Ressuscitar o mamute-lanoso!
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0:01 - 0:03Quando eu era rapaz,
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0:03 - 0:05costumava observar
pelo microscópio do meu pai -
0:05 - 0:09os insetos dentro de âmbar
que ele guardava em casa. -
0:09 - 0:11Estavam muito bem preservados,
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0:11 - 0:14morfologicamente, eram fenomenais.
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0:14 - 0:16Costumávamos imaginar que, um dia,
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0:16 - 0:17eles iriam reviver
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0:17 - 0:19e rastejar para fora da resina,
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0:19 - 0:22e, se pudessem, voariam para longe.
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0:22 - 0:24Se me perguntassem, há 10 anos,
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0:24 - 0:28se poderíamos vir a sequenciar
o genoma de animais extintos, -
0:28 - 0:30eu teria dito: "É pouco provável."
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0:30 - 0:33Se tivessem perguntado se seríamos capazes
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0:33 - 0:35de fazer reviver uma espécie extinta,
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0:35 - 0:36eu teria dito: "Nem pensar."
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0:36 - 0:39Mas hoje estou aqui, espantosamente,
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0:39 - 0:41a dizer que o sequenciamento
de genomas extintos -
0:41 - 0:45não só é uma possibilidade
como é uma realidade dos tempos modernos. -
0:45 - 0:49A revitalização de uma espécie extinta
está ao nosso alcance, -
0:49 - 0:51talvez não de insetos em âmbar
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0:51 - 0:53— este mosquito foi usado
-
0:53 - 0:55como inspiração para o "Parque Jurássico" —
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0:55 - 0:57mas de mamutes-lanosos,
dos restos de mamutes -
0:57 - 1:00bem preservados no "permafrost".
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1:00 - 1:02Os mamutes-lanosos
são especialmente interessantes, -
1:02 - 1:04a quintessência da Era do Gelo.
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1:04 - 1:06Eram grandes. Eram peludos.
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1:06 - 1:08Tinham presas grandes, e parece
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1:08 - 1:11que temos uma profunda ligação com eles,
como temos com os elefantes. -
1:11 - 1:13Talvez seja porque os elefantes
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1:13 - 1:15têm muitas coisas em comum conosco.
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1:15 - 1:18Enterram os seus mortos.
Educam a geração seguinte. -
1:18 - 1:21Têm laços sociais muito definidos.
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1:21 - 1:24Ou talvez porque estamos ligados
por um passado longínquo, -
1:24 - 1:28porque os elefantes, tal como nós,
têm a sua origem em África -
1:28 - 1:30há uns sete milhões de anos.
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1:30 - 1:32Quando os "habitats" mudaram
e os ambientes mudaram, -
1:32 - 1:35nós, tal como os elefantes,
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1:35 - 1:38migrámos para a Europa e para a Ásia.
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1:38 - 1:41O primeiro grande mamute que aparece em cena
-
1:41 - 1:44é o mamute-ancestral,
que media quatro metros de altura, -
1:44 - 1:48pesava cerca de 10 toneladas,
e era uma espécie adaptada a florestas. -
1:48 - 1:51Espalharam-se da Europa Ocidental
até à Ásia Central -
1:51 - 1:53e, atravessando a Ponte Terrestre de Bering,
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1:53 - 1:55chegaram à América do Norte.
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1:55 - 1:58Depois, quando o clima voltou a mudar,
como sempre acontece, -
1:58 - 2:00e apareceram novos "habitats",
-
2:00 - 2:03tivemos o aparecimento
de uma espécie adaptada à estepe, -
2:03 - 2:04o mamute-da-estepe, na Ásia Central,
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2:04 - 2:07que empurrou o mamute-ancestral
para a Europa Ocidental. -
2:07 - 2:10As savanas de pastagens da América do Norte
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2:10 - 2:12abriram-se, dando origem
ao mamute-columbiano, -
2:12 - 2:15uma espécie enorme e sem pelo,
na América do Norte. -
2:15 - 2:17Foi somente cerca de 500 000 anos mais tarde
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2:17 - 2:20que tivemos a chegada do mamute-lanoso,
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2:20 - 2:22o que conhecemos e de que tanto gostamos,
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2:22 - 2:25espalhando-se de um ponto original
a leste de Bering -
2:25 - 2:28através da Ásia Central,
empurrando de novo o mamute-da-estepe -
2:28 - 2:30para a Europa Central
-
2:30 - 2:32e, depois de centenas de milhares de anos,
-
2:32 - 2:35migrando de um lado para o outro
pela Ponte Terrestre de Bering -
2:35 - 2:37durante a época de picos glaciais
-
2:37 - 2:39e entrando em contato direto
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2:39 - 2:42com os seus primos columbianos
que viviam no sul. -
2:42 - 2:45Aí sobreviveram centenas de milhares de anos
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2:45 - 2:48durante as traumáticas mudanças climáticas.
