Como a Netflix mudou o entretenimento — e para onde se dirige
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0:01 - 0:04Chris Anderson: Há muito que
me sinto fascinado e maravilhado -
0:04 - 0:06por tantos aspetos da Netflix.
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0:06 - 0:08Vocês são cheios de surpresas,
se o posso dizer. -
0:09 - 0:12Uma dessas surpresas foi
há uns seis anos, segundo creio. -
0:13 - 0:17Aí, a empresa estava
a sair-se muito bem, -
0:17 - 0:19mas era, basicamente,
um serviço de "streaming" -
0:19 - 0:23para os filmes e séries de TV,
de terceiros. -
0:23 - 0:26Vocês convenceram Wall Street
de que tinham razão para mudar -
0:27 - 0:30e, em vez de enviarem DVDs
às pessoas, iam fazê-lo por "streaming". -
0:30 - 0:33Vocês estavam a crescer
como ervas daninhas, -
0:33 - 0:36tinham mais de 6 milhões de assinantes
e taxas de crescimento saudáveis. -
0:36 - 0:40Porém, escolheram aquele momento
para tomar uma decisão enorme, -
0:40 - 0:43de apostar todas as cartas da empresa.
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0:43 - 0:46Qual foi essa decisão, e o que a motivou?
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0:46 - 0:49Reed Hastings: Todos os canais por cabo
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0:49 - 0:52começaram sempre
com o conteúdo de terceiros -
0:52 - 0:54e depois passaram a produzir
o seu conteúdo original. -
0:54 - 0:58Então, já tínhamos essa ideia
há algum tempo. -
0:59 - 1:03Na verdade, tentámos começar
com conteúdo original em 2005, -
1:03 - 1:06quando só operávamos com DVD
e comprávamos filmes no Sundance; -
1:06 - 1:09publicámos "Sherrybaby",
com Maggie Gyllenhaal, em DVD... -
1:09 - 1:11Éramos um pequeno estúdio.
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1:11 - 1:13Mas não funcionou porque tínhamos
uma escala pequena. -
1:14 - 1:17Depois, como disseste, em 2011,
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1:17 - 1:21Ted Sarandos, o meu parceiro na Netflix
responsável pelo conteúdo, -
1:21 - 1:23ficou muito entusiasmado
com "House of Cards". -
1:23 - 1:26Na época custou 100 milhões de dólares,
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1:26 - 1:30foi um investimento fantástico
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1:30 - 1:32e competia com a HBO.
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1:32 - 1:35E esse foi o primeiro sucesso
que ele escolheu. -
1:35 - 1:41CA: Mas era uma percentagem significativa
da receita da empresa, na época. -
1:41 - 1:45Como é que podiam ter a confiança
de que iria valer a pena? -
1:45 - 1:46Se se tivessem enganado,
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1:46 - 1:49poderia ser realmente
devastador para a empresa. -
1:49 - 1:53RH: Sim, não tínhamos a certeza.
Quer dizer, isso é que era tenso. -
1:53 - 1:56Estávamos tipo: "Que m...!"
Não posso dizer isso. -
1:57 - 1:58Sim, foi assustador.
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1:59 - 2:01(Risos)
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2:01 - 2:05CA: E não era só produzir conteúdo novo.
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2:05 - 2:09Se entendi bem, com isso
vocês introduziram a ideia -
2:09 - 2:10de "maratona".
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2:10 - 2:13Não era bem "Vamos produzir estes
episódios e criar 'suspense' " -
2:13 - 2:15— bum! — tudo ao mesmo tempo.
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2:15 - 2:18Essa forma de consumo
não tinha sido testada. -
2:18 - 2:20Porque é que arriscaram?
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2:20 - 2:22RH: Bem, nós crescemos a distribuir DVDs.
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2:22 - 2:25E havia séries e coletâneas em DVD.
