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Código Morse e a Era da Informação (linguagem de moedas 8/12)

  • 0:03 - 0:06
    Em 1832, o matemático Karl Gauss
  • 0:06 - 0:09
    e o professor de física Wilhelm Weber
  • 0:09 - 0:11
    projetaram um sistema que permitiu que
    eles se comunicassem
  • 0:11 - 0:14
    à distância, enquanto eles
    trabalhavam em seus experimentos -
  • 0:14 - 0:18
    conectando o observatório com
    o laboratório de física.
  • 0:18 - 0:21
    Eles resolveram um
    problema muito importante,
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    que era mais um quebra-cabeça:
  • 0:23 - 0:25
    como enviar todas as letras do alfabeto
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    utilizando um circuito - ou uma linha.
  • 0:28 - 0:31
    E o seu sistema usava um galvanômetro,
  • 0:31 - 0:33
    já que se sabia que a corrente elétrica,
    passando através
  • 0:33 - 0:36
    de uma bobina, cria um campo magnético
    que aponta para
  • 0:36 - 0:39
    o centro do loop, e que pode
    desviar uma agulha.
  • 0:39 - 0:42
    Mas, em vez de simplesmente
    mover uma agulha a distância,
  • 0:42 - 0:45
    seu sistema usava uma chave
    que poderia inverter
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    o sentido da corrente instantaneamente.
  • 0:49 - 0:50
    Isto faria com que o campo magnético
  • 0:50 - 0:52
    em torno da bobina se invertesse
  • 0:52 - 0:56
    e a agulha se desviasse,
    ou para a direita ou para a esquerda,
  • 0:56 - 0:58
    dependendo do sentido da corrente.
  • 0:58 - 1:02
    Assim, dando-lhes dois diferentes
    eventos de sinalização
  • 1:02 - 1:06
    ou "símbolos":
    deflexão à direita ou à esquerda.
  • 1:06 - 1:09
    Mais importante, ele atribuiu símbolos
  • 1:09 - 1:12
    mais curtos para as letras mais comuns.
  • 1:12 - 1:15
    Por exemplo, 'A' era uma
    deflexão único à direita.
  • 1:15 - 1:17
    E 'E' era uma deflexão
    única para a esquerda.
  • 1:17 - 1:20
    E ele usou os códigos mais longos
    para as letras menos comuns,
  • 1:20 - 1:26
    como 'K', que correspondia a
    três desvios à direita.
  • 1:26 - 1:29
    Na época, a velocidade de transmissão
  • 1:29 - 1:33
    era de cerca de 9 letras por minuto.
  • 1:33 - 1:36
    Todos os telégrafos
    de agulha que se seguiram
  • 1:36 - 1:38
    sofriam de uma limitação semelhante
  • 1:38 - 1:41
    era um problema de engenharia.
  • 1:41 - 1:44
    A taxa de sinalização era lenta.
  • 1:44 - 1:46
    Agora, a taxa de sinalização era
  • 1:46 - 1:48
    o número de desvios por minuto,
  • 1:48 - 1:51
    que podiam ser precisamente
    transmitidos e recebidos.
  • 1:51 - 1:54
    E se você espremesse
    os eventos de sinalização,
  • 1:54 - 1:56
    o receptor se confundiria
    devido à variações,
  • 1:56 - 1:58
    resultando em erros,
  • 1:58 - 2:01
    semelhante à forma como as notas sustentadas
    em um piano vão se difundir juntas
  • 2:01 - 2:06
    e se tornarão menos reconhecíveis,
    se você tocar rapidamente.
  • 2:06 - 2:08
    Ao longo do tempo,
    a taxa de sinalização
  • 2:08 - 2:11
    foi melhorada gradativamente.
  • 2:11 - 2:12
    Uma melhoria foi adicionar
  • 2:12 - 2:16
    um pequeno ímã permanente
    para o lado de fora da bobina.
  • 2:16 - 2:18
    Isto ajudou a puxar a agulha para trás,
  • 2:18 - 2:21
    para a posição neutra, após cada deflexão.
