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Ed Boyden: Um interruptor para os neurônios

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    Pense no dia de vocês por um segundo.
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    Vocês acordaram, sentiram o ar fresco no rosto quando saíram pela porta,
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    conheceram colegas novos e tiveram discussões interessantes,
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    e sentiram-se maravilhados ao descobrirem algo novo.
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    Mas eu aposto que há algo em que vocês não pensaram hoje –
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    algo tão familiar
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    que provavelmente nem pensam nisto com frequência.
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    É que todas as sensações, sentimentos,
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    decisões e ações
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    são mediadas pelo computador que está nas suas cabeças
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    chamado cérebro.
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    Visto de fora, o cérebro pode não parecer grande coisa –
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    um quilo e pouco de matéria rosa-cinzenta,
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    amorfa –
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    mas os últimos 100 anos da neurociência
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    nos permitiram ver o cérebro de perto,
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    e notar a complexidade do que está por dentro.
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    E isso nos mostrou que esse cérebro
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    é um circuito incrivelmente complexo
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    composto por centenas de milhões de células chamadas neurônios.
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    Ao contrário de um computador projetado pelo Homem,
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    em que há um número relativamente pequeno de partes diferentes –
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    nós sabemos como funcionam, porque fomos nós que as concebemos –
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    o cérebro é feito de milhares de tipos de células diferentes,
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    talvez dezenas de milhares.
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    Elas têm diferentes formas; são feitas de diversas moléculas;
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    e elas projetam e se conectam com diferentes regiões cerebrais.
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    E também se modificam conforme o estado de diferentes doenças.
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    Vamos tornar isso concreto.
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    Há uma classe de células,
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    uma célula relativamente pequena, inibitória, que acalma as suas vizinhas.
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    É uma das células que parece estar atrofiada em casos como a esquizofrenia.
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    Chama-se "basket cell" [célula em forma de cesta].
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    E essa é uma entre mil tipos de células
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    sobre as quais estamos aprendendo.
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    São descobertas novas células todos os dias.
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    Como segundo exemplo:
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    há células piramidais, células grandes,
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    elas podem ocupar um espaço significativo do cérebro.
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    Elas são excitatórias.
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    E estas são algumas das células
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    que podem estar hiperativas em doenças como a epilepsia.
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    Cada uma destas células
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    é um incrível dispositivo elétrico.
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    Elas recebem impulsos de milhares de parceiros superiores
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    e calculam suas próprias respostas elétricas,
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    que, caso passem um certo campo,
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    chegam a milhares de parceiros inferiores.
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    E este processo, que dura apenas cerca de um milissegundo,
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    acontece milhares de vezes por minuto
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    em cada uma das suas 100 bilhões de células,
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    enquanto vocês viverem,
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    pensarem e sentirem.
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    Então, como vamos descobrir o que este circuito faz?
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    O ideal seria irmos através do circuito
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    ligando e desligando esses diferentes tipos de células
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    para ver se descobrimos
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    quais contribuem para certas funções
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    e quais funcionam mal em certas patologias.
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    Se pudéssemos ativar células, poderíamos ver que poderes podem desencadear,
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    que processos podem iniciar e sustentar.
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    Se pudéssemos desligá-las,
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    então poderíamos tentar descobrir para que são necessárias.
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    E esta é a história que vou contar hoje.
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    E, honestamente, nós temos andado por aqui nos últimos 11 anos,
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    tentando descobrir maneiras
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    de modificar circuitos, células, regiões e caminhos do cérebro
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    ligados e desligados,
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    tanto para entendermos a ciência,
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    como para confrontar algumas questões
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    a respeito de todos os humanos.
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    Antes de falar sobre a tecnologia,
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    a má noticia é que uma parte significativa de nós nesta sala,
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    se vivermos tempo suficiente,
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    vai enfrentar, talvez, uma desordem cerebral.
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    Atualmente, bilhões de pessoas
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    tiveram algum tipo de distúrbio cerebral
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    que os deixou incapacitados.
