Por que a mudança climática é anti-justiça
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0:00 - 0:03♪ (música) ♪
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0:03 - 0:06Atala Buford: Em que você pensa
ao ouvir falar em mudança climática? -
0:06 - 0:10Talvez você pense em problemas
ambientais em lugares remotos. -
0:10 - 0:14Mas a mudança climática nos afeta
em qualquer lugar do mundo, -
0:14 - 0:17inclusive no lugar em que vivemos.
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0:17 - 0:20Ela afeta as pessoas e lugares
que vemos todos os dias. -
0:20 - 0:23E ela vai impactar mais uns
do que outros. -
0:23 - 0:28♪ (som de bateria) ♪
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0:29 - 0:31A temporada de furacões
do Atlântico em 2017 -
0:31 - 0:33foi uma das temporadas mais ativas,
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0:33 - 0:36com 17 tempestades e 10 furacões.
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0:36 - 0:40Seis desses furacões tiveram
ventos de mais de 177 km/h. -
0:40 - 0:43E ainda que seja difícil saber
se todo evento climático -
0:43 - 0:44se deve à mudança climática,
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0:44 - 0:47já sabemos que ela deixará
as condições mais extremas. -
0:47 - 0:51Já vemos como será o futuro
na Cidade do Cabo, África do Sul. -
0:51 - 0:53Lá, uma seca reduziu muito
a água nos reservatórios, -
0:53 - 0:55provocando seu racionamento,
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0:55 - 0:58e a cidade já se prepara
para a falta total de água. -
0:58 - 1:01E quando vemos uma comunidade
que já enfrenta esses desequilíbrios -
1:01 - 1:04e ainda todo o problema causado
pela mudança climática, -
1:04 - 1:08sua recuperação fica mais difícil.
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1:08 - 1:10Nem toda comunidade sofre
com essas mudanças climáticas -
1:10 - 1:11da mesma forma.
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1:11 - 1:14Algumas têm mais recursos,
e melhor infraestrutura -
1:14 - 1:17ou mais capital político
do que outras comunidades. -
1:17 - 1:20Há um conceito para lidar
com essas desigualdades. -
1:20 - 1:22Ele é chamado
de justiça ambiental. -
1:22 - 1:24E a ideia é bem simples.
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1:24 - 1:26As comunidades
não deveriam sofrer -
1:26 - 1:28efeitos ambientais desproporcionais,
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1:28 - 1:32ou lidar com mais poluição
porque são de outra raça, -
1:32 - 1:34nacionalidade ou nível de renda.
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1:34 - 1:38Pessoas em comunidades ricas
pensam que isso está distante. -
1:38 - 1:41Mas até mesmo nos EUA,
onde achamos -
1:41 - 1:44que estamos acima da curva
na proteção das pessoas, -
1:44 - 1:46o resultado tem sido insatisfatório.
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1:46 - 1:49Ainda podemos ver desequilíbrios
ambientais em nossos quintais. -
1:49 - 1:52Quando se fazia a limpeza
de Miami, após o furacão Maria, -
1:52 - 1:54escombros foram jogados
em uma comunidade -
1:54 - 1:56com um grande número
de moradores pobres e de cor. -
1:56 - 1:59Foi algo bem perto, visível
e com odor desagradável. -
1:59 - 2:05E em Houston, moradores que não puderam
deixar suas casas antes do furacão Harvey, -
2:05 - 2:07tiveram que ficar para trás
no meio da enchente. -
2:07 - 2:10Porto Rico tem vivido
escassez financeira -
2:10 - 2:12e falta de estrutura por décadas.
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2:12 - 2:13E depois de uma série de furacões,
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2:13 - 2:16ainda há moradores sem água potável
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2:16 - 2:20e uma grande parte da ilha ficou
sem eletricidade por meses. -
2:20 - 2:22É mais do que eventos extremos e isolados.
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2:22 - 2:28Há um número crescente de lugares
que se tornam mais quentes do que eram. -
2:28 - 2:31Em casas sem ar-condicionado,
esse calor pode até causar mortes. -
2:31 - 2:35Por exemplo, o índice de calor
dentro das casas, no Harlem, -
2:35 - 2:38fica perigosamente elevado
durante a noite, -
2:38 - 2:40mesmo quando esfria do lado de fora.
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2:40 - 2:43E à medida que a mudança climática
aumenta a temperatura média, -
2:43 - 2:46desigualdades como essas
ficarm mais óbvias. -
2:46 - 2:49Não é que os Estados Unidos
não tentaram resolver -
2:49 - 2:50esses problemas antes.
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2:51 - 2:54A luta por justiça ambiental nos EUA
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2:54 - 2:57surgiu em 1982 em Warren County,
na Carolina do Norte, -
2:57 - 3:00quando moradores
protestaram em massa -
3:00 - 3:03contra um plano para colocar
terra contaminada em um lixão próximo. -
3:03 - 3:07A Agência de Proteção Ambiental
dos EUA, cuja sigla em inglês é EPA, -
3:07 - 3:09descobriu que lixões parecidos
nos estados do sul -
3:09 - 3:12se encontravam em comunidades
com pessoas negras e de baixa renda. -
3:12 - 3:17Anos depois, um relatório mostrou
que isso era um padrão no país. -
3:17 - 3:18Instalações de resíduos nocivos
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3:18 - 3:21ficavam, mais frequentemente,
nas comunidades de minorias. -
3:22 - 3:23A prova era inegável.
