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O meu percurso para filmes que são importantes

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    Há anos que tenho estado à espera
  • 0:03 - 0:06
    de uma chamada da TED.
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    Na verdade, em 2000, eu queria falar
    sobre o eBay, mas ninguém me ligou.
  • 0:12 - 0:15
    Em 2003, eu estava pronto para falar
  • 0:15 - 0:20
    sobre a Fundação Skoll e empreendedorismo
    social... nada de chamada.
  • 0:22 - 0:25
    Em 2004, fundei a Participant Productions,
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    tivemos um ótimo ano de estreia e...
    não me ligaram.
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    Finalmente, recebi uma chamada
    no ano passado,
  • 0:31 - 0:35
    e agora tenho de falar
    depois do J.J. Abrams.
  • 0:34 - 0:36
    (Risos)
  • 0:36 - 0:38
    TED, vocês têm um cruel sentido de humor.
  • 0:38 - 0:40
    (Risos)
  • 0:40 - 0:43
    Quando me mudei
    de Silicon Valley para Hollywood,
  • 0:43 - 0:45
    tinha alguma apreensão.
  • 0:45 - 0:49
    Mas depressa descobri que há
    vantagens em estar em Hollywood.
  • 0:49 - 0:50
    (Risos)
  • 0:51 - 0:54
    De facto, há algumas vantagens
    em ser dono de uma empresa de "media".
  • 0:54 - 0:55
    (Risos)
  • 0:56 - 0:58
    Também descobri que Hollywood
    e Silicon Valley
  • 0:58 - 1:01
    têm muito mais em comum
    do que eu podia imaginar.
  • 1:02 - 1:05
    Hollywood tem os seus símbolos sexuais,
    e o Valley tem os seus símbolos sexuais.
  • 1:05 - 1:06
    (Risos)
  • 1:06 - 1:10
    Hollywood tem as suas rivalidades,
    e o Valley tem as suas rivalidades.
  • 1:10 - 1:12
    Hollywood reúne-se
    à volta de mesas de poder,
  • 1:12 - 1:15
    e o Valley reúne-se
    à volta de mesas de poder.
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    Portanto, há muito mais em comum
    do que eu sonharia.
  • 1:18 - 1:21
    Mas estou aqui hoje
    para contar uma história.
  • 1:21 - 1:24
    E uma parte dela é uma história pessoal.
  • 1:24 - 1:26
    Quando o Chris me convidou
    para falar, disse-me:
  • 1:27 - 1:29
    "As pessoas veem-te como um enigma
  • 1:29 - 1:31
    "e querem saber o que te motiva".
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    O que realmente me motiva
    é uma visão do futuro
  • 1:34 - 1:36
    que eu acho que todos partilhamos.
  • 1:36 - 1:39
    Um mundo de paz, de prosperidade
    e de sustentabilidade.
  • 1:41 - 1:44
    Depois de ouvirmos tantas apresentações,
  • 1:44 - 1:46
    durante os últimos dias,
  • 1:46 - 1:48
    Ed Wilson e as fotos de James Nachtwey,
  • 1:48 - 1:51
    acho que percebemos
    a distância que temos de percorrer
  • 1:51 - 1:53
    para atingir esta versão da humanidade
  • 1:53 - 1:55
    a que eu chamaria "Humanidade 2.0".
  • 1:56 - 2:00
    É algo que também
    reside em cada um de nós,
  • 2:00 - 2:02
    acabar com o que acho que são
  • 2:02 - 2:05
    as duas grandes calamidades
    do mundo de hoje.
  • 2:05 - 2:09
    Uma é o abismo de oportunidade
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    — a que o presidente Clinton,
    na noite passada chamou
  • 2:12 - 2:14
    "mundo desigual,
    injusto e insustentável" —
  • 2:14 - 2:18
    do qual deriva a pobreza,
    o analfabetismo e as doenças,
  • 2:18 - 2:21
    todos esses males que vemos à nossa volta.
