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Como a leitura afeta a criatividade e o pensamento crítico | Hana Saleh | TEDxMisurata

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    (Árabe) A paz esteja com vocês.
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    Plateia: (Árabe) A paz esteja com você.
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    Hana Saleh Eu tinha 17 anos,
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    quando finalmente voltei à Líbia
    de forma definitiva.
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    Tendo crescido na Suíça,
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    achava que a pior coisa, a coisa mais
    desafiadora, quando eu era criança,
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    era soletrar a palavra "Switzerland".
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    Mesmo hoje, décadas depois,
    já como professora assistente,
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    ainda odeio escrever essa palavra.
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    No celular, inseri atalhos
    para essa palavra,
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    usando a transliteração inglesa "Sweesra",
    que é a versão em árabe,
  • 1:05 - 1:08
    para que escrevesse automaticamente.
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    Que alívio! Obrigada à tecnologia.
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    Existem tantas palavras assustadoras
    em quase todos os idiomas,
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    seja pela pronúncia
    ou pelo próprio significado,
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    mas não há desculpas para não aprendê-las.
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    Dizem que a vida é uma escola,
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    e há vários elementos
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    que ajudam na formação do conhecimento.
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    No início da vida, aprendemos
    com nossos pais,
  • 1:45 - 1:49
    mas por causa de certas razões mundanas,
    eles não podem ensinar tudo.
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    Talvez por isso tenhamos que ir à escola,
  • 1:52 - 1:58
    para aprender com outros indivíduos,
    especializados em suas áreas.
  • 1:59 - 2:02
    Assim, nossas capacidades
    linguísticas são estabelecidas,
  • 2:04 - 2:09
    através da absorção de palavras
    que vêm dos materiais didáticos
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    e saem das bocas dos nossos professores.
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    Com as palavras que falamos,
  • 2:17 - 2:22
    através da comunicação, nos expressamos
    e nos comunicamos uns com os outros.
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    Porém, nem todos têm o dom do discurso.
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    Eu particularmente não sou muito falante,
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    sobretudo quando se trata de expressar
    meus pensamentos e emoções íntimos.
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    Quando criança, eu era muito tímida,
    especialmente com estranhos,
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    e logo encontrei conforto na escrita.
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    No final do ensino fundamental,
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    escrevi uma pequena composição
    sobre minha infância,
  • 2:51 - 2:54
    e no final do dia,
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    descobri que meu professor leu isso
    para quase metade da escola.
  • 3:00 - 3:03
    Um tempo depois, ele me falou
  • 3:03 - 3:06
    que minha carreira teria certamente
    algo a ver com a escrita,
  • 3:06 - 3:11
    e ainda naquela época, tive um bom
    pressentimento que seria assim.
  • 3:13 - 3:20
    No ensino médio, comecei
    a ler romances completos.
  • 3:20 - 3:26
    Meu primeiro romance clássico
    foi escrito por Louisa May Alcott,
  • 3:26 - 3:27
    "Mulherzinhas".
  • 3:27 - 3:33
    Depois vieram trabalhos contemporâneos
    como os de Mills & Boon.
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    Quando tinha 14 anos, fiquei obcecada
    por histórias em quadrinhos,
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    como qualquer outro adolescente.
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    Costumava ler Nabil Farouk.
  • 3:45 - 3:51
    Ele é o autor de "Adham Sabri:
    The Man of the Impossible."
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    Costumava ler também
    os quadrinhos da Archie Comics.
  • 3:57 - 4:03
    Inspirei-me na personagem de Betty Cooper
    para escrever diários,
  • 4:03 - 4:05
    e faço isso até hoje.
  • 4:05 - 4:07
    Quando comecei a universidade,
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    descobri que, de alguma forma,
    minhas técnicas de escrita enferrujaram,
  • 4:13 - 4:18
    especificamente na organização,
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    estruturação das sentenças e no foco.
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    Até esse ponto, achava
    que tinha sido uma ávida leitora,
  • 4:27 - 4:31
    e isso não seria um problema para mim.
  • 4:31 - 4:38
    Porém, isso me estimulou a mudar
    minha abordagem em relação à leitura.