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3:23 - 3:27Em 1992, o presidente George H. W. Bush
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3:27 - 3:30fundou o “Office of Enviromental
Justice”, um órgão da EPA. -
3:30 - 3:31Dois anos depois,
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3:31 - 3:33Bill Clinton assinou uma ordem executiva
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3:33 - 3:38que adotou a justiça ambiental
em todas as políticas, -
3:38 - 3:40e incluiu efetivamente
proteções ambientais -
3:40 - 3:41na lei de direitos civis.
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3:41 - 3:44Parecia que estava indo
tudo bem, certo? -
3:44 - 3:46Mas houve estagnação
das políticas de justiça ambiental -
3:46 - 3:51quando George W. Bush mudou o foco
do Office of Environmental Justice -
3:51 - 3:54de proteger comunidades
pobres e minorias -
3:54 - 3:56para proteger todas as pessoas.
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3:56 - 4:00Parecia ser bom. Na prática,
significou dispersar os esforços -
4:00 - 4:02em proteger as pessoas
que mais precisavam. -
4:02 - 4:05Ao mesmo tempo, muitos pedidos
de direitos civis ambientais -
4:05 - 4:08foram negados por anos
ou simplesmente rejeitados. -
4:08 - 4:10Após a eleição de Barack Obama,
-
4:10 - 4:13sua administração se comprometeu
com a justiça ambiental. -
4:13 - 4:15Os democratas controlaram
a Câmara, o Senado, -
4:15 - 4:17e a Casa Branca, por dois anos.
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4:17 - 4:21Mas quantas leis foram aprovadas
para fortalecer a justiça ambiental? -
4:21 - 4:22Nenhuma!
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4:22 - 4:25Hoje, o próprio financiamento
da EPA está sob ameaça, -
4:25 - 4:27e as comunidades carentes
permanecem em risco. -
4:27 - 4:31É fácil supor que a mudança climática
vai nos afetar igualmente. -
4:31 - 4:34Mas a verdade é que todas
as comunidades ao nosso redor, -
4:34 - 4:36inclusive a sua,
-
4:36 - 4:39podem ser forçadas a suportar
um impacto desigual da mudança. -
4:40 - 4:42Se quisermos mudar isso,
-
4:42 - 4:46devemos reconhecer as desigualdades
e nos engajar mais com as comunidades. -
4:46 - 4:48Dessa forma, ao buscamos soluções,
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4:48 - 4:51todo mundo terá voz.
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4:51 - 4:53Obrigado por assistir Hot Mess.
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4:53 - 4:56Se gosta dos vídeos, por favor,
vá para nossa página do Patreon. -
4:56 - 4:58Seu apoio nos ajudará
a prodduzir mais vídeos -
4:58 - 5:01e a reduzir o impacto climático
que eles mostram. -
5:01 - 5:04E você também ganhará
um mateiral exclusivo. -
5:04 - 5:06Clique no botão Patreon
para saber mais. -
5:06 - 5:08♪ (som de bateria) ♪
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5:08 - 5:09Tradutor: John Silva
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5:09 - 5:11Revisor: Ruy Lopes Pereira
- Title:
- Por que a mudança climática é anti-justiça
- Description:
-
As estações membros da PBS contam com telespectadores como você. Para apoiar sua estação local, acesse: http://to.pbs.org/DonateMESS
↓ Mais informações abaixo ↓O que você pensa quando ouve as palavras "mudança climática"? Provavelmente, você pode pensar na natureza triste, em algum lugar distante. Mas a mudança climática também afeta os humanos, em todos os cantos do mundo, incluindo o canto onde você mora, e onde eu moro. Isso afeta as pessoas e os lugares que vemos todos os dias e afetará alguns de nós mais do que outros.
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Apresentador / Escritor: Talia Buford, ProPublica
Diretor de Criação: David Schulte
Editores / animadores: Karl Boettcher & Derek Borsheim
Produtores: Stephanie Noone e Amanda Fox
Editor-chefe: Joe Hanson, Ph.D.
Editor de história: Alex Reich-----------
Produzido por PBS Digital Studios
Música Tema: Eric Friend / Áudio Ótico
Música: APM
Imagens de arquivo de http://www.shutterstock.comAgradecemos aos financiadores da Peril & Promise por apoiar o PBS Digital Studios. Peril & Promise é uma iniciativa nacional de mídia pública da WNET que conta histórias humanas sobre as mudanças climáticas e suas soluções. Saiba mais em: http://www.pbs.org/wnet / perigo-e-promessa /
- Video Language:
- English
- Team:
- Amplifying Voices
- Project:
- Environment and Climate Change
- Duration:
- 05:11
Ruy Lopes Pereira edited Portuguese, Brazilian subtitles for Why Climate Change is Anti-Justice | Hot Mess | ||
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