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2:25 - 2:30Todos nós tínhamos a experiência
de assistir aos melhores conteúdos da HBO -
2:30 - 2:33em DVD: próximo episódio,
próximo episódio. -
2:33 - 2:35E foi isso que nos fez pensar:
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2:35 - 2:39"Uau, com conteúdo em episódios,
especialmente em série, -
2:39 - 2:42"é muito poderoso ter
todos os episódios de uma só vez". -
2:42 - 2:45Isso é algo que a TV linear
não consegue fazer. -
2:45 - 2:49Então essas duas coisas
foram muito positivas. -
2:49 - 2:53CA: Então, esse cálculo funcionou tão bem
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2:53 - 2:57que uma hora gasta a ver
"House of Cards" -
2:57 - 2:59era mais lucrativa para vocês
-
2:59 - 3:03que uma hora a ver
conteúdo licenciado de outros? -
3:03 - 3:05RH: Sabes, como trabalhamos
por subscrição, -
3:05 - 3:07não precisamos de mapear a esse nível.
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3:07 - 3:10Então é uma questão
de fortalecer a marca, -
3:10 - 3:12para que mais gente queira subscrever.
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3:12 - 3:14E "House of Cards" fez isso, sem dúvida,
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3:14 - 3:16porque então muitas pessoas
falavam sobre isso -
3:16 - 3:18e associavam aquela marca a nós,
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3:19 - 3:22enquanto que "Mad Men",
uma ótima série da AMC, -
3:22 - 3:24não era associada à Netflix,
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3:24 - 3:26mesmo que a vissem na Netflix.
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3:26 - 3:31CA: Então, vocês incluíram
todas essas séries notáveis, -
3:31 - 3:35"Narcos", "Jessica Jones",
"Orange is the New Black", "The Crown", -
3:35 - 3:38"Black Mirror", a minha preferida,
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3:38 - 3:40"Stranger Things", e outras.
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3:40 - 3:42E então, para o próximo ano,
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3:42 - 3:45o nível de investimento
que estão a planear em novo conteúdo -
3:45 - 3:47não são 100 milhões de dólares.
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3:47 - 3:48Quanto é?
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3:48 - 3:51RH: Cerca de 8 mil milhões de dólares
para todo o mundo. -
3:52 - 3:55E não é suficiente.
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3:55 - 3:58Há tantos programas ótimos
em outros canais. -
3:58 - 4:00Então, temos um longo caminho a fazer.
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4:00 - 4:03CA: Mas 8 mil milhões de dólares...
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4:03 - 4:08isso é muito mais que qualquer outro
administrador de conteúdo, neste momento? -
4:08 - 4:10RH: Não, a Disney está nesse patamar,
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4:10 - 4:13e se eles adquirirem a FOX,
serão ainda maiores. -
4:14 - 4:17Então, realmente, isso ocorre globalmente,
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4:17 - 4:20e não é tanto quanto parece.
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4:21 - 4:23(Risos)
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4:23 - 4:26CA: Mas, claro, vendo Barry Dillers
e outros do mercado dos "media", -
4:26 - 4:29parece que essa empresa surgiu do nada
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4:29 - 4:31e realmente revolucionou o mercado.
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4:31 - 4:34Como se um dia a BlockBuster dissesse:
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4:34 - 4:36"Vamos fazer vídeos da Blockbuster",
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4:36 - 4:39e seis anos depois
fosse tão grande como a Disney. -
4:39 - 4:44Quero dizer, isso nunca teria acontecido
e, ainda assim, aconteceu. -
4:44 - 4:48RH: Isso é que é lixado na Internet,
ela move-se rápido, sabes? -
4:48 - 4:50Tudo ao nosso redor move-se rápido.
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4:50 - 4:55CA: Quer dizer, deve haver
algo invulgar na cultura da Netflix -
4:55 - 5:01que permite que seja tão audaciosa,
não vou dizer "imprudente", -
5:01 - 5:02audaciosa, decisões muito bem pensadas.
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5:02 - 5:04RH: Sim, absolutamente.
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5:04 - 5:06Nós tivemos uma vantagem,
nascemos do DVD -
5:06 - 5:08e sabíamos que ele seria temporário.
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5:08 - 5:11Ninguém achou que ficaríamos
100 anos a enviar discos. -
5:11 - 5:15Então, ficamos paranoicos
em relação ao que vem a seguir, -
5:15 - 5:18e isso faz parte do carácter de base,
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5:18 - 5:20e é uma preocupação
com o que vem a seguir. -
5:21 - 5:22Então essa é uma vantagem.
