O meu percurso para filmes que são importantes
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0:01 - 0:03Há anos que tenho estado à espera
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0:03 - 0:06de uma chamada da TED.
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0:06 - 0:13Na verdade, em 2000, eu queria falar
sobre o eBay, mas ninguém me ligou. -
0:12 - 0:15Em 2003, eu estava pronto para falar
-
0:15 - 0:20sobre a Fundação Skoll e empreendedorismo
social... nada de chamada. -
0:22 - 0:25Em 2004, fundei a Participant Productions,
-
0:25 - 0:28tivemos um ótimo ano de estreia e...
não me ligaram. -
0:28 - 0:31Finalmente, recebi uma chamada
no ano passado, -
0:31 - 0:35e agora tenho de falar
depois do J.J. Abrams. -
0:34 - 0:36(Risos)
-
0:36 - 0:38TED, vocês têm um cruel sentido de humor.
-
0:38 - 0:40(Risos)
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0:40 - 0:43Quando me mudei
de Silicon Valley para Hollywood, -
0:43 - 0:45tinha alguma apreensão.
-
0:45 - 0:49Mas depressa descobri que há
vantagens em estar em Hollywood. -
0:49 - 0:50(Risos)
-
0:51 - 0:54De facto, há algumas vantagens
em ser dono de uma empresa de "media". -
0:54 - 0:55(Risos)
-
0:56 - 0:58Também descobri que Hollywood
e Silicon Valley -
0:58 - 1:01têm muito mais em comum
do que eu podia imaginar. -
1:02 - 1:05Hollywood tem os seus símbolos sexuais,
e o Valley tem os seus símbolos sexuais. -
1:05 - 1:06(Risos)
-
1:06 - 1:10Hollywood tem as suas rivalidades,
e o Valley tem as suas rivalidades. -
1:10 - 1:12Hollywood reúne-se
à volta de mesas de poder, -
1:12 - 1:15e o Valley reúne-se
à volta de mesas de poder. -
1:15 - 1:18Portanto, há muito mais em comum
do que eu sonharia. -
1:18 - 1:21Mas estou aqui hoje
para contar uma história. -
1:21 - 1:24E uma parte dela é uma história pessoal.
-
1:24 - 1:26Quando o Chris me convidou
para falar, disse-me: -
1:27 - 1:29"As pessoas veem-te como um enigma
-
1:29 - 1:31"e querem saber o que te motiva".
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1:31 - 1:34O que realmente me motiva
é uma visão do futuro -
1:34 - 1:36que eu acho que todos partilhamos.
-
1:36 - 1:39Um mundo de paz, de prosperidade
e de sustentabilidade. -
1:41 - 1:44Depois de ouvirmos tantas apresentações,
-
1:44 - 1:46durante os últimos dias,
-
1:46 - 1:48Ed Wilson e as fotos de James Nachtwey,
-
1:48 - 1:51acho que percebemos
a distância que temos de percorrer -
1:51 - 1:53para atingir esta versão da humanidade
-
1:53 - 1:55a que eu chamaria "Humanidade 2.0".
-
1:56 - 2:00É algo que também
reside em cada um de nós, -
2:00 - 2:02acabar com o que acho que são
-
2:02 - 2:05as duas grandes calamidades
do mundo de hoje. -
2:05 - 2:09Uma é o abismo de oportunidade
-
2:09 - 2:12— a que o presidente Clinton,
na noite passada chamou -
2:12 - 2:14"mundo desigual,
injusto e insustentável" — -
2:14 - 2:18do qual deriva a pobreza,
o analfabetismo e as doenças, -
2:18 - 2:21todos esses males que vemos à nossa volta.
-
2:21 - 2:25Mas talvez o outro grande abismo
seja o da esperança. -
2:25 - 2:28e alguém de repente vem
com esta péssima ideia -
2:28 - 2:32de que um indivíduo comum
não pode fazer diferença no mundo. -
2:32 - 2:35Acho que isso é simplesmente horrível.