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    E ainda assim os números não fazem justiça.
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    Estes distúrbios – esquizofrenia, Alzheimer,
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    depressão, dependência –
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    não só nos tiram tempo de vida, como mudam quem somos;
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    roubam a nossa identidade e alteram nossas emoções –
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    e mudam quem somos como pessoas.
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    No século 20,
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    havia alguma esperança que surgiu
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    com o desenvolvimento de medicamentos para tratar distúrbios cerebrais.
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    E enquanto foram desenvolvidos muitos medicamentos
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    que podem aliviar os sintomas dos distúrbios cerebrais,
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    praticamente nenhum deles pode ser considerado curável.
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    E parte disso porque mergulhamos o cérebro em drogas.
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    Este circuito elaborado
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    feito de milhares de diferentes tipos de células
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    está sendo mergulhado em substâncias.
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    É também por isso, talvez, que a maioria, mas não todas, das drogas no mercado,
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    pode apresentar efeitos colaterais severos.
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    Algumas pessoas têm tirado algum consolo
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    de estimuladores elétricos que são implantados no cérebro.
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    E para o Mal de Parkinson,
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    os implantes cocleares,
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    estes têm sido, na verdade,
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    capazes de proporcionar algum tipo de recuperação
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    a pessoas com certo tipo de distúrbios.
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    Mas a eletricidade se estende em todas as direções –
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    o caminho de menor resistência,
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    que é de onde, em parte, vem a expressão.
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    E vai afetar tanto os circuitos normais quanto os que se quer curar
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    Novamente, nós retomamos a ideia
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    de controle ultra-preciso.
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    Podemos enviar informação exatamente aonde queremos que ela vá?
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    Quando comecei na neurociência, há 11 anos,
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    trabalhei como engenheiro eletrônico e como físico,
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    e a primeira coisa em que pensei foi,
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    se estes neurônios são dispositivos elétricos,
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    tudo o que precisamos fazer é encontrar uma maneira
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    de controlar essas alterações elétricas à distância.
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    Se pudéssemos ativar a eletricidade em uma célula,
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    mas não nas vizinhas,
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    isso nos daria a ferramenta necessária para ativar e desativar essas diferentes células,
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    descobrir o que elas fazem e como contribuem
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    com as redes em que estão envolvidas.
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    Além disso, nos permitiria ter o controle ultra-preciso de que precisamos
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    para corrigirmos os cálculos do circuito
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    que não deram certo.
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    E como vamos fazer isso?
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    Bem, existem muitas moléculas na natureza,
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    que são capazes de converter luz em eletricidade.
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    Vocês podem pensar nelas como pequenas proteínas
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    que funcionam como células solares.
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    Se pudermos instalar estas moléculas em neurônios,
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    então esses neurônios seriam eletricamente controláveis pela luz.
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    E seus vizinhos, que não teriam essa molécula, não.
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    Há outro truque mágico necessário para isso acontecer,
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    que é a capacidade de levar luz para dentro do cérebro.
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    Para fazer isso – o cérebro não sente dor – pode-se colocar –
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    se aproveitando de todo o esforço
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    dirigido para a internet e comunicações e tudo o mais –
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    fibra óptica conectada a lasers
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    que se pode usar para ativar, em cobaias animais por exemplo,
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    em estudos pré-clínicos,
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    esses neurônios e ver o que eles fazem.
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    Como fazer isso?
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    Por volta de 2004,
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    com a colaboração de Gerhard Nagel e Karl Deisseroth,
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    essa visão se concretizou.
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    Existe uma alga aquática,
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    que precisa navegar na direção da luz
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    para conseguir fotossintetizar perfeitamente.
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    A alga detecta a luz com uma espécie de olho,
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    que funciona de uma maneira não muito distinta dos nossos olhos.
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    Na sua membrana, ou nos seus limites,
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    existem pequenas proteínas
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    que na verdade convertem luz em eletricidade.
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    Estas moléculas chamam-se "channelrhodospins".