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    Comecei a ler como estudante,
  • 4:42 - 4:45
    ou seja, não apenas por prazer,
  • 4:45 - 4:50
    mas também aprendendo
    os truques do ofício com os mestres.
  • 4:57 - 5:04
    Através do incentivo dos meus colegas
    e da minha mentora, Sra. Sabah Kareem,
  • 5:04 - 5:05
    Deus abençoe sua alma,
  • 5:05 - 5:10
    decidi fazer meu mestrado em Letras,
  • 5:10 - 5:13
    e no final de 2010,
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    recebi meu certificado em Letras
    por desempenho e publicação
  • 5:18 - 5:21
    da Universidade de Leeds.
  • 5:22 - 5:25
    Tive a maior chance de todas lá,
  • 5:25 - 5:29
    de explorar minhas habilidades
    com a escrita de contos,
  • 5:29 - 5:33
    assim como escrevendo
    para o teatro e cinema.
  • 5:35 - 5:38
    A escrita criativa honra a imaginação,
  • 5:38 - 5:43
    então, por que parece ser
    uma área ou zona isolada
  • 5:43 - 5:46
    que raramente investigamos a fundo
  • 5:46 - 5:51
    para lhe dar espaço
    para prosperar e florescer?
  • 5:52 - 5:58
    Permitam-me falar de minha experiência
    ensinando escrita criativa na Líbia.
  • 5:58 - 6:01
    E digo Líbia como um todo,
  • 6:01 - 6:08
    porque acredito que é um tema presente
    em quase todas as regiões da Líbia:
  • 6:08 - 6:14
    o problema de aprender uma língua
    estrangeira e de realmente usá-la.
  • 6:16 - 6:19
    No início de 2010,
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    pouco depois de voltar do Reino Unido,
  • 6:22 - 6:28
    inseri escrita criativa pela primeira vez
    na Universidade de Misurata.
  • 6:28 - 6:31
    Estava tão entusiasmada com tudo,
  • 6:32 - 6:35
    mas os estudantes aparentemente não.
  • 6:36 - 6:41
    Apenas um estudante
    se matriculou naquele semestre.
  • 6:41 - 6:45
    E, por isso, o curso foi cancelado.
  • 6:47 - 6:49
    Contudo, o próximo semestre
    foi mais promissor.
  • 6:49 - 6:53
    Consegui 11 estudantes, nada mau,
  • 6:53 - 6:55
    depois vieram 50,
  • 6:55 - 6:59
    e, então, incríveis 80 alunos
    em um semestre.
  • 6:59 - 7:04
    Agora, para a escrita criativa,
    o número de alunos pode ser um problema,
  • 7:04 - 7:10
    sobretudo quando estão amontoados
    em uma sala com 35 alunos ou mais.
  • 7:11 - 7:15
    Mas a maior dificuldade, no entanto,
    é quando você percebe
  • 7:15 - 7:18
    que eles não estão aprendendo.
  • 7:18 - 7:20
    Como é isso?
  • 7:21 - 7:25
    Independentemente das várias vezes
    em que eles vêm a mim
  • 7:25 - 7:29
    e falam abertamente: "Odiamos escrever",
  • 7:29 - 7:34
    considero que as principais razões,
    subjacentes a esse ódio,
  • 7:34 - 7:37
    na opinião deles, sejam:
  • 7:38 - 7:40
    "Eu não sei como escrever"
  • 7:40 - 7:45
    e "Por que eu deveria?
    Não tenho que fazer isso".
  • 7:48 - 7:52
    Temos então: "Como escrever?"
    versus "Por que escrever?"
  • 7:52 - 7:58
    Agora, em relação a primeira pergunta,
    não irei falar sobre analfabetismo,
  • 7:58 - 8:00
    porque, de fato,
  • 8:00 - 8:05
    qualquer um que passou por um considerável
    período de escolarização
  • 8:05 - 8:09
    saberá com certeza como escrever.
  • 8:10 - 8:15
    Através da escrita criativa, estou lidando
    com a escritura de contos.
  • 8:15 - 8:20
    Posto isso, é preciso estar
    munido de ideias.