  • 2:21 - 2:25
    Mas talvez o outro grande abismo
    seja o da esperança.
  • 2:25 - 2:28
    e alguém de repente vem
    com esta péssima ideia
  • 2:28 - 2:32
    de que um indivíduo comum
    não pode fazer diferença no mundo.
  • 2:32 - 2:35
    Acho que isso é simplesmente horrível.
  • 2:35 - 2:39
    Assim, o capítulo um
    começa hoje, com todos nós,
  • 2:39 - 2:42
    porque, dentro de cada um de nós,
    existe o poder de eliminar
  • 2:42 - 2:45
    esses abismos de oportunidade
    e de esperança.
  • 2:46 - 2:47
    Se os homens e mulheres da TED
  • 2:47 - 2:51
    não podem fazer a diferença no mundo,
    então não sei quem pode.
  • 2:51 - 2:54
    Para mim, muito disto começou
    quando eu era mais novo
  • 2:54 - 2:57
    e a minha família costumava acampar
    no norte do estado de Nova Iorque.
  • 2:57 - 3:00
    Não havia muito que fazer no verão,
  • 3:00 - 3:03
    exceto apanhar da minha irmã
    ou ler livros.
  • 3:03 - 3:06
    Eu lia autores como James Michener,
  • 3:06 - 3:09
    James Clavell e Ayn Rand.
  • 3:10 - 3:12
    As histórias deles faziam
    o mundo parecer
  • 3:12 - 3:15
    um lugar muito pequeno
    e entrelaçado.
  • 3:15 - 3:18
    Pensei que, se eu pudesse
    escrever histórias
  • 3:18 - 3:21
    que fossem sobre este mundo
    pequeno e interligado,
  • 3:21 - 3:24
    talvez pudesse fazer com que as pessoas
    se interessassem pelas questões
  • 3:24 - 3:26
    que nos afetam a todos.
  • 3:26 - 3:28
    E talvez inspirá-las
    a fazerem a diferença.
  • 3:28 - 3:32
    Eu sabia que isso talvez não fosse
    a melhor forma de ganhar a vida,
  • 3:32 - 3:36
    então segui o caminho para me tornar
    financeiramente independente,
  • 3:36 - 3:39
    para poder escrever essas histórias
    o mais rapidamente possível.
  • 3:40 - 3:43
    Aos 14 anos, tive uma revelação.
  • 3:44 - 3:46
    O meu pai chegou a casa um dia
  • 3:46 - 3:49
    e disse que tinha um cancro terrível.
  • 3:49 - 3:53
    Disse que não tinha medo de morrer,
  • 3:53 - 3:58
    mas tinha medo de não ter feito as coisas
    que queria fazer durante a vida.
  • 3:59 - 4:02
    Graças a Deus, ele não morreu,
    está vivo ainda hoje, muitos anos depois.
  • 4:02 - 4:05
    Mas naquela idade aquilo criou
    uma impressão forte em mim:
  • 4:05 - 4:08
    ninguém sabe quanto tempo realmente tem.
  • 4:08 - 4:10
    Então decidi apressar-me.
  • 4:11 - 4:13
    Estudei engenharia.
  • 4:13 - 4:15
    Comecei alguns negócios
  • 4:15 - 4:18
    a pensar que seriam o passaporte
    para a liberdade financeira.
  • 4:18 - 4:21
    Um desses negócios foi uma empresa
    de aluguer de computadores
  • 4:21 - 4:23
    chamada “Micros on the Move”,
  • 4:23 - 4:24
    um nome apropriado,
  • 4:24 - 4:26
    porque as pessoas roubavam-me
    os computadores.
  • 4:27 - 4:28
    (Risos)
  • 4:28 - 4:30
    Percebi que precisava de aprender
    mais sobre negócios,
  • 4:31 - 4:33
    e fui para Stanford
    estudar Administração de Empresas.