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    E cada uma dessas proteínas age como a célula solar de que falei.
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    Quando a luz azul lhe atinge, abre um pequeno buraco
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    e permite que as partículas carregadas entrem no olho.
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    Isto faz com que este olho tenha um sinal elétrico
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    tal como uma célula solar carregando uma bateria.
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    Então, o que temos de fazer é pegar essas moléculas e,
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    de alguma maneira, instalá-las nos neurônios.
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    E por ser uma proteína,
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    elas são codificadas pelo DNA desse organismo.
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    Então tudo que precisamos de fazer é pegar nesse DNA,
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    colocá-lo num vetor de terapia genética, como um vírus,
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    e introduzi-lo nos neurônios.
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    Este acabou se tornando um momento muito produtivo na terapia genética,
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    e muitos vírus colaboraram.
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    E isto tornou-se muito simples de fazer.
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    E assim, numa manhã do verão de 2004,
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    nós decidimos arriscar, e funcionou na primeira tentativa.
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    Pega-se neste DNA e coloca-se no neurônio.
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    O neurônio usa seu mecanismo natural de produção de proteínas
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    para fabricar essas proteínas sensíveis à luz
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    e instalá-las em toda a célula,
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    como se colocasse painéis solares num telhado.
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    E a próxima coisa que se sabe,
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    é que temos um neurônio que pode ser ativado pela luz.
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    Isso tem muito potencial.
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    Um dos truques que se tem de fazer
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    é descobrir como colocar esses genes nas células que queremos
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    e não em todas as células vizinhas.
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    E pode-se fazer isso, pode-se ajustar os vírus
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    para atingirem apenas umas células e não as outras.
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    E há outros truques genéticos que se podem usar
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    para ter-se células ativadas por luz.
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    Este campo veio a ser designado como Optogenética.
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    E apenas como um exemplo do que se pode fazer,
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    podemos pegar em uma rede complexa,
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    usar um destes vírus para entregar o gene
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    apenas a um tipo de célula desta rede densa.
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    E quando se ilumina a rede toda,
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    apenas esse tipo de célula será ativada.
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    Assim, por exemplo, vamos imaginar aquela "basket cell" de que falei antes –
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    aquela que está atrofiada na esquizofrenia
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    e que é inibitória.
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    Se pudermos colocar esse gene nestas células –
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    e elas não serão alteradas pela expressão do gene, é claro –
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    e depois incidirmos luz azul sobre toda a rede cerebral,
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    apenas estas células serão dirigidas.
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    E quando a luz se apaga, estas células voltam ao normal,
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    e elas não parecem ser adversas ao procedimento.
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    Podemos não só usar este procedimento para estudar o que as células fazem,
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    qual é o seu poder no funcionamento cerebral,
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    como também podemos usar isto para tentar descobrir –
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    bem, talvez nós pudéssemos estimular a atividade destas células,
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    caso elas estejam verdadeiramente atrofiadas.
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    Agora, eu quero contar algumas pequenas histórias
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    sobre como estamos a aplicar isto,
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    tanto a nível científico, como clínico e pré-clínico.
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    Uma das questões que temos confrontado é:
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    Quais são os sinais cerebrais que intermedeiam a sensação de recompensa?
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    Porque se pudéssemos encontrá-los,
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    esses seriam alguns dos sinais que poderiam orientar a aprendizagem.
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    O cérebro fará mais daquilo que conseguir essa recompensa.
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    E, ainda, estes são sinais que funcionam mal em desordens como a dependência.
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    Se pudéssemos descobrir quais são estas células,
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    nós talvez pudéssemos encontrar novos alvos
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    para os quais os medicamentos poderiam ser direcionados ou adaptados,
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    ou talvez os pontos em que os eletrodos seriam colocados
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    em pessoas com deficiências severas.
