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Podemos começar a ganhar a guerra contra o câncer

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    "Estamos declarando
    guerra contra o câncer,
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    e vamos vencer essa guerra até 2015."
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    Isto foi o que o Congresso dos EUA
  • 0:08 - 0:13
    e o Instituto Nacional do Câncer
    declararam há alguns anos, em 2003.
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    Não sei quanto a vocês,
    mas eu não caio nessa.
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    Não acho que tenhamos vencido
    essa guerra ainda,
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    e não acho que alguém aqui
    vá questionar isso.
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    Vou argumentar que a principal razão
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    por não estarmos vencendo
    essa guerra contra o câncer
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    é que estamos lutando às cegas.
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    Começarei compartilhando uma história
    sobre um grande amigo meu, o Ehud.
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    Há alguns anos, ele foi diagnosticado
    com câncer cerebral.
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    E não apenas qualquer tipo.
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    Foi diagnosticado com uma das formas
    mais mortais de câncer cerebral.
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    Tão mortal que os médicos lhe disseram
    que eles só teriam 12 meses,
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    e, durante esse período, eles tinham
    que encontrar um tratamento, uma cura.
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    E, se não fosse possível, ele morreria.
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    A boa notícia, segundo eles,
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    é que há diversos tratamentos a escolher.
  • 0:58 - 1:00
    Mas a má notícia
  • 1:00 - 1:04
    é que, pra que possam dizer
    se um tratamento está funcionando,
  • 1:04 - 1:06
    eles precisariam de cerca de três meses.
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    Então, não poderiam tentar muitas coisas.
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    Bem, Ehud estava passando
    pelo seu primeiro tratamento,
  • 1:11 - 1:15
    e, durante aquele tratamento,
    alguns dias após o seu início,
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    nos encontramos e ele me disse:
    "Adam, acho que está dando certo.
  • 1:18 - 1:20
    Tivemos sorte. Algo está acontecendo".
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    E perguntei: "É mesmo?
    Como sabe disso, Ehud?"
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    E ele disse: "Bem, eu me sinto
    tão terrível por dentro.
  • 1:25 - 1:28
    Algo deve estar funcionando
    lá em cima. Tem que estar".
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    Bem, infelizmente, três meses depois,
    recebemos a notícia: não funcionou.
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    Então, Ehud foi para o segundo tratamento.
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    E, novamente, a mesma história:
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    "É uma sensação tão ruim.
    Algo tem que estar funcionando".
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    E, três meses depois,
    novamente, temos más notícias.
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    Ehud entrou no terceiro,
    e, depois, no quarto tratamento.
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    E então, como previsto, Ehud morreu.
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    Quando alguém realmente próximo a você
    está passando por uma enorme luta assim,
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    você fica inundado de emoções.
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    Muita coisa passa por sua cabeça.
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    Para mim, foi principalmente indignação.
  • 2:01 - 2:05
    Fiquei indignado: "Como pode isto ser
    o melhor que podemos oferecer?"
  • 2:05 - 2:07
    E comecei a investigar isso cada vez mais.
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    E descobrimos que não era o melhor
    que os médicos podiam oferecer a Ehud.
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    Nem o que os médicos podiam oferecer
    a pacientes com câncer cerebral em geral.
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    Na verdade, não estamos nos saindo bem
    de maneira geral com o câncer.
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    Peguei uma dessas estatísticas,
  • 2:20 - 2:23
    e tenho certeza de que alguns
    de vocês já as viram antes.
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    Vocês verão aqui quantos pacientes
    realmente morreram de câncer:
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    neste caso, mulheres nos EUA, desde 1930.
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    Notarão que não houve muitas mudanças.
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    Ainda é um enorme problema.
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    Mas vemos algumas mudanças.
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    Vemos o câncer de pulmão,
    por exemplo, aumentar.
  • 2:38 - 2:40
    Obrigado, cigarros.
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    E vemos também que, por exemplo,
    o câncer de estômago
  • 2:43 - 2:46
    que costumava ser um dos maiores
    assassinos de todos os cânceres,
  • 2:46 - 2:48
    foi essencialmente eliminado.
  • 2:48 - 2:50
    Então, por que isto?
    Alguém sabe, por acaso?
  • 2:50 - 2:54
    Por que a humanidade não é mais
    atingida pelo câncer de estômago?
