Ed Boyden: Um interruptor para os neurônios
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0:00 - 0:02Pense no dia de vocês por um segundo.
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0:02 - 0:05Vocês acordaram, sentiram o ar fresco no rosto quando saíram pela porta,
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0:05 - 0:07conheceram colegas novos e tiveram discussões interessantes,
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0:07 - 0:09e sentiram-se maravilhados ao descobrirem algo novo.
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0:09 - 0:11Mas eu aposto que há algo em que vocês não pensaram hoje –
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0:11 - 0:13algo tão familiar
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0:13 - 0:15que provavelmente nem pensam nisto com frequência.
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0:15 - 0:17É que todas as sensações, sentimentos,
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0:17 - 0:19decisões e ações
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0:19 - 0:21são mediadas pelo computador que está nas suas cabeças
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0:21 - 0:23chamado cérebro.
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0:23 - 0:25Visto de fora, o cérebro pode não parecer grande coisa –
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0:25 - 0:27um quilo e pouco de matéria rosa-cinzenta,
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0:27 - 0:29amorfa –
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0:29 - 0:31mas os últimos 100 anos da neurociência
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0:31 - 0:33nos permitiram ver o cérebro de perto,
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0:33 - 0:35e notar a complexidade do que está por dentro.
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0:35 - 0:37E isso nos mostrou que esse cérebro
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0:37 - 0:39é um circuito incrivelmente complexo
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0:39 - 0:43composto por centenas de milhões de células chamadas neurônios.
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0:43 - 0:46Ao contrário de um computador projetado pelo Homem,
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0:46 - 0:48em que há um número relativamente pequeno de partes diferentes –
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0:48 - 0:51nós sabemos como funcionam, porque fomos nós que as concebemos –
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0:51 - 0:54o cérebro é feito de milhares de tipos de células diferentes,
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0:54 - 0:56talvez dezenas de milhares.
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0:56 - 0:58Elas têm diferentes formas; são feitas de diversas moléculas;
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0:58 - 1:01e elas projetam e se conectam com diferentes regiões cerebrais.
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1:01 - 1:04E também se modificam conforme o estado de diferentes doenças.
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1:04 - 1:06Vamos tornar isso concreto.
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1:06 - 1:08Há uma classe de células,
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1:08 - 1:11uma célula relativamente pequena, inibitória, que acalma as suas vizinhas.
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1:11 - 1:15É uma das células que parece estar atrofiada em casos como a esquizofrenia.
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1:15 - 1:17Chama-se "basket cell" [célula em forma de cesta].
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1:17 - 1:19E essa é uma entre mil tipos de células
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1:19 - 1:21sobre as quais estamos aprendendo.
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1:21 - 1:23São descobertas novas células todos os dias.
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1:23 - 1:25Como segundo exemplo:
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1:25 - 1:27há células piramidais, células grandes,
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1:27 - 1:29elas podem ocupar um espaço significativo do cérebro.
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1:29 - 1:31Elas são excitatórias.
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1:31 - 1:33E estas são algumas das células
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1:33 - 1:36que podem estar hiperativas em doenças como a epilepsia.
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1:36 - 1:38Cada uma destas células
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1:38 - 1:41é um incrível dispositivo elétrico.
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1:41 - 1:43Elas recebem impulsos de milhares de parceiros superiores
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1:43 - 1:46e calculam suas próprias respostas elétricas,
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1:46 - 1:48que, caso passem um certo campo,
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1:48 - 1:50chegam a milhares de parceiros inferiores.
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1:50 - 1:53E este processo, que dura apenas cerca de um milissegundo,
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1:53 - 1:55acontece milhares de vezes por minuto
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1:55 - 1:57em cada uma das suas 100 bilhões de células,
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1:57 - 1:59enquanto vocês viverem,
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1:59 - 2:02pensarem e sentirem.
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2:02 - 2:05Então, como vamos descobrir o que este circuito faz?
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2:05 - 2:07O ideal seria irmos através do circuito
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2:07 - 2:10ligando e desligando esses diferentes tipos de células
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2:10 - 2:12para ver se descobrimos
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2:12 - 2:14quais contribuem para certas funções
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2:14 - 2:16e quais funcionam mal em certas patologias.
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2:16 - 2:19Se pudéssemos ativar células, poderíamos ver que poderes podem desencadear,
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2:19 - 2:21que processos podem iniciar e sustentar.
