65 mil anos – a grandiosa história da astronomia aborígene australiana | Kirsten Banks | TEDxYouth@Sydney
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0:14 - 0:19Pensem na última vez
em que olharam para o céu noturno. -
0:19 - 0:21Digo, olharam mesmo.
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0:21 - 0:23Foi a noite passada?
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0:23 - 0:25Talvez no mês passado.
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0:25 - 0:29O céu noturno é repleto de galáxias
brilhantes e estrelas cintilantes. -
0:29 - 0:33que podem parecer próximas,
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0:33 - 0:34mas na realidade
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0:34 - 0:36estão a distâncias insondáveis,
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0:36 - 0:39e acho isso incrivelmente lindo.
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0:40 - 0:44Desde quando me lembro,
gosto de olhar para as estrelas. -
0:44 - 0:49Isso me dá uma sensação
de pertencer ao eterno universo. -
0:49 - 0:52E posso estar tendo o pior dia de todos,
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0:52 - 0:55mas quando observo
o universo acima de mim, -
0:55 - 0:59todos os problemas desaparecem,
ao menos por um momento. -
0:59 - 1:04Mas estamos rapidamente perdendo
a oportunidade de observarmos as estrelas. -
1:04 - 1:07Estamos perdendo a escuridão
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1:07 - 1:10para as luzes dominantes da cidade.
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1:10 - 1:15Mas imaginem se, em vez de desligarmos
todas as luzes da cidade -
1:15 - 1:17para que vocês pudessem ver as estrelas,
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1:17 - 1:21abríssemos os olhos para a sua beleza.
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1:22 - 1:27Hoje quero encorajá-los
a compreenderem o céu noturno, -
1:27 - 1:32e a longa história da astronomia
indígena que o acompanha. -
1:32 - 1:35Tirar um tempo para olhar o céu.
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1:35 - 1:38Tenho olhado para as estrelas
desde criança. -
1:38 - 1:42Lembro dos meus professores de ciências
levarem minha classe em excursão -
1:42 - 1:46para assistirmos a um documentário sobre
o Hubble em uma gigantesca tela de cinema. -
1:46 - 1:47E me sentei lá,
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1:47 - 1:51com aqueles grandes óculos 3D
deslizando pelo meu rosto, -
1:51 - 1:54olhando admirada
para aquelas fotos magníficas -
1:54 - 1:57tiradas por esse telescópio fenomenal.
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1:57 - 2:01E desde então estou ligada
à astronomia e ao espaço. -
2:01 - 2:04Atualmente estou em meu ano
de honras na universidade, -
2:04 - 2:07estudando grandes aglomerados
de galáxias no universo próximo. -
2:07 - 2:11Passei quase quatro anos
trabalhando no Observatório de Sydney. -
2:11 - 2:15Vocês poderiam dizer que passei
boa parte do tempo olhando para cima. -
2:16 - 2:19Quero levá-los em uma jornada
de volta ao passado, -
2:19 - 2:24para uma época na qual o termo
"poluição luminosa" não existia. -
2:24 - 2:28Quero que se imaginem
às margens da Baía de Sydney -
2:28 - 2:32antes da colonização britânica.
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2:32 - 2:34Em uma noite sem luar,
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2:34 - 2:36sentindo o vento invernal batendo na água,
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2:36 - 2:40enquanto os últimos raios de sol
tocam o topo das árvores. -
2:40 - 2:44Conforme o sol se põe,
sua luz fica cada vez mais difusa -
2:44 - 2:47através das partículas na atmosfera,
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2:47 - 2:51transformando o azul claro do céu
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2:51 - 2:54em lindos tons de rosa,
alaranjado e vermelho -
2:54 - 2:57antes do cair de um azul profundo
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2:57 - 3:01conforme a sombra da terra domina o céu.
