Quatro lições de robôs sobre como ser humano | Ken Goldberg | TEDxBerkeley
-
0:30 - 0:34Obrigado. Tivemos ótimos
palestrantes hoje. -
0:34 - 0:38Conversávamos nos bastidores,
e quero dizer que todos nós concordamos -
0:38 - 0:41que vocês têm sido uma tremenda audiência.
-
0:41 - 0:44Achamos que vocês merecem
aplausos por serem tão incríveis. -
0:44 - 0:47(Aplausos)
-
0:50 - 0:53Sei que vai parecer estranho,
-
0:53 - 0:58mas acho que os robôs podem nos inspirar
a sermos melhores seres humanos. -
0:59 - 1:02Eu cresci em Bethlehem na Pensilvânia,
-
1:02 - 1:04lar da siderúrgica Bethlehem.
-
1:04 - 1:07Meu pai era engenheiro
-
1:07 - 1:11e, enquanto eu crescia, ele me ensinava
como as coisas funcionavam. -
1:11 - 1:13Nós fazíamos projetos juntos,
-
1:13 - 1:16como foguetes e autoramas.
-
1:16 - 1:19Aqui está o kart que construímos juntos.
-
1:20 - 1:21Sou eu na direção,
-
1:21 - 1:24com minha irmã e meu melhor amigo.
-
1:25 - 1:27E um dia,
-
1:27 - 1:30ele voltou para casa, eu tinha
mais ou menos dez anos, -
1:30 - 1:33e anunciou, na mesa de jantar,
-
1:33 - 1:37que nosso próximo projeto
seria a construção... -
1:37 - 1:38de um robô.
-
1:39 - 1:40Um robô.
-
1:41 - 1:43Eu estava entusiasmado com isso,
-
1:43 - 1:47porque na escola, havia
um menino chamado Kevin, -
1:47 - 1:48que pegava no meu pé,
-
1:48 - 1:51porque eu era o único judeu da classe.
-
1:51 - 1:54Eu mal podia esperar
para começar a trabalhar nisso, -
1:54 - 1:56para poder apresentar Kevin ao meu robô.
-
1:56 - 1:57(Risos)
-
1:57 - 2:00(Sons de robô)
-
2:07 - 2:08(Risos)
-
2:08 - 2:12Mas não era esse tipo de robô
que meu pai tinha em mente. -
2:12 - 2:13(Risos)
-
2:13 - 2:17Veja, ele tinha uma empresa de cromagem,
-
2:17 - 2:23e tinham que mover peças pesadas de metal
de um tanque para outro. -
2:23 - 2:26Então ele precisava de um robô
industrial como este, -
2:26 - 2:28que fizesse o trabalho pesado.
-
2:29 - 2:33Mas meu pai também não entendeu
direito o tipo de robô que ele queria. -
2:33 - 2:36Nós trabalhamos nisso por anos,
-
2:36 - 2:41mas isso era nos anos 70, e a tecnologia
disponível na época para amadores -
2:41 - 2:42não havia chegado lá ainda.
-
2:43 - 2:46Meu pai continuou fazendo
esse tipo de trabalho à mão. -
2:47 - 2:49E, alguns anos depois,
-
2:49 - 2:51ele foi diagnosticado com câncer.
-
2:53 - 2:55Veja você,
-
2:55 - 2:58o que o robô que tentávamos construir
estava dizendo a ele -
2:58 - 3:00não era nada sobre o trabalho pesado.
-
3:00 - 3:01Era um aviso
-
3:01 - 3:03sobre sua exposição a produtos tóxicos.
-
3:05 - 3:07Ele não percebeu naquela época,
-
3:07 - 3:09e teve leucemia.
-
3:09 - 3:11E morreu com 45 anos.
-
3:13 - 3:15Fiquei arrasado.
-
3:15 - 3:18E nunca esqueci do robô
que tentamos construir. -
3:20 - 3:23Quando estava na faculdade, decidi
estudar engenharia, como meu pai. -
3:25 - 3:29Fui para Carnegie Mellon,
onde consegui meu PhD em robótica. -
3:29 - 3:31Tenho estudado robôs desde então.
-
3:32 - 3:37Quero contar para vocês
sobre quatro projetos de robôs, -
3:37 - 3:40e como eles me inspiraram
a ser um ser humano melhor. -
3:44 - 3:49Em 1993, eu era um jovem
professor na USC, -
3:49 - 3:52e estava construindo meu próprio
laboratório de robótica, -
3:52 - 3:55e esse foi o ano em que a Internet surgiu.
-
3:56 - 3:59Lembro de meus estudantes
me contando sobre ela, -
3:59 - 4:01e estávamos deslumbrados.