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    Assim, para fazer isto, nós elaboramos um paradigma
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    muito simples em colaboração com o grupo Fiorella,
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    em que em um lado desta pequena caixa,
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    se o animal for lá, recebe um pulso de luz
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    para tornar diferentes células cerebrais sensíveis à luz.
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    Assim, se estas células puderem intermediar a recompensa,
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    o animal deverá aproximar-se cada vez mais.
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    E é isto que acontece.
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    Este animal vai para o lado direito e coloca lá o nariz,
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    e a cada vez que o faz, recebe um flash de luz azul.
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    E ele fará isso centenas e centenas de vezes.
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    Estes são neurônios de dopamina,
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    dos quais alguns de vocês já devem ter ouvido falar associados a centros de prazer no cérebro.
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    Nós mostramos que uma breve ativação destes neurônios
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    é suficiente, na verdade, para guiar a aprendizagem.
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    Podemos generalizar esta ideia.
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    Em vez de um ponto no cérebro,
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    podemos criar dispositivos que envolvem o cérebro todo,
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    que podem levar luz em padrões tridimensionais –
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    matrizes de fibra óptica,
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    cada uma acoplada à sua pequena fonte de luz independente.
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    E então podemos tentar fazer coisas "in vivo",
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    que até agora só foram feitas num prato –
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    como seleção de alta qualidade em todo o cérebro
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    dos sinais que podem fazer certas coisas acontecerem.
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    Ou eles podem ser bons alvos clínicos
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    para tratar deficiências cerebrais.
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    E uma história que quero dizer sobre isto
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    é como podemos encontrar alvos para tratar o transtorno do estresse pós-traumático –
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    uma forma de ansiedade e medo descontrolados.
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    E uma das coisas que fizemos
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    foi adotar o modelo clássico de medo.
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    Isto remonta ao tempo de Pavlov.
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    É chamado Condicionamento do Medo de Pavlov –
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    em que um som termina com a introdução de um pequeno choque.
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    O choque não é doloroso, mas é um pouco atordoante.
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    E com o tempo – um rato, neste caso,
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    que é um bom modelo animal, frequentemente utilizado neste tipo de experiências –
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    o animal aprende a temer o som.
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    O animal vai se paralizar
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    como uma espécie de veado perante os faróis de um carro.
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    Agora, a questão é, que alvos podemos encontrar no cérebro
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    que nos permitem superar este medo?
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    Assim, o que fazemos é reproduzir outra vez
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    o som depois dele ter sido associado ao medo.
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    Mas nós ativamos diferentes alvos cerebrais,
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    usando a matriz de fibra óptica de que falei nos slides anteriores,
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    no sentido de descobrir que alvos
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    podem levar o cérebro a apagar essa memória do medo.
  • 10:25 - 10:27
    E este pequeno vídeo
  • 10:27 - 10:29
    mostra um destes pequenos alvos no qual estamos trabalhando agora.
  • 10:29 - 10:31
    Esta é uma área no cortex pré-frontal,
  • 10:31 - 10:34
    uma região em que podemos usar a cognição para tentar superar estados emocionais aversivos.
  • 10:34 - 10:36
    E o animal vai ouvir um som – e um flash de luz aparece.
  • 10:36 - 10:38
    Não há audio no vídeo, mas vocês podem ver o animal assustado.
  • 10:38 - 10:40
    Este som costumava significar más notícias.
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    E há um pequeno relógio no canto esquerdo inferior,
  • 10:42 - 10:45
    assim vocês podem ver que o animal está nisto há dois minutos.
  • 10:45 - 10:47
    E este próximo slide
  • 10:47 - 10:49
    é de 8 minutos depois.
  • 10:49 - 10:52
    E o mesmo som vai ser reproduzido, e a luz vai aparecer outra vez.
  • 10:52 - 10:55
    Ok, aqui está. Agora.
  • 10:55 - 10:58
    E aqui vocês podem ver, 10 minutos após o início da experiência,
  • 10:58 - 11:01
    que nós equipamos o cérebro pela fotoativação desta área
  • 11:01 - 11:03
    para suprimir a expressão
  • 11:03 - 11:05
    da memória deste medo.