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5:22 - 5:25E a nossa cultura é ampla no que toca
à liberdade e responsabilidade. -
5:25 - 5:29Orgulho-me de tomar o mínimo possível
de decisões num trimestre. -
5:30 - 5:32E estamos cada vez melhores nisso.
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5:32 - 5:34Algumas vezes passo um trimestre inteiro
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5:34 - 5:36sem tomar nenhuma decisão.
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5:36 - 5:37(Risos)
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5:37 - 5:40(Aplausos)
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5:40 - 5:44CA: Mas há coisas realmente
surpreendentes nos teus funcionários. -
5:44 - 5:46Por exemplo, vi uma pesquisa.
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5:46 - 5:51Parece que os funcionários da Netflix,
comparados com os seus colegas, -
5:51 - 5:54são basicamente os mais bem pagos
por serviços equivalentes. -
5:54 - 5:57E os que menos querem sair.
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5:57 - 6:02E se pesquisarmos no Google
sobre o "culture deck" da Netflix, -
6:02 - 6:07vemos uma lista surpreendente
de advertências aos teus empregados. -
6:07 - 6:09Fala-nos de algumas delas.
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6:09 - 6:13RH: Bem, na minha primeira empresa,
éramos obcecados pelo processo. -
6:13 - 6:14Isto foi nos anos 90.
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6:15 - 6:16E sempre que alguém cometia um erro,
-
6:16 - 6:18tentávamos implementar um processo
-
6:18 - 6:21para garantir que aquele erro
não aconteceria de novo. -
6:21 - 6:24Uma orientação muito reativa.
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6:24 - 6:28E o problema é que tentamos
tornar o sistema à prova de imbecis. -
6:28 - 6:31E no fim só imbecis queriam trabalhar lá.
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6:31 - 6:33Então, claro, o mercado mudou,
-
6:33 - 6:37no caso foi de C++ para Java,
mas sempre há alguma mudança, -
6:37 - 6:39e a empresa não conseguiu adaptar-se
-
6:39 - 6:42e foi adquirida
pelo nosso maior concorrente. -
6:43 - 6:48Então, com a Netflix, eu estava
muito focado em não ter processos, -
6:48 - 6:50mas sem ter o caos.
-
6:50 - 6:52Então, desenvolvemos
todos esses mecanismos: -
6:52 - 6:55pessoas altamente talentosas, alinhamento,
-
6:55 - 6:58falar abertamente,
partilhar informação... -
6:58 - 7:01internamente as pessoas ficam
espantadas com tanta informação: -
7:01 - 7:03todas as estratégias centrais, etc.
-
7:03 - 7:06Somos tipo uma "anti-Apple".
Sabe como eles compartimentalizam? -
7:06 - 7:10Nós fazemos o oposto:
todos têm todas as informações. -
7:10 - 7:13Com isso tentamos construir
um senso de responsabilidade nas pessoas -
7:13 - 7:15e a capacidade de fazer coisas.
-
7:15 - 7:18Fiquei a saber agora que estão sempre
a ser tomadas grandes decisões, -
7:18 - 7:21eu não sabia disso, o que é ótimo.
-
7:21 - 7:23E em geral elas são boas.
-
7:23 - 7:26CA: Então tu acordas
e fica a saber pela Internet. -
7:26 - 7:27RH: Às vezes.
-
7:27 - 7:29CA: "Oh, acabámos de lançar na China!"
-
7:29 - 7:31RH: Bem, essa seria uma das grandes.
-
7:31 - 7:36CA: Mas permites que os funcionários
determinem o seu período de férias e... -
7:37 - 7:38É só um...
-
7:39 - 7:41RH: Claro, isso é
bem simbólico, as férias, -
7:42 - 7:45porque a maioria das pessoas faz isso
na prática, de qualquer forma. -
7:45 - 7:49Mas sim, há muita liberdade.
-
7:50 - 7:54CA: E coragem, tu pedes isso
como um valor fundamental. -
7:55 - 7:57RH: Sim, queremos
que as pessoas digam a verdade. -
7:57 - 8:01E dizemos: "Discordar
em silêncio é desleal". -
8:02 - 8:07Não é fixe deixar passar
alguma decisão sem dar o seu palpite -
8:07 - 8:09e, habitualmente, registá-lo.