  • 2:21 - 2:23
    E estes designs conduziram a
    uma ampla gama de
  • 2:23 - 2:27
    telégrafos de agulhas, que
    foram implantados em toda a Europa.
  • 2:27 - 2:29
    A Companhia de Telégrafos Elétricos
  • 2:29 - 2:32
    foi a primeira empresa
    de telégrafo pública.
  • 2:32 - 2:36
    Ela foi formada em 1846 depois que
    seus proprietários compraram
  • 2:36 - 2:39
    as principais patentes de
    telégrafo de agulha da época.
  • 2:42 - 2:46
    Mas a velocidade desses
    vários telégrafos de agulha
  • 2:46 - 2:50
    nunca ultrapassou muito
    60 letras por minuto ,
  • 2:54 - 2:57
    uma vez que cada agulha não podia
    transmitir um sinal muito mais rápido do que
  • 2:57 - 3:00
    uma deflexão por segundo.
  • 3:00 - 3:02
    Inicialmente,
    a empresa cobrava os clientes
  • 3:02 - 3:05
    com base em mensagens individuais,
  • 3:05 - 3:07
    que podiam conter até 20 palavras,
  • 3:07 - 3:10
    que é o mesmo
    comprimento de um "tweet".
  • 3:10 - 3:14
    Em 1848, o custo de envio
    de uma única mensagem
  • 3:14 - 3:18
    de Londres a Edimburgo era 16 xelins.
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    E esse era cerca de um salário
    de uma semana para, por exemplo,
  • 3:20 - 3:23
    um dono de uma loja da época.
  • 3:23 - 3:25
    Portanto, essa tecnologia ficou inicialmente
  • 3:25 - 3:30
    fora do alcance das pessoas comuns.
  • 3:30 - 3:33
    Nos Estados Unidos,
    a comercialização do telégrafo
  • 3:33 - 3:37
    era liderada por um pintor de retratos
    chamado Samuel Morse,
  • 3:37 - 3:38
    que tinha seguido o desenvolvimento
  • 3:38 - 3:41
    dos telégrafos de agulha na Europa.
  • 3:41 - 3:44
    Morse é importante,
    porque ele se concentrou
  • 3:44 - 3:48
    em aumentar a taxa em que
    as letras podiam viajar.
  • 3:48 - 3:50
    Ele acabou com as agulhas.
  • 3:50 - 3:53
    E, em 1838, ele inicialmente
    apresentou uma patente
  • 3:53 - 3:56
    baseada na idéia
    de que a corrente elétrica
  • 3:56 - 3:58
    pode fluir ou ser interrompida.
  • 3:58 - 4:03
    E interrupções poderiam ser
    organizadas para criar significado.
  • 4:03 - 4:06
    Apesar de seus projetos sobre
    como produzir essas interrupções
  • 4:06 - 4:09
    serem complicados,
    envolvendo um sistema complexo
  • 4:09 - 4:12
    de engrenagens, alavancas e eletroímãs.
  • 4:12 - 4:15
    No entanto, seu sistema
    foi muito simplificado
  • 4:15 - 4:19
    depois de suas colaborações com Albert Vail.
  • 4:19 - 4:22
    Elas levaram a uma peça
    icônica de interface do usuário,
  • 4:22 - 4:26
    a alavanca de mola simples, ou chave ,
  • 4:26 - 4:29
    que pode ser controlada
    com o toque de um dedo.
  • 4:29 - 4:33
    E na extremidade receptora
    havia uma alavanca com mola
  • 4:33 - 4:35
    que podia ser puxada e solta
  • 4:35 - 4:37
    por um forte eletroímã.
  • 4:45 - 4:49
    Para criar uma diferença semelhante
    à deflexão esquerda-direita,
  • 4:49 - 4:55
    ele variou a duração da pressão da tecla,
    ou a largura do impulso.
  • 4:55 - 4:58
    O fechamento do interruptor
    por um tempo muito curto,
  • 4:58 - 5:00
    foi chamado "ponto".
  • 5:00 - 5:02
    E o ponto pode ser considerado como
  • 5:02 - 5:07
    a unidade básica de tempo
    em código Morse.
  • 5:07 - 5:09
    E o fechamento do interruptor
  • 5:09 - 5:13
    por três unidades de tempo, um "traço".
