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O mito de Loki e o visco mortal - Iseult Gillespie

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    Balder, filho de Odin, Pai de Todos,
    e da rainha Frigg,
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    marido de Nana, a Pacífica,
    e deus da verdade e da luz,
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    era o ser mais bondoso
    e querido de toda Asgard.
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    Em seu grande salão de Breidablik,
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    a presença serena de Balder
    aliviava as angústias de seus súditos.
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    Mas, ultimamente,
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    ele vinha sendo atormentado
    por seus próprios problemas.
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    Toda noite, Balder tinha visões horríveis
    de sua morte iminente.
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    Determinada a proteger o filho
    dessas profecias terríveis,
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    a rainha Frigg viajou pelos nove reinos,
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    implorando a todos os seres vivos
    que não fizessem mal a Balder.
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    Sua graciosidade comoveu
    todos os seres que ela encontrou.
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    Todos os animais e elementos,
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    todas as pragas e plantas,
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    todas as folhas e todos os insetos
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    prometeram com boa vontade.
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    Frigg retornou a Breidablik
    e deu um grande banquete para comemorar.
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    O vinho circulava livremente,
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    e logo os deuses se revezaram
    para testar a imunidade de Balder
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    À espreita em um canto,
    Loki revirava os olhos.
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    O deus vigarista nunca se importou
    com Balder, o Brilhante,
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    e achava aquele novo dom
    profundamente irritante.
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    Certamente havia uma falha
    no plano de Frigg.
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    Assumindo a forma de uma velha,
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    Loki andou furtivamente até Frigg
    e fingiu confusão.
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    "Por que os deuses
    atacavam o amável Balder,
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    que todos adoravam tanto?"
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    Frigg contou a ela sobre os juramentos,
    mas a velha insistiu.
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    "Certamente, você não recebeu
    um juramento de tudo?", perguntou.
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    Frigg encolheu os ombros.
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    O visco era o único ser
    que ela não havia visitado.
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    Afinal de contas, que deus poderia temer
    uma erva daninha insignificante?
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    Nesse momento, Loki correu para fora
    para procurar um ramo de visco.
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    Ao retornar, as festividades
    haviam ficado ainda mais barulhentas.
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    Mas nem todos os deuses
    estavam gostando da festa.
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    Hodur, irmão de Balder,
    que era cego e não tinha armas,
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    sentou-se abatido.
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    Aproveitando essa oportunidade,
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    o vigarista ofereceu sorrateiramente
    a Hodur a chance de participar.
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    Loki o armou com visco,
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    fez com que ele mirasse o irmão
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    e lhe disse para lançar com toda a força.
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    O visco perfurou o peito de Balder
    com força mortal.
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    A luz do deus extinguiu-se rapidamente,
    e o desespero tomou conta da multidão.
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    Em pouco tempo,
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    o impacto da morte de Balder
    repercutiu nos nove reinos.
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    Mas, da multidão que chorava,
    Hermod, o Bravo, se apresentou.
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    O deus guerreiro acreditava
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    que, com a ajuda
    do poderoso corcel de Odin,
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    não havia planície alguma
    aonde ele não conseguisse chegar.
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    Ele iria até os salões da própria Hel
    e traria Balder para casa.
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    O deus cavalgou
    por nove dias e nove noites,
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    passando por corredores de cadáveres
    e caminhos pavimentados com ossos.
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    Quando finalmente chegou
    à Rainha do Mundo Subterrâneo,
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    Hermod implorou a ela
    que devolvesse Balder para sua família.
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    Hel considerou ter compaixão,
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    mas queria saber a extensão
    do luto dos deuses.
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    Ela concordou em libertar a alma de Balder
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    se Hermod conseguisse provar
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    que todos os seres vivos
    choraram pela morte de Balder.
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    Hermod retornou ao reino dos vivos.
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    Encontrou-se com todas as criaturas
    que Frigg havia visitado anteriormente
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    e que haviam chorado por Balder
    e implorado por seu retorno.
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    Entretanto, Loki observava
    a missão de Hermod com desdém.
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    Ele não deixaria que seu trabalho
    fosse desfeito tão facilmente,
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    mas, se interferisse muito,
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    poderia revelar sua participação
    no assassinato de Balder.
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    Disfarçando-se de gigante feroz,
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    ele se escondeu
    na última parada de Hermod.
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    Quando o guerreiro chegou,
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    o vento uivante e as rochas escarpadas
    declararam seu amor por Balder.
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    Mas o gigante só demonstrou
    desprezo pelo falecido.
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    Por mais que Hermod implorasse,
    ele não derramou uma única lágrima.
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    Com a última esperança frustrada,
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    o deus começou a lamentar
    a morte de Balder pela segunda vez.
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    Mas um eco da caverna
    sobressaiu em meio aos soluços.
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    A gargalhada de Loki era bem conhecida
    por todos os habitantes de Asgard,
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    e Hermod percebeu que havia sido enganado.
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    Quando saltou para abordar o vigarista,
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    Loki assumiu a forma de um salmão
    e mergulhou na cachoeira.
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    Sua fuga estava garantida,
    até que Thor chegou ao local.
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    Arrastando Loki de volta para a caverna,
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    os deuses o amarraram
    com uma serpente venenosa.
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    Ali, Loki permaneceria acorrentado
    até o final dos tempos,
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    com a serpente pingando
    veneno na testa dele
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    como punição por ele ter apagado
    a luz mais brilhante de Asgard.
Title:
O mito de Loki e o visco mortal - Iseult Gillespie
Speaker:
Iseult Gillespie
Description:

Veja a lição completa: https://ed.ted.com/lessons/the-myth-of-loki-and-the-deadly-mistletoe-iseult-gillespie

Balder era o ser mais bondoso e querido de toda Asgard. Mas, ultimamente, ele vinha sendo atormentado por visões horríveis de sua morte iminente. A rainha Frigg, determinada a proteger o filho dessas profecias terríveis, viajou pelos nove reinos, implorando a todos os seres vivos que não fizessem mal a Balder - todos os seres vivos, exceto um. Iseult Gillespie compartilha o mito da morte de Balder.

Lição de Iseult Gillespie, direção de WOW-HOW Studio.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TED-Ed
Duration:
05:07

Portuguese, Brazilian subtitles

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