  • 11:05 - 11:08
    Nos últimos anos, nós voltamos à árvore da vida,
  • 11:08 - 11:11
    porque queríamos encontrar maneiras de desligar circuitos cerebrais.
  • 11:11 - 11:14
    Se pudéssemos fazer isso, seria extremamente importante.
  • 11:14 - 11:17
    Se pudéssemos apagar algumas células por apenas alguns milissegundos ou segundos,
  • 11:17 - 11:19
    podíamos descobrir qual o papel que elas desempenham
  • 11:19 - 11:21
    nos circuitos em que estão inseridas.
  • 11:21 - 11:23
    E até agora nós investigamos em todos os organismos da árvore da vida –
  • 11:23 - 11:26
    todos os reinos da vida exceto o dos animais, que vemos ligeiramente diferente.
  • 11:26 - 11:29
    E encontramos todo tipo de moléculas, são chamadas "halorhodopsins" ou "archaerhodopsins",
  • 11:29 - 11:31
    que respondem à luz verde e amarela.
  • 11:31 - 11:33
    E elas fazem o oposto da molécula de que falei antes
  • 11:33 - 11:36
    com o ativador da luz azul channelrhodopsin.
  • 11:37 - 11:40
    Vamos dar um exemplo de onde achamos que isto vai dar.
  • 11:40 - 11:43
    Considerem, por exemplo, uma condição como a epilepsia,
  • 11:43 - 11:45
    onde o cérebro é hiperativo.
  • 11:45 - 11:47
    Se os medicamentos falharem no tratamento da epilepsia,
  • 11:47 - 11:49
    uma das estratégias é remover parte do cérebro.
  • 11:49 - 11:51
    Mas isso é obviamente irreversível, e podem existir efeitos colaterais.
  • 11:51 - 11:54
    E se pudéssemos desligar esse cérebro por um certo tempo,
  • 11:54 - 11:57
    até a convulsão passar,
  • 11:57 - 12:00
    e levar o cérebro a ser restaurado até ao seu estado inicial –
  • 12:00 - 12:03
    uma espécie de sistema dinâmico que está sendo levado a um estado estável.
  • 12:03 - 12:06
    Esta animação tenta explicar este conceito
  • 12:06 - 12:08
    em que tornamos estas células sensíveis de modo a serem desligadas com a luz,
  • 12:08 - 12:10
    e inserimos luz no interior,
  • 12:10 - 12:12
    e apenas pelo tempo necessário para deter a convulsão,
  • 12:12 - 12:14
    esperamos ser capazes de as desligar.
  • 12:14 - 12:16
    Nós não temos dados para mostrar neste aspecto,
  • 12:16 - 12:18
    mas estamos muito entusiasmados com isto.
  • 12:18 - 12:20
    Agora, quero terminar com uma história,
  • 12:20 - 12:22
    que nós consideramos outra possibilidade –
  • 12:22 - 12:24
    talvez estas moléculas, se tivermos controle ultra-preciso,
  • 12:24 - 12:26
    possam ser usadas no próprio cérebro
  • 12:26 - 12:29
    para fazer um novo tipo de próteses, uma prótese óptica.
  • 12:29 - 12:32
    Eu já falei que os estimuladores elétricos não são raros.
  • 12:32 - 12:35
    75 mil pessoas têm estimuladores cerebrais Parkinsonianos implantados.
  • 12:35 - 12:37
    Talvez 100 mil pesssoas tenham implantes cocleares,
  • 12:37 - 12:39
    que lhes permitem ouvir.
  • 12:39 - 12:42
    Este é outro exemplo, onde podemos introduzir estes genes nas células.
  • 12:42 - 12:45
    E uma nova esperança na terapia genética tem se desenvolvido
  • 12:45 - 12:47
    porque vírus como o Vírus Adeno-Associado,
  • 12:47 - 12:49
    que provavelmente a maioria de nós nesta sala possuímos,
  • 12:49 - 12:51
    sem manifestação de qualquer sintoma,
  • 12:51 - 12:53
    que tem sido usado em centenas de pacientes
  • 12:53 - 12:55
    para introduzir genes no cérebro ou no corpo.