-
2:35 - 2:39Assim, o capítulo um
começa hoje, com todos nós, -
2:39 - 2:42porque, dentro de cada um de nós,
existe o poder de eliminar -
2:42 - 2:45esses abismos de oportunidade
e de esperança. -
2:46 - 2:47Se os homens e mulheres da TED
-
2:47 - 2:51não podem fazer a diferença no mundo,
então não sei quem pode. -
2:51 - 2:54Para mim, muito disto começou
quando eu era mais novo -
2:54 - 2:57e a minha família costumava acampar
no norte do estado de Nova Iorque. -
2:57 - 3:00Não havia muito que fazer no verão,
-
3:00 - 3:03exceto apanhar da minha irmã
ou ler livros. -
3:03 - 3:06Eu lia autores como James Michener,
-
3:06 - 3:09James Clavell e Ayn Rand.
-
3:10 - 3:12As histórias deles faziam
o mundo parecer -
3:12 - 3:15um lugar muito pequeno
e entrelaçado. -
3:15 - 3:18Pensei que, se eu pudesse
escrever histórias -
3:18 - 3:21que fossem sobre este mundo
pequeno e interligado, -
3:21 - 3:24talvez pudesse fazer com que as pessoas
se interessassem pelas questões -
3:24 - 3:26que nos afetam a todos.
-
3:26 - 3:28E talvez inspirá-las
a fazerem a diferença. -
3:28 - 3:32Eu sabia que isso talvez não fosse
a melhor forma de ganhar a vida, -
3:32 - 3:36então segui o caminho para me tornar
financeiramente independente, -
3:36 - 3:39para poder escrever essas histórias
o mais rapidamente possível. -
3:40 - 3:43Aos 14 anos, tive uma revelação.
-
3:44 - 3:46O meu pai chegou a casa um dia
-
3:46 - 3:49e disse que tinha um cancro terrível.
-
3:49 - 3:53Disse que não tinha medo de morrer,
-
3:53 - 3:58mas tinha medo de não ter feito as coisas
que queria fazer durante a vida. -
3:59 - 4:02Graças a Deus, ele não morreu,
está vivo ainda hoje, muitos anos depois. -
4:02 - 4:05Mas naquela idade aquilo criou
uma impressão forte em mim: -
4:05 - 4:08ninguém sabe quanto tempo realmente tem.
-
4:08 - 4:10Então decidi apressar-me.
-
4:11 - 4:13Estudei engenharia.
-
4:13 - 4:15Comecei alguns negócios
-
4:15 - 4:18a pensar que seriam o passaporte
para a liberdade financeira. -
4:18 - 4:21Um desses negócios foi uma empresa
de aluguer de computadores -
4:21 - 4:23chamada “Micros on the Move”,
-
4:23 - 4:24um nome apropriado,
-
4:24 - 4:26porque as pessoas roubavam-me
os computadores. -
4:27 - 4:28(Risos)
-
4:28 - 4:30Percebi que precisava de aprender
mais sobre negócios, -
4:31 - 4:33e fui para Stanford
estudar Administração de Empresas. -
4:34 - 4:36Enquanto estudava,
fiquei amigo de um colega, -
4:36 - 4:39Pierre Omidyar, que está aqui hoje.
-
4:39 - 4:42Pierre, desculpa, esta é uma foto
dos velhos tempos. -
4:42 - 4:44Logo depois de me formar,
o Pierre veio ter comigo -
4:44 - 4:46com esta ideia de ajudar as pessoas
-
4:46 - 4:48a comprar e a vender coisas "online",
umas às outras. -
4:48 - 4:51Com a sabedoria do meu curso
de Stanford, eu disse: -
4:51 - 4:53“Pierre, que ideia estúpida”.
-
4:53 - 4:55Não é preciso dizer que eu estava certo.
-
4:55 - 4:56(Risos)
-
4:56 - 5:01Mas logo depois daquilo, em 1996,
Pierre e eu deixámos os nossos empregos -
5:01 - 5:03para transformar o eBay numa empresa.
-
5:03 - 5:05O resto da história já vocês conhecem.