-
2:48 - 2:51Era um animal muito adaptável
perante grandes transições -
2:51 - 2:54de temperatura e ambiente,
e deu-se muito, muito bem. -
2:54 - 2:58Sobreviveram no continente
até há cerca de 10 000 anos -
2:58 - 3:01e, surpreendentemente,
nas pequenas ilhas ao largo da Sibéria -
3:01 - 3:04e do Alasca até pelo menos há 3 000 anos.
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3:04 - 3:06Os egípcios estavam a construIr as pirâmides
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3:06 - 3:08e os mamutes-lanosos
ainda estavam a viver nas ilhas. -
3:08 - 3:10Depois desapareceram.
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3:10 - 3:12Tal como 99 % de todos os animais,
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3:12 - 3:15extinguiram-se, talvez por causa
do aquecimento climático -
3:15 - 3:17e da rápida redução das densas florestas
-
3:17 - 3:19que iam migrando para norte
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3:19 - 3:22e também, como disse Paul Martin,
-
3:22 - 3:24provavelmente da matança do Pleistoceno.
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3:24 - 3:26Foram as caçadas grossas que os dizimaram.
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3:26 - 3:28Felizmente, encontramos
milhões de restos -
3:28 - 3:31espalhados no "permafrost",
profundamente enterrados, -
3:31 - 3:34na Sibéria e no Alasca, e podemos ir até lá
-
3:34 - 3:36e recuperá-los.
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3:36 - 3:38A preservação é, mais uma vez,
-
3:38 - 3:40como os insetos no âmbar, fenomenal.
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3:40 - 3:44Temos dentes, ossos com sangue,
-
3:44 - 3:46que parece ser sangue, temos cabelos,
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3:46 - 3:48e temos carcaças ou cabeças intactas
-
3:48 - 3:50que ainda têm cérebros dentro delas.
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3:50 - 3:52A preservação e a sobrevivência do ADN
-
3:52 - 3:56depende de muitos fatores
e, tenho que reconhecer, -
3:56 - 3:57muitos deles ainda não entendemos bem,
-
3:57 - 3:59mas consoante a altura
em que um organismo morre -
3:59 - 4:04e quão rapidamente ele é enterrado,
a profundidade da sepultura, -
4:04 - 4:07a constância da temperatura
do ambiente dessa sepultura, -
4:07 - 4:09é que ditam quanto tempo
o ADN vai sobreviver -
4:09 - 4:12em intervalos de tempo
geologicamente significativos. -
4:12 - 4:14Deve ser surpreendente para muitos de vocês
-
4:14 - 4:17nesta sala, que não é o tempo que interessa,
-
4:17 - 4:19não é o período de preservação,
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4:19 - 4:23é a constância da temperatura
de preservação que interessa. -
4:23 - 4:26Se quiséssemos penetrar nos ossos
-
4:26 - 4:29e nos dentes que sobreviveram
ao processo de fossilização, -
4:29 - 4:32o ADN que estava intacto,
perfeitamente envolvido -
4:32 - 4:34em proteínas histonas, seria atacado
-
4:34 - 4:37pela bactéria que vivia em
simbiose com o mamute -
4:37 - 4:39durante toda a sua vida.
-
4:39 - 4:42Essas bactérias, juntamente
com as bactérias ambientais, -
4:42 - 4:46a água livre e o oxigénio, separam o ADN
-
4:46 - 4:49em fragmentos cada vez mais pequenos de ADN,
-
4:49 - 4:51até que tudo o que resta são fragmentos
-
4:51 - 4:53entre 10 pares de bases,
no melhor dos cenários, -
4:53 - 4:56até centenas de pares de bases
de comprimento. -
4:56 - 4:58Há muitos fósseis, no registo de fósseis,
-
4:58 - 5:01que estão totalmente desprovidos
de todas as assinaturas orgânicas. -
5:01 - 5:03Mas alguns deles têm fragmentos de ADN
-
5:03 - 5:05que sobreviveu por milhares
-
5:05 - 5:09ou mesmo milhões de anos.
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5:09 - 5:11E usando a tecnologia moderna de sala limpa,
-
5:11 - 5:14concebemos modos de separar este ADN
-
5:14 - 5:16do resto da substância presente.
-
5:16 - 5:18Não é uma surpresa para
ninguém nesta sala -
5:18 - 5:21que, se eu agarrar num osso
ou dente de mamute, -
5:21 - 5:24e extrair o ADN, obtenho ADN de mamute.
-
5:24 - 5:27Mas também terei todas as bactérias
que viveram com o mamute, -
5:27 - 5:30e, mais complicado ainda, terei todo o ADN
-
5:30 - 5:33que sobreviveu naquele ambiente com ele,
-
5:33 - 5:35as bactérias, os fungos, e tudo o mais.