  • 12:55 - 12:57
    E até agora, não ocorreram efeitos adversos graves
  • 12:57 - 12:59
    associados ao vírus.
  • 12:59 - 13:02
    Há um último elefante na sala, as próprias proteínas,
  • 13:02 - 13:04
    que vêm das algas, bactérias e fungos,
  • 13:04 - 13:06
    e de toda a árvore da vida.
  • 13:06 - 13:08
    A maioria de nós não tem fungos ou algas no cérebro,
  • 13:08 - 13:10
    então, o que nosso cérebro fará se nós os colocarmos lá?
  • 13:10 - 13:12
    Será que as células vão tolerá-los? O sistema imunológico irá reagir?
  • 13:12 - 13:14
    Nesta fase inicial – isto ainda não foi feito em humanos –
  • 13:14 - 13:16
    nós estamos trabalhando numa série de estudos
  • 13:16 - 13:18
    para experimentar e examinar isto.
  • 13:18 - 13:21
    E até agora ainda não vimos nenhuma grande reação severa
  • 13:21 - 13:23
    ocorrer a estas moléculas
  • 13:23 - 13:26
    ou à iluminação do cérebro com luz.
  • 13:26 - 13:29
    Ainda é cedo, mas estamos entusiasmados com isto.
  • 13:29 - 13:31
    Eu quero fechar com uma história,
  • 13:31 - 13:33
    que achamos que poderá ter potencial
  • 13:33 - 13:35
    para aplicação clínica.
  • 13:35 - 13:37
    Há muitos tipos de cegueira
  • 13:37 - 13:39
    em que os fotorreceptores,
  • 13:39 - 13:42
    os nossos sensores de luz que estão na parte de trás do olho, já não funcionam.
  • 13:42 - 13:44
    E a retina, é claro, é uma estrutura complexa.
  • 13:44 - 13:46
    Agora vamos focar aqui, para podermos ver detalhadamente.
  • 13:46 - 13:49
    As células fotorreceptoras aparecem aqui no topo,
  • 13:49 - 13:51
    e depois, os sinais que são detectados pelos fotorreceptores
  • 13:51 - 13:53
    são transformados por vários processos,
  • 13:53 - 13:56
    até que a última camada de células do fundo, as células gangliais,
  • 13:56 - 13:58
    transmitem a informação ao cérebro,
  • 13:58 - 14:00
    onde vemos isso como uma percepção.
  • 14:00 - 14:03
    Em muitas formas de cegueira, como a retinite pigmentosa,
  • 14:03 - 14:05
    ou a degeneração macular,
  • 14:05 - 14:08
    as células fotorreceptoras atrofiaram ou foram destruídas.
  • 14:08 - 14:10
    Como podemos consertar isto?
  • 14:10 - 14:13
    Não é sequer claro que um medicamento possa restaurar isto,
  • 14:13 - 14:15
    porque não há nada onde a substância possa se ligar.
  • 14:15 - 14:17
    Por outro lado, a luz continua a chegar ao olho.
  • 14:17 - 14:20
    O olho ainda é transparente e recebe luz no interior.
  • 14:20 - 14:23
    Então, e se nós pudermos pegar nestas channelrhodopsins e em outras moléculas
  • 14:23 - 14:25
    e instalá-las em algumas destas outras células reservas
  • 14:25 - 14:27
    e convertê-las em pequenas câmeras.
  • 14:27 - 14:29
    E como existem tantas células destas no olho,
  • 14:29 - 14:32
    provavelmente, elas poderiam ser câmeras de alta-resolução.
  • 14:32 - 14:34
    Este um dos trabalho que estamos realizando.