  • 4:34 - 4:36
    Enquanto estudava,
    fiquei amigo de um colega,
  • 4:36 - 4:39
    Pierre Omidyar, que está aqui hoje.
  • 4:39 - 4:42
    Pierre, desculpa, esta é uma foto
    dos velhos tempos.
  • 4:42 - 4:44
    Logo depois de me formar,
    o Pierre veio ter comigo
  • 4:44 - 4:46
    com esta ideia de ajudar as pessoas
  • 4:46 - 4:48
    a comprar e a vender coisas "online",
    umas às outras.
  • 4:48 - 4:51
    Com a sabedoria do meu curso
    de Stanford, eu disse:
  • 4:51 - 4:53
    “Pierre, que ideia estúpida”.
  • 4:53 - 4:55
    Não é preciso dizer que eu estava certo.
  • 4:55 - 4:56
    (Risos)
  • 4:56 - 5:01
    Mas logo depois daquilo, em 1996,
    Pierre e eu deixámos os nossos empregos
  • 5:01 - 5:03
    para transformar o eBay numa empresa.
  • 5:03 - 5:05
    O resto da história já vocês conhecem.
  • 5:05 - 5:07
    A empresa entrou na Bolsa dois anos depois
  • 5:07 - 5:10
    e hoje é uma das marcas
    mais conhecidas do mundo.
  • 5:10 - 5:14
    Centenas de milhões de pessoas
    usam-na em centenas de países, etc.
  • 5:15 - 5:18
    Mas, para mim, foi uma grande mudança.
  • 5:19 - 5:22
    Passei de viver numa casa
    com cinco tipos em Palo Alto,
  • 5:22 - 5:24
    a viver de restos de comida,
  • 5:24 - 5:27
    para, de repente, passar a ter
    todos os recursos.
  • 5:27 - 5:31
    Eu queria descobrir como aproveitar
    as maravilhas desses recursos
  • 5:31 - 5:33
    e partilhá-los com o resto do mundo.
  • 5:33 - 5:36
    Por volta dessa altura,
    conheci John Gardner,
  • 5:36 - 5:38
    que é um homem notável.
  • 5:38 - 5:42
    Ele foi o arquiteto dos programas
    da “Grande Sociedade”
  • 5:42 - 5:45
    de Lyndon Johnson, nos anos 60.
  • 5:45 - 5:47
    Perguntei-lhe qual era
    a melhor forma de eu,
  • 5:47 - 5:50
    ou de qualquer um, fazer a diferença
  • 5:50 - 5:53
    quanto aos problemas
    da humanidade, a longo prazo
  • 5:53 - 5:57
    E John disse: “Aposta em pessoas boas
    que fazem coisas boas”.
  • 5:57 - 5:59
    “Aposta em pessoas boas
    que fazem coisas boas.”.
  • 5:59 - 6:01
    Isso agradou-me.
  • 6:01 - 6:03
    Eu criei uma fundação
  • 6:03 - 6:06
    para apostar nessas pessoas boas
    que fazem coisas boas.
  • 6:06 - 6:09
    Esses líderes, inovadores,
    sem intenção de lucros,
  • 6:09 - 6:11
    que usam os seus conhecimentos
    empresariais de forma avançada
  • 6:11 - 6:13
    para resolver questões sociais.
  • 6:13 - 6:16
    Pessoas a que hoje em dia
    chamamos empreendedores sociais.
  • 6:16 - 6:19
    Para dar uns exemplos,
    pessoas como Mohammed Yunus,
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    que fundou o Grameen Bank,
  • 6:21 - 6:24
    que tirou mais de 100 milhões de pessoas
    da pobreza no mundo inteiro,
  • 6:24 - 6:26
    e ganhou o Nobel da Paz.
  • 6:26 - 6:28
    Mas há também muitas pessoas
    que vocês não conhecem.
  • 6:28 - 6:32
    Como Anne Cotton, que começou
    um grupo chamado CAMFED em África
  • 6:32 - 6:35
    porque achava que a educação
    das raparigas estava estagnada.