  • 8:20 - 8:23
    Normalmente, ideias surgem da inspiração,
  • 8:25 - 8:31
    e parece que o que trava meus estudantes
    é a inspiração limitada.
  • 8:35 - 8:39
    Eles se confinaram ou se restringiram
  • 8:39 - 8:46
    a uma quantidade bastante limitada
  • 8:46 - 8:49
    de tópicos e temas
  • 8:49 - 8:55
    sem mencionar uma lista de palavras
    inadequadas usadas por eles.
  • 8:55 - 8:57
    Agora, sinceramente,
  • 8:57 - 9:03
    não sou muito talentosa
    para criar ou conduzir pesquisas,
  • 9:03 - 9:09
    mas de acordo com minha experiência
    ensinando escrita criativa por três anos,
  • 9:10 - 9:16
    penso que os temas e tópicos
    mais dominantes que encontrei são...
  • 9:18 - 9:20
    Temos cinco categorias.
  • 9:21 - 9:23
    Começamos pelo tema pobreza.
  • 9:24 - 9:29
    O tema é um meio de, na verdade,
    levar o personagem principal
  • 9:29 - 9:32
    a trabalhar em funções sem prestígio.
  • 9:32 - 9:35
    Por exemplo, ele trabalha em uma cozinha,
  • 9:36 - 9:38
    ou ele trabalha com diarista,
  • 9:38 - 9:41
    ou, até mesmo, ele virou um criminoso.
  • 9:42 - 9:46
    O segundo tema, que, a propósito,
    é bastante popular entre as garotas,
  • 9:46 - 9:47
    é o casamento.
  • 9:48 - 9:52
    A personagem principal tem
    que deixar aquele que ela ama
  • 9:52 - 9:56
    para casar-se com outra pessoa, sabe,
  • 9:56 - 10:02
    que é mais rico ou tem mais
    influência na sociedade.
  • 10:02 - 10:05
    Câncer parece ser o tópico
    preferido entre as doenças.
  • 10:05 - 10:08
    Sempre que têm uma chance,
  • 10:08 - 10:12
    eles falam sobre alguém
    que ficou doente e depois morreu.
  • 10:12 - 10:18
    Essa é a maneira mais fácil de se começar
    a falar sobre a morte.
  • 10:19 - 10:21
    Depois vem acidentes de carro.
  • 10:21 - 10:23
    Esse é meio surpreendente para mim,
  • 10:23 - 10:26
    porque todas as vezes
    que eles querem matar os pais,
  • 10:26 - 10:30
    imaginam eles em um acidente de carro.
  • 10:32 - 10:36
    Disputas sociais, ou seja,
    herança é um tema comum,
  • 10:36 - 10:38
    sabe, sempre o tio malvado.
  • 10:39 - 10:42
    Também o triângulo amoroso
    que acontece na escola.
  • 10:45 - 10:49
    Bem, alguns de vocês podem pensar,
    de fato, que isso é bom,
  • 10:49 - 10:51
    devido ao histórico dos estudantes.
  • 10:51 - 10:53
    De fato, é,
  • 10:53 - 10:58
    porque as pessoas tendem a escrever
    sobre aquilo que conhecem muito bem.
  • 10:58 - 11:04
    Mas o problema é quando elas têm
    que escrever histórias
  • 11:04 - 11:08
    que acreditam ser o que as outras
    pessoas esperam delas.
  • 11:08 - 11:10
    É aí que a limitação repousa.
  • 11:12 - 11:16
    Agora, imagine, voltando o slide,
  • 11:16 - 11:22
    imagine que essas cinco colunas
    são a estrutura de nossa cultura,
  • 11:22 - 11:24
    incrivelmente limitadas
  • 11:24 - 11:27
    e, ao mesmo tempo, muito cansativas
  • 11:27 - 11:30
    quando você se submete
    a isso todo semestre.
  • 11:30 - 11:35
    Houve um semestre em que eu decidi
    anunciar aos meus alunos:
  • 11:35 - 11:38
    "Por favor, não matem os pais
    em acidentes de carro.
  • 11:39 - 11:44
    Se não querem que eles na história,
    mantenham-nos em casa sãos e salvos,
  • 11:45 - 11:49
    e comecem a falar de algo
    que valha a pena".