  • 14:34 - 14:36
    Está sendo liderado por um dos nossos colaboradores,
  • 14:36 - 14:38
    Alan Horsager, da USC,
  • 14:38 - 14:41
    e procurado para comercialização por uma empresa recente, Eos Neuroscience,
  • 14:41 - 14:43
    criada pelo NIH.
  • 14:43 - 14:45
    E o que vocês veem aqui é um rato tentando resolver um labirinto.
  • 14:45 - 14:47
    É um labirinto de seis braços. E há água no labirinto
  • 14:47 - 14:49
    para motivar o rato a se mover, senão ele ficaria apenas ali parado.
  • 14:49 - 14:51
    E o objetivo, óbvio, deste labirinto
  • 14:51 - 14:53
    é sair da água e ir para uma pequena plataforma
  • 14:53 - 14:55
    que está sob a porta de cima.
  • 14:55 - 14:58
    Os ratos são espertos, por isso este rato vai sair deste labirinto,
  • 14:58 - 15:00
    mas ele faz uma pesquisa exaustiva.
  • 15:00 - 15:03
    Ele nada por todas as avenidas até que entra finalmente na plataforma.
  • 15:03 - 15:05
    Ele não está usando a visão para isso.
  • 15:05 - 15:07
    Estes ratos são o resultado de diferentes mutações
  • 15:07 - 15:10
    que retratam diferentes tipos de cegueira que afetam os humanos.
  • 15:10 - 15:13
    E nós temos sido cuidadosos em olhar para estes modelos diferentes,
  • 15:13 - 15:15
    e por isso temos uma abordagem generalizada.
  • 15:15 - 15:17
    Então como vamos resolver isto?
  • 15:17 - 15:19
    Vamos fazer exatamente o que mostrei no slide anterior.
  • 15:19 - 15:21
    Vamos usar estes fotossensores de luz azul
  • 15:21 - 15:23
    e instalá-los numa camada de células
  • 15:23 - 15:26
    no meio da retina, na parte de trás do olho,
  • 15:26 - 15:28
    e transformá-los numa câmera.
  • 15:28 - 15:30
    É como instalar células solares em todos aqueles neurônios
  • 15:30 - 15:32
    para torná-los sensíveis à luz.
  • 15:32 - 15:34
    Neles, a luz é convertida em eletricidade.
  • 15:34 - 15:37
    Este rato era cego semanas antes desta experiência
  • 15:37 - 15:40
    e recebeu uma dose desta molécula fotosensitiva em um vírus.
  • 15:40 - 15:42
    E agora vocês podem ver que o animal evita as paredes
  • 15:42 - 15:44
    e vai para esta pequena plataforma
  • 15:44 - 15:47
    e faz uso cognitivo dos seus olhos novamente.
  • 15:47 - 15:49
    E para realçar o valor disto:
  • 15:49 - 15:51
    estes animais são capazes de chegar à plataforma
  • 15:51 - 15:53
    tão depressa quanto os animais que sempre enxergaram.
  • 15:53 - 15:55
    Então eu penso que este estudo pré-clínico,
  • 15:55 - 15:57
    traz esperança para todo tipo de coisas
  • 15:57 - 15:59
    que esperamos fazer no futuro.
  • 15:59 - 16:02
    Para terminar, eu quero reforçar que nós também estamos explorando
  • 16:02 - 16:04
    novos modelos de negócios para este novo campo da neurotecnologia.
  • 16:04 - 16:06
    Estamos desenvolvendo estas ferramentas,
  • 16:06 - 16:08
    mas a partilhamos gratuitamente com centenas de grupos por todo o mundo,
  • 16:08 - 16:10
    de forma que as pessoas possam estudar e tentar curar diversas doenças.
  • 16:10 - 16:13
    E a nossa esperança é que, descobrindo os circuitos cerebrais
  • 16:13 - 16:16
    a um nível de abstração que nos permita restaurá-los e modificá-los,
  • 16:16 - 16:19
    possamos tomar algumas destas doenças incuráveis de que falei antes,
  • 16:19 - 16:21
    praticamente nenhuma delas curável,
  • 16:21 - 16:23
    e fazê-las virarem história no século XXI.