  • 6:35 - 6:37
    Ela começou há dez anos,
  • 6:37 - 6:42
    e hoje, educa mais de um quarto de milhão
    de raparigas africanas.
  • 6:42 - 6:45
    E alguém como a Dra. Victoria Hale,
  • 6:45 - 6:49
    que fundou a primeira empresa
    farmacêutica sem fins lucrativos.
  • 6:49 - 6:54
    E cujo primeiro medicamento
    combate a Leishmaniose visceral,
  • 6:54 - 6:56
    também conhecida por varíola canina.
  • 6:56 - 6:59
    Ela espera erradicar a doença até 2010,
  • 6:59 - 7:02
    uma doença que é um flagelo
    no mundo subdesenvolvido.
  • 7:02 - 7:04
    E assim, esta é uma forma de apostar
  • 7:04 - 7:06
    em boas pessoas que fazem coisas boas.
  • 7:06 - 7:09
    Tudo isto se transforma
    numa filosofia de mudança
  • 7:09 - 7:12
    que eu acredito ser realmente poderosa.
  • 7:13 - 7:16
    É aquilo a que chamamos
    "investir, ligar, celebrar".
  • 7:16 - 7:18
    Investir: se virmos pessoas boas
    a fazer coisas boas,
  • 7:18 - 7:21
    investimos nelas,
    nas suas organizações,
  • 7:21 - 7:23
    ou nos negócios, investimos nesta gente.
  • 7:23 - 7:26
    Ligá-las através de conferências
    — como a TED —
  • 7:26 - 7:28
    permite muitas conexões poderosas,
  • 7:28 - 7:31
    ou através do Fórum Mundial
    de Empreendedorismo Social
  • 7:31 - 7:34
    que a minha Fundação organiza
    anualmente em Oxford.
  • 7:34 - 7:37
    E celebrar: contamos as suas histórias,
  • 7:37 - 7:40
    não só porque são pessoas boas
    a fazer trabalhos bons,
  • 7:40 - 7:43
    mas porque as suas histórias podem
    ajudar a fechar os abismos de esperança.
  • 7:44 - 7:47
    E foi esta última parte da missão,
    a parte de celebrar,
  • 7:47 - 7:51
    que me pôs a pensar novamente
    em quando eu era criança
  • 7:51 - 7:53
    e queria contar histórias
    para ligar as pessoas
  • 7:53 - 7:56
    às questões que nos afetam a todos.
  • 7:56 - 8:00
    E tive uma ideia luminosa: não precisava
    de ser eu a escrever histórias,
  • 8:00 - 8:03
    podia encontrar escritores.
  • 8:03 - 8:06
    A segunda ideia luminosa
    foi que, melhor do que escrever,
  • 8:06 - 8:09
    porque não fazer filmes e TV,
    e chegar a mais pessoas ainda?
  • 8:09 - 8:11
    E pensei nos filmes que me inspiraram,
  • 8:12 - 8:14
    como "Gandhi" e "A Lista de Schindler".
  • 8:14 - 8:17
    Procurei quem fizesse
    esse tipo de filmes hoje.
  • 8:17 - 8:20
    De facto, não havia uma empresa específica
  • 8:20 - 8:23
    que se dedicasse ao interesse público.
  • 8:23 - 8:28
    Então, em 2003 fui a Los Angeles
  • 8:28 - 8:31
    para falar desta ideia de uma empresa
    de "media" pró-social,
  • 8:31 - 8:34
    e fui bastante encorajado.
  • 8:34 - 8:37
    Uma das frases de apoio
  • 8:37 - 8:39
    que ouvi várias vezes foi:
  • 8:39 - 8:43
    "As ruas de Hollywood estão juncadas
    de cadáveres de pessoas como tu,
  • 8:43 - 8:46
    "que pensam que podem
    chegar aqui e fazer filmes.".
  • 8:46 - 8:49
    E é claro que havia o outro ditado.