-
8:09 - 8:12E estamos bem focados
em obter boas decisões -
8:12 - 8:15através do debate que sempre ocorre.
-
8:15 - 8:18E tentamos que ele não seja intenso,
do tipo gritar uns com os outros... -
8:18 - 8:20nada desse tipo.
-
8:20 - 8:23É realmente a curiosidade
a mover as pessoas. -
8:23 - 8:26CA: Vocês parecem ter
outra arma secreta na Netflix, -
8:26 - 8:29uma vasta e valiosa coleção de dados,
-
8:29 - 8:32uma expressão que ouvimos
bastante esta semana. -
8:32 - 8:36Vocês em geral adotam
pontos de vista surpreendentes -
8:36 - 8:39em relação à construção
de algoritmos inteligentes na Netflix. -
8:39 - 8:43Já mostraste o teu algoritmo
ao mundo e disseste: -
8:43 - 8:46"Ei, alguém consegue fazer melhor
do que esta recomendação que temos? -
8:46 - 8:48"Se conseguir, pagamos
um milhão de dólares". -
8:48 - 8:51Pagaste um milhão a alguém,
porque era 10% melhor que o teu? -
8:51 - 8:53RH: Isso mesmo.
-
8:53 - 8:55CA: Foi uma boa decisão?
Farias isso de novo? -
8:55 - 8:58RH: Sim, foi muito empolgante,
na época, foi por volta de 2007. -
8:58 - 9:01Mas não fizemos isso de novo.
-
9:01 - 9:04Claro, é uma ferramenta
muito especializada. -
9:04 - 9:07Pensa nisso como um golpe de sorte
no momento oportuno, -
9:07 - 9:10mais do que como uma regra geral.
-
9:10 - 9:14Nós investimos muito nos algoritmos,
-
9:14 - 9:17para apresentar o conteúdo certo
para as pessoas certas -
9:17 - 9:20e tentar deixá-lo fácil
e divertido de explorar. -
9:20 - 9:25CA: E há uns anos, vocês fizeram
um desvio realmente interessante. -
9:25 - 9:30Vocês costumavam perguntar às pessoas:
"Aqui estão dez filmes. O que acha? -
9:30 - 9:33"Quais são os seus favoritos?"
-
9:33 - 9:38E então tentavam casar esses filmes
com recomendações para os próximos. -
9:38 - 9:41E depois mudaram. Fala-me disso.
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9:41 - 9:42RH: Claro.
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9:42 - 9:44Todos davam cinco estrelas
à "A Lista de Schindler", -
9:44 - 9:49e três estrelas a "Comendo Até ás Natas",
de Adam Sandler. -
9:49 - 9:51Mas, na verdade,
ao reparar no que viam, -
9:51 - 9:54era quase sempre Adam Sandler.
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9:54 - 9:59Então, quando somos metacognitivos
em relação à qualidade ao dar uma nota, -
9:59 - 10:02é como se fosse o nosso "eu ideal".
-
10:02 - 10:04E funciona bem melhor,
para agradar às pessoas, -
10:05 - 10:07olhar para as escolhas
que elas realmente fazem, -
10:07 - 10:12as suas preferências reveladas pelo quanto
elas apreciam pequenos prazeres. -
10:12 - 10:15CA: Certo, quero falar
um pouco sobre isso, -
10:15 - 10:17porque isso parece-me muito importante
-
10:17 - 10:19não só para a Netflix,
para a Internet como um todo. -
10:19 - 10:22A diferença entre os valores aspiracionais
-
10:22 - 10:25e os valores revelados.
-
10:25 - 10:28Tu, brilhantemente, não deste
muita atenção ao que as pessoas disseram, -
10:28 - 10:32observaste o que elas faziam
e descobriste coisas como: -
10:32 - 10:36"Uau, nunca pensei que iria gostar
de um programa sobre receitas horríveis, -
10:36 - 10:38chamado 'Nailed It!'"
-
10:38 - 10:39RH: "Nailed It!" Isso mesmo.