  • 5:13 - 5:18
    [Som das letras sendo enviadas por código Morse.]
  • 5:18 - 5:21
    Espaçamento exatamente certo.
  • 5:21 - 5:23
    Muito pequenos, curtos espaços entre
  • 5:23 - 5:26
    os dits e dahs em um caractere.
  • 5:26 - 5:27
    Didah dit.
  • 5:28 - 5:30
    [Carta sendo enviada por código Morse.]
  • 5:30 - 5:31
    Didah dit dit.
  • 5:31 - 5:33
    [Carta enviada por código Morse.]
  • 5:33 - 5:35
    E esta foi a fonte da diferença
  • 5:35 - 5:38
    na sua estratégia de codificação.
  • 5:38 - 5:42
    Começando com um ponto inicial ou traço,
    ramo esquerdo ou direito,
  • 5:42 - 5:46
    o que leva a outro ponto ou traço,
    e assim por diante.
  • 5:46 - 5:49
    E o esquema atribuía sequências
    mais curtas de símbolos
  • 5:49 - 5:51
    para as letras mais prováveis,
  • 5:51 - 5:52
    com base na freqüência das letras,
  • 5:52 - 5:55
    que poderiam ser tabuladas
    a partir de livros.
  • 5:55 - 5:57
    Então, no alto da árvore,
  • 5:57 - 6:00
    um único ponto representa o 'E.'
  • 6:00 - 6:03
    Um único traço representa o "T."
  • 6:03 - 6:05
    Descendo a árvore,
  • 6:05 - 6:08
    colocamos as letras menos comuns.
  • 6:08 - 6:14
    Depois de uma letra, este sistema
    insere uma pausa de três unidades.
  • 6:14 - 6:17
    O espaçamento entre os caracteres
    de uma palavra ou grupo
  • 6:17 - 6:19
    é uniforme também, mas é maior.
  • 6:19 - 6:23
    [Carta enviada por código Morse.]
  • 6:23 - 6:27
    É importante perceber que
    o significado dessas mensagens
  • 6:27 - 6:30
    foi entrelaçado com o tempo delas.
  • 6:30 - 6:32
    Você está querendo saber
    se o espaçamento adequado
  • 6:32 - 6:34
    é realmente tão importante?
  • 6:34 - 6:37
    Ou não é mais do que
    um refinamento extra?
  • 6:37 - 6:39
    Uma coisa elegante de se fazer,
    como caligrafia bonita?
  • 6:39 - 6:42
    Se você pensa assim, você está errado.
    E eu vou mostrar-lhe porquê.
  • 6:42 - 6:48
    [Carta enviada por código Morse.]
  • 6:48 - 6:51
    Dit para dit e dah para dah,
    eles combinam.
  • 6:52 - 6:53
    Apenas o espaçamento faz a diferença
  • 6:53 - 6:58
    entre uma palavra e outra.
  • 6:58 - 7:00
    Então, para enviar a palavra "Paris",
  • 7:00 - 7:02
    precisamos primeiro pensar nisso como
  • 7:02 - 7:07
    "P espaço A espaço R espaço I espaço S."
  • 7:07 - 7:10
    A taxa de sinalização deste sistema estava
    diretamente relacionada
  • 7:10 - 7:13
    ao tempo do sinal.
  • 7:13 - 7:16
    E analogias com a música
    foram uilizadas em vídeos de treinamento.
  • 7:16 - 7:21
    O que ele estava enviando
    era a palavra de teste padrão: "PARIS".
  • 7:21 - 7:23
    E lá está você.
  • 7:23 - 7:26
    Cada pico é um dit - ou um dah.
  • 7:26 - 7:29
    Cada vale, um espaço.
  • 7:29 - 7:34
    Este envio está excelente.
    Uniforme e rítmico.
  • 7:36 - 7:39
    Este é um exemplo de coordenação
    manual pobre.
  • 7:39 - 7:43
    Mesma palavra: PARIS.
    Mas veja a diferença.
  • 7:43 - 7:48
    Dits e dahs irregulares.
  • 7:48 - 7:52
    Não há uniformidade. Nem ritmo.
  • 7:52 - 7:55
    Surpreendentemente, foi a simplicidade
    deste sistema de codificação
  • 7:55 - 7:57
    que o tornou muito mais rápido
  • 7:57 - 7:59
    do que qualquer um
    dos botões e manivelas
  • 7:59 - 8:03
    empregados pelos telégrafos
    de agulha na Europa.