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2:21 - 2:23Se pudéssemos desligá-las,
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2:23 - 2:25então poderíamos tentar descobrir para que são necessárias.
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2:25 - 2:28E esta é a história que vou contar hoje.
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2:28 - 2:31E, honestamente, nós temos andado por aqui nos últimos 11 anos,
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2:31 - 2:33tentando descobrir maneiras
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2:33 - 2:35de modificar circuitos, células, regiões e caminhos do cérebro
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2:35 - 2:37ligados e desligados,
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2:37 - 2:39tanto para entendermos a ciência,
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2:39 - 2:42como para confrontar algumas questões
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2:42 - 2:45a respeito de todos os humanos.
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2:45 - 2:48Antes de falar sobre a tecnologia,
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2:48 - 2:51a má noticia é que uma parte significativa de nós nesta sala,
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2:51 - 2:53se vivermos tempo suficiente,
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2:53 - 2:55vai enfrentar, talvez, uma desordem cerebral.
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2:55 - 2:57Atualmente, bilhões de pessoas
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2:57 - 2:59tiveram algum tipo de distúrbio cerebral
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2:59 - 3:01que os deixou incapacitados.
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3:01 - 3:03E ainda assim os números não fazem justiça.
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3:03 - 3:05Estes distúrbios – esquizofrenia, Alzheimer,
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3:05 - 3:07depressão, dependência –
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3:07 - 3:10não só nos tiram tempo de vida, como mudam quem somos;
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3:10 - 3:12roubam a nossa identidade e alteram nossas emoções –
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3:12 - 3:15e mudam quem somos como pessoas.
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3:15 - 3:18No século 20,
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3:18 - 3:21havia alguma esperança que surgiu
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3:21 - 3:24com o desenvolvimento de medicamentos para tratar distúrbios cerebrais.
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3:24 - 3:27E enquanto foram desenvolvidos muitos medicamentos
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3:27 - 3:29que podem aliviar os sintomas dos distúrbios cerebrais,
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3:29 - 3:32praticamente nenhum deles pode ser considerado curável.
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3:32 - 3:35E parte disso porque mergulhamos o cérebro em drogas.
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3:35 - 3:37Este circuito elaborado
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3:37 - 3:39feito de milhares de diferentes tipos de células
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3:39 - 3:41está sendo mergulhado em substâncias.
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3:41 - 3:43É também por isso, talvez, que a maioria, mas não todas, das drogas no mercado,
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3:43 - 3:46pode apresentar efeitos colaterais severos.
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3:46 - 3:49Algumas pessoas têm tirado algum consolo
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3:49 - 3:52de estimuladores elétricos que são implantados no cérebro.
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3:52 - 3:54E para o Mal de Parkinson,
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3:54 - 3:56os implantes cocleares,
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3:56 - 3:58estes têm sido, na verdade,
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3:58 - 4:00capazes de proporcionar algum tipo de recuperação
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4:00 - 4:02a pessoas com certo tipo de distúrbios.
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4:02 - 4:04Mas a eletricidade se estende em todas as direções –
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4:04 - 4:06o caminho de menor resistência,
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4:06 - 4:08que é de onde, em parte, vem a expressão.
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4:08 - 4:11E vai afetar tanto os circuitos normais quanto os que se quer curar
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4:11 - 4:13Novamente, nós retomamos a ideia
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4:13 - 4:15de controle ultra-preciso.
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4:15 - 4:18Podemos enviar informação exatamente aonde queremos que ela vá?
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4:19 - 4:23Quando comecei na neurociência, há 11 anos,
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4:23 - 4:26trabalhei como engenheiro eletrônico e como físico,
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4:26 - 4:28e a primeira coisa em que pensei foi,
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4:28 - 4:30se estes neurônios são dispositivos elétricos,
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4:30 - 4:32tudo o que precisamos fazer é encontrar uma maneira
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4:32 - 4:34de controlar essas alterações elétricas à distância.
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4:34 - 4:36Se pudéssemos ativar a eletricidade em uma célula,
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4:36 - 4:38mas não nas vizinhas,
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4:38 - 4:41isso nos daria a ferramenta necessária para ativar e desativar essas diferentes células,
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4:41 - 4:43descobrir o que elas fazem e como contribuem
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4:43 - 4:45com as redes em que estão envolvidas.
