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Porque é que a medicina frequentemente tem efeitos colaterais perigosos para as mulheres | Alyson McGregor | TEDxProvidence

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    Todos nós vamos ao médico.
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    E fazemo-lo com confiança e uma fé cega
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    em que os exames que nos mandam fazer
    e os medicamentos que nos receitam
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    se baseiam em provas,
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    provas destinadas a ajudar-nos.
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    A realidade é que isso nem sempre acontece
    com toda a gente.
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    E se eu vos disser
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    que a ciência médica descoberta
    no século passado
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    se baseou apenas em metade da população?
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    Sou médica de urgências.
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    Fui treinada para estar preparada
    para emergência médicas.
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    Trata-se de salvar vidas. Não é fixe?
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    Ok, há muitos narizes a pingar
    e pés esmagados,
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    mas, seja quem for que entre
    pela porta das urgências,
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    mandamos fazer os mesmos exames,
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    receitamos os mesmos medicamentos,
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    sem pensar sequer qual o sexo dos doentes.
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    Porque é que havíamos de pensar nisso?
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    Nunca nos ensinaram que havia
    qualquer diferença entre homens e mulheres.
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    Um recente estudo
    da responsabilidade do governo
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    revelou que 80% dos medicamentos
    retirados do mercado
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    foram retirados por terem
    efeitos colaterais nas mulheres.
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    Pensem bem nisto.
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    Porque é que só estamos a descobrir
    efeitos colaterais nas mulheres
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    depois de um medicamento
    ter sido lançado no mercado?
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    Passam-se anos até que um medicamento
    passe de uma ideia
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    testada em células num laboratório,
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    estudada em animais,
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    e depois em experiências
    clínicas em pessoas,
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    para finalmente passar por um processo
    de aprovação regulador,
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    até estar disponível
    para ser receitado pelo médico?
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    Para não falar dos milhões e milhares
    de milhões de dólares de financiamento
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    que são necessários
    para todo este processo.
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    Então porque é que descobrimos
    efeitos colaterais inaceitáveis
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    em metade da população
    depois de passar por tudo isto?
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    O que é que se passa?
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    Acontece que as células
    usadas em laboratório,
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    são células masculinas.
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    Os animais usados nos estudos
    de animais, são machos.
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    E as experiências clínicas têm sido feitas
    quase exclusivamente em homens.
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    Porque é que o modelo masculino se tornou
    no padrão para a investigação médica?
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    Vejamos um exemplo que tem sido
    popularizado pelos "media".
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    Tem a ver com o auxiliar de sono Ambien,
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    O Ambien foi lançado no mercado
    há mais de 20 anos.
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    Desde então, têm sido passadas
    centenas de milhões de receitas,
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    principalmente a mulheres,
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    porque as mulheres sofrem mais
    de perturbações do sono do que os homens.
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    Mas no ano passado,
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    a Administração de Alimentos e Drogas
    recomendou cortar a dose ao meio
  • 3:31 - 3:33
    só para as mulheres,
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    porque descobriram que as mulheres
    metabolizam o medicamento
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    a um ritmo mais lento do que os homens,
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    fazendo com que acordem de manhã
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    com muito do medicamento ativo
    no organismo.
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    Por isso ficam sonolentas
    e quando pegam no volante
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    correm o risco de acidentes de viação.
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    Não posso deixar de pensar,
    enquanto médica de urgências,
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    em quantas das minhas pacientes
    que tratei ao longo dos anos
  • 4:02 - 4:05
    se envolveram num acidente de viação
  • 4:05 - 4:08
    que possivelmente podia ter sido evitado
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    se este tipo de análise
    tivesse sido feito há 20 anos,
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    quando este medicamento
    foi lançado pela primeira vez.
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    Quantas outras coisas precisam
    de ser analisadas de acordo com o sexo?
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    Que mais é que não sabemos?
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    A II Guerra Mundial mudou muitas coisas.
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    Uma delas foi a necessidade
    de proteger as pessoas
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    de serem vítimas de investigação médica
    sem consentimento informado.
  • 4:40 - 4:43
    Por isso foram instituídas
    linhas de orientação muito necessárias.
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    Em parte, havia o desejo de proteger
    as mulheres em idade de procriar
  • 4:49 - 4:52
    de participar em qualquer estudo
    de investigação médica.
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    Havia um receio: se acontecesse
    qualquer coisa ao feto durante o estudo?
  • 4:58 - 5:00
    Quem seria o responsável?
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    Por isso os cientistas da época pensaram
  • 5:03 - 5:06
    que, por um lado, era uma bênção,
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    porque, convenhamos,
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    o corpo dos homens é muito mais homogéneo.