  • 11:53 - 11:58
    Precisamos pensar além
    desses padrões culturais.
  • 11:58 - 12:01
    Um colega meu uma vez me disse:
  • 12:01 - 12:06
    "Estamos lidando com estudantes
    que não experimentaram a vida".
  • 12:06 - 12:08
    E ele está correto.
  • 12:08 - 12:11
    Como podemos esperar
    criatividade dos estudantes,
  • 12:12 - 12:18
    cuja experiência contempla
    três dos cinco tópicos que eu citei?
  • 12:24 - 12:28
    É esse o momento em que temos
    que por um livro nas mãos deles.
  • 12:29 - 12:33
    A leitura não só faz de você
    um escritor melhor.
  • 12:33 - 12:36
    Ao viver a vida de personagens fictícios,
  • 12:37 - 12:41
    aprendemos como eles lidam
    com circunstâncias atípicas
  • 12:41 - 12:44
    e aprendemos através de seus erros.
  • 12:45 - 12:50
    Podemos mergulhar em culturas diversas,
    de qualquer parte do mundo,
  • 12:50 - 12:52
    e sem precisar sair do lugar,
  • 12:52 - 12:55
    expandimos nossas mentes
    de forma exponencial
  • 12:55 - 13:00
    e estamos praticamente
    prontos para o extraordinário.
  • 13:06 - 13:10
    Assim, voltando àqueles padrões culturais,
  • 13:10 - 13:14
    e supondo que temos estudantes
  • 13:14 - 13:20
    que já leram livros que falam
    sobre esses temas e tópicos,
  • 13:20 - 13:22
    quais são as possibilidades?
  • 13:22 - 13:28
    Quais são as possibilidades criativas
    que eles serão capazes de apresentar?
  • 13:29 - 13:36
    Então, temos os cinco tópicos
    que eu mencionei mais cedo,
  • 13:36 - 13:40
    esses cinco tópicos
    que parecem se repetir tanto,
  • 13:40 - 13:46
    e exemplos de romances
    que lidam com esses temas.
  • 13:46 - 13:52
    "Jogos Vorazes" é um ótimo exemplo
    que trata do assunto pobreza,
  • 13:52 - 13:53
    escrito por Suzanne Collins.
  • 13:53 - 13:59
    A personagem principal é forçada
    a entrar em um torneio
  • 13:59 - 14:03
    em que os participantes matam
    uns aos outros para ganhar.
  • 14:04 - 14:05
    Essa é uma ideia.
  • 14:05 - 14:07
    O segundo,
  • 14:07 - 14:09
    "Orgulho e Preconceito", de Jane Austen.
  • 14:09 - 14:15
    Esse é um romance escrito
    há quase 200 anos,
  • 14:15 - 14:17
    dois séculos atrás.
  • 14:18 - 14:24
    O que faz ele durar tanto
    e ainda ser lido,
  • 14:24 - 14:28
    me refiro ao enredo sobre casamento,
  • 14:28 - 14:31
    é porque a personagem
    principal, Elizabeth Bennet,
  • 14:31 - 14:35
    se opõe aos padrões sociais.
  • 14:35 - 14:39
    Imaginem isso acontecendo naquele tempo.
  • 14:40 - 14:42
    "Uma Prova de Amor", de Jodi Picoult,
  • 14:42 - 14:49
    traz temas brilhantes,
    fala de problemas de saúde.
  • 14:49 - 14:53
    Há mais de um problema
    de saúde, além do câncer.
  • 14:53 - 14:58
    Temos a leucemia mieloide aguda,
  • 14:58 - 15:03
    que é câncer de sangue e medula óssea,
  • 15:03 - 15:09
    há também abuso de drogas nesse romance,
    assim como um caso de epilepsia.
  • 15:12 - 15:16
    Não vou falar do acidente de carro.
    Por favor, não matem os pais.
  • 15:17 - 15:19
    Então, adentrando ao último tema,
    disputas sociais,
  • 15:19 - 15:24
    "In the Country of Men",
    escrito por Hisham Matar,
  • 15:25 - 15:30
    é uma história que se passa
    em um caos político
  • 15:30 - 15:36
    que, com efeito, afetou a vida cotidiana,
  • 15:37 - 15:42
    como resultado do que aconteceu
    na Líbia na década de 70.