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4:45 - 4:47Além disso, nos permitiria ter o controle ultra-preciso de que precisamos
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4:47 - 4:50para corrigirmos os cálculos do circuito
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4:50 - 4:52que não deram certo.
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4:52 - 4:54E como vamos fazer isso?
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4:54 - 4:56Bem, existem muitas moléculas na natureza,
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4:56 - 4:59que são capazes de converter luz em eletricidade.
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4:59 - 5:01Vocês podem pensar nelas como pequenas proteínas
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5:01 - 5:03que funcionam como células solares.
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5:03 - 5:06Se pudermos instalar estas moléculas em neurônios,
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5:06 - 5:09então esses neurônios seriam eletricamente controláveis pela luz.
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5:09 - 5:12E seus vizinhos, que não teriam essa molécula, não.
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5:12 - 5:14Há outro truque mágico necessário para isso acontecer,
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5:14 - 5:17que é a capacidade de levar luz para dentro do cérebro.
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5:17 - 5:20Para fazer isso – o cérebro não sente dor – pode-se colocar –
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5:20 - 5:22se aproveitando de todo o esforço
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5:22 - 5:24dirigido para a internet e comunicações e tudo o mais –
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5:24 - 5:26fibra óptica conectada a lasers
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5:26 - 5:28que se pode usar para ativar, em cobaias animais por exemplo,
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5:28 - 5:30em estudos pré-clínicos,
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5:30 - 5:32esses neurônios e ver o que eles fazem.
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5:32 - 5:34Como fazer isso?
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5:34 - 5:36Por volta de 2004,
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5:36 - 5:38com a colaboração de Gerhard Nagel e Karl Deisseroth,
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5:38 - 5:40essa visão se concretizou.
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5:40 - 5:43Existe uma alga aquática,
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5:43 - 5:45que precisa navegar na direção da luz
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5:45 - 5:47para conseguir fotossintetizar perfeitamente.
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5:47 - 5:49A alga detecta a luz com uma espécie de olho,
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5:49 - 5:52que funciona de uma maneira não muito distinta dos nossos olhos.
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5:52 - 5:54Na sua membrana, ou nos seus limites,
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5:54 - 5:57existem pequenas proteínas
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5:57 - 6:00que na verdade convertem luz em eletricidade.
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6:00 - 6:03Estas moléculas chamam-se "channelrhodospins".
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6:03 - 6:06E cada uma dessas proteínas age como a célula solar de que falei.
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6:06 - 6:09Quando a luz azul lhe atinge, abre um pequeno buraco
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6:09 - 6:11e permite que as partículas carregadas entrem no olho.
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6:11 - 6:13Isto faz com que este olho tenha um sinal elétrico
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6:13 - 6:16tal como uma célula solar carregando uma bateria.
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6:16 - 6:18Então, o que temos de fazer é pegar essas moléculas e,
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6:18 - 6:20de alguma maneira, instalá-las nos neurônios.
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6:20 - 6:22E por ser uma proteína,
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6:22 - 6:25elas são codificadas pelo DNA desse organismo.
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6:25 - 6:27Então tudo que precisamos de fazer é pegar nesse DNA,
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6:27 - 6:30colocá-lo num vetor de terapia genética, como um vírus,
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6:30 - 6:33e introduzi-lo nos neurônios.
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6:33 - 6:36Este acabou se tornando um momento muito produtivo na terapia genética,
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6:36 - 6:38e muitos vírus colaboraram.
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6:38 - 6:40E isto tornou-se muito simples de fazer.
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6:40 - 6:43E assim, numa manhã do verão de 2004,
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6:43 - 6:45nós decidimos arriscar, e funcionou na primeira tentativa.
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6:45 - 6:48Pega-se neste DNA e coloca-se no neurônio.
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6:48 - 6:51O neurônio usa seu mecanismo natural de produção de proteínas
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6:51 - 6:53para fabricar essas proteínas sensíveis à luz
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6:53 - 6:55e instalá-las em toda a célula,
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6:55 - 6:57como se colocasse painéis solares num telhado.
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6:57 - 6:59E a próxima coisa que se sabe,
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6:59 - 7:01é que temos um neurônio que pode ser ativado pela luz.
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7:01 - 7:03Isso tem muito potencial.
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7:03 - 7:05Um dos truques que se tem de fazer
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7:05 - 7:07é descobrir como colocar esses genes nas células que queremos
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7:07 - 7:09e não em todas as células vizinhas.