-
10:39 - 10:42CA: É hilariante, mas eu jamais
me teria lembrado daquilo. -
10:42 - 10:44Mas não há riscos
-
10:44 - 10:49se essa abordagem de apostar
só nos valores revelados for longe demais? -
10:49 - 10:53RH: Bem, nós sentimo-nos bem
em fazer as pessoas felizes. -
10:53 - 10:56Às vezes só queremos descontrair
e assistir a um programa como "Nailed It!" -
10:57 - 10:59É engraçado, não é irritante.
-
10:59 - 11:02Outras vezes, as pessoas
querem ver filmes bem intensos. -
11:02 - 11:05"Mudbound - As Lamas do Mississípi"
foi indicado ao Óscar, -
11:05 - 11:08é um filme ótimo, muito intenso.
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11:08 - 11:12E tivemos mais de 20 milhões de horas
de visualizações de "Mudbound", -
11:12 - 11:15muitíssimo mais do que
se estivesse nos cinemas -
11:15 - 11:17ou qualquer outra forma de distribuição.
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11:17 - 11:21Então, temos alguns doces, sim,
mas temos muitos legumes. -
11:21 - 11:26E sabes, se houver uma ementa variada,
tem uma dieta saudável. -
11:26 - 11:28CA: Mas... sim, sem dúvida.
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11:28 - 11:32Mas não acontece que os algoritmos
nos afastam habitualmente dos legumes -
11:32 - 11:35e nos aproximam dos doces,
se não tivermos cuidado? -
11:35 - 11:38Há pouco tivemos uma palestra
sobre como os algoritmos do YouTube, -
11:38 - 11:41apenas por serem mais inteligentes,
-
11:41 - 11:46tendem a direcionar as pessoas
a conteúdos mais radicais ou específicos. -
11:46 - 11:49Imagino facilmente
que os algoritmos da Netflix, -
11:49 - 11:53baseando-se apenas nos valores revelados,
iriam gradualmente... -
11:53 - 11:55RH: Sim, decaírem muito...
-
11:55 - 11:58CA: Estaríamos todos a assistir
a pornografia violenta ou algo assim. -
11:58 - 12:00Ou algumas pessoas estariam.
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12:01 - 12:03(Risos)
-
12:03 - 12:05Eu não!
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12:05 - 12:08Sou filho de um missionário,
nem penso nessas coisas. -
12:08 - 12:09Mas...
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12:09 - 12:10(Risos)
-
12:10 - 12:12Mas seria possível, certo?
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12:13 - 12:16RH: Na prática, você está certo,
não se pode confiar nos algoritmos. -
12:16 - 12:19É um misto de julgamento
e do que apresentamos, -
12:19 - 12:22e somos um serviço com curadoria,
ao contrário do Facebook e YouTube, -
12:22 - 12:26então temos um conjunto
de questões mais fáceis: -
12:26 - 12:30quais são os bons filmes
e séries que adquirimos? -
12:30 - 12:34Mas dentro disso,
o algoritmo é uma ferramenta. -
12:34 - 12:39CA: Mas como? John Doerr falou
recentemente sobre medir o que importa. -
12:39 - 12:42Como um negócio,
o que importa, presumo eu, -
12:42 - 12:44é fundamentalmente aumentar
o número de subscritores. -
12:44 - 12:48Quero dizer, essa é a sua única vantagem.
-
12:49 - 12:55Se o número de subscritores subiu
apenas por verem a Netflix por mais tempo, -
12:56 - 12:57isso vai fazê-los renovar a assinatura?
-
12:58 - 13:02Ou tem mais a ver com ter programas
-
13:02 - 13:04que não ocupam tanto tempo,
-
13:04 - 13:07como assistir toda a temporada
de "Nailed It!" ou algo assim? -
13:07 - 13:09Mas aprofundando isso, para que pensem:
-
13:09 - 13:12"Foi enriquecedor, extraordinário,
-
13:12 - 13:14"estou muito feliz por ver
isto com a minha família". -
13:14 - 13:17Não há aí uma versão do modelo de negócio
-
13:17 - 13:20que teria menos conteúdo,
mas mais conteúdo impressionante, -
13:20 - 13:23possivelmente mais conteúdo inspirador?