-
5:05 - 5:07A empresa entrou na Bolsa dois anos depois
-
5:07 - 5:10e hoje é uma das marcas
mais conhecidas do mundo. -
5:10 - 5:14Centenas de milhões de pessoas
usam-na em centenas de países, etc. -
5:15 - 5:18Mas, para mim, foi uma grande mudança.
-
5:19 - 5:22Passei de viver numa casa
com cinco tipos em Palo Alto, -
5:22 - 5:24a viver de restos de comida,
-
5:24 - 5:27para, de repente, passar a ter
todos os recursos. -
5:27 - 5:31Eu queria descobrir como aproveitar
as maravilhas desses recursos -
5:31 - 5:33e partilhá-los com o resto do mundo.
-
5:33 - 5:36Por volta dessa altura,
conheci John Gardner, -
5:36 - 5:38que é um homem notável.
-
5:38 - 5:42Ele foi o arquiteto dos programas
da “Grande Sociedade” -
5:42 - 5:45de Lyndon Johnson, nos anos 60.
-
5:45 - 5:47Perguntei-lhe qual era
a melhor forma de eu, -
5:47 - 5:50ou de qualquer um, fazer a diferença
-
5:50 - 5:53quanto aos problemas
da humanidade, a longo prazo -
5:53 - 5:57E John disse: “Aposta em pessoas boas
que fazem coisas boas”. -
5:57 - 5:59“Aposta em pessoas boas
que fazem coisas boas.”. -
5:59 - 6:01Isso agradou-me.
-
6:01 - 6:03Eu criei uma fundação
-
6:03 - 6:06para apostar nessas pessoas boas
que fazem coisas boas. -
6:06 - 6:09Esses líderes, inovadores,
sem intenção de lucros, -
6:09 - 6:11que usam os seus conhecimentos
empresariais de forma avançada -
6:11 - 6:13para resolver questões sociais.
-
6:13 - 6:16Pessoas a que hoje em dia
chamamos empreendedores sociais. -
6:16 - 6:19Para dar uns exemplos,
pessoas como Mohammed Yunus, -
6:19 - 6:21que fundou o Grameen Bank,
-
6:21 - 6:24que tirou mais de 100 milhões de pessoas
da pobreza no mundo inteiro, -
6:24 - 6:26e ganhou o Nobel da Paz.
-
6:26 - 6:28Mas há também muitas pessoas
que vocês não conhecem. -
6:28 - 6:32Como Anne Cotton, que começou
um grupo chamado CAMFED em África -
6:32 - 6:35porque achava que a educação
das raparigas estava estagnada. -
6:35 - 6:37Ela começou há dez anos,
-
6:37 - 6:42e hoje, educa mais de um quarto de milhão
de raparigas africanas. -
6:42 - 6:45E alguém como a Dra. Victoria Hale,
-
6:45 - 6:49que fundou a primeira empresa
farmacêutica sem fins lucrativos. -
6:49 - 6:54E cujo primeiro medicamento
combate a Leishmaniose visceral, -
6:54 - 6:56também conhecida por varíola canina.
-
6:56 - 6:59Ela espera erradicar a doença até 2010,
-
6:59 - 7:02uma doença que é um flagelo
no mundo subdesenvolvido. -
7:02 - 7:04E assim, esta é uma forma de apostar
-
7:04 - 7:06em boas pessoas que fazem coisas boas.
-
7:06 - 7:09Tudo isto se transforma
numa filosofia de mudança -
7:09 - 7:12que eu acredito ser realmente poderosa.
-
7:13 - 7:16É aquilo a que chamamos
"investir, ligar, celebrar". -
7:16 - 7:18Investir: se virmos pessoas boas
a fazer coisas boas, -
7:18 - 7:21investimos nelas,
nas suas organizações, -
7:21 - 7:23ou nos negócios, investimos nesta gente.