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7:09 - 7:11E pode-se fazer isso, pode-se ajustar os vírus
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7:11 - 7:13para atingirem apenas umas células e não as outras.
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7:13 - 7:15E há outros truques genéticos que se podem usar
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7:15 - 7:18para ter-se células ativadas por luz.
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7:18 - 7:22Este campo veio a ser designado como Optogenética.
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7:22 - 7:24E apenas como um exemplo do que se pode fazer,
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7:24 - 7:26podemos pegar em uma rede complexa,
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7:26 - 7:28usar um destes vírus para entregar o gene
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7:28 - 7:31apenas a um tipo de célula desta rede densa.
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7:31 - 7:33E quando se ilumina a rede toda,
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7:33 - 7:35apenas esse tipo de célula será ativada.
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7:35 - 7:38Assim, por exemplo, vamos imaginar aquela "basket cell" de que falei antes –
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7:38 - 7:40aquela que está atrofiada na esquizofrenia
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7:40 - 7:42e que é inibitória.
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7:42 - 7:44Se pudermos colocar esse gene nestas células –
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7:44 - 7:47e elas não serão alteradas pela expressão do gene, é claro –
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7:47 - 7:50e depois incidirmos luz azul sobre toda a rede cerebral,
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7:50 - 7:52apenas estas células serão dirigidas.
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7:52 - 7:54E quando a luz se apaga, estas células voltam ao normal,
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7:54 - 7:57e elas não parecem ser adversas ao procedimento.
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7:57 - 7:59Podemos não só usar este procedimento para estudar o que as células fazem,
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7:59 - 8:01qual é o seu poder no funcionamento cerebral,
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8:01 - 8:03como também podemos usar isto para tentar descobrir –
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8:03 - 8:05bem, talvez nós pudéssemos estimular a atividade destas células,
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8:05 - 8:07caso elas estejam verdadeiramente atrofiadas.
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8:07 - 8:09Agora, eu quero contar algumas pequenas histórias
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8:09 - 8:11sobre como estamos a aplicar isto,
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8:11 - 8:14tanto a nível científico, como clínico e pré-clínico.
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8:14 - 8:16Uma das questões que temos confrontado é:
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8:16 - 8:19Quais são os sinais cerebrais que intermedeiam a sensação de recompensa?
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8:19 - 8:21Porque se pudéssemos encontrá-los,
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8:21 - 8:23esses seriam alguns dos sinais que poderiam orientar a aprendizagem.
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8:23 - 8:25O cérebro fará mais daquilo que conseguir essa recompensa.
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8:25 - 8:28E, ainda, estes são sinais que funcionam mal em desordens como a dependência.
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8:28 - 8:30Se pudéssemos descobrir quais são estas células,
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8:30 - 8:32nós talvez pudéssemos encontrar novos alvos
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8:32 - 8:34para os quais os medicamentos poderiam ser direcionados ou adaptados,
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8:34 - 8:36ou talvez os pontos em que os eletrodos seriam colocados
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8:36 - 8:39em pessoas com deficiências severas.
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8:39 - 8:41Assim, para fazer isto, nós elaboramos um paradigma
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8:41 - 8:43muito simples em colaboração com o grupo Fiorella,
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8:43 - 8:45em que em um lado desta pequena caixa,
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8:45 - 8:47se o animal for lá, recebe um pulso de luz
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8:47 - 8:49para tornar diferentes células cerebrais sensíveis à luz.
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8:49 - 8:51Assim, se estas células puderem intermediar a recompensa,
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8:51 - 8:53o animal deverá aproximar-se cada vez mais.
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8:53 - 8:55E é isto que acontece.
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8:55 - 8:57Este animal vai para o lado direito e coloca lá o nariz,
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8:57 - 8:59e a cada vez que o faz, recebe um flash de luz azul.
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8:59 - 9:01E ele fará isso centenas e centenas de vezes.
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9:01 - 9:03Estes são neurônios de dopamina,
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9:03 - 9:05dos quais alguns de vocês já devem ter ouvido falar associados a centros de prazer no cérebro.
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9:05 - 9:07Nós mostramos que uma breve ativação destes neurônios
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9:07 - 9:09é suficiente, na verdade, para guiar a aprendizagem.
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9:09 - 9:11Podemos generalizar esta ideia.