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    Não tem os níveis de hormonas
    em constante flutuação
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    que podem alterar os dados nítidos
    que podiam obter se tivessem só homens.
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    Era mais fácil. Era mais barato.
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    Para não falar de que, nessa época,
    havia uma noção generalizada
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    que homens e mulheres eram iguais
    em todos os aspetos,
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    para além dos órgãos reprodutores
    e das hormonas sexuais.
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    Portanto, ficou decidido:
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    a investigação médica
    passou a ser realizada só em homens.
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    Os resultados, depois,
    eram aplicados às mulheres.
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    O que é que isto fez
    quanto à noção da saúde das mulheres?
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    A saúde das mulheres tornou-se
    sinónimo de reprodução:
  • 5:58 - 6:02
    mamas, ovários, útero, gravidez.
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    Por isso referimo-nos a isso
    como a "medicina biquíni".
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    Isso manteve-se assim até aos anos 80,
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    quando este conceito foi posto em causa
    pela comunidade médica
  • 6:13 - 6:18
    e pelos políticos de saúde pública,
    quando perceberam
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    que, ao excluírem as mulheres de todos
    os estudos de investigação médica,
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    estávamos a prestar-lhes um mau serviço.
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    Para além das questões de reprodução,
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    praticamente não se sabia nada
    sobre as necessidades especiais
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    da doente feminina.
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    Desde essa época, tem aparecido
    uma quantidade assombrosa de indícios
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    que nos mostram como são diferentes
    homens e mulheres, em todos os aspetos.
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    Temos um dito em medicina:
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    "As crianças não são
    apenas adultos pequenos".
  • 6:57 - 6:59
    Dizemos isto para nos lembrarmos
  • 6:59 - 7:04
    de que as crianças têm uma fisiologia
    diferente de um adulto normal.
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    Por causa disso, criou-se
    a especialidade médica da pediatria.
  • 7:10 - 7:16
    Agora realizamos experiências com crianças
    a fim de melhorar a vida delas.
  • 7:17 - 7:20
    Sei que podemos dizer
    o mesmo das mulheres.
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    As mulheres não são apenas
    homens com seios e trompas.
  • 7:25 - 7:27
    (Risos)
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    Têm uma anatomia e fisiologia próprias
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    que merecem ser estudadas
    com a mesma profundidade.
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    Vejamos, por exemplo,
    o sistema cardiovascular,
  • 7:40 - 7:44
    Esta área da medicina tem feito
    o mais que pode para tentar perceber
  • 7:44 - 7:46
    porque é que parece que homens e mulheres
  • 7:46 - 7:48
    têm ataques cardíacos
    totalmente diferentes.
  • 7:49 - 7:53
    As doenças cardíacas são a primeira causa
    de morte em homens e mulheres.
  • 7:54 - 7:57
    mas no primeiro ano
    depois de um ataque cardíaco,
  • 7:57 - 7:59
    morrem mais mulheres do que homens.
  • 8:00 - 8:05
    Os homens queixam-se
    de uma forte dor no peito
  • 8:05 - 8:07
    — um elefante sentado sobre o peito.
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    Chamamos a isto uma queixa típica.
  • 8:11 - 8:13
    As mulheres também têm uma dor no peito.
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    Mas há mais mulheres do que homens
    que só se queixam de "não me sinto bem",
  • 8:21 - 8:24
    "parece que não tenho ar suficiente",
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    "sinto-me cansada ultimamente".
  • 8:28 - 8:31
    Não sei porquê, chamamos a isto "atípico",
  • 8:31 - 8:35
    embora, como já referi, as mulheres
    constituam metade da população.
  • 8:37 - 8:42
    E se olhássemos para alguns dos indícios
    para explicar estas diferenças?
  • 8:43 - 8:45
    Se olhássemos para a anatomia?
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    Os vasos sanguíneos que rodeiam o coração
    são mais pequenos nas mulheres,
  • 8:49 - 8:52
    em comparação com os homens.
  • 8:52 - 8:55
    A forma como esses vasos sanguíneos
    desenvolvem a doença
  • 8:55 - 8:58
    é diferente nas mulheres,
    em comparação com os homens.
  • 8:59 - 9:01
    Os exames que usamos para determinar
  • 9:01 - 9:04
    se alguém corre o risco
    de um ataque cardíaco,
  • 9:04 - 9:09
    foram inicialmente concebidos,
    testados e aperfeiçoados em homens.
  • 9:09 - 9:12
    Por isso não são tão bons
    para o determinar nas mulheres.