-
7:23 - 7:26Ligá-las através de conferências
— como a TED — -
7:26 - 7:28permite muitas conexões poderosas,
-
7:28 - 7:31ou através do Fórum Mundial
de Empreendedorismo Social -
7:31 - 7:34que a minha Fundação organiza
anualmente em Oxford. -
7:34 - 7:37E celebrar: contamos as suas histórias,
-
7:37 - 7:40não só porque são pessoas boas
a fazer trabalhos bons, -
7:40 - 7:43mas porque as suas histórias podem
ajudar a fechar os abismos de esperança. -
7:44 - 7:47E foi esta última parte da missão,
a parte de celebrar, -
7:47 - 7:51que me pôs a pensar novamente
em quando eu era criança -
7:51 - 7:53e queria contar histórias
para ligar as pessoas -
7:53 - 7:56às questões que nos afetam a todos.
-
7:56 - 8:00E tive uma ideia luminosa: não precisava
de ser eu a escrever histórias, -
8:00 - 8:03podia encontrar escritores.
-
8:03 - 8:06A segunda ideia luminosa
foi que, melhor do que escrever, -
8:06 - 8:09porque não fazer filmes e TV,
e chegar a mais pessoas ainda? -
8:09 - 8:11E pensei nos filmes que me inspiraram,
-
8:12 - 8:14como "Gandhi" e "A Lista de Schindler".
-
8:14 - 8:17Procurei quem fizesse
esse tipo de filmes hoje. -
8:17 - 8:20De facto, não havia uma empresa específica
-
8:20 - 8:23que se dedicasse ao interesse público.
-
8:23 - 8:28Então, em 2003 fui a Los Angeles
-
8:28 - 8:31para falar desta ideia de uma empresa
de "media" pró-social, -
8:31 - 8:34e fui bastante encorajado.
-
8:34 - 8:37Uma das frases de apoio
-
8:37 - 8:39que ouvi várias vezes foi:
-
8:39 - 8:43"As ruas de Hollywood estão juncadas
de cadáveres de pessoas como tu, -
8:43 - 8:46"que pensam que podem
chegar aqui e fazer filmes.". -
8:46 - 8:49E é claro que havia o outro ditado.
-
8:49 - 8:51"A melhor maneira de ser milionário
-
8:51 - 8:54"é começar por ser multimilionário
e apostar na indústria cinematográfica." -
8:54 - 8:56(Risos)
-
8:56 - 9:00Irredutível, em janeiro de 2004
fundei a Participant Productions -
9:00 - 9:03com a intenção de ser
uma empresa global de "media" -
9:03 - 9:05concentrada no interesse público.
-
9:05 - 9:08A nossa missão é
produzir entretenimento -
9:08 - 9:10que crie e inspire mudança social.
-
9:10 - 9:13Não queremos que as pessoas
apenas vejam os filmes, -
9:13 - 9:15digam "que giro" e os esqueçam.
-
9:15 - 9:17Queremos que elas se
envolvam nas questões. -
9:17 - 9:20Em 2005 lançámos
os nossos primeiros filmes, -
9:21 - 9:23“Murderball”, “Terra Fria”, “Syriana”
-
9:23 - 9:25e "Boa Noite e Boa Sorte".
-
9:25 - 9:27Para minha surpresa,
eles foram reconhecidos. -
9:27 - 9:31Recebemos 11 nomeações
para um Óscar para estes filmes. -
9:31 - 9:34E acabou por ser um ano
muito bom para este tipo. -
9:34 - 9:35Talvez mais importante,
-
9:36 - 9:39dezenas de milhares de pessoas
juntaram-se a programas de campanhas -
9:39 - 9:41e a programas de ativismo
-
9:41 - 9:43que criámos em torno dos filmes.
-
9:43 - 9:46E tivemos uma componente
"online" para isso, -
9:46 - 9:49um "site" chamado Participate.net
-
9:49 - 9:52com os nossos parceiros do setor social,
como a ACLU e o PBS, -
9:53 - 9:55a Sierra Club e a NRDC.
-
9:55 - 9:57Quando as pessoas viram o filme,
-
9:57 - 10:00havia algo que elas podiam fazer
para marcar a diferença. -
10:00 - 10:05Um desses filmes em particular,
chamado "Terra Fria", -
10:05 - 10:08foi um desastre de bilheteira.
-
10:08 - 10:11Mas era um filme com Charlize Theron.
