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Inovador, pesquisador, líder:
o gestor de TI
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pode ser infinitos protagonistas
dentro da rotina organizacional.
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E um dos mais importantes papéis
que ele deve exercer diariamente
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é o de negociador.
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Pesquisas apontam que um gestor
usa estratégias de negociação
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durante mais de 80%
do seu tempo de trabalho diário.
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E, para o gestor de TI,
essa habilidade nunca foi tão necessária.
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Nos últimos 20 ou 30 anos,
a tecnologia da informação avançou muito.
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Isso transformou o mundo dos negócios.
Só que as coisas evoluíram.
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A informação se tornou um bem muito caro
e esses profissionais começaram
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a criar soluções
para você conseguir informação.
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E aí esse profissional, que antes era um só,
um tipo só, começou a se diferenciar.
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E formaram equipes e os projetos
começaram a ficar cada vez mais complexos.
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Então, isso acabou criando a necessidade
de você ter um gestor para essas equipes.
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O que acontece é que,
mesmo dentro dessas empresas de TI,
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ou empresas de tipos normais,
você acaba tendo que conviver
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com pessoas que não entendem de tecnologia,
que praticamente falam línguas diferentes da sua.
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Se você não tiver a habilidade de negociar,
de conversar com a outra pessoa,
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de ouvir essa outra pessoa,
de poder explicar a ela, de forma simples,
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qual é o benefício, e não o que é a tecnologia,
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você não consegue fazer a função do gestor de TI
dentro das grandes empresas hoje.
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Assim como o gestor pode cumprir
as mais diversas funções,
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o papel do negociador também pode
ter diferentes objetivos.
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E um deles é estabelecer um vínculo positivo
entre a empresa, os clientes
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e os fornecedores externos.
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Hoje em dia, é fundamental negociar contratos,
porque, na atividade de gestão, hoje,
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tudo é negociável.
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Você negocia as tarefas
com os seus subordinados,
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você negocia a demanda com os seus clientes…
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E o contrato tem uma particularidade,
porque o que estiver no contrato
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é o que você vai poder exigir mais tarde.
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Então, se você não negocia direito o contrato
naquele momento
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em que estão sendo combinadas as coisas,
depois fica muito difícil você corrigir rumos
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ou cobrar um certo nível de serviço
que não foi previsto inicialmente,
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ou até, às vezes, no encerramento do contrato,
aquele fornecedor,
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até porque o encerramento
pode ter uma situação de litígio,
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ele não te atender em algumas coisas
na transição daquele serviço para outro provedor.
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Então, a parte de negociação de contratos
é fundamental para o gestor de TI hoje em dia.
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Ele vai ter muitos contratos:
contrato de desenvolvimento, contrato de cloud,
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contratos de telefonia, contratos com a IoT,
que está chegando forte agora nas áreas
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e, queira ou não, essas coisas inteligentes
vão acabar sendo contratadas pela área de TI,
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que vai ter que lhes dar suporte.
Então, é importante saber fazer essa negociação,
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ver quais são os requisitos que o negócio
precisa daquele serviço,
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ver se aqueles requisitos estão representados
naquele acordo que está sendo feito,
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ver se tem penalidades, e, às vezes,
ver se tem até bônus
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associados ao cumprimento
daquilo que é requerido…
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Então, é importante.
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Não é novidade que investimentos em tecnologia
podem tornar uma empresa mais competitiva
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e garantir a sua sobrevivência a longo prazo.
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Mas o que muitos ignoram
é que tais investimentos são impulsionados
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e negociados por um dos muitos personagens
que a gestão de TI abrange.
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É fundamental o gestor de TI,
além das atividades técnicas
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que ele desempenha na empresa,
negociar orçamentos.
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Porque hoje a TI nas empresas
passa a ser uma atividade estratégica, prioritária.
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Então, ele precisa negociar
tanto externamente, com fornecedores,
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eventualmente ele vai negociar
contratos também com potenciais clientes,
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acompanhado da equipe de vendas,
e negociar internamente
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com as outras áreas e os colegas
de outros departamentos,
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negociar com o pessoal de marketing,
com o pessoal de vendas,
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ter uma parceria muito forte
com o pessoal de financeiro.
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Então, ele faz parte de uma estrutura
em que ele é prioritário, fundamental
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e ele precisa negociar contratos
e desenvolver essas habilidades.
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Esse é o grande desafio do gestor de TI:
a negociação interna e a negociação externa.
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Desde que ele esteja preparado para isso,
ele vai ter sucesso nessa empreitada.
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Convencer o board da empresa
é convencer o board no sentido
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de que TI é fundamental,
traz resultados para a empresa,
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como já havíamos dito,
na parte de eficiência e redução de custos.
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Mas, em contrapartida,
o resultado vem a médio e longo prazo.
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E o investimento inicial em tecnologia é
muito alto, e aí você vai ter, ao longo do tempo,
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no desenvolvimento do seu projeto,
atividades extras, eventualmente não previstas,
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o que é normal na área de tecnologia,
porque a empresa é um organismo dinâmico,
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e as necessidades vão mudando
ao longo do projeto.
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Então, você tem que convencer o board,
que é a direção da empresa,
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são os acionistas da empresa.
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O board define
séries anuais revistas anualmente,
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mas ele tem um planejamento estratégico
definido previamente.
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E dentro desse planejamento estratégico,
com o tempo, os investimentos de TI.