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9:11 - 9:13Em vez de um ponto no cérebro,
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9:13 - 9:15podemos criar dispositivos que envolvem o cérebro todo,
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9:15 - 9:17que podem levar luz em padrões tridimensionais –
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9:17 - 9:19matrizes de fibra óptica,
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9:19 - 9:21cada uma acoplada à sua pequena fonte de luz independente.
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9:21 - 9:23E então podemos tentar fazer coisas "in vivo",
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9:23 - 9:26que até agora só foram feitas num prato –
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9:26 - 9:28como seleção de alta qualidade em todo o cérebro
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9:28 - 9:30dos sinais que podem fazer certas coisas acontecerem.
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9:30 - 9:32Ou eles podem ser bons alvos clínicos
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9:32 - 9:34para tratar deficiências cerebrais.
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9:34 - 9:36E uma história que quero dizer sobre isto
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9:36 - 9:39é como podemos encontrar alvos para tratar o transtorno do estresse pós-traumático –
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9:39 - 9:42uma forma de ansiedade e medo descontrolados.
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9:42 - 9:44E uma das coisas que fizemos
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9:44 - 9:47foi adotar o modelo clássico de medo.
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9:47 - 9:50Isto remonta ao tempo de Pavlov.
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9:50 - 9:52É chamado Condicionamento do Medo de Pavlov –
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9:52 - 9:54em que um som termina com a introdução de um pequeno choque.
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9:54 - 9:56O choque não é doloroso, mas é um pouco atordoante.
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9:56 - 9:58E com o tempo – um rato, neste caso,
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9:58 - 10:00que é um bom modelo animal, frequentemente utilizado neste tipo de experiências –
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10:00 - 10:02o animal aprende a temer o som.
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10:02 - 10:04O animal vai se paralizar
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10:04 - 10:06como uma espécie de veado perante os faróis de um carro.
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10:06 - 10:09Agora, a questão é, que alvos podemos encontrar no cérebro
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10:09 - 10:11que nos permitem superar este medo?
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10:11 - 10:13Assim, o que fazemos é reproduzir outra vez
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10:13 - 10:15o som depois dele ter sido associado ao medo.
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10:15 - 10:17Mas nós ativamos diferentes alvos cerebrais,
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10:17 - 10:20usando a matriz de fibra óptica de que falei nos slides anteriores,
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10:20 - 10:22no sentido de descobrir que alvos
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10:22 - 10:25podem levar o cérebro a apagar essa memória do medo.
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10:25 - 10:27E este pequeno vídeo
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10:27 - 10:29mostra um destes pequenos alvos no qual estamos trabalhando agora.
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10:29 - 10:31Esta é uma área no cortex pré-frontal,
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10:31 - 10:34uma região em que podemos usar a cognição para tentar superar estados emocionais aversivos.
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10:34 - 10:36E o animal vai ouvir um som – e um flash de luz aparece.
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10:36 - 10:38Não há audio no vídeo, mas vocês podem ver o animal assustado.
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10:38 - 10:40Este som costumava significar más notícias.
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10:40 - 10:42E há um pequeno relógio no canto esquerdo inferior,
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10:42 - 10:45assim vocês podem ver que o animal está nisto há dois minutos.
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10:45 - 10:47E este próximo slide
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10:47 - 10:49é de 8 minutos depois.
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10:49 - 10:52E o mesmo som vai ser reproduzido, e a luz vai aparecer outra vez.
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10:52 - 10:55Ok, aqui está. Agora.
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10:55 - 10:58E aqui vocês podem ver, 10 minutos após o início da experiência,
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10:58 - 11:01que nós equipamos o cérebro pela fotoativação desta área
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11:01 - 11:03para suprimir a expressão
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11:03 - 11:05da memória deste medo.
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11:05 - 11:08Nos últimos anos, nós voltamos à árvore da vida,
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11:08 - 11:11porque queríamos encontrar maneiras de desligar circuitos cerebrais.
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11:11 - 11:14Se pudéssemos fazer isso, seria extremamente importante.
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11:14 - 11:17Se pudéssemos apagar algumas células por apenas alguns milissegundos ou segundos,
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11:17 - 11:19podíamos descobrir qual o papel que elas desempenham
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11:19 - 11:21nos circuitos em que estão inseridas.
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11:21 - 11:23E até agora nós investigamos em todos os organismos da árvore da vida –
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11:23 - 11:26todos os reinos da vida exceto o dos animais, que vemos ligeiramente diferente.