-
10:11 - 10:15Tratava dos direitos das mulheres,
da autonomia das mulheres, -
10:15 - 10:17da violência doméstica, etc.
-
10:17 - 10:19Lançámos o filme ao mesmo tempo
-
10:19 - 10:24que o Congresso debatia a renovação
da Lei da Violência Contra a Mulher. -
10:24 - 10:27E com exibições no Capitólio
e com debates, -
10:27 - 10:29e com os nossos parceiros sociais,
-
10:29 - 10:32como a Organização Nacional das Mulheres,
-
10:32 - 10:34o filme foi considerado essencial
-
10:34 - 10:39na renovação bem sucedida da Lei.
-
10:39 - 10:42Isso para mim significou muito
-
10:42 - 10:45porque o filme baseou-se
numa história real, -
10:45 - 10:48numa mulher que é assediada,
que processa o seu patrão, -
10:48 - 10:51e acabou por resultar na criação
da Lei de Oportunidades Iguais, -
10:51 - 10:54e na Lei da Violência
contra as Mulheres, etc. -
10:54 - 10:57O filme sobre esta pessoa
a fazer estas coisas, -
10:57 - 11:00levou a essa renovação mais abrangente.
-
11:00 - 11:02Então, novamente,
-
11:02 - 11:05precisamos de apostar em boas pessoas
que façam coisas boas. -
11:05 - 11:08Falando nisso, o nosso
companheiro da TED, Al -
11:08 - 11:12— eu vi a apresentação do Al Gore
pela primeira vez -
11:12 - 11:15sobre o aquecimento global
em maio de 2005. -
11:15 - 11:18Nessa altura, eu pensava que
sabia algo sobre aquecimento global, -
11:18 - 11:21e achava que era um problema
para dali a 30 a 50 anos. -
11:21 - 11:23Depois vi os "slides" dele,
-
11:23 - 11:25e ficou claro que era muito mais urgente.
-
11:25 - 11:29Logo a seguir, encontrei-me
com o Al nos bastidores, -
11:30 - 11:32e com Lawrence Bender,
que estava lá, e Laurie David -
11:32 - 11:34e Davis Guggenheim,
-
11:34 - 11:37que estava a fazer documentários
para a Participant na altura. -
11:37 - 11:41Com a bênção do Al, decidimos
transformar os "slides" num filme, -
11:41 - 11:44porque assim a mensagem espalhar-se-ia
-
11:44 - 11:48muito mais rapidamente do que com o Al
a fazer uma digressão mundial, -
11:48 - 11:51a falar para plateias
de 100 ou 200 pessoas de cada vez. -
11:51 - 11:53E há outro ditado em Hollywood,
-
11:53 - 11:56sobre que ninguém sabe nada de nada.
-
11:56 - 11:59E pensava que ia ser
uma iniciativa filantrópica -
11:59 - 12:01que ia aparecer na TV pública.
-
12:01 - 12:04Foi uma grande surpresa para todos nós
-
12:04 - 12:07quando o filme atraiu
o interesse público, -
12:07 - 12:11e hoje é de exibição obrigatória
nas escolas de Inglaterra e da Escócia -
12:11 - 12:13e em grande parte da Escandinávia.
-
12:13 - 12:19Enviámos 50 mil DVDs para professores
do ensino secundário nos EUA, -
12:19 - 12:23e isso mudou o debate
sobre o aquecimento global. -
12:23 - 12:25Foi também um ano muito bom
para este tipo. -
12:25 - 12:28Agora chamamos ao Al o George Clooney
do aquecimento global. -
12:28 - 12:30(Risos)
-
12:31 - 12:34Para a Participant,
isto é apenas o início. -
12:34 - 12:37Tudo o que fazemos é com base
nos maiores problemas do mundo. -
12:37 - 12:39Temos 10 filmes em produção
neste momento, -
12:39 - 12:42e dezenas de outros em desenvolvimento.
