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Title:
Uma breve história do plástico
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Description:
Vejam a lição completa: https://ed.ted.com/lessons/a-brief-history-of-plastic
Durante séculos, as bolas de bilhar eram feitas do marfim dos dentes de elefante. Mas quando a caça excessiva reduziu as populações de elefantes, começou-se a procurar uma alternativa. John Wesley Hyatt dedicou-se a este problema. Ao fim de cinco anos, inventou um novo material chamado celuloide, que se tornou conhecido como o primeiro plástico. Acompanhem a história deste material que apareceu no "século do plástico".
Realização de Sharon Colman.
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Speaker:
TED-Ed
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Atualmente, há plástico por toda a parte.
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Todo este plástico teve origem
num pequeno objeto
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— que nem sequer é feito de plástico.
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Durante séculos,
as bolas de bilhar eram feitas
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do marfim dos dentes de elefante.
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Mas quando a caça excessiva reduziu
as populações de elefantes,
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no século XIX,
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os fabricantes de bolas de bilhar
começaram a procurar alternativas,
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oferecendo grandes recompensas.
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Em 1863, um norte-americano,
chamado John Wesley Hyatt
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dedicou-se a este problema.
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Ao fim de cinco anos, inventou
um novo material chamado celuloide,
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feito a partir da celulose, um composto
que se encontra na madeira e na palha.
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Hyatt em breve descobriu que o celuloide
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não podia resolver o problema
das bolas de bilhar
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— o material não era suficientemente
pesado e não ressaltava como era preciso.
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Mas podia ser tingido e afeiçoado
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para imitar materiais mais caros
como o coral.
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a carapaça de tartaruga,
o âmbar, e a madrepérola.
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Tinha criado aquilo que veio
a ser conhecido pelo primeiro plástico.
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A palavra "plástico" descreve qualquer
material feito à base de polímeros,
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que são apenas grandes moléculas
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formadas pela mesma subunidade
que se repete em cadeia
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Isto inclui todos os plásticos
fabricados pelo Homem,
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assim como muitos dos materiais
encontrados em seres vivos.
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Mas, em geral, quando as pessoas
se referem a plásticos,
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estão a referir-se a materiais sintéticos.
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A característica unificadora destes
é que são moles e maleáveis
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e podem ser moldados de forma particular.
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Apesar da honra de ser
o primeiro plástico oficial,
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o celuloide era altamente inflamável,
o que tornava arriscada a sua produção.
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Por isso, os inventores começaram
à procura de alternativas.
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Em 1907, um químico combinou um fenol
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— um desperdício do alcatrão de hulha —
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e formaldeído, criando um novo polímero
robusto, chamado baquelite.
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A baquelite era muito meno inflamável
do que o celuloide
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e as matérias-primas
usadas para o seu fabrico
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eram muito mais acessíveis.
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A baquelite foi apenas o início.
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Nos anos 20, os investigadores
desenvolveram com fins comerciais
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o polistireno, um plástico esponjoso
usado no isolamento.
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Pouco tempo depois, apareceu
o cloreto de vinilo, ou vinil,
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que era flexível embora resistente.
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Os acrílicos criaram painéis
transparentes, inquebráveis
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que imitavam o vidro.
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E nos anos 30, o "nylon"
ocupou o lugar central
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— um polímero concebido a imitar a seda,
mas muito mais resistente.
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Com início em 1933,
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o polietileno tornou-se
um dos plásticos mais versáteis,
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ainda hoje usado para fabricar tudo,
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dos sacos da mercearia
aos frascos de champô,
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e aos coletes à prova de bala.
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Novas tecnologias de fabrico
acompanharam esta explosão de materiais.
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A invenção duma técnica
chamada moldagem por injeção,
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tornou possível inserir plástico fundido
em moldes de qualquer forma,
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onde era rapidamente endurecido.
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Isto criou a possibilidade de produtos
de novas variedades e formas
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e uma forma de produzir plásticos em série
de forma barata e rápida.
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Os cientistas esperavam que
este novo material económico
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fabricasse artigos que tinham sido
inacessíveis a mais pessoas.
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Em vez disso, os plásticos foram
utilizados na II Guerra Mundial.
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Durante a guerra, a produção de plásticos
nos EUA quadruplicou.
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Os soldados usavam capacetes
com revestimento de plástico
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e impermeáveis de vinil à prova de água.
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Os pilotos sentavam-se em "cockpits"
de "plexiglass",
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um plástico à prova de estilhaços
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e usavam paraquedas
feitos de "nylon" resistente.
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Mais tarde, as empresas
que fabricavam plástico
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que tinham brotado durante a guerra
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viraram a sua atenção
para produtos de consumo.
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Os plásticos começaram
a substituir outros materiais,
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como a madeira,
o vidro e os tecidos,
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no mobiliário, no vestuário,
no calçado, nas televisões, e nas rádios.
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Os plásticos versáteis abriram
todas as possibilidades para a embalagem
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— especialmente concebidos
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para manter a comida e outros produtos
mais frescos durante mais tempo.
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De repente, havia
sacos de lixo de plástico,
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filme estirável de plástico,
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garrafas de plástico compressíveis,
embalagens para comida de "takeaway"
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e caixas de plástico para fruta,
para vegetais, para carne.
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Ao fim de poucas décadas,
este material multifacetado
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abriu aquilo que veio
a ser conhecido por "século do plástico".
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Embora o século do plástico tenha trazido
conforto e lucro,
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também criou problemas
ambientais fenomenais.
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Muitos plásticos são fabricados
a partir de recursos não renováveis.
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E as embalagens de plástico
foram concebidas para serem de uso único
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mas alguns plásticos demoram
séculos a decompor-se,
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criando um monte infinito de desperdícios.
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Este século terá de concentrar
a inovação para resolver estes problemas
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— reduzindo o uso dos plásticos,
desenvolvendo plásticos biodegradáveis,
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e encontrando novas formas
de reciclar os plásticos existentes.