  • 16:23 - 16:25
    Obrigado.
  • 16:25 - 16:38
    (Aplausos)
  • 16:38 - 16:41
    Juan Enriquez: Algumas destas coisas são um pouco profundas.
  • 16:41 - 16:43
    (Risos)
  • 16:43 - 16:45
    Mas as implicações
  • 16:45 - 16:48
    de ser possível controlar as convulsões ou a epilepsia
  • 16:48 - 16:50
    com luz em vez de medicamentos,
  • 16:50 - 16:53
    e ser possível atingi-los especificamente
  • 16:53 - 16:55
    é um primeiro passo.
  • 16:55 - 16:57
    A segunda coisa que eu acho que o ouvi dizer
  • 16:57 - 17:00
    é que você agora pode controlar o cérebro com duas cores.
  • 17:00 - 17:02
    Como ligar/desligar.
  • 17:02 - 17:04
    Ed Boyen: É isso mesmo.
  • 17:04 - 17:07
    JE: O que faz com que cada impulso que viaja pelo cérebro seja um código binário.
  • 17:07 - 17:09
    EB: Sim.
  • 17:09 - 17:12
    Assim, com luz azul podemos guiar informação, e isso é como um 1.
  • 17:12 - 17:14
    E ao desligar, é mais ou menos como um zero.
  • 17:14 - 17:16
    A nossa esperança é que eventualmente construamos coprocessadores cerebrais
  • 17:16 - 17:18
    que trabalhem com o cérebro,
  • 17:18 - 17:21
    de forma que possamos ampliar as funções em pessoas com deficiências.
  • 17:21 - 17:23
    JE: E em teoria, isso quer dizer que,
  • 17:23 - 17:25
    tal como um rato sente, cheira,
  • 17:25 - 17:27
    ouve, toca,
  • 17:27 - 17:30
    você pode modular isso como uma sequência de uns e zeros.
  • 17:30 - 17:32
    EB: Certamente. Nós esperamos poder usar isto como uma maneira de testar
  • 17:32 - 17:34
    quais códigos neuronais podem levar a certos comportamentos
  • 17:34 - 17:36
    e a certos pensamentos e certos sentimentos,
  • 17:36 - 17:39
    e usar isso para compreender mais sobre o cérebro.
  • 17:39 - 17:42
    JE: Isso quer dizer que um dia poderemos fazer o download de memórias
  • 17:42 - 17:44
    e talvez o upload delas?
  • 17:44 - 17:46
    EB: Bem, isso é algo em que estamos começando a trabalhar arduamente.
  • 17:46 - 17:48
    Estamos agora trabalhando em um projeto
  • 17:48 - 17:50
    em que estamos tentando colocar o cérebro lado a lado com elementos memorizados.
  • 17:50 - 17:53
    Assim nós podemos registrar informação e depois devolvê-la –
  • 17:53 - 17:55
    o tipo de computação de que o cérebro precisa
  • 17:55 - 17:57
    para aumentar o processamento da informação.
  • 17:57 - 18:00
    JE: Bem, isso pode mudar algumas coisas. Obrigado. (EB: Obrigado.)
  • 18:00 - 18:03
    (Aplausos)
Title:
Ed Boyden: Um interruptor para os neurônios
Speaker:
Ed Boyden
Description:

Ed Boyen demonstra como, pela inserção de proteínas sensíveis à luz em células cerebrais, pode ativar ou desativar seletivamente neurônios específicos através de implantes de fibra óptica. Com esse nível de controle sem precedentes, conseguiu tratar ratos com distúrbios similares à Síndrome de Estresse Pós-Traumático e certas formas de cegueira. Para o futuro: próteses neuronais. O moderador da sessão, Juan Enriquez, conduz um pequeno debate no final.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
18:04
Roberto Paes added a translation

Portuguese, Brazilian subtitles

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