-
13:23 - 13:25RH: As pessoas escolhem
conteúdos inspiradores. -
13:25 - 13:28Acho que tens razão,
quando as pessoas falam na Netflix, -
13:28 - 13:30falam sobre os programas
que as emocionam: -
13:30 - 13:33"13 Reasons Why" ou "The Crown".
-
13:33 - 13:36E esse é um impacto enorme e positivo,
-
13:36 - 13:39incluindo para o aumento
de subscritores que citaste, -
13:39 - 13:41esses programas grandes, memoráveis.
-
13:41 - 13:43Mas queremos oferecer variedade.
-
13:43 - 13:46Não queremos ver a mesma coisa
todas as noites, por mais que gostemos; -
13:46 - 13:49queremos experimentar coisas diferentes.
-
13:49 - 13:50E não vimos exemplos
-
13:51 - 13:54de uma tendência para os teus exemplos
de violência pornográfica. -
13:54 - 13:58Em vez disso, temos muitas visualizações
num espetro amplo... -
13:58 - 14:01"Black Mirror": estamos a filmar
a quinta temporada. -
14:02 - 14:05E foi um programa com dificuldades
quando estava só na BBC. -
14:05 - 14:08E com a distribuição por "streaming",
-
14:08 - 14:11é possível fazer programas maiores.
-
14:11 - 14:15CA: Estás a dizer que as pessoas
tanto podem ficar viciadas nos anjos -
14:15 - 14:16como nos demónios.
-
14:16 - 14:20RH: Sim, e de novo, tentamos
não pensar em termos de vício, -
14:20 - 14:22pensamos em termos de:
-
14:22 - 14:26o que fazermos com o tempo
e quando quisermos relaxar? -
14:26 - 14:30Podemos ver TV, jogar videojogos,
ver vídeos no YouTube, -
14:30 - 14:31ou ver a Netflix.
-
14:31 - 14:35E se formos tão bons quanto podemos ser
e tivermos uma variedade de estilos, -
14:35 - 14:38seremos escolhidos com maior frequência.
-
14:38 - 14:41CA: Mas há pessoas na vossa organização
-
14:41 - 14:46que observam regularmente
os impactos reais -
14:46 - 14:49desses algoritmos brilhantes
que vocês criaram. -
14:49 - 14:50Só para validar a realidade:
-
14:51 - 14:54"Temos a certeza que é nesta direção
que queremos ir?" -
14:54 - 14:56RH: Sabes, acho que aprendemos.
-
14:56 - 14:59E precisamos de ser humildes e dizer:
"Não há uma ferramenta perfeita". -
15:00 - 15:03O algoritmo é uma parte,
a forma como contratamos o conteúdo, -
15:03 - 15:06a nossa relação com as sociedades.
-
15:06 - 15:08Então podemos olhar
para ele de várias formas. -
15:08 - 15:12Então, se ficarmos presos em aumentar
o número de visualizações -
15:12 - 15:14ou o número de subscritores,
-
15:14 - 15:18dificilmente vamos conseguir crescer
e tornarmo-nos na empresa que queremos. -
15:18 - 15:22Então pensa em múltiplas
medidas de sucesso. -
15:21 - 15:24CA: Falando em algoritmos,
surgiram algumas questões: -
15:24 - 15:26tu estiveste na direção do Facebook,
-
15:26 - 15:30e acho que fizeste alguma mentoria
para o Mark Zuckerberg... -
15:31 - 15:36O que deveríamos saber
sobre Mark Zuckerberg que não sabemos? -
15:37 - 15:40RH: Bem, muitos conhecem-no ou já o viram.
-
15:40 - 15:42Quer dizer, ele é
um ser humano fantástico, -
15:42 - 15:44realmente de primeira classe.
-
15:44 - 15:50E as redes sociais, essas plataformas,
seja o YouTube ou o Facebook, -
15:50 - 15:53estão claramente
a tentar crescer rapidamente. -
15:53 - 15:55E a usar todas as novas tecnologias.