  • 8:49 - 8:51
    "A melhor maneira de ser milionário
  • 8:51 - 8:54
    "é começar por ser multimilionário
    e apostar na indústria cinematográfica."
  • 8:54 - 8:56
    (Risos)
  • 8:56 - 9:00
    Irredutível, em janeiro de 2004
    fundei a Participant Productions
  • 9:00 - 9:03
    com a intenção de ser
    uma empresa global de "media"
  • 9:03 - 9:05
    concentrada no interesse público.
  • 9:05 - 9:08
    A nossa missão é
    produzir entretenimento
  • 9:08 - 9:10
    que crie e inspire mudança social.
  • 9:10 - 9:13
    Não queremos que as pessoas
    apenas vejam os filmes,
  • 9:13 - 9:15
    digam "que giro" e os esqueçam.
  • 9:15 - 9:17
    Queremos que elas se
    envolvam nas questões.
  • 9:17 - 9:20
    Em 2005 lançámos
    os nossos primeiros filmes,
  • 9:21 - 9:23
    “Murderball”, “Terra Fria”, “Syriana”
  • 9:23 - 9:25
    e "Boa Noite e Boa Sorte".
  • 9:25 - 9:27
    Para minha surpresa,
    eles foram reconhecidos.
  • 9:27 - 9:31
    Recebemos 11 nomeações
    para um Óscar para estes filmes.
  • 9:31 - 9:34
    E acabou por ser um ano
    muito bom para este tipo.
  • 9:34 - 9:35
    Talvez mais importante,
  • 9:36 - 9:39
    dezenas de milhares de pessoas
    juntaram-se a programas de campanhas
  • 9:39 - 9:41
    e a programas de ativismo
  • 9:41 - 9:43
    que criámos em torno dos filmes.
  • 9:43 - 9:46
    E tivemos uma componente
    "online" para isso,
  • 9:46 - 9:49
    um "site" chamado Participate.net
  • 9:49 - 9:52
    com os nossos parceiros do setor social,
    como a ACLU e o PBS,
  • 9:53 - 9:55
    a Sierra Club e a NRDC.
  • 9:55 - 9:57
    Quando as pessoas viram o filme,
  • 9:57 - 10:00
    havia algo que elas podiam fazer
    para marcar a diferença.
  • 10:00 - 10:05
    Um desses filmes em particular,
    chamado "Terra Fria",
  • 10:05 - 10:08
    foi um desastre de bilheteira.
  • 10:08 - 10:11
    Mas era um filme com Charlize Theron.
  • 10:11 - 10:15
    Tratava dos direitos das mulheres,
    da autonomia das mulheres,
  • 10:15 - 10:17
    da violência doméstica, etc.
  • 10:17 - 10:19
    Lançámos o filme ao mesmo tempo
  • 10:19 - 10:24
    que o Congresso debatia a renovação
    da Lei da Violência Contra a Mulher.
  • 10:24 - 10:27
    E com exibições no Capitólio
    e com debates,
  • 10:27 - 10:29
    e com os nossos parceiros sociais,
  • 10:29 - 10:32
    como a Organização Nacional das Mulheres,
  • 10:32 - 10:34
    o filme foi considerado essencial
  • 10:34 - 10:39
    na renovação bem sucedida da Lei.
  • 10:39 - 10:42
    Isso para mim significou muito
  • 10:42 - 10:45
    porque o filme baseou-se
    numa história real,
  • 10:45 - 10:48
    numa mulher que é assediada,
    que processa o seu patrão,
  • 10:48 - 10:51
    e acabou por resultar na criação
    da Lei de Oportunidades Iguais,
  • 10:51 - 10:54
    e na Lei da Violência
    contra as Mulheres, etc.
  • 10:54 - 10:57
    O filme sobre esta pessoa
    a fazer estas coisas,
  • 10:57 - 11:00
    levou a essa renovação mais abrangente.
