12:30 - 12:32
    queremos que viajem em segurança.
  • 12:32 - 12:36
    Por isso, precisamos deste contexto
    quanto aos riscos que os rodeiam.
  • 12:37 - 12:40
    Até podemos fazer isto para prever
    filas numa estação dos correios.
  • 12:41 - 12:44
    Porque é que havemos de estar
    meia hora numa fila nos correios
  • 12:44 - 12:47
    se podemos esperar mais 10 minutos
    e não encontrar fila nenhuma?
  • 12:47 - 12:51
    Porque é que os correios nos dizem
    para ir entre as 8 e as 12,
  • 12:51 - 12:54
    em vez de prever quando é
    a altura certa para lá irmos?
  • 12:55 - 12:59
    Como veem, a Consciência do Contexto
    não imagina apenas o que estamos a fazer
  • 12:59 - 13:01
    trata de reunir todas
    estas diferentes camadas,
  • 13:01 - 13:04
    trata de nos colocar,
    a nós e ao nosso ambiente,
  • 13:04 - 13:07
    e às pessoas com quem interagimos
    no mesmo sistema.
  • 13:07 - 13:11
    O que acabamos por obter,
    é um calendário muito contextualizado
  • 13:11 - 13:14
    do que vamos fazer durante o dia
  • 13:14 - 13:17
    com uma previsão de quais são
    as nossas intenções.
  • 13:17 - 13:19
    Uma vez que possamos prever
    as nossas intenções,
  • 13:19 - 13:22
    podemos dar essa inteligência
    a todos os vossos aparelhos
  • 13:22 - 13:24
    para eles começarem
    a trabalhar em conjunto
  • 13:24 - 13:28
    e decidirem qual é a melhor forma
    de interagirem connosco.
  • 13:28 - 13:31
    Por vezes, ainda vos pedem
    uma confirmação,
  • 13:31 - 13:34
    porque não vão dar um tiro no escuro.
  • 13:34 - 13:38
    Mas, pelo menos não vão ser 1000
    a fazer isso ao mesmo tempo.
  • 13:41 - 13:44
    Vou revelar-vos um pequeno segredo.
  • 13:44 - 13:47
    Tudo aquilo que vos mostrei já está feito.
  • 13:48 - 13:51
    Temos vindo a trabalhar,
    em segredo, há mais de um ano
  • 13:51 - 13:55
    reinventando totalmente a forma
    como usamos os nossos aparelhos.
  • 13:55 - 13:58
    Começámos com o telemóvel inteligente.
  • 13:58 - 14:02
    Criámos essencialmente
    uma interface, totalmente nova,
  • 14:02 - 14:04
    que permite que a IA preveja
  • 14:04 - 14:07
    tudo o que vocês vão fazer
    com o vosso telemóvel,
  • 14:07 - 14:09
    de modo que quase não precisem de o usar.
  • 14:09 - 14:13
    Podem inscrever-vos nesta ligação,
    e eu tentarei dar-vos essa interface.
  • 14:13 - 14:17
    Mas o importante aqui
    é que não podemos fazer isto sozinhos,
  • 14:17 - 14:22
    porque não podemos decidir como
    será uma interface que se destina a todos.
  • 14:22 - 14:25
    Precisamos da vossa ajuda
    porque, sem ela,
  • 14:25 - 14:27
    não conseguiremos perceber
  • 14:27 - 14:31
    se esta IA funcionará
    em todos esses aparelhos.
  • 14:32 - 14:37
    Sem essa IA, o futuro será
    tecnologicamente uma escravidão.
  • 14:38 - 14:39
    E não queremos isso.
  • 14:39 - 14:42
    Queremos um futuro em que
    a tecnologia tenha desaparecido
  • 14:42 - 14:47
    e em que acabaremos por ter
    a liberdade de passar a vida
  • 14:47 - 14:50
    a gozar o tempo com as pessoas
    de quem gostamos.
  • 14:51 - 14:52
    Obrigado.
  • 14:52 - 14:54
    (Aplausos)
Title:
Como a Inteligência Artificial vai fazer desaparecer a tecnologia | Rand Hindi | TEDxÉcolePolytechnique
Description:

Quando foi a última vez que jantaram com alguém, sem visitarem o Facebook ou o Instagram no telemóvel? Quando os "smartphones" e os objetos ligados à Internet invadem a nossa vida quotidiana, torna-se cada vez mais difícil interligarmo-nos com as pessoas, atualmente. Rand Hindi espanta-nos, ao propor uma solução que pode alterar a nossa vida, para este problema.

Esta palestra foi feita num evento TEDx usando o formato de palestras TED, mas organizado independentemente por uma comunidade local. Saiba mais em http://ted.com/tedx

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
14:56

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