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3:01 - 3:06A cada instante, novas luzes cintilantes
aparecem sobre você. -
3:06 - 3:11Algumas são brilhantes,
outras fracas, mas todas são lindas. -
3:12 - 3:17Depois do sol se pôr completamente,
você pode enxergar todas elas. -
3:17 - 3:18No céu limpo,
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3:18 - 3:22você nota que algumas dessas luzes
cintilantes brilham em tons diferentes. -
3:22 - 3:27A maioria aparenta ser branca, mas algumas
brilham em tons de azul ou vermelho, -
3:27 - 3:30mostrando um pouco mais
sobre os seus núcleos. -
3:30 - 3:33Uma estrela cadente,
também conhecida como meteoro, -
3:33 - 3:36atravessa o deslumbrante
carpete de estrelas -
3:36 - 3:39que se estende por todo o céu noturno.
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3:39 - 3:41Ele parece leitoso, como um rio,
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3:41 - 3:46mas também se assemelha
a nuvens, nuvens brilhantes. -
3:46 - 3:49Esta é a Via Láctea.
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3:49 - 3:52Em direção ao sul, você pode ver outras
duas nuvens aglomeradas, -
3:52 - 3:54uma maior do que a outra.
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3:54 - 3:57Estas são a pequena e a grande
Nuvem de Magalhães, -
3:57 - 4:01duas galáxias anãs
que orbitam a imensa Via Láctea -
4:01 - 4:06em uma eterna dança romântica
coreografada pela gravidade. -
4:07 - 4:09Eu me lembro perfeitamente da primeira vez
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4:09 - 4:13em que vi a Via Láctea
em toda a sua grandeza. -
4:13 - 4:16Meus pais e eu estávamos viajando
de carro pelo sul da Austrália, -
4:16 - 4:18e jogando golfe
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4:18 - 4:22no maior campo de golfe
do mundo, o Nullarbor. -
4:22 - 4:25Esse campo de golfe começa
em Ceduna, na Austrália do Sul, -
4:25 - 4:28e termina em Kalgoorlie,
na Austrália Ocidental. -
4:28 - 4:31Em quase todas as cidadezinhas
ao longo do caminho, -
4:31 - 4:34existe ao menos um buraco de golfe.
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4:34 - 4:37O quinto buraco fica localizado
no chamado Nullarbor Roadhouse. -
4:37 - 4:40Esse lugar possui cinco coisas:
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4:40 - 4:43um posto de gasolina,
um pequeno pub, muito importante, -
4:43 - 4:47um motel, uma área para trailers
e um buraco de golfe. -
4:48 - 4:50A noite em que passamos lá,
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4:50 - 4:53depois de um longo dia
dirigindo sob o intenso sol australiano, -
4:53 - 4:55nós decidimos ficar,
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4:55 - 4:58e, por alguma razão desconhecida,
o gerador principal desligou, -
4:58 - 5:03e todas as luzes dessa
minúscula cidade se apagaram, -
5:03 - 5:06exceto por um único poste.
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5:06 - 5:10A vista do céu noturno
era tão primitiva e tão incrível. -
5:10 - 5:13Senti como se estivesse
nadando no espaço, -
5:13 - 5:16ou apenas nadando em suor.
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5:16 - 5:18Acreditem, é quente na Austrália Central,
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5:18 - 5:23mas havia tantas estrelas
e tantas cores dançando, -
5:23 - 5:25era tão lindo,
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5:25 - 5:27que me emocionei.
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5:27 - 5:30Sem luzes artificiais, podíamos ver isto:
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5:30 - 5:34cerca de 2,5 mil estrelas.
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5:34 - 5:36Porém atualmente em Sydney,
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5:36 - 5:42vocês podem ver, no máximo,
lamentáveis 125 estrelas a olho nu. -
5:42 - 5:45Meros 5% do que poderiam ver
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5:45 - 5:48sem o resultado da poluição luminosa.
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5:48 - 5:51Muitas pessoas ao redor do mundo
não sabem da beleza -
5:51 - 5:53do autêntico céu noturno.
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5:53 - 5:56As pessoas passam a vida inteira
acreditando que o céu noturno -
5:56 - 6:00é composto por menos
de centenas de estrelas. -
6:00 - 6:03Dados coletados do Centro Helmholtz
em Potsdam, na Alemanha, -
6:03 - 6:10revelam que a Via Láctea fica oculta
para um terço da população global. -
6:10 - 6:15E 80% da população mundial vive
sob céus com poluição luminosa. -
6:15 - 6:18Mas não estamos apenas
perdendo a oportunidade -
6:18 - 6:20de apreciar e explorar
esse deslumbrante céu noturno, -
6:20 - 6:23também estamos perdendo
uma rica história cultural -
6:23 - 6:27oculta em cada estrela.