  • 11:00 - 11:02
    Então, novamente,
  • 11:02 - 11:05
    precisamos de apostar em boas pessoas
    que façam coisas boas.
  • 11:05 - 11:08
    Falando nisso, o nosso
    companheiro da TED, Al
  • 11:08 - 11:12
    — eu vi a apresentação do Al Gore
    pela primeira vez
  • 11:12 - 11:15
    sobre o aquecimento global
    em maio de 2005.
  • 11:15 - 11:18
    Nessa altura, eu pensava que
    sabia algo sobre aquecimento global,
  • 11:18 - 11:21
    e achava que era um problema
    para dali a 30 a 50 anos.
  • 11:21 - 11:23
    Depois vi os "slides" dele,
  • 11:23 - 11:25
    e ficou claro que era muito mais urgente.
  • 11:25 - 11:29
    Logo a seguir, encontrei-me
    com o Al nos bastidores,
  • 11:30 - 11:32
    e com Lawrence Bender,
    que estava lá, e Laurie David
  • 11:32 - 11:34
    e Davis Guggenheim,
  • 11:34 - 11:37
    que estava a fazer documentários
    para a Participant na altura.
  • 11:37 - 11:41
    Com a bênção do Al, decidimos
    transformar os "slides" num filme,
  • 11:41 - 11:44
    porque assim a mensagem espalhar-se-ia
  • 11:44 - 11:48
    muito mais rapidamente do que com o Al
    a fazer uma digressão mundial,
  • 11:48 - 11:51
    a falar para plateias
    de 100 ou 200 pessoas de cada vez.
  • 11:51 - 11:53
    E há outro ditado em Hollywood,
  • 11:53 - 11:56
    sobre que ninguém sabe nada de nada.
  • 11:56 - 11:59
    E pensava que ia ser
    uma iniciativa filantrópica
  • 11:59 - 12:01
    que ia aparecer na TV pública.
  • 12:01 - 12:04
    Foi uma grande surpresa para todos nós
  • 12:04 - 12:07
    quando o filme atraiu
    o interesse público,
  • 12:07 - 12:11
    e hoje é de exibição obrigatória
    nas escolas de Inglaterra e da Escócia
  • 12:11 - 12:13
    e em grande parte da Escandinávia.
  • 12:13 - 12:19
    Enviámos 50 mil DVDs para professores
    do ensino secundário nos EUA,
  • 12:19 - 12:23
    e isso mudou o debate
    sobre o aquecimento global.
  • 12:23 - 12:25
    Foi também um ano muito bom
    para este tipo.
  • 12:25 - 12:28
    Agora chamamos ao Al o George Clooney
    do aquecimento global.
  • 12:28 - 12:30
    (Risos)
  • 12:31 - 12:34
    Para a Participant,
    isto é apenas o início.
  • 12:34 - 12:37
    Tudo o que fazemos é com base
    nos maiores problemas do mundo.
  • 12:37 - 12:39
    Temos 10 filmes em produção
    neste momento,
  • 12:39 - 12:42
    e dezenas de outros em desenvolvimento.
  • 12:42 - 12:44
    Eu vou falar rapidamente
    de alguns que vêm aí.
  • 12:44 - 12:48
    Um é "Jogos de Poder",
    com Tom Hanks e Julia Roberts.
  • 12:48 - 12:51
    É a história real do congressista
    Charlie Wilson,
  • 12:51 - 12:56
    e de como ele financiou os talibãs para
    lutarem contra os russos no Afeganistão.
  • 12:56 - 12:59
    Também estamos a fazer um filme
    chamado "O Menino de Cabul",
  • 12:59 - 13:02
    baseado no livro "O Menino de Cabul",
    também sobre o Afeganistão.
  • 13:02 - 13:05
    Achamos que, quando
    as pessoas virem estes filmes,
  • 13:05 - 13:07
    vão ter uma melhor compreensão
    dessa zona do mundo,
  • 13:07 - 13:09
    e do Médio Oriente em geral.