-
12:42 - 12:44Eu vou falar rapidamente
de alguns que vêm aí. -
12:44 - 12:48Um é "Jogos de Poder",
com Tom Hanks e Julia Roberts. -
12:48 - 12:51É a história real do congressista
Charlie Wilson, -
12:51 - 12:56e de como ele financiou os talibãs para
lutarem contra os russos no Afeganistão. -
12:56 - 12:59Também estamos a fazer um filme
chamado "O Menino de Cabul", -
12:59 - 13:02baseado no livro "O Menino de Cabul",
também sobre o Afeganistão. -
13:02 - 13:05Achamos que, quando
as pessoas virem estes filmes, -
13:05 - 13:07vão ter uma melhor compreensão
dessa zona do mundo, -
13:07 - 13:09e do Médio Oriente em geral.
-
13:09 - 13:12Estreámos um filme chamado
"The Chicago 10" no Sundance deste ano. -
13:12 - 13:17Baseia-se nos protestantes
da Convenção Democrática de 1968, -
13:17 - 13:19Abby Hoffman e companhia,
-
13:19 - 13:22e, novamente, uma história sobre
um pequeno grupo de indivíduos -
13:22 - 13:24que tiveram impacto no mundo.
-
13:24 - 13:28Um documentário
que estamos a fazer sobre Jimmy Carter -
13:28 - 13:32e os seus esforços em prol da paz
no Médio Oriente ao longo dos anos. -
13:32 - 13:35Em particular, temos seguido Jimmy
na sua mais recente digressão literária, -
13:35 - 13:38que, como muitos sabem,
não tem tido muito controversa. -
13:38 - 13:39(Risos)
-
13:39 - 13:43o que é muito mau para conseguir
que as pessoas venham ver o filme. -
13:43 - 13:46Para terminar, gostaria de dizer
que todos têm a possibilidade -
13:46 - 13:49de fazer diferença à sua maneira.
-
13:49 - 13:51Todas as pessoas nesta sala
-
13:52 - 13:54já o fizeram ao longo
da sua vida profissional, -
13:54 - 13:57ou do seu trabalho filantrópico,
ou através de outros interesses. -
13:58 - 13:59Uma coisa que aprendi
-
13:59 - 14:02é que não há apenas uma forma
de fazer a diferença. -
14:02 - 14:05Alguém pode fazê-lo enquanto informático,
ou financeiro, -
14:05 - 14:08ou sem fins lucrativos,
ou no entretenimento, -
14:08 - 14:12mas todos nós somos
todas essas coisas e mais ainda. -
14:12 - 14:15Eu acredito que, se fizermos essas coisas,
-
14:15 - 14:19podemos tapar os abismos de oportunidade,
podemos fechar os abismos de esperança. -
14:19 - 14:22Imagino que, se fizermos isso,
-
14:22 - 14:25os títulos nos jornais, daqui a 10 anos,
serão algo como isto: -
14:26 - 14:29"Novos casos de SIDA em África
descem para zero", -
14:30 - 14:33"Os EUA importam o seu
último barril de petróleo". -
14:33 - 14:35(Aplausos)
-
14:36 - 14:38"Israelitas e palestinos festejam
-
14:38 - 14:41"10 anos de coexistência pacífica."
-
14:41 - 14:43(Aplausos)
-
14:43 - 14:46E eu gosto deste:
"A neve voltou ao Kilimanjaro". -
14:46 - 14:48(Aplausos)
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14:48 - 14:54Finalmente, um anúncio no eBay
para um conjunto de "slides" populares, -
14:54 - 14:56já obsoletos, uma peça de museu:
-
14:56 - 14:59"Por favor, contactar Al Gore".
-
15:00 - 15:03E acredito que, se trabalharmos juntos,
-
15:03 - 15:05podemos fazer com que
estas coisas aconteçam. -
15:05 - 15:08Agradeço a todos
por terem estado aqui hoje. -
15:08 - 15:09Foi uma grande honra. Obrigado.
-
15:09 - 15:12(Aplausos)
-
15:15 - 15:16Obrigado.
- Title:
- O meu percurso para filmes que são importantes
- Speaker:
- Jeff Skoll
- Description:
-
O produtor Jeff Skoll (de "Uma verdade Inconveniente") fala da sua empresa, Participant Productions, e das pessoas que o inspiraram a fazer o bem.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 15:16
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