-
4:01 - 4:05Começamos a brincar com ela,
-
4:05 - 4:09e percebemos que poderíamos usar
essa nova interface universal -
4:09 - 4:13para que qualquer um no mundo
pudesse operar nosso robô. -
4:15 - 4:19Então em vez de fazer o robô lutar
ou fazer trabalho industrial, -
4:20 - 4:22decidimos montar um canteiro,
-
4:22 - 4:24colocar o robô no centro,
-
4:24 - 4:26e o chamamos de Telegarden.
-
4:27 - 4:32Colocamos uma câmera no braço do robô,
-
4:32 - 4:35e escrevemos alguns scripts e software,
-
4:35 - 4:39de forma que qualquer um poderia
se juntar e, clicando na tela, -
4:39 - 4:42podia mover o robô ao redor
e visitar o jardim. -
4:43 - 4:47Mas também desenvolvemos outro software
-
4:47 - 4:51que permitia a sua participação,
você poderia aguar o jardim remotamente. -
4:51 - 4:53E se você o aguasse algumas vezes,
-
4:53 - 4:56te daríamos suas próprias
sementes para plantio. -
4:57 - 5:00Era um projeto de engenharia,
-
5:00 - 5:04e publicamos alguns artigos
sobre o projeto desenvolvido, -
5:04 - 5:07mas também pensamos nele
como uma instalação artística. -
5:08 - 5:10Ele foi convidado, depois do primeiro ano,
-
5:10 - 5:13para o Ars Electronica Museum na Áustria,
-
5:13 - 5:16para ser instalado na entrada.
-
5:17 - 5:21Estou feliz em dizer que ficou lá,
on-line, 24 horas por dia, -
5:21 - 5:23por quase nove anos.
-
5:24 - 5:28Aquele robô foi operado por mais pessoas
-
5:28 - 5:30do que qualquer outro robô na história.
-
5:31 - 5:32Um dia,
-
5:32 - 5:36recebi uma ligação de um estudante,
-
5:37 - 5:41que me fez uma pergunta
muito simples, mas profunda. -
5:42 - 5:45Ele disse: "Esse robô é de verdade?"
-
5:46 - 5:48Todos assumiram que era,
-
5:48 - 5:51e sabíamos que era,
porque trabalhávamos com ele. -
5:51 - 5:52Mas eu sabia o que ele queria dizer,
-
5:52 - 5:57porque seria possível tirar
algumas fotos de flores em um jardim -
5:57 - 6:00e basicamente colocá-las em um computador,
-
6:00 - 6:03assim pareceria ser um robô de verdade,
-
6:03 - 6:04mas não seria.
-
6:05 - 6:06E quanto mais eu pensava nisso,
-
6:06 - 6:10não conseguia pensar em como
poderíamos mostrar a diferença. -
6:10 - 6:14Na época recebi uma proposta
para trabalhar aqui em Berkeley. -
6:14 - 6:16E, quando cheguei,
-
6:16 - 6:18procurei por Hubert Dreyfus,
-
6:18 - 6:21um renomado professor de filosofia.
-
6:22 - 6:25Conversei com ele sobre isso, e ele disse:
-
6:25 - 6:29"Esse é um dos problemas
mais antigos e centrais da filosofia. -
6:29 - 6:33Remonta aos céticos e Descartes.
-
6:33 - 6:36É a questão da epistemologia,
-
6:36 - 6:39o estudo de como sabemos
que algo é verdadeiro". -
6:40 - 6:42Começamos a trabalhar juntos,
-
6:42 - 6:45e criamos um novo termo:
"telepistemologia", -
6:46 - 6:48o estudo do conhecimento à distância.
-
6:49 - 6:55Convidamos artistas, engenheiros
e filósofos para escrever artigos, -
6:55 - 6:58e os resultados foram compilados
nesse livro do MIT Press. -
6:59 - 7:02Graças a esse estudante,
-
7:02 - 7:05que questionou o que todos
assumiram ser verdade, -
7:05 - 7:09esse projeto me ensinou
uma grande lição sobre a vida, -
7:09 - 7:12que é sempre questionar.
-
7:13 - 7:15Agora, o segundo projeto que vou falar
-
7:16 - 7:17nasceu do Telegarden.
-
7:18 - 7:20Enquanto ele operava,
meus alunos e eu ficamos interessados -
7:20 - 7:23em como as pessoas interagiam
umas com as outras -
7:23 - 7:25e o que estavam fazendo com o jardim,
-
7:25 - 7:26então pensamos:
-
7:26 - 7:28e se o robô deixasse o jardim
-
7:28 - 7:31e fosse para outro ambiente interessante?