  • 8:03 - 8:08
    A taxa de letras saltou
    para 135 letras por minuto,
  • 8:08 - 8:11
    ou mais, com operadores treinados.
  • 8:11 - 8:15
    E em 24 de maio de 1844,
    a primeira transmissão de sucesso
  • 8:15 - 8:20
    foi a mensagem:
    "O que Deus tem criado?"
  • 8:20 - 8:23
    E no dia seguinte, foi relatado
    pelo New York Tribune,
  • 8:23 - 8:26
    que, "O milagre
    de aniquilação do espaço
  • 8:26 - 8:28
    é realizado de maneira extensa".
  • 8:28 - 8:31
    Considere-se que, no tempo,
    90% das mensagens
  • 8:31 - 8:34
    eram ainda transportadas
    por cavaleiros.
  • 8:34 - 8:38
    Imediatamente, essa tecnologia
    se tornou crítica
  • 8:38 - 8:40
    para o sucesso dos militares, jornais,
  • 8:40 - 8:43
    operadores financeiros,
    do combate ao crime, etc
  • 8:43 - 8:46
    Qualquer empresa que se
    baseava em informações
  • 8:46 - 8:49
    agora contava com o telégrafo
    e o código Morse.
  • 8:49 - 8:52
    Em 1900, os preços caíram
  • 8:52 - 8:55
    para 30 centavos de dólar por mensagem
    como o tráfego subiu
  • 8:55 - 9:01
    para mais de 63,2 milhões
    de mensagens enviadas naquele ano.
  • 9:01 - 9:04
    Como as pessoas começaram a
    usar esse sistema, elas naturalmente
  • 9:04 - 9:06
    pensaram em maneiras
    de economizar dinheiro.
  • 9:06 - 9:09
    Isso levou a livros de código
    populares que
  • 9:09 - 9:13
    mapeavam palavras
    para frases comuns.
  • 9:13 - 9:17
    Por exemplo, 'Blade'
    significaria realmente
  • 9:17 - 9:19
    'Por favor, nomine e reserve
    para mim e minha família
  • 9:19 - 9:21
    as acomodações seguintes."
  • 9:21 - 9:23
    As empresas de telégrafo
    desaprovaram isso,
  • 9:23 - 9:26
    pois estavam felizes em cobrar
    as pessoas por serem prolixas.
  • 9:26 - 9:29
    Mais cartas equivalem a mais lucro.
  • 9:29 - 9:34
    Era agora claro que a informação
    era um termo elástico.
  • 9:34 - 9:37
    Um significado específico era necessário.
  • 9:37 - 9:40
    Uma pergunta óbvia
    permanecia sem resposta.
  • 9:40 - 9:42
    Se você está cobrando pela
    transmissão de informação,
  • 9:42 - 9:44
    não importa o sistema,
  • 9:44 - 9:48
    como você deve quantificá-la
    para ser justo com todos?
  • 9:48 - 9:51
    O número de letras
    como medida da informação
  • 9:51 - 9:53
    não seria mais suficiente.
  • 9:53 - 9:58
    (Legendas por Nicolas de Casteja)
Title:
Código Morse e a Era da Informação (linguagem de moedas 8/12)
Description:

Segue o desenvolvimento do telégrafo de agulhas na Europa o que eventualmente levou ao Código Morse e projetos-chave de alavanca. Durante esse período havia um foco no aumento da taxa de sinal a fim de enviar um maior números de letras por minuto. Esse vídeo foca nos detalhes relacionados com a linha de estratégias de codificação e como o tempo desempenhou um papel na transmissão de informação. (1820-1900)

Simulador de Código Morse:
https://www.khanacademy.org/math/applied-math/informationtheory/info-theory/p/morse-code-exploration

Referências:
The Worldwide History of Communication (Anton A. Huurdeman)
Distant Writing (http://distantwriting.co.uk/)
Vídeo estoque:
http://archive.org/details/Telegram1956
http://archive.org/details/gov.archives.arc.36813

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Video Language:
English
Duration:
09:59

Portuguese, Brazilian subtitles

Revisions