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11:26 - 11:29E encontramos todo tipo de moléculas, são chamadas "halorhodopsins" ou "archaerhodopsins",
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11:29 - 11:31que respondem à luz verde e amarela.
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11:31 - 11:33E elas fazem o oposto da molécula de que falei antes
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11:33 - 11:36com o ativador da luz azul channelrhodopsin.
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11:37 - 11:40Vamos dar um exemplo de onde achamos que isto vai dar.
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11:40 - 11:43Considerem, por exemplo, uma condição como a epilepsia,
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11:43 - 11:45onde o cérebro é hiperativo.
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11:45 - 11:47Se os medicamentos falharem no tratamento da epilepsia,
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11:47 - 11:49uma das estratégias é remover parte do cérebro.
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11:49 - 11:51Mas isso é obviamente irreversível, e podem existir efeitos colaterais.
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11:51 - 11:54E se pudéssemos desligar esse cérebro por um certo tempo,
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11:54 - 11:57até a convulsão passar,
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11:57 - 12:00e levar o cérebro a ser restaurado até ao seu estado inicial –
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12:00 - 12:03uma espécie de sistema dinâmico que está sendo levado a um estado estável.
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12:03 - 12:06Esta animação tenta explicar este conceito
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12:06 - 12:08em que tornamos estas células sensíveis de modo a serem desligadas com a luz,
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12:08 - 12:10e inserimos luz no interior,
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12:10 - 12:12e apenas pelo tempo necessário para deter a convulsão,
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12:12 - 12:14esperamos ser capazes de as desligar.
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12:14 - 12:16Nós não temos dados para mostrar neste aspecto,
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12:16 - 12:18mas estamos muito entusiasmados com isto.
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12:18 - 12:20Agora, quero terminar com uma história,
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12:20 - 12:22que nós consideramos outra possibilidade –
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12:22 - 12:24talvez estas moléculas, se tivermos controle ultra-preciso,
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12:24 - 12:26possam ser usadas no próprio cérebro
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12:26 - 12:29para fazer um novo tipo de próteses, uma prótese óptica.
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12:29 - 12:32Eu já falei que os estimuladores elétricos não são raros.
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12:32 - 12:3575 mil pessoas têm estimuladores cerebrais Parkinsonianos implantados.
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12:35 - 12:37Talvez 100 mil pesssoas tenham implantes cocleares,
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12:37 - 12:39que lhes permitem ouvir.
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12:39 - 12:42Este é outro exemplo, onde podemos introduzir estes genes nas células.
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12:42 - 12:45E uma nova esperança na terapia genética tem se desenvolvido
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12:45 - 12:47porque vírus como o Vírus Adeno-Associado,
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12:47 - 12:49que provavelmente a maioria de nós nesta sala possuímos,
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12:49 - 12:51sem manifestação de qualquer sintoma,
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12:51 - 12:53que tem sido usado em centenas de pacientes
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12:53 - 12:55para introduzir genes no cérebro ou no corpo.
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12:55 - 12:57E até agora, não ocorreram efeitos adversos graves
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12:57 - 12:59associados ao vírus.
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12:59 - 13:02Há um último elefante na sala, as próprias proteínas,
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13:02 - 13:04que vêm das algas, bactérias e fungos,
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13:04 - 13:06e de toda a árvore da vida.
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13:06 - 13:08A maioria de nós não tem fungos ou algas no cérebro,
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13:08 - 13:10então, o que nosso cérebro fará se nós os colocarmos lá?
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13:10 - 13:12Será que as células vão tolerá-los? O sistema imunológico irá reagir?
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13:12 - 13:14Nesta fase inicial – isto ainda não foi feito em humanos –
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13:14 - 13:16nós estamos trabalhando numa série de estudos
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13:16 - 13:18para experimentar e examinar isto.
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13:18 - 13:21E até agora ainda não vimos nenhuma grande reação severa
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13:21 - 13:23ocorrer a estas moléculas
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13:23 - 13:26ou à iluminação do cérebro com luz.
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13:26 - 13:29Ainda é cedo, mas estamos entusiasmados com isto.
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13:29 - 13:31Eu quero fechar com uma história,
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13:31 - 13:33que achamos que poderá ter potencial
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13:33 - 13:35para aplicação clínica.
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13:35 - 13:37Há muitos tipos de cegueira
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13:37 - 13:39em que os fotorreceptores,
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13:39 - 13:42os nossos sensores de luz que estão na parte de trás do olho, já não funcionam.