  • 9:13 - 9:16
    Depois, pensamos na medicação
  • 9:16 - 9:20
    — medicamentos que usamos,
    como a aspirina.
  • 9:21 - 9:25
    Damos aspirinas a homens saudáveis,
    para impedir ataques cardíacos,
  • 9:25 - 9:29
    mas sabiam que, se dermos aspirinas
    a uma mulher saudável,
  • 9:29 - 9:31
    isso é prejudicial?
  • 9:33 - 9:38
    O que isto nos diz é que estamos
    apenas a arranhar a superfície.
  • 9:40 - 9:43
    A medicina de urgências
    é uma coisa de ritmo apressado.
  • 9:44 - 9:49
    Em quantas áreas da medicina
    que podem salvar vidas,
  • 9:49 - 9:51
    como o cancro e os ataques cardíacos,
  • 9:52 - 9:56
    há diferenças importantes entre homens
    e mulheres que podemos utilizar?
  • 9:58 - 10:02
    Ou ainda, porque é que umas pessoas
    ficam com o nariz a pingar
  • 10:02 - 10:04
    mais do que outras?
  • 10:04 - 10:08
    Ou porque é que a medicação para a dor
    que damos aos dedos dos pés magoados
  • 10:08 - 10:12
    funciona numas pessoas e não noutras?
  • 10:14 - 10:19
    O Instituto de Medicina disse:
    "cada célula tem um sexo".
  • 10:21 - 10:24
    O que é que isso significa?
  • 10:24 - 10:26
    Sexo é ADN.
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    O sexo é como uma pessoa
    se apresenta na sociedade.
  • 10:31 - 10:34
    Essas duas coisas nem sempre condizem,
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    como podemos ver na população transsexual.
  • 10:38 - 10:43
    Mas é importante perceber que,
    a partir do momento da conceção,
  • 10:43 - 10:45
    cada célula do nosso corpo
  • 10:45 - 10:49
    — pele, cabelo, coração e pulmões —
  • 10:49 - 10:52
    contém o nosso ADN especial,
  • 10:52 - 10:56
    e esse ADN contém os cromossomas
    que determinam
  • 10:56 - 11:00
    se somos macho ou fêmea, homem ou mulher.
  • 11:02 - 11:07
    Pensava-se que esses cromossomas
    determinantes do sexo, aqui representados
  • 11:08 - 11:11
    — XY para os machos, XX para as fêmeas —
  • 11:11 - 11:17
    apenas determinavam se nascíamos
    com ovários ou testículos,
  • 11:16 - 11:20
    e que as hormonas sexuais
    que esses órgãos produziam
  • 11:20 - 11:24
    eram responsáveis pelas diferenças
    que vemos em sexos opostos.
  • 11:26 - 11:30
    Mas agora sabemos
    que essa teoria estava errada
  • 11:31 - 11:34
    ou, pelo menos, incompleta.
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    Felizmente, cientistas como Dr. Page,
    do Instituto Wthitehead,
  • 11:38 - 11:41
    que trabalha no cromossoma Y.
  • 11:41 - 11:43
    e o Doutor Yang, da UCLA,
  • 11:43 - 11:48
    descobriram indícios que nos dizem que
    esses cromossomas determinantes do sexo,
  • 11:48 - 11:51
    que existem em todas
    as células do nosso corpo,
  • 11:51 - 11:56
    continuam ativos durante toda a vida
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    e podem ser os responsáveis
    pelas diferenças que vemos
  • 12:02 - 12:04
    na dosagem de medicamentos
  • 12:04 - 12:07
    ou porque é que há diferenças
    entre homens e mulheres
  • 12:07 - 12:11
    na suscetibilidade
    e na gravidade das doenças.
  • 12:12 - 12:16
    Este novo conhecimento
    modifica as regras do jogo.
  • 12:19 - 12:22
    Cabe a esses cientistas continuar
    a procurar esses indícios
  • 12:22 - 12:27
    mas é da responsabilidade dos clínicos
    começar a traduzir esses dados
  • 12:27 - 12:30
    à cabeceira do doente, neste momento.
  • 12:31 - 12:32
    Agora mesmo.
  • 12:35 - 12:38
    Para isso, sou cofundadora
    duma organização nacional
  • 12:38 - 12:41
    chamada Sex and Gender
    Women's Health Collaborative.
  • 12:41 - 12:45
    Recolhemos todos estes dados,
    de modo que estão disponíveis
  • 12:45 - 12:48
    para o ensino e tratamento de doentes.
  • 12:48 - 12:52
    Agora estamos a trabalhar para reunir
    à mesma mesa os educadores médicos.
  • 12:53 - 12:55
    É um trabalho difícil.