-
15:55 - 15:58Quer dizer, ontem estávamos
a falar sobre ADN impresso, -
15:58 - 16:02e é assim: pode ser fantástico
ou pode ser horrível. -
16:02 - 16:04E qualquer nova tecnologia...
-
16:04 - 16:07quando a televisão se popularizou
nos EUA nos anos 60, -
16:08 - 16:10chamavam-lhe um "imenso desperdício",
-
16:10 - 16:13e dizia-se que a televisão
iria deteriorar a mente de todos. -
16:13 - 16:15Acontece que a mente de todos ficou bem.
-
16:15 - 16:17Houve alguns ajustes,
-
16:17 - 16:20mas pensa nisso como...
ou eu penso nisso como: -
16:20 - 16:23todas as novas tecnologias
têm prós e contras. -
16:23 - 16:25E, nas redes sociais,
estamos agora a perceber isso. -
16:25 - 16:28CA: Qual é a prioridade,
para a direção do Facebook, -
16:28 - 16:30de encaminhar
algumas dessas questões? -
16:30 - 16:32Ou na verdade é a crença
-
16:32 - 16:35de que a empresa tem sido criticada
de forma totalmente injusta? -
16:35 - 16:37RH: Ah, não é totalmente injusta.
-
16:37 - 16:40E o Mark está a conduzir a tarefa
de corrigir o Facebook. -
16:40 - 16:43Ele é muito dedicado em relação a isso.
-
16:45 - 16:47CA: Reed, quero falar
sobre outra paixão tua. -
16:48 - 16:52Tu deste-te muito bem
com a Netflix, és um multimilionário, -
16:52 - 16:57e gastaste muito tempo e, sem dúvida,
dinheiro, no ensino. -
16:57 - 16:58RH: Sim.
-
16:58 - 17:01CA: Porquê essa paixão
e o que estás a fazer em relação a isso? -
17:01 - 17:05RH: Quando saí da Faculdade, fui dar
aulas de Matemática no secundário. -
17:05 - 17:09Então, quando me dediquei aos negócios
e me tornei um filantropo, -
17:09 - 17:11acho que fui atraído pelo ensino
-
17:12 - 17:14e tentei fazer a diferença nessa área.
-
17:14 - 17:16E a principal coisa que percebi
-
17:16 - 17:19foi que os educadores querem trabalhar
com outros educadores -
17:19 - 17:23e criar diversos ambientes
únicos para as crianças. -
17:23 - 17:26Precisamos de muito mais variedade
do que a que temos no sistema educativo, -
17:26 - 17:30e muito mais organizações
centradas nos educadores. -
17:30 - 17:32Então o complicado, agora nos EUA,
-
17:32 - 17:36é que a maioria das escolas
têm uma direção local -
17:36 - 17:39e precisam de satisfazer
todas as necessidades da comunidade, -
17:39 - 17:42e, na verdade, o que precisamos
é de muito mais variedade. -
17:42 - 17:45Então nos EUA há
um modelo de escola pública -
17:45 - 17:48chamado escola "charter",
dirigida por ONGs. -
17:48 - 17:50E é isso que me desperta a atenção,
-
17:50 - 17:52podemos ter escolas dirigidas por ONGs,
-
17:52 - 17:56mais focadas na missão,
dando apoio aos educadores. -
17:56 - 17:59Estou na direção da escola charter KIPP,
-
17:59 - 18:01uma das maiores redes.
-
18:01 - 18:06São 30 mil crianças por ano que recebem
uma educação muito estimulante. -
18:06 - 18:10CA: Dá-me uma ideia
de como uma escola deveria ser. -
18:10 - 18:12RH: Depende da criança.
-
18:12 - 18:16Pensa assim: com várias crianças,
é preciso satisfazer várias necessidades. -
18:16 - 18:17então não há um modelo único.
-
18:17 - 18:21Queremos poder escolher, de acordo
com o nosso filho e com o que ele precisa. -
18:21 - 18:25Mas as escolas deviam ser mais centradas
no educador e interessantes, estimulantes, -
18:25 - 18:26todo esse tipo de coisas.
-
18:26 - 18:29E essa ideia de 30 crianças no 5.º ano,
-
18:29 - 18:31todas a aprender
a mesma coisa ao mesmo tempo, -
18:31 - 18:34é claramente um retrocesso industrial.