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E a todo tempo, você tem que rever
esses orçamentos junto ao board da empresa.
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Então, ele tem que ter habilidades de negociação,
habilidades para gestão de conflitos,
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porque ele vai ter que negociar
com colegas de outras áreas,
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que também entendem
que as suas áreas são prioritárias.
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E a TI é, de uma certa forma,
transversal a todas as áreas,
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porque você tem o uso da TI
em um processo de vendas,
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o uso da TI em um processo de RH,
em um processo produtivo…
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Todas as áreas da empresa fazem uso de TI
e demandam melhorias para o gestor de TI.
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Então, essa negociação com seus pares
dentro de recursos escassos e já contemplados
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dentro do orçamento, exige
uma habilidade grande do gestor de TI
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para fazer essa negociação
com os seus clientes,
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que denominamos clientes internos,
que são os seus colegas de outras divisões,
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de outros departamentos da empresa.
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Trabalhar com projetos
é tão intrínseco à realidade do profissional de TI
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que a área criou fórmulas específicas.
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Mas, para que um projeto saia do papel,
é necessário mais do que métodos ágeis:
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a habilidade em negociação
também será imprescindível.
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Quando somos pequenos,
temos um amiguinho e vamos brincar,
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rola aquela negociação agressiva
sobre qual brinquedo usaremos.
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Sempre o brinquedo do coleguinha
é mais interessante.
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Quando vamos almoçar e perguntamos
onde vamos almoçar hoje, estamos negociando.
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Dentro de um projeto é a mesma coisa:
eu tenho que negociar o escopo do meu projeto.
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O que vai ser feito?
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O cliente sempre quer
que eu faça mais pagando menos.
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Então, eu também tenho que negociar
o custo do meu projeto.
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Eu tenho que me preocupar
com quem são as partes interessadas.
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No mercado é muito comum
você conversar com algumas pessoas
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que são indicadas
como responsáveis pelo requisitos,
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mas elas, na verdade, já não são mais
as pessoas mais importantes
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com que você tem que conversar.
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Os requisitos muitas vezes estão
com quem está no dia a dia operacional.
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E, muitas vezes, acabamos indicando
ou sendo indicados para conversar
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com diretores, gerentes
que estão afastados do dia a dia.
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É muito importante negociar
para falarmos com as pessoas certas,
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levantar os requisitos com as pessoas corretas,
mas de uma forma suave.
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É muito importante negociar
as mudanças de um projeto.
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Muitas vezes eu tenho que entregar algo
mais cedo do que o planejado
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por uma questão estratégica de mercado
e isso implica talvez em aumento de custo,
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ou talvez eu tenha
que diminuir a qualidade.
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Nesse sentido, a negociação entra
como uma ferramenta muito importante.
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O gerente de projetos, nesse caso,
precisa usar dessas soft skills
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para conseguir obter o melhor
custo-benefício para aquela situação.
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Quando falamos de projeto ágeis,
usando metodologia ágil,
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eu também tenho que me preocupar
com o time: como esse time,
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um time auto-organizado vai negociar.
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A divisão das atividades é feita
internamente de forma autônoma.
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Então, como esse time,
em que cada um tem uma especialidade,
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vai negociar a entrega,
uma vez que as entregas
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são de responsabilidade
do time como um todo?
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Então, a negociação é uma ferramenta
que serve em todos os momentos
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e em todas as etapas de um projeto,
seja um projeto utilizando um framework ágil,
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ou se ele estiver utilizando
uma metodologia tradicional de projetos.
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De nada adianta negociar um novo projeto
se um planejamento claro
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não for criado para o seu desenvolvimento.
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E negociar metas relevantes,
mensuráveis e atingíveis
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é outra competência que um gestor
terá que desenvolver.
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A importância de um negociador de metas
para a execução de um projeto é muito grande.
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Isso por um motivo muito simples:
um bom negociador pode se tornar
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o principal elo entre a equipe de um projeto
e aqueles gestores que estabelecem as metas.
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Entendendo o projeto como um instrumento
para delinearmos estratégias
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orientadas para a implementação de objetivos,
o papel do negociador é relevante
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porque ele exerce o papel
de encurtar as distâncias
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entre a equipe do projeto e aqueles
que estabelecem as relativas metas do projeto.
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E para que os projetos sejam gerenciáveis,
eles devem se ajustar rapidamente
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às mudanças de condições,
especialmente em um ambiente
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de transformação digital vertiginosa,
alavancada pelas mudanças
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e pelas tecnologias disruptivas
que estão aí surgindo todos os dias.
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Aí a interação objetiva e tempestiva do negociador
em tempo de execução dos projetos,
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com todas as partes interessadas,
pode fazer a grande diferença,
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porque ele traz a grande flexibilidade
necessária aos projetos e, portanto,
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ao atingimento daqueles objetivos.
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Uma outra contribuição dos negociadores
muito importante e de grande valia
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é a de que eles,
ao funcionarem como facilitadores,
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como uma espécie de tradutores
e intérpretes para toda a equipe,
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eles se transformam na pessoa mais importante
para adequar cada objetivo de cada projeto
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à cultura da empresa,
ao jeito dela fazer as coisas acontecerem,
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dela executar os projetos.
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E isso traz um impacto muito grande
nos esforços necessários,
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diminui os esforços necessários de toda a equipe
para alcançar os objetivos e metas propostas.
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