-
7:31 - 7:33Por exemplo, um jantar
-
7:33 - 7:35na Casa Branca?
-
7:35 - 7:37(Risos)
-
7:38 - 7:41Como estávamos mais interessados
no projeto do sistema -
7:41 - 7:44e na interface do usuário
do que no hardware -
7:44 - 7:50decidimos que, em vez de um robô
substituir um humano na festa, -
7:50 - 7:52teríamos um humano substituindo o robô.
-
7:53 - 7:55Demos o nome de Tele-Actor.
-
7:55 - 7:57Selecionamos uma pessoa,
-
7:58 - 8:01alguém bem sociável e gregária,
-
8:01 - 8:05que vestiria um capacete
com vários equipamentos, -
8:05 - 8:06câmeras e microfones,
-
8:06 - 8:09e uma mochila com acesso à internet.
-
8:10 - 8:13A ideia era que ela iria
-
8:13 - 8:15para um ambiente interessante e afastado
-
8:15 - 8:17e, pela internet,
-
8:17 - 8:20ela poderia compartilhar suas
experiências com outras pessoas. -
8:20 - 8:23Elas veriam o que ela veria
-
8:23 - 8:26e, mais importante, poderiam participar
-
8:26 - 8:29interagindo entre si
-
8:29 - 8:35e trazendo ideias sobre o que ela poderia
fazer em seguida, e onde poderia ir, -
8:35 - 8:38e transmiti-las à Tele-Actor.
-
8:39 - 8:41Assim tivemos a chance
de levar a Tele-Actor -
8:41 - 8:44ao prêmio Webby em São Francisco.
-
8:45 - 8:48Naquele ano, o apresentador
era Sam Donaldson. -
8:50 - 8:52Pouco antes das cortinas
se abrirem, tive 30 segundos -
8:53 - 8:56para explicar a ele o que faríamos.
-
8:58 - 9:01Eu disse: "A Tele-Actor
vai se juntar a você no palco. -
9:01 - 9:04Este é um projeto experimental,
-
9:04 - 9:06as pessoas estão assistindo em suas telas,
-
9:06 - 9:09temos câmeras e microfones envolvidos,
-
9:09 - 9:11ela tem um fone de ouvido,
-
9:11 - 9:15e pessoas do mundo todo estão dando dicas
a ela sobre o que fazer em seguida". -
9:15 - 9:16E ele disse: "Espere aí.
-
9:17 - 9:19Isso é o que eu faço".
-
9:19 - 9:22(Risos)
-
9:24 - 9:25Ele amou nossa ideia,
-
9:25 - 9:28e quando a Tele-Actor subiu ao palco,
-
9:28 - 9:30foi em direção a ele
-
9:30 - 9:32e deu um beijão na boca dele.
-
9:32 - 9:34(Risos)
-
9:34 - 9:37Ficamos surpresos, não sabíamos
que aquilo iria acontecer, -
9:37 - 9:40e ele foi ótimo, deu um abraço nela
-
9:40 - 9:41e tudo funcionou perfeitamente.
-
9:41 - 9:44Mas naquela noite,
enquanto guardávamos tudo, -
9:44 - 9:48perguntei à Tele-Actor
como os participantes decidiram -
9:48 - 9:51que ela deveria beijar Sam Donaldson?
-
9:53 - 9:54E ela disse que eles não decidiram.
-
9:55 - 9:57Ela contou que estava
prestes a entrar no palco, -
9:57 - 10:00e os participantes ainda estavam
decidindo sobre o que fazer, -
10:00 - 10:04então ela entrou no palco
e fez o que pareceu mais natural. -
10:04 - 10:07(Risos)
-
10:08 - 10:11O sucesso da Tele-Actor naquela noite
-
10:11 - 10:15foi porque ela era uma ótima atriz.
-
10:15 - 10:18Sabia quando confiar em seus instintos.
-
10:18 - 10:23E esse projeto me ensinou
outra lição sobre a vida, que é: -
10:23 - 10:26se estiver em dúvida, improvise.
-
10:26 - 10:27(Risos)
-
10:28 - 10:33O terceiro projeto nasceu
da minha experiência -
10:33 - 10:35da época em que meu pai
estava no hospital. -
10:37 - 10:40Ele estava fazendo quimioterapia,
-
10:40 - 10:44e existe um tratamento associado
chamado braquiterapia, -
10:44 - 10:48no qual minúsculas sementes radioativas
são colocadas no corpo -
10:48 - 10:50para tratar tumores cancerígenos.