  • 2:54 - 2:59
    Qual foi o enorme avanço
    da tecnologia médica
  • 2:59 - 3:02
    que veio ao nosso mundo e salvou
    a humanidade do câncer de estômago?
  • 3:03 - 3:07
    Foi talvez uma nova droga,
    ou um melhor diagnóstico?
  • 3:07 - 3:09
    Vocês estão certos, sim.
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    Foi a invenção da geladeira,
  • 3:11 - 3:14
    e o fato de que não estamos mais
    comendo carne estragada.
  • 3:14 - 3:16
    Então, a melhor coisa
    que nos aconteceu até agora,
  • 3:16 - 3:20
    na área médica na pesquisa de câncer
    foi a invenção da geladeira.
  • 3:20 - 3:22
    (Risos)
  • 3:22 - 3:23
    Sim, pois é.
  • 3:23 - 3:25
    Não estamos indo tão bem.
  • 3:25 - 3:27
    Eu não quero menosprezar o progresso
  • 3:27 - 3:30
    e tudo o que foi feito
    na pesquisa sobre o câncer.
  • 3:30 - 3:33
    Vejam, há mais de 50 anos
    de boa pesquisa sobre o câncer
  • 3:33 - 3:36
    que descobriu coisas importantes,
    que nos ensinou sobre a doença.
  • 3:36 - 3:38
    Mas com tudo que eu disse,
  • 3:38 - 3:42
    nós temos muito trabalho pesado
    para fazer ainda a nossa frente.
  • 3:43 - 3:46
    Novamente, vou argumentar
    que o principal motivo para isso,
  • 3:46 - 3:50
    por que não fizemos isso muito bem,
    é que estamos lutando às cegas.
  • 3:50 - 3:54
    É aqui que as imagens médicas
    e o meu trabalho entram em cena.
  • 3:54 - 3:57
    E, para dar a vocês uma ideia
    das melhores imagens médicas
  • 3:57 - 4:00
    oferecidas hoje a pacientes
    com câncer cerebral,
  • 4:00 - 4:02
    ou, em geral, a todos
    os pacientes com câncer,
  • 4:02 - 4:04
    observem este PET scan aqui.
  • 4:04 - 4:06
    Vejamos. Aqui está.
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    Este é um PET-CT scan,
  • 4:08 - 4:10
    e o que vemos neste exame
  • 4:10 - 4:13
    é a posição dos ossos,
  • 4:13 - 4:16
    e onde os tumores estão.
  • 4:16 - 4:18
    O que podemos ver aqui
  • 4:18 - 4:21
    é essencialmente uma molécula de açúcar
  • 4:21 - 4:23
    que recebeu um pequeno identificador
  • 4:23 - 4:26
    que está nos sinalizando
    fora do corpo: "Ei, estou aqui!"
  • 4:26 - 4:30
    E essas moléculas de açúcar são injetadas
    nestes pacientes aos bilhões,
  • 4:30 - 4:31
    e elas viajam por todo o corpo
  • 4:31 - 4:34
    procurando por células
    famintas pelo açúcar.
  • 4:34 - 4:37
    Vocês verão que o coração,
    por exemplo, se acende ali.
  • 4:37 - 4:39
    Isso porque ele precisa de muito açúcar.
  • 4:39 - 4:42
    Vejam também que a bexiga se acende.
  • 4:42 - 4:46
    Isso porque a bexiga é o órgão
    que elimina o açúcar do organismo.
  • 4:46 - 4:49
    E aí vemos outros pontos vermelhos,
    e estes são os tumores.
  • 4:49 - 4:52
    É realmente uma tecnologia maravilhosa.
  • 4:52 - 4:55
    Pela primeira vez, nos permitiu
    observar o corpo de alguém
  • 4:55 - 4:58
    sem considerar cada uma das células,
    e colocá-las sob o microscópio,
  • 4:58 - 5:01
    mas de uma forma não invasiva,
    nos permitindo observar um corpo
  • 5:01 - 5:05
    e perguntar: "Há metástase do tumor?
  • 5:05 - 5:06
    Onde está?"
  • 5:06 - 5:08
    E as imagens do PET aqui
    estão mostrando claramente
  • 5:08 - 5:11
    os pontos vermelhos, ou seja, o tumor.
  • 5:12 - 5:14
    Por mais milagroso que possa parecer,
  • 5:15 - 5:18
    infelizmente, não é tão bom assim.
  • 5:18 - 5:21
    Veem os pequenos pontos vermelhos?