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13:42 - 13:44E a retina, é claro, é uma estrutura complexa.
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13:44 - 13:46Agora vamos focar aqui, para podermos ver detalhadamente.
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13:46 - 13:49As células fotorreceptoras aparecem aqui no topo,
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13:49 - 13:51e depois, os sinais que são detectados pelos fotorreceptores
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13:51 - 13:53são transformados por vários processos,
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13:53 - 13:56até que a última camada de células do fundo, as células gangliais,
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13:56 - 13:58transmitem a informação ao cérebro,
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13:58 - 14:00onde vemos isso como uma percepção.
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14:00 - 14:03Em muitas formas de cegueira, como a retinite pigmentosa,
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14:03 - 14:05ou a degeneração macular,
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14:05 - 14:08as células fotorreceptoras atrofiaram ou foram destruídas.
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14:08 - 14:10Como podemos consertar isto?
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14:10 - 14:13Não é sequer claro que um medicamento possa restaurar isto,
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14:13 - 14:15porque não há nada onde a substância possa se ligar.
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14:15 - 14:17Por outro lado, a luz continua a chegar ao olho.
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14:17 - 14:20O olho ainda é transparente e recebe luz no interior.
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14:20 - 14:23Então, e se nós pudermos pegar nestas channelrhodopsins e em outras moléculas
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14:23 - 14:25e instalá-las em algumas destas outras células reservas
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14:25 - 14:27e convertê-las em pequenas câmeras.
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14:27 - 14:29E como existem tantas células destas no olho,
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14:29 - 14:32provavelmente, elas poderiam ser câmeras de alta-resolução.
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14:32 - 14:34Este um dos trabalho que estamos realizando.
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14:34 - 14:36Está sendo liderado por um dos nossos colaboradores,
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14:36 - 14:38Alan Horsager, da USC,
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14:38 - 14:41e procurado para comercialização por uma empresa recente, Eos Neuroscience,
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14:41 - 14:43criada pelo NIH.
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14:43 - 14:45E o que vocês veem aqui é um rato tentando resolver um labirinto.
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14:45 - 14:47É um labirinto de seis braços. E há água no labirinto
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14:47 - 14:49para motivar o rato a se mover, senão ele ficaria apenas ali parado.
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14:49 - 14:51E o objetivo, óbvio, deste labirinto
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14:51 - 14:53é sair da água e ir para uma pequena plataforma
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14:53 - 14:55que está sob a porta de cima.
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14:55 - 14:58Os ratos são espertos, por isso este rato vai sair deste labirinto,
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14:58 - 15:00mas ele faz uma pesquisa exaustiva.
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15:00 - 15:03Ele nada por todas as avenidas até que entra finalmente na plataforma.
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15:03 - 15:05Ele não está usando a visão para isso.
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15:05 - 15:07Estes ratos são o resultado de diferentes mutações
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15:07 - 15:10que retratam diferentes tipos de cegueira que afetam os humanos.
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15:10 - 15:13E nós temos sido cuidadosos em olhar para estes modelos diferentes,
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15:13 - 15:15e por isso temos uma abordagem generalizada.
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15:15 - 15:17Então como vamos resolver isto?
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15:17 - 15:19Vamos fazer exatamente o que mostrei no slide anterior.
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15:19 - 15:21Vamos usar estes fotossensores de luz azul
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15:21 - 15:23e instalá-los numa camada de células
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15:23 - 15:26no meio da retina, na parte de trás do olho,
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15:26 - 15:28e transformá-los numa câmera.
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15:28 - 15:30É como instalar células solares em todos aqueles neurônios
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15:30 - 15:32para torná-los sensíveis à luz.
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15:32 - 15:34Neles, a luz é convertida em eletricidade.
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15:34 - 15:37Este rato era cego semanas antes desta experiência
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15:37 - 15:40e recebeu uma dose desta molécula fotosensitiva em um vírus.
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15:40 - 15:42E agora vocês podem ver que o animal evita as paredes
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15:42 - 15:44e vai para esta pequena plataforma
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15:44 - 15:47e faz uso cognitivo dos seus olhos novamente.
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15:47 - 15:49E para realçar o valor disto:
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15:49 - 15:51estes animais são capazes de chegar à plataforma
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15:51 - 15:53tão depressa quanto os animais que sempre enxergaram.