-
10:51 - 10:54Como podemos ver aqui,
-
10:54 - 10:58os cirurgiões inserem agulhas no corpo
-
10:58 - 10:59para aplicar as sementes.
-
10:59 - 11:03E todas essas agulhas
são inseridas paralelamente. -
11:04 - 11:09É muito comum que algumas agulhas
atinjam órgãos sensíveis. -
11:10 - 11:17Como resultado, as agulhas
causam danos aos órgãos, -
11:17 - 11:19o que leva a trauma e efeitos colaterais.
-
11:20 - 11:22Eu e meus estudantes pensamos:
-
11:22 - 11:26e se pudéssemos alterar o sistema
-
11:26 - 11:29para que as agulhas penetrem
em ângulos diferentes? -
11:30 - 11:32Fizemos uma simulação,
-
11:32 - 11:35desenvolvemos alguns algoritmos
específicos e simulamos. -
11:35 - 11:39E pudemos demonstrar
que poderíamos evitar esses órgãos -
11:39 - 11:44e, ainda assim, atingir
os tumores com radiação. -
11:45 - 11:48Então estamos trabalhando
com médicos do UCSF -
11:48 - 11:51e engenheiros do John Hopkins,
-
11:51 - 11:53e construindo um robô
-
11:53 - 11:57com um projeto específico,
com várias articulações -
11:57 - 12:02que permitem que as agulhas sejam
inseridas em vários ângulos. -
12:02 - 12:06Como vocês podem ver,
elas conseguem evitar os órgãos -
12:06 - 12:08e ainda atingir as áreas necessárias.
-
12:10 - 12:15Assim, questionando a premissa
de que as agulhas deveriam ser paralelas, -
12:15 - 12:17esse projeto me ensinou
uma importante lição: -
12:18 - 12:22quando seu caminho está bloqueado, desvie.
-
12:23 - 12:27E o último projeto também tinha
a ver com medicina robótica -
12:28 - 12:31e surgiu de um sistema
-
12:31 - 12:35chamado robô cirúrgico da Vinci.
-
12:35 - 12:38É um aparelho disponível
comercialmente, -
12:38 - 12:41usado em mais de 2 mil
hospitais em todo mundo. -
12:42 - 12:46A ideia é permitir que o cirurgião
opere confortavelmente -
12:46 - 12:48em seu próprio campo de coordenadas.
-
12:50 - 12:56Muitas das tarefas em uma cirurgia são
rotineiras e tediosas, como dar pontos, -
12:56 - 12:58e frequentemente são realizadas
-
12:58 - 13:02sob o controle específico do cirurgião.
-
13:03 - 13:05Então o cirurgião fica cansado.
-
13:06 - 13:07E estávamos pensando,
-
13:07 - 13:11que se pudéssemos programar o robô
para que ele pudesse fazer essas tarefas, -
13:11 - 13:13e assim liberar o cirurgião
-
13:13 - 13:16para que ele possa focar
tarefas mais complicadas -
13:16 - 13:19e diminuir o tempo da cirurgia;
-
13:19 - 13:22e ainda se pudéssemos fazer
com que o robô as fizesse mais rápido? -
13:22 - 13:26Não é fácil programar o robô
para fazer coisas assim delicadas. -
13:26 - 13:31Mas meu colega Peter Abbeel,
que está aqui em Berkeley, -
13:31 - 13:36desenvolveu uma série de técnicas
para ensinar os robôs através de exemplos. -
13:37 - 13:39Ele fez robôs pilotarem helicópteros,
-
13:39 - 13:43fazerem acrobacias lindas,
-
13:43 - 13:45por meio de especialistas que os guiavam.
-
13:46 - 13:48Então pegamos um desses robôs.
-
13:48 - 13:50Começamos a trabalhar
com Peter e seus estudantes. -
13:50 - 13:54E pedimos a um cirurgião
para fazer uma tarefa, -
13:56 - 13:57com o robô.
-
13:57 - 14:00Pedíamos ao cirurgião
que fizesse seu trabalho -
14:00 - 14:03e gravávamos os movimentos do robô.
-
14:03 - 14:04Um exemplo.
-
14:04 - 14:07Vou usar o desenho
de um oito como exemplo. -
14:08 - 14:11Aqui está o resultado, quando o robô...
-
14:11 - 14:14esse três exemplos são o traçado do robô.
-
14:14 - 14:19São muito melhores
do que um novato como eu faria, -
14:19 - 14:21mas ainda está bagunçado e impreciso.
-
14:21 - 14:24Então gravamos todos esses
exemplos, esses dados, -
14:24 - 14:27e passamos por uma sequência de passos.