  • 5:21 - 5:25
    Podem imaginar quantas células cancerosas
    se encontram em qualquer destes tumores?
  • 5:26 - 5:29
    São cerca de 100 milhões
    de células cancerosas,
  • 5:29 - 5:32
    e vou garantir a vocês
    que este número é real.
  • 5:32 - 5:35
    Em cada um destes pequenos pontos
    que veem na imagem
  • 5:35 - 5:40
    precisa haver pelo menos
    100 milhões de células cancerosas
  • 5:40 - 5:42
    para que o tumor seja detectado.
  • 5:42 - 5:46
    Se esse pareceu um número
    muito alto, é porque é.
  • 5:47 - 5:48
    É incrivelmente alto,
  • 5:48 - 5:53
    pois, para detectar algo cedo o bastante
    e fazermos algo significativo a respeito,
  • 5:54 - 5:57
    precisamos detectar os tumores
    com mil células em tamanho,
  • 5:57 - 5:59
    e, idealmente, apenas
    algumas células em tamanho.
  • 5:59 - 6:02
    Então, estamos claramente bem longe disso.
  • 6:02 - 6:05
    Então, faremos um pequeno experimento.
  • 6:05 - 6:07
    Vou pedir a vocês agora
    que participem e imaginem
  • 6:07 - 6:09
    que são neurocirurgiões,
  • 6:09 - 6:13
    e estão numa sala de cirurgia,
  • 6:13 - 6:15
    e há um paciente na frente de vocês,
  • 6:15 - 6:19
    e sua tarefa é garantir
    que o tumor seja removido.
  • 6:19 - 6:21
    Vocês estão observando o paciente,
  • 6:21 - 6:25
    a pele e o crânio já foram removidos,
  • 6:25 - 6:27
    então estão olhando para o cérebro.
  • 6:27 - 6:29
    E tudo que sabem sobre este paciente
  • 6:29 - 6:32
    é que há um tumor do tamanho
    de uma bola de golfe ou algo assim
  • 6:32 - 6:34
    no lobo frontal direito do cérebro dele.
  • 6:34 - 6:38
    Então estão olhando para baixo,
    e, infelizmente, tudo parece o mesmo,
  • 6:38 - 6:43
    pois o tecido do câncer cerebral
    e o saudável parecem o mesmo.
  • 6:43 - 6:47
    E, assim, vocês pressionam o cérebro
    um pouco com o polegar,
  • 6:47 - 6:50
    pois tumores tendem a ser
    um pouco mais rígidos,
  • 6:50 - 6:54
    vocês continuam e dizem:
    "Parece que o tumor está bem ali".
  • 6:54 - 6:57
    Pegam o bisturi
    e começam a extrair o tumor,
  • 6:57 - 7:00
    cada pedacinho e, ao extrair o tumor,
  • 7:00 - 7:04
    chegam a um ponto no qual pensam:
    "Tudo bem, terminei. Extraí tudo".
  • 7:04 - 7:08
    Se até agora tudo pareceu louco,
  • 7:08 - 7:13
    vocês estão prestes a enfrentar
    a decisão mais desafiadora de suas vidas,
  • 7:13 - 7:14
    pois precisam decidir
  • 7:14 - 7:17
    se devem parar aqui
    e deixar este paciente partir,
  • 7:17 - 7:20
    correndo o risco de que algumas
    células cancerosas possam ter ficado,
  • 7:20 - 7:22
    que vocês não puderam ver,
  • 7:22 - 7:25
    ou se devem tirar algumas margens extras,
  • 7:25 - 7:28
    cerca de uma polegada
    ou algo assim em torno do tumor,
  • 7:28 - 7:30
    só para ter certeza de que removeram tudo?
  • 7:32 - 7:35
    Não é uma decisão simples,
  • 7:36 - 7:38
    e, infelizmente, essa é a decisão
  • 7:38 - 7:41
    que os neurocirurgiões
    têm que fazer todos os dias
  • 7:41 - 7:43
    quando veem seus pacientes.
  • 7:43 - 7:46
    Lembro-me de falar para alguns
    dos meus amigos no laboratório:
  • 7:46 - 7:49
    "Deve haver uma maneira melhor".
  • 7:49 - 7:52
    Mas não como se diz a um amigo
    que deve haver uma maneira melhor.
  • 7:52 - 7:54
    "Tem que haver uma maneira melhor."