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6:28 - 6:32Minha relação com a astronomia aborígene
começou no primeiro ano da faculdade. -
6:32 - 6:36No mesmo período em que comecei
a trabalhar no Observatório de Sydney. -
6:36 - 6:39Aprendi sobre grandiosos corpos celestes
da minha herança Wiradjuri, -
6:39 - 6:42e descobri uma nova
perspectiva de universo. -
6:42 - 6:45Para os desinformados, as terras
dos Wiradjuri estão localizadas -
6:45 - 6:49no que agora é mais conhecido
como Nova Gales do Sul. -
6:50 - 6:53Assim que abri meus olhos
para essa nova perspectiva de universo, -
6:53 - 6:56mergulhei em pesquisas para aprender mais.
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6:56 - 7:00Existem centenas, se não milhares,
de culturas espalhadas pelo mundo -
7:00 - 7:04e cada uma possui uma história
rica e conectada às estrelas. -
7:04 - 7:08Somente na Austrália, existem
mais de 250 grupos indígenas -
7:08 - 7:13que têm usado as estrelas
nos últimos 65 mil anos, -
7:13 - 7:17e seus conhecimentos
continuam sendo usados até hoje. -
7:18 - 7:21Quando você olha para a Via Láctea
mais atentamente -
7:21 - 7:23e nota todos os pequenos detalhes,
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7:23 - 7:26você verá que ela não é apenas
um carpete uniforme de estrelas. -
7:26 - 7:30Existe luz e escuridão na Via Láctea,
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7:30 - 7:31e essa escuridão,
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7:31 - 7:35esse gás e poeira que naturalmente
bloqueiam a luz das estrelas distantes -
7:35 - 7:40possuem uma das minhas constelações
favoritas da minha herança Wiradjuri: -
7:40 - 7:42Gugurmin, o Emu Celestial.
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7:42 - 7:44Uma vez observado, jamais esquecido.
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7:44 - 7:46É incrível!
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7:46 - 7:49Sua cabeça começa aqui em cima,
abaixo do Cruzeiro do Sul. -
7:49 - 7:52Esta sombra é uma nebulosa escura,
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7:52 - 7:54conhecida como Saco de Carvão
na astronomia ocidental. -
7:54 - 7:59Ela está conectada ao pescoço,
que desce em direção ao leste, -
7:59 - 8:02e este arco aqui é o corpo do Gugurmin,
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8:02 - 8:05e o centro da Via Láctea.
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8:05 - 8:09Na cultura Wiradjuri, assim como
em outras nações indígenas, -
8:09 - 8:11a posição do emu no céu
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8:11 - 8:16indica qual é a melhor época do ano
para se procurar ovos de emu. -
8:16 - 8:19Quando o Gugurmin
está no horizonte oriental, -
8:19 - 8:21parece que ele está correndo
através do horizonte. -
8:21 - 8:24Isso nos indica que os emus
estão correndo por aí -
8:24 - 8:27procurando por um parceiro.
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8:27 - 8:31Com o passar do ano, quando a Terra
está mais distante do Sol, -
8:31 - 8:34o corpo do Gugurmin vai
subindo cada vez mais, -
8:34 - 8:38ao ponto de estar completamente
sobre você logo após o pôr do sol. -
8:38 - 8:41Agora, não o vemos mais como um emu,
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8:41 - 8:44mas como um ovo de emu em um ninho,
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8:44 - 8:49e isso mostra que é o momento ideal
para procurarmos ovos de emu. -
8:50 - 8:53Sabendo que é o momento certo
para procurar os ovos de emu, -
8:53 - 8:56você e um amigo caminharão
até um arbusto com algo deste tipo, -
8:56 - 8:58um "chamador de emu",
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8:58 - 9:01e encontrarão um emu sentado em um ninho.