  • 15:47 - 15:49
    Então, antes de avançarmos,
  • 15:49 - 15:54
    gostaria de creditar rapidamente alguns
    dos trabalhos anteriores de meus alunos,
  • 15:55 - 16:00
    que conseguiram produzir histórias
    extremamente criativas.
  • 16:00 - 16:07
    Um deles escreveu sobre um norte-americano
    que se converteu ao islamismo
  • 16:07 - 16:12
    após viver com um grupo
    de tuaregues na Líbia.
  • 16:12 - 16:17
    Um segundo bom exemplo é
    de um aluno que escreveu
  • 16:17 - 16:23
    sobre a luta de um homem que tenta fugir
    da guerra civil de Ruanda nos anos 90.
  • 16:25 - 16:27
    O terceiro exemplo que gostaria
    de apresentar a vocês
  • 16:27 - 16:33
    é sobre um ser nascido da névoa
  • 16:33 - 16:36
    que é o último do seu tipo,
  • 16:36 - 16:41
    o único capaz de resistir diante do mal.
  • 16:42 - 16:47
    A propósito, foi escrito pelo tradutor
    que está traduzindo para vocês.
  • 16:51 - 16:54
    Então, voltando às questões:
  • 16:55 - 16:57
    como escrevo após fazer essas leituras,
  • 16:57 - 17:00
    após expandir minha mente?
  • 17:01 - 17:02
    Bem, é claro
  • 17:02 - 17:07
    que precisa começar lendo livros
    nos quais tenha interesse
  • 17:07 - 17:10
    e de autores que...
  • 17:12 - 17:14
    cujo estilo de escrita lhe atraia.
  • 17:16 - 17:19
    É assim que você começa
    a deslizar a caneta no papel.
  • 17:20 - 17:21
    Você faz um esboço,
  • 17:21 - 17:22
    depois um rascunho,
  • 17:22 - 17:25
    reorganiza, talvez, umas 100 vezes,
  • 17:25 - 17:26
    e aí está pronto.
  • 17:27 - 17:29
    A segunda questão é por que devo escrever?
  • 17:29 - 17:32
    Na verdade, você não é obrigado a escrever
  • 17:32 - 17:35
    exceto se for um dos meus alunos,
    aí você tem que escrever.
  • 17:39 - 17:42
    Contar histórias é uma arte,
  • 17:42 - 17:45
    ajuda-o a traduzir
    os pensamentos mais íntimos
  • 17:45 - 17:48
    e até a sua filosofia de vida.
  • 17:49 - 17:53
    Na verdade, é por isso
    que as pessoas apreciam a leitura.
  • 17:53 - 17:57
    Existe uma literatura
    que precisa ser transmitida,
  • 17:57 - 18:01
    coexistindo e se entrelaçando
    através de gerações.
  • 18:02 - 18:07
    Gostaria de concluir
    com uma citação de Elif Shafak,
  • 18:07 - 18:10
    o autor de "The Forty Rules of Love".
  • 18:17 - 18:18
    Certo.
  • 18:18 - 18:24
    "Conectar pessoas a terras,
    países e culturas distantes
  • 18:24 - 18:28
    não é uma das maiores virtudes
    da boa literatura?
  • 18:28 - 18:30
    Realmente é.
  • 18:30 - 18:33
    Então, permita-se pensar fora da caixa.
  • 18:34 - 18:35
    Obrigada.
  • 18:35 - 18:37
    (Aplausos)
Title:
Como a leitura afeta a criatividade e o pensamento crítico | Hana Saleh | TEDxMisurata
Description:

Hana Saleh, professora assistente de escrita criativa na Universidade de Misurata, ao analisar suas experiências prévias, explora as dificuldades que os estudantes podem ter com a escrita criativa. Ela sugere que a leitura de boas histórias de ficção oferecem-lhes uma visão de mundo capaz de expandir suas mentes.

Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais, visite http://ted.com/tedx

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
18:45

Portuguese, Brazilian subtitles

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