-
5:35 - 5:37Não é de estranhar, pois, que um mamute
-
5:37 - 5:39preservado no "permafrost"
-
5:39 - 5:42tenha cerca de 50 % de ADN de mamute,
-
5:42 - 5:44ao passo que um mamute-columbiano,
-
5:44 - 5:47que vivia e foi enterrado
num ambiente temperado, -
5:47 - 5:50terá só entre 3 a 10 % de [ADN] endógeno.
-
5:51 - 5:53Mas criámos formas inteligentes
-
5:53 - 5:56para poder discriminar,
capturar e discriminar, -
5:56 - 5:58o ADN de mamute e o ADN não-mamute,
-
5:58 - 6:01e com o progresso do sequenciamento
de alto rendimento, -
6:01 - 6:04podemos retirar e
bioinformaticamente rearrumar -
6:04 - 6:06todos esses pequenos fragmentos de mamutes
-
6:06 - 6:09e colocá-los numa espinha dorsal
-
6:09 - 6:11dum cromossoma de
elefante asiático ou africano. -
6:11 - 6:14Fazendo isso, podemos obter
todos os pontinhos -
6:14 - 6:17que diferenciam um mamute
de um elefante asiático. -
6:17 - 6:20Então, o que é que sabemos sobre um mamute?
-
6:20 - 6:23O genoma do mamute está quase completo
-
6:23 - 6:26e sabemos que é muito grande. É mamute.
-
6:26 - 6:29Um genoma hominídeo tem
cerca de 3 mil milhões de pares de bases, -
6:29 - 6:31mas o genoma de elefante ou de mamute
-
6:31 - 6:34tem cerca de 2 mil milhões
de pares de bases maiores -
6:34 - 6:37e a maior parte deles são formados
por ADN pequeno, repetitivo, -
6:37 - 6:41o que torna muito difícil reconstruir
toda a estrutura do genoma. -
6:41 - 6:43Esta informação permite-nos responder
-
6:43 - 6:46a uma das questões
interessantes sobre a relação -
6:46 - 6:48entre mamutes e os seus parentes vivos,
-
6:48 - 6:50o elefante africano e o asiático.
-
6:50 - 6:53Todos eles partilham um antepassado
de há sete milhões de anos, -
6:53 - 6:55mas o genoma do mamute mostra
-
6:55 - 6:58que tem um antepassado mais recente,
comum aos elefantes asiáticos -
6:58 - 6:59há cerca de seis milhões de anos.
-
6:59 - 7:02portanto, um pouco mais perto
do elefante asiático. -
7:02 - 7:04Com o progresso na tecnologia do ADN antigo,
-
7:04 - 7:06podemos começar a sequenciar
-
7:06 - 7:10os genomas das outras formas
de mamutes extintos que já referi. -
7:10 - 7:12Queria falar de dois deles,
-
7:12 - 7:14o mamute-lanoso e o colombiano.
-
7:14 - 7:17Ambos viveram muito perto um do outro
-
7:17 - 7:18durante os picos glaciais.
-
7:18 - 7:21Quando os glaciares eram maciços
na América do Norte, -
7:21 - 7:24os lanosos foram empurrados
para esses ecótonos subglaciais -
7:24 - 7:27e entraram em contacto
com os parentes que viviam no sul, -
7:27 - 7:28e partilharam dos seus refúgios
-
7:28 - 7:31e, segundo parece, mais do que os refúgios.
-
7:31 - 7:33Parece que acasalaram.
-
7:33 - 7:35Não é uma característica invulgar
-
7:35 - 7:37nos proboscídeos, porque acontece
-
7:37 - 7:40que os grandes elefantes machos da savana
-
7:40 - 7:43disputam as fêmeas aos elefantes
mais pequenos da floresta. -
7:43 - 7:45Portanto, os grandes columbianos pelados
-
7:45 - 7:47dominaram os machos lanosos, mais pequenos.
-
7:47 - 7:50Infelizmente, isso faz-me
lembrar a faculdade. -
7:50 - 7:52(Risos)
-
7:52 - 7:55Isto não é trivial, dada a ideia
de que queremos -
7:55 - 7:57fazer reviver espécies, porque acontece
-
7:57 - 7:59que um elefante africano
e um elefante asiático -
7:59 - 8:01podem acasalar e ter filhos
-
8:01 - 8:03e isso já aconteceu, por acidente,
-
8:03 - 8:06num zoo em Chester, no Reino Unido, em 1978.