  • 7:54 - 7:56
    Isto é simplesmente incrível.
  • 7:56 - 8:00
    Em retrocesso - lembrem-se dos exames
    que mencionei, do açúcar e tudo mais...
  • 8:00 - 8:03
    nós dissemos: "Que tal se,
    em vez de moléculas de açúcar,
  • 8:03 - 8:06
    usássemos partículas de ouro minúsculas
  • 8:06 - 8:10
    e as programássemos, com uma química
    interessante em torno delas,
  • 8:10 - 8:13
    para procurar células cancerosas?
  • 8:13 - 8:17
    E então injetamos estas partículas de ouro
    nesses pacientes aos bilhões novamente,
  • 8:17 - 8:21
    e fazemos com que percorram
    todo o corpo, como agentes secretos,
  • 8:21 - 8:25
    em cada célula do nosso corpo
    e batam à porta daquela célula:
  • 8:25 - 8:27
    "Você é uma célula
    cancerosa ou é saudável?
  • 8:27 - 8:29
    Se for saudável, seguimos adiante.
  • 8:29 - 8:32
    Se for cancerosa,
    vamos nos grudar e brilhar
  • 8:32 - 8:35
    e ela nos dirá:
    'Olhem pra mim, estou aqui'".
  • 8:35 - 8:38
    E farão isso através de câmeras
    que desenvolvemos no laboratório.
  • 8:38 - 8:42
    E, uma vez que vemos isso, talvez
    possamos orientar neurocirurgiões
  • 8:42 - 8:46
    a extrair somente o tumor,
    deixando o cérebro saudável.
  • 8:46 - 8:49
    Testamos isso e funciona bem.
  • 8:49 - 8:51
    Vou lhes mostrar um exemplo.
  • 8:51 - 8:54
    O que veem aqui é a imagem
  • 8:54 - 8:56
    do cérebro de um rato,
  • 8:56 - 9:01
    e implantamos no cérebro dele
    um pequeno tumor,
  • 9:01 - 9:03
    que está agora crescendo
    no cérebro deste rato.
  • 9:03 - 9:06
    Depois, o levamos a um cirurgião
  • 9:06 - 9:09
    e pedimos que ele opere o rato
    como se fosse um paciente,
  • 9:09 - 9:11
    e que extraia pedaço por pedaço do tumor.
  • 9:11 - 9:14
    E, enquanto ele faz isso,
  • 9:14 - 9:16
    fazemos imagens para ver
    onde estão as partículas de ouro.
  • 9:16 - 9:20
    Assim começamos primeiro
    injetando as partículas de ouro no rato,
  • 9:20 - 9:25
    e vemos bem aqui, à esquerda,
    aquela imagem ao fundo,
  • 9:25 - 9:27
    mostrando a localização
    das partículas de ouro.
  • 9:27 - 9:31
    O legal é que essas partículas
    chegaram ao tumor,
  • 9:31 - 9:35
    e depois elas brilham e nos dizem:
    "Chegamos! Aqui está o tumor".
  • 9:35 - 9:38
    Agora podemos ver o tumor, mas
    não o mostramos ao cirurgião ainda.
  • 9:38 - 9:41
    Pedimos a ele que comece
    a extrair o tumor,
  • 9:41 - 9:44
    e verão aqui que ele só extraiu
    o primeiro quadrante do tumor;
  • 9:44 - 9:47
    podem ver que não está mais lá.
  • 9:47 - 9:50
    O cirurgião então avança
    para o segundo e terceiro quadrantes,
  • 9:50 - 9:51
    e agora parece ter terminado.
  • 9:51 - 9:55
    Nesta fase, o cirurgião retornou
    e nos disse: "Tudo bem, terminei.
  • 9:55 - 9:57
    O que querem que eu faça?
  • 9:57 - 10:00
    Deixo como está, ou querem
    que extraia margens extras ao redor?"
  • 10:00 - 10:03
    E então dissemos: "Bem, espere.
    Você se esqueceu desses dois pontos.
  • 10:03 - 10:05
    Em vez de retirar
    margens enormes ao redor,
  • 10:05 - 10:07
    só retire essas pequenas áreas.
  • 10:08 - 10:10
    Retire-as e depois vamos observar".
  • 10:10 - 10:13
    Então, o cirurgião as retirou e vejam só!
  • 10:13 - 10:16
    O câncer desapareceu completamente.