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15:53 - 15:55Então eu penso que este estudo pré-clínico,
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15:55 - 15:57traz esperança para todo tipo de coisas
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15:57 - 15:59que esperamos fazer no futuro.
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15:59 - 16:02Para terminar, eu quero reforçar que nós também estamos explorando
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16:02 - 16:04novos modelos de negócios para este novo campo da neurotecnologia.
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16:04 - 16:06Estamos desenvolvendo estas ferramentas,
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16:06 - 16:08mas a partilhamos gratuitamente com centenas de grupos por todo o mundo,
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16:08 - 16:10de forma que as pessoas possam estudar e tentar curar diversas doenças.
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16:10 - 16:13E a nossa esperança é que, descobrindo os circuitos cerebrais
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16:13 - 16:16a um nível de abstração que nos permita restaurá-los e modificá-los,
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16:16 - 16:19possamos tomar algumas destas doenças incuráveis de que falei antes,
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16:19 - 16:21praticamente nenhuma delas curável,
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16:21 - 16:23e fazê-las virarem história no século XXI.
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16:23 - 16:25Obrigado.
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16:25 - 16:38(Aplausos)
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16:38 - 16:41Juan Enriquez: Algumas destas coisas são um pouco profundas.
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16:41 - 16:43(Risos)
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16:43 - 16:45Mas as implicações
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16:45 - 16:48de ser possível controlar as convulsões ou a epilepsia
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16:48 - 16:50com luz em vez de medicamentos,
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16:50 - 16:53e ser possível atingi-los especificamente
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16:53 - 16:55é um primeiro passo.
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16:55 - 16:57A segunda coisa que eu acho que o ouvi dizer
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16:57 - 17:00é que você agora pode controlar o cérebro com duas cores.
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17:00 - 17:02Como ligar/desligar.
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17:02 - 17:04Ed Boyen: É isso mesmo.
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17:04 - 17:07JE: O que faz com que cada impulso que viaja pelo cérebro seja um código binário.
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17:07 - 17:09EB: Sim.
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17:09 - 17:12Assim, com luz azul podemos guiar informação, e isso é como um 1.
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17:12 - 17:14E ao desligar, é mais ou menos como um zero.
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17:14 - 17:16A nossa esperança é que eventualmente construamos coprocessadores cerebrais
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17:16 - 17:18que trabalhem com o cérebro,
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17:18 - 17:21de forma que possamos ampliar as funções em pessoas com deficiências.
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17:21 - 17:23JE: E em teoria, isso quer dizer que,
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17:23 - 17:25tal como um rato sente, cheira,
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17:25 - 17:27ouve, toca,
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17:27 - 17:30você pode modular isso como uma sequência de uns e zeros.
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17:30 - 17:32EB: Certamente. Nós esperamos poder usar isto como uma maneira de testar
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17:32 - 17:34quais códigos neuronais podem levar a certos comportamentos
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17:34 - 17:36e a certos pensamentos e certos sentimentos,
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17:36 - 17:39e usar isso para compreender mais sobre o cérebro.
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17:39 - 17:42JE: Isso quer dizer que um dia poderemos fazer o download de memórias
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17:42 - 17:44e talvez o upload delas?
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17:44 - 17:46EB: Bem, isso é algo em que estamos começando a trabalhar arduamente.
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17:46 - 17:48Estamos agora trabalhando em um projeto
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17:48 - 17:50em que estamos tentando colocar o cérebro lado a lado com elementos memorizados.
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17:50 - 17:53Assim nós podemos registrar informação e depois devolvê-la –
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17:53 - 17:55o tipo de computação de que o cérebro precisa
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17:55 - 17:57para aumentar o processamento da informação.
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17:57 - 18:00JE: Bem, isso pode mudar algumas coisas. Obrigado. (EB: Obrigado.)
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18:00 - 18:03(Aplausos)
- Title:
- Ed Boyden: Um interruptor para os neurônios
- Speaker:
- Ed Boyden
- Description:
-
Ed Boyen demonstra como, pela inserção de proteínas sensíveis à luz em células cerebrais, pode ativar ou desativar seletivamente neurônios específicos através de implantes de fibra óptica. Com esse nível de controle sem precedentes, conseguiu tratar ratos com distúrbios similares à Síndrome de Estresse Pós-Traumático e certas formas de cegueira. Para o futuro: próteses neuronais. O moderador da sessão, Juan Enriquez, conduz um pequeno debate no final.
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- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 18:04