  • 13:09 - 13:12
    Estreámos um filme chamado
    "The Chicago 10" no Sundance deste ano.
  • 13:12 - 13:17
    Baseia-se nos protestantes
    da Convenção Democrática de 1968,
  • 13:17 - 13:19
    Abby Hoffman e companhia,
  • 13:19 - 13:22
    e, novamente, uma história sobre
    um pequeno grupo de indivíduos
  • 13:22 - 13:24
    que tiveram impacto no mundo.
  • 13:24 - 13:28
    Um documentário
    que estamos a fazer sobre Jimmy Carter
  • 13:28 - 13:32
    e os seus esforços em prol da paz
    no Médio Oriente ao longo dos anos.
  • 13:32 - 13:35
    Em particular, temos seguido Jimmy
    na sua mais recente digressão literária,
  • 13:35 - 13:38
    que, como muitos sabem,
    não tem tido muito controversa.
  • 13:38 - 13:39
    (Risos)
  • 13:39 - 13:43
    o que é muito mau para conseguir
    que as pessoas venham ver o filme.
  • 13:43 - 13:46
    Para terminar, gostaria de dizer
    que todos têm a possibilidade
  • 13:46 - 13:49
    de fazer diferença à sua maneira.
  • 13:49 - 13:51
    Todas as pessoas nesta sala
  • 13:52 - 13:54
    já o fizeram ao longo
    da sua vida profissional,
  • 13:54 - 13:57
    ou do seu trabalho filantrópico,
    ou através de outros interesses.
  • 13:58 - 13:59
    Uma coisa que aprendi
  • 13:59 - 14:02
    é que não há apenas uma forma
    de fazer a diferença.
  • 14:02 - 14:05
    Alguém pode fazê-lo enquanto informático,
    ou financeiro,
  • 14:05 - 14:08
    ou sem fins lucrativos,
    ou no entretenimento,
  • 14:08 - 14:12
    mas todos nós somos
    todas essas coisas e mais ainda.
  • 14:12 - 14:15
    Eu acredito que, se fizermos essas coisas,
  • 14:15 - 14:19
    podemos tapar os abismos de oportunidade,
    podemos fechar os abismos de esperança.
  • 14:19 - 14:22
    Imagino que, se fizermos isso,
  • 14:22 - 14:25
    os títulos nos jornais, daqui a 10 anos,
    serão algo como isto:
  • 14:26 - 14:29
    "Novos casos de SIDA em África
    descem para zero",
  • 14:30 - 14:33
    "Os EUA importam o seu
    último barril de petróleo".
  • 14:33 - 14:35
    (Aplausos)
  • 14:36 - 14:38
    "Israelitas e palestinos festejam
  • 14:38 - 14:41
    "10 anos de coexistência pacífica."
  • 14:41 - 14:43
    (Aplausos)
  • 14:43 - 14:46
    E eu gosto deste:
    "A neve voltou ao Kilimanjaro".
  • 14:46 - 14:48
    (Aplausos)
  • 14:48 - 14:54
    Finalmente, um anúncio no eBay
    para um conjunto de "slides" populares,
  • 14:54 - 14:56
    já obsoletos, uma peça de museu:
  • 14:56 - 14:59
    "Por favor, contactar Al Gore".
  • 15:00 - 15:03
    E acredito que, se trabalharmos juntos,
  • 15:03 - 15:05
    podemos fazer com que
    estas coisas aconteçam.
  • 15:05 - 15:08
    Agradeço a todos
    por terem estado aqui hoje.
  • 15:08 - 15:09
    Foi uma grande honra. Obrigado.
  • 15:09 - 15:12
    (Aplausos)
  • 15:15 - 15:16
    Obrigado.
Title:
O meu percurso para filmes que são importantes
Speaker:
Jeff Skoll
Description:

O produtor Jeff Skoll (de "Uma verdade Inconveniente") fala da sua empresa, Participant Productions, e das pessoas que o inspiraram a fazer o bem.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
15:16

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