  • 10:16 - 10:17
    O importante
  • 10:17 - 10:20
    não é apenas que o câncer
    desapareceu completamente
  • 10:20 - 10:22
    do cérebro deste rato.
  • 10:23 - 10:25
    O mais importante
  • 10:25 - 10:28
    é que não tivemos que extrair enormes
    quantidades de cérebro saudável
  • 10:28 - 10:29
    no processo.
  • 10:29 - 10:31
    E agora podemos imaginar um mundo
  • 10:31 - 10:34
    onde cirurgiões, quando extraem um tumor,
  • 10:34 - 10:39
    sabem o que extrair, e não precisam
    adivinhar com o polegar.
  • 10:39 - 10:43
    É por isso que é extremamente importante
    extrair os minúsculos tumores restantes,
  • 10:43 - 10:46
    mesmo que sejam apenas algumas células,
  • 10:46 - 10:49
    pois vão crescer para recorrer ao tumor,
  • 10:49 - 10:51
    para que ele volte.
  • 10:51 - 10:55
    Na verdade, de 80 a 90% dessas cirurgias
    de câncer cerebral acabam falhando
  • 10:55 - 10:59
    devido àquelas pequenas
    margens extras que restaram positivas,
  • 10:59 - 11:03
    aqueles pequenos tumores
    que foram deixados lá.
  • 11:04 - 11:06
    Isso é muito bom,
  • 11:06 - 11:10
    mas quero compartilhar com vocês
    aonde acho que estamos indo daqui.
  • 11:10 - 11:12
    No meu laboratório em Stanford,
  • 11:12 - 11:17
    meus alunos e eu estamos nos perguntando
    no que deveríamos estar trabalhando agora.
  • 11:18 - 11:22
    E acho que a imagiologia médica
    está caminhando para a habilidade
  • 11:22 - 11:24
    de observar o corpo humano
  • 11:24 - 11:27
    e ver cada uma dessas
    células separadamente.
  • 11:27 - 11:29
    Tal habilidade nos permitiria
  • 11:29 - 11:32
    diagnosticar tumores
    precocemente no processo,
  • 11:32 - 11:34
    muito antes de alcançarem
    as 100 milhões de células,
  • 11:34 - 11:36
    para que possamos fazer algo a respeito.
  • 11:36 - 11:39
    A capacidade de ver cada uma das células
  • 11:39 - 11:42
    pode também nos permitir
    fazer perguntas perspicazes.
  • 11:42 - 11:44
    No laboratório, estamos
    chegando a um ponto
  • 11:44 - 11:47
    em que podemos fazer perguntas
    reais a essas células cancerosas
  • 11:47 - 11:50
    como: "O tratamento
    está funcionando ou não?
  • 11:50 - 11:53
    Se não estiver, teremos que parar
    o tratamento imediatamente,
  • 11:53 - 11:56
    dias após o início, não em três meses.
  • 11:56 - 11:59
    Também para pacientes como Ehud,
  • 11:59 - 12:03
    que estão usando drogas
    quimioterápicas desagradáveis,
  • 12:03 - 12:08
    para que eles não sofram com aqueles
    efeitos colaterais horríveis das drogas,
  • 12:08 - 12:10
    quando elas nem estão, de fato, ajudando.
  • 12:12 - 12:13
    Para ser franco,
  • 12:13 - 12:17
    estamos bem distantes
    de "vencer a guerra contra o câncer",
  • 12:17 - 12:18
    sendo bem realista.
  • 12:18 - 12:20
    Mas, pelo menos, tenho esperança
  • 12:20 - 12:24
    de que poderemos lutar esta guerra
    com melhores técnicas de imagem médica
  • 12:24 - 12:26
    de um modo que não seja às cegas.
  • 12:26 - 12:27
    Obrigado.
  • 12:27 - 12:29
    (Aplausos)
Title:
Podemos começar a ganhar a guerra contra o câncer
Speaker:
Adam de la Zerda
Description:

Saiba mais sobre os mais recentes avanços na guerra contra o câncer com o pesquisador da Stanford, Adam de la Zerda, que está trabalhando em algumas técnicas de ponta de sua autoria. Usando uma notável tecnologia de imagem que ilumina partículas de ouro injetadas no corpo à procura de câncer, o laboratório de la Zerda espera iluminar o caminho para que os cirurgiões possam remover até mesmo o traço mais ínfimo de tumores mortais.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
12:42

Portuguese, Brazilian subtitles

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