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9:01 - 9:03Geralmente são os machos
que ficam no ninho. -
9:03 - 9:05Então, para atrair o macho,
-
9:05 - 9:09seu amigo ficará escondido no arbusto,
fazendo o som do emu macho. -
9:09 - 9:12(Som de baixa frequência)
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9:13 - 9:15Quando o emu ouvir esse som,
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9:15 - 9:19ele se tornará muito territorial
e irá procurar pelo impostor. -
9:19 - 9:22Enquanto o emu persegue o seu amigo,
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9:22 - 9:26você poderá retirar, em segurança,
um ou dois ovos do ninho. -
9:26 - 9:29Agora uma pergunta importante.
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9:29 - 9:31Vocês retiram todos os ovos de emu?
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9:31 - 9:32Plateia: Não.
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9:32 - 9:34Kirsten Banks: Claro que não,
precisamos deixar alguns ovos -
9:34 - 9:38para que mais emus se desenvolvam
e haja novos ovos na próxima temporada. -
9:38 - 9:42Essa coisa fantástica
é chamada de sustentabilidade. -
9:42 - 9:44(Risos)
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9:44 - 9:47Essa técnica de usar as estrelas
para encontrar ovos de emu -
9:47 - 9:50tem funcionado por mais de 65 mil anos.
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9:51 - 9:55Não apenas como um mapa sazonal,
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9:55 - 9:59mas também como uma
ferramenta para várias lições. -
9:59 - 10:02Você pode aprender muito
sobre o que está acontecendo na terra -
10:02 - 10:04apenas olhando para as estrelas.
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10:04 - 10:09Em muitas culturas indígenas,
o céu noturno pode ser usado como um mapa -
10:09 - 10:12ou pode ser usado
para prever mudanças no clima. -
10:12 - 10:14Você também pode aprender
sobre a lei aborígene -
10:14 - 10:15e ela pode te ensinar
-
10:15 - 10:18sobre os funcionamentos
fundamentais do universo. -
10:18 - 10:23Mas estamos perdendo esse conhecimento
porque estamos perdendo a escuridão. -
10:23 - 10:27O currículo australiano já inclui
disciplinas como astronomia aborígene -
10:27 - 10:29e outras ciências indígenas.
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10:29 - 10:33Esse é um grande avanço de nossa nação
para fechar essa lacuna -
10:33 - 10:38e obter um entendimento mútuo entre
indígenas e não indígenas australianos. -
10:38 - 10:40Mas ainda há um problema:
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10:40 - 10:42muitos australianos ainda
não conseguem ver a Via Láctea -
10:42 - 10:46ou suas constelações mais escuras.
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10:46 - 10:50Então, na próxima vez em que você
olhar para o céu noturno, -
10:50 - 10:53pense sobre qual conhecimento
grandioso está oculto -
10:53 - 10:55em cada estrela e ao redor delas,
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10:55 - 10:57e pense sobre o que você pode fazer
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10:57 - 11:01para ajudar a preservar e apreciar
nosso maravilhoso céu noturno. -
11:01 - 11:03Faça um tour em um observatório,
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11:03 - 11:05ou tire um momento do seu dia
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11:05 - 11:09para explorar o mundo
da astronomia indígena em casa. -
11:09 - 11:11E se você estiver no Outback australiano,
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11:11 - 11:15tire um tempo para olhar o céu
e encontrar o Emu Celestial. -
11:15 - 11:18(Som de baixa frequência)
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11:18 - 11:19Obrigada.
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11:19 - 11:22(Aplausos)
- Title:
- 65 mil anos – a grandiosa história da astronomia aborígene australiana | Kirsten Banks | TEDxYouth@Sydney
- Description:
-
Os emus não podem voar, mas existe um emu no céu. As pessoas têm olhado para as estrelas durante muito tempo, porém há quanto temo? Explore uma perspectiva diferente do céu noturno e aprenda sobre a grandiosa história da astronomia aborígene australiana.
Kirsten Banks é uma orgulhosa mulher Wiradjuri e uma astrofísica com inegável paixão pelo espaço e pela astronomia.
Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais, visite https://www.ted.com/tedx
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- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDxTalks
- Duration:
- 11:41