  • 12:55 - 13:01
    Está a alterar a forma como a formação
    médica tem sido feita desde o início.
  • 13:03 - 13:05
    Mas acredito neles.
  • 13:05 - 13:10
    Sei que eles vão reconhecer a validade
    de incorporar a perspetiva dos dois sexos
  • 13:11 - 13:13
    nos programas atuais.
  • 13:14 - 13:19
    Trata-se de formar corretamente
    os futuros profissionais da saúde.
  • 13:22 - 13:25
    Regionalmente, sou cocriadora duma divisão
  • 13:25 - 13:27
    dentro do Departamento
    de Medicina de Emergência
  • 13:27 - 13:29
    aqui na Universidade Brown,
  • 13:29 - 13:32
    chamada As Diferenças de Sexos
    na Medicina de Emergência.
  • 13:32 - 13:36
    Orientamos a investigação para determinar
    as diferenças entre homens e mulheres
  • 13:36 - 13:38
    em situações de emergência,
  • 13:38 - 13:43
    como doenças cardíacas e AVCs,
    septicemias e abuso de drogas,
  • 13:43 - 13:48
    mas também consideramos
    que a educação é fundamental.
  • 13:49 - 13:53
    Criámos um modelo de ensino abrangente.
  • 13:53 - 13:58
    Temos programas para médicos,
    enfermeiros, estudantes
  • 13:59 - 14:00
    e para doentes.
  • 14:01 - 14:05
    Porque isto não pode ser deixado
    apenas aos líderes dos cuidados de saúde.
  • 14:06 - 14:10
    Todos temos um papel
    para fazer a diferença.
  • 14:12 - 14:16
    Mas digo-vos, não é fácil.
  • 14:18 - 14:20
    Na verdade, é mesmo difícil.
  • 14:21 - 14:25
    É essencialmente alterar a forma
    como pensamos na medicina,
  • 14:26 - 14:29
    na saúde e na investigação.
  • 14:30 - 14:33
    Está a alterar a nossa relação
    com o sistema de cuidados de saúde.
  • 14:34 - 14:38
    Mas não podemos voltar atrás.
  • 14:38 - 14:40
    Já sabemos o suficiente
  • 14:41 - 14:44
    para saber que não estávamos a agir bem.
  • 14:46 - 14:49
    Martin Luther King, Jr. disse:
  • 14:49 - 14:52
    "A mudança não rola
    nas roda da inevitabilidade,
  • 14:53 - 14:55
    "mas vem através da luta contínua”.
  • 14:57 - 15:01
    O primeiro passo para a mudança
    é a tomada de consciência.
  • 15:00 - 15:05
    Não se trata de improvisar
    cuidados médicos para as mulheres.
  • 15:05 - 15:07
    Trata-se de cuidados médicos
  • 15:07 - 15:10
    personalizados, individualizados
    para toda a gente.
  • 15:11 - 15:16
    Esta consciência tem o poder
    de transformar os cuidados médicos
  • 15:16 - 15:18
    para homens e mulheres.
  • 15:19 - 15:24
    A partir de agora, queria que todos
    perguntassem aos vossos médicos
  • 15:25 - 15:29
    se os tratamentos que recebem
    são específicos para o vosso sexo.
  • 15:30 - 15:33
    Eles podem não saber responder...
  • 15:33 - 15:35
    ... ainda.
  • 15:35 - 15:39
    Mas a conversa começou e, em conjunto,
    todos podemos aprender.
  • 15:40 - 15:44
    Lembrem-se, para mim
    e para os meus colegas nesta área,
  • 15:44 - 15:46
    o vosso sexo é importante.
  • 15:48 - 15:50
    Obrigada.
  • 15:49 - 15:51
    (Aplausos)
Title:
Porque é que a medicina frequentemente tem efeitos colaterais perigosos para as mulheres | Alyson McGregor | TEDxProvidence
Description:

Esta palestra foi feita num evento local TEDx, produzido independentemente das Conferências TED.

Durante a maior parte do século passado, os medicamentos aprovados e lançados no mercado foram testados apenas em doentes masculinos, levando a uma dosagem imprópria e a efeitos colaterais inaceitáveis para as mulheres. As importantes diferenças fisiológicas entre homens e mulheres só recentemente têm sido levadas em consideração na investigação médica. A médica de urgências, Alyson McGregor, estuda essas diferenças e, nesta palestra fascinante, analisa a história de como o modelo masculino se tornou exclusivo na investigação médica e de como a compreensão das diferenças entre homens e mulheres pode levar a tratamentos mais eficazes para ambos os sexos.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
15:52

Portuguese subtitles

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