-
18:34 - 18:39Mas mudar isso, com a atual
estrutura do governo, é muito difícil. -
18:39 - 18:43Mas o que essas escolas inovadoras
e sem fins lucrativos estão a fazer -
18:43 - 18:48é ampliar os limites, deixar as crianças
experimentarem coisas novas. -
18:48 - 18:53Então pensa no facto de não terem fins
lucrativos como uma reforma de governo -
18:53 - 18:56para possibilitar mudanças educacionais.
-
18:56 - 18:59CA: Às vezes a crítica é
que as escolas públicas autónomas, -
19:00 - 19:02intencionalmente ou não,
-
19:02 - 19:05sugam recursos
do sistema de escolas públicas. -
19:05 - 19:07Devemos preocupar-nos com isso?
-
19:07 - 19:08RH: Bem, há escolas públicas.
-
19:08 - 19:12Quero dizer, há diversos tipos
de escolas públicas. -
19:12 - 19:14E se olharmos para estas escolas
como um todo, -
19:14 - 19:17elas são frequentadas
por crianças de estratos baixos. -
19:17 - 19:19Se um miúdo de classe alta
estiver com problemas, -
19:19 - 19:22os pais põe-no numa escola particular
ou mudam de bairro. -
19:22 - 19:25E as famílias de classe baixa
em geral não têm essas opções. -
19:26 - 19:27Na KIPP,
-
19:27 - 19:3080% das crianças é de classe baixa,
com almoço grátis ou subsidiado. -
19:30 - 19:33E o número de alunos da KIPP
a ir para a Universidade é excelente. -
19:34 - 19:36CA: Reed, há uns anos
assinaste o "Giving Pledge", -
19:36 - 19:39estás comprometido a doar
mais de metade da tua fortuna -
19:39 - 19:41durante a tua vida.
-
19:41 - 19:44Posso, indelicadamente, perguntar
quanto é que investiste no ensino -
19:44 - 19:45nos últimos anos?
-
19:45 - 19:49RH: Não tenho a certeza de quanto,
umas centenas de milhões de dólares, -
19:49 - 19:51mas continuamos a investir e...
-
19:51 - 19:52(Aplausos)
-
19:52 - 19:53Obrigado.
-
19:53 - 19:55(Aplausos)
-
19:55 - 20:00Honestamente, durante um tempo
tentei dedicar-me à política, -
20:00 - 20:01a trabalhar para o John Doerr.
-
20:02 - 20:05E, apesar de adorar trabalhar para o John,
não me dou muito bem na política. -
20:06 - 20:08Eu adoro negócios, adoro competir.
-
20:08 - 20:11Adoro enfrentar a Disney e a HBO.
-
20:11 - 20:12(Risos)
-
20:12 - 20:13Isso mantém-me em movimento.
-
20:13 - 20:17E hoje faço isso para aumentar
o valor da Netflix, -
20:17 - 20:20o que me permite assinar
mais cheques para as escolas. -
20:20 - 20:23Então, por agora, é a vida perfeita.
-
20:24 - 20:27CA: Reed, és uma pessoa notável,
transformaste a nossa vida -
20:27 - 20:29e a vida de muitas crianças.
-
20:29 - 20:31Muito obrigado por teres vindo ao TED.
-
20:31 - 20:34(Aplausos)
- Title:
- Como a Netflix mudou o entretenimento — e para onde se dirige
- Speaker:
- Reed Hastings
- Description:
-
A Netflix mudou o mundo do entretenimento, primeiro com a distribuição de DVDs por correio, depois com o "streaming" e mais uma vez com programas originais sensacionais como "Orange Is the New Black" e "Stranger Things", mas não sem assumir a sua quota parte de riscos. Nesta conversa com o curador do TED, Chris Anderson. o cofundador e CEO da Netflix, Reed Hastings, analisa a audaciosa cultura interna da empresa, o poderoso algoritmo que alimenta as suas recomendações, os 8 mil milhões de dólares de investimento em conteúdo este ano, as suas atividades filantrópicas de apoio à educação inovadora e muito mais.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 20:51
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