-
8:06 - 8:09Portanto, podemos agarrar
em cromossomas de um elefante asiático, -
8:09 - 8:11modificá-los para todas as posições
-
8:11 - 8:14que já conseguimos discriminar
com o genoma do mamute, -
8:14 - 8:16podemos pô-los numa célula sem núcleo,
-
8:16 - 8:19diferenciá-los numa célula estaminal,
-
8:19 - 8:21diferenciá-los no que poderá ser um esperma,
-
8:21 - 8:24inseminá-lo artificialmente
num ovo de elefante asiático -
8:24 - 8:28e, ao fim de um procedimento
longo e árduo, -
8:28 - 8:30obter uma coisa parecida com isto.
-
8:30 - 8:32Mas, isto não será uma réplica exata,
-
8:32 - 8:35porque os curtos fragmentos
de ADN de que vos falei -
8:35 - 8:37impedir-nos-ão de construir
a estrutura exata -
8:37 - 8:39mas será uma coisa
com um aspeto muito parecido -
8:39 - 8:42com o do mamute-lanoso.
-
8:42 - 8:45Quando toco neste assunto
com os meus amigos, -
8:45 - 8:47dizemos muitas vezes:
Onde é que o vamos pôr? -
8:47 - 8:49Onde é que vamos instalar um mamute?
-
8:49 - 8:51Não há nenhum clima nem "habitat" adequado.
-
8:51 - 8:52Não é bem o caso.
-
8:52 - 8:55Acontece que há zonas de "habitat"
-
8:55 - 8:57no norte da Sibéria e no Yukon
-
8:57 - 8:59que podem albergar um mamute.
-
8:59 - 9:01Lembrem-se, era um animal muito adaptável
-
9:01 - 9:03que viveu sob terríveis variações climáticas.
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9:03 - 9:06Portanto, esta paisagem
poderá servir-lhe de casa -
9:06 - 9:10e tenho que confessar
que tenho uma costela infantil, -
9:10 - 9:12o rapaz que há em mim adoraria ver
-
9:12 - 9:14estas criaturas majestosas
a passear de novo -
9:14 - 9:16pelo "permafrost" do Norte.
-
9:16 - 9:19Mas tenho que reconhecer
que a minha parte de adulto -
9:19 - 9:21por vezes pondera se o devemos fazer ou não.
-
9:21 - 9:23Muito obrigado.
-
9:23 - 9:28(Aplausos)
-
9:28 - 9:30Ryan Phelan: Não fuja.
-
9:30 - 9:31Deixou-nos com uma pergunta.
-
9:31 - 9:35Decerto que estão todos a perguntar:
Quando diz: "Devemos ou não?" -
9:35 - 9:38Parece que tem algumas reticências
-
9:38 - 9:41mas deu-nos uma visão de que era possível.
-
9:41 - 9:42Quais eram as suas reticências?
-
9:42 - 9:44H.Poinard : Não eram reticências.
-
9:44 - 9:47Acho que é preciso pensar profundamente
-
9:47 - 9:50sobre as implicações,
as ramificações das nossas ações -
9:50 - 9:52e, se tivermos uma boa e profunda discussão,
-
9:52 - 9:54como a que estamos a ter agora,
-
9:54 - 9:56penso que podemos chegar a uma boa solução.
-
9:56 - 9:58Mas quero ter a certeza que vamos ter tempo
-
9:58 - 10:00para pensar porque é
que vamos fazer isto primeiro. -
10:00 - 10:03RP: Resposta perfeita.
Muito obrigada, Henry. -
10:03 - 10:04HP: Obrigado.
-
10:04 - 10:05(Aplausos)
- Title:
- Ressuscitar o mamute-lanoso!
- Speaker:
- Hendrik Poinar
- Description:
-
É o sonho dos miúdos em todo o mundo ver animais gigantescos a passear de novo pela Terra. Esse sonho poderá — ou deverá — ser realizado? Hendrik Poinar faz uma palestra sobre a seguinte grande questão: a tentativa de criar um animal muito parecido com o nosso amigo peludo, o mamute-lanoso. O primeiro passo, sequenciar o genoma do mamute-lanoso, está quase completo. E é enorme. (Filmado no TEDxDeExtinction).
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 10:22
Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for Bring back the woolly mammoth! | ||
Isabel Vaz Belchior approved Portuguese subtitles for Bring back the woolly mammoth! | ||
Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for Bring back the woolly mammoth! | ||
Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for Bring back the woolly mammoth! | ||
Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for Bring back the woolly mammoth! | ||
Isabel Vaz Belchior accepted Portuguese subtitles for Bring back the woolly mammoth! | ||
Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for Bring back the woolly mammoth! | ||
Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for Bring back the woolly mammoth! |
Margarida Ferreira
Esta tradução pretende seguir o novo acordo ortográfico. Mas, como sempre escrevi na ortografia antiga, tenho alguma dificuldade em detetar alguma incorrecção.
Se houver algum engano, favor corrigir para o novo acordo ortográfico.
Margarida