-
14:28 - 14:31Primeiro usamos uma técnica chamada
"dynamic time warping", ou DTW, -
14:31 - 14:32de reconhecimento de voz.
-
14:32 - 14:36Isso nos permitiu alinhar
todos os exemplos. -
14:36 - 14:42Então aplicamos o filtro de Kalman,
uma técnica da teoria de controle, -
14:42 - 14:45que nos permitiu analisar
o ruído estatisticamente -
14:45 - 14:49e extrair a trajetória desejada
que está por trás delas. -
14:51 - 14:54Pegamos aquelas demonstrações humanas,
todas com ruídos e imperfeições, -
14:54 - 14:58e deduzimos uma trajetória das tarefas
-
14:58 - 15:00e uma sequência de controle para o robô.
-
15:01 - 15:03Então executamos isso no robô
-
15:03 - 15:05e observamos o que acontecia,
-
15:05 - 15:06ajustamos os controles
-
15:06 - 15:09usando uma série de técnicas
chamada aprendizado iterativo. -
15:11 - 15:14Então aumentamos um pouco a velocidade.
-
15:15 - 15:18Observamos os resultados,
ajustamos os controles mais uma vez, -
15:19 - 15:21e observamos o que acontecia.
-
15:21 - 15:23Fizemos isso várias vezes.
-
15:23 - 15:24E aqui está o resultado.
-
15:24 - 15:26Esta é a trajetória inferida,
-
15:26 - 15:29e aqui está o robô, se movendo
na velocidade de um humano. -
15:29 - 15:32Aqui, quatro vezes
a velocidade de um humano. -
15:32 - 15:33Aqui sete vezes.
-
15:35 - 15:39E aqui está o robô operando dez vezes
mais rápido que um humano. -
15:40 - 15:43Fomos capazes de fazer com que o robô
fizesse uma tarefa delicada, -
15:43 - 15:46como uma tarefa em uma cirurgia,
-
15:47 - 15:49dez vezes mais rápido que um ser humano.
-
15:50 - 15:52Então esse projeto também,
-
15:52 - 15:54por conta de seu envolvimento
prático e aprendizado -
15:55 - 15:56repetindo uma tarefa várias vezes,
-
15:56 - 15:59também tem uma lição, que é:
-
15:59 - 16:01se você quer fazer algo bem feito,
-
16:03 - 16:07não existe substituto
para praticar, praticar e praticar. -
16:11 - 16:15Essas são as quatro lições que aprendi
dos robôs ao longo dos anos. -
16:17 - 16:22E a robótica se tornou muito melhor
ao longo dos anos. -
16:24 - 16:26Hoje, estudantes do colegial
constróem robôs, -
16:26 - 16:29como o robô industrial que eu
e meu pai tentamos construir. -
16:30 - 16:33Mas...
-
16:33 - 16:37Agora eu tenho uma filha,
-
16:37 - 16:39chamada Odessa.
-
16:39 - 16:40Ela tem oito anos.
-
16:41 - 16:43E ela também gosta de robôs.
-
16:43 - 16:45Talvez seja algo de família.
-
16:45 - 16:46(Risos)
-
16:46 - 16:48Gostaria que ela
tivesse conhecido meu pai. -
16:50 - 16:53E agora posso ensiná-la
como as coisas funcionam, -
16:53 - 16:55e podemos fazer projetos juntos.
-
16:55 - 16:58E me pergunto que tipo de lições
ela tirará deles. -
17:00 - 17:04Robôs são as mais humanas
de nossas máquinas. -
17:04 - 17:07Eles não podem resolver todos
os problemas do mundo, -
17:07 - 17:11mas acho que eles têm
algo importante a nos ensinar. -
17:12 - 17:14Convido a todos
-
17:14 - 17:17a pensar sobre as inovações
em que estão interessados, -
17:18 - 17:20as máquinas que vocês desejam.
-
17:21 - 17:24E pensar no que elas estão te dizendo.
-
17:25 - 17:28Porque tenho um palpite
de que muitas inovações tecnológicas, -
17:28 - 17:30os aparelhos que sonhamos,
-
17:32 - 17:35podem nos inspirar
a sermos melhores seres humanos. -
17:35 - 17:37Obrigado.
-
17:37 - 17:39(Aplausos)
- Title:
- Quatro lições de robôs sobre como ser humano | Ken Goldberg | TEDxBerkeley
- Description:
-
Quanto mais os robôs entram em nosso cotidiano, mais somo forçados a nos examinar como pessoas. Nesse TEDxBerkeley, Ken Goldberg divide conosco quatro lições humanas que ele aprendeu trabalhando com robôs.
Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais, visite http://ted.com/tedx
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDxTalks
- Duration:
- 17:44