Quyen Nguyen: Cirurgias com código de cores
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0:00 - 0:02Quero falar-vos de
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0:02 - 0:04um dos maiores mitos na medicina,
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0:04 - 0:06que é a ideia de que
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0:06 - 0:09só precisamos de mais descobertas médicas
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0:09 - 0:12e todos os nossos problemas ficarão resolvidos.
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0:12 - 0:15A nossa sociedade adora romancear
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0:15 - 0:17a ideia do inventor único, solista,
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0:17 - 0:20que, a trabalhar no laboratório até tarde numa noite,
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0:20 - 0:23faz uma descoberta de fazer estremecer o planeta,
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0:23 - 0:27e voilà, a partir dessa noite tudo muda.
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0:27 - 0:29É uma imagem muito atractiva,
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0:29 - 0:32mas simplesmente não é verdadeira.
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0:32 - 0:35Na verdade, a medicina hoje em dia é um desporto de equipa.
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0:35 - 0:37E em muitos sentidos,
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0:37 - 0:39sempre foi.
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0:39 - 0:41Gostava de partilhar convosco uma história
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0:41 - 0:44de como vivi isto de uma forma muito dramática
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0:44 - 0:46no meu próprio trabalho.
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0:46 - 0:48Sou cirurgiã
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0:48 - 0:50e nós cirurgiões sempre tivemos
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0:50 - 0:53uma relação especial com a luz.
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0:53 - 0:57Quando faço uma incisão dentro do corpo de um doente, está escuro.
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0:57 - 1:00Precisamos de incidir luz para vermos o que estamos a fazer.
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1:00 - 1:03E é por isto que, tradicionalmente,
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1:03 - 1:05as cirurgias sempre começaram tão cedo, de madrugada --
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1:05 - 1:07para tirar partido das horas de luz.
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1:07 - 1:09E se virem representações históricas
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1:09 - 1:11de antigas salas cirúrgicas,
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1:11 - 1:14estas estavam localizadas no topo dos edifícios.
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1:14 - 1:16Por exemplo, esta é a sala cirúrgica mais antiga do mundo ocidental,
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1:16 - 1:18em Londres,
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1:18 - 1:20onde a sala cirúrgica está
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1:20 - 1:22localizada no cimo de uma igreja
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1:22 - 1:24com uma clarabóia para a luz entrar.
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1:24 - 1:26E esta é uma fotografia
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1:26 - 1:29de um dos mais famosos hospitais na América.
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1:29 - 1:31É o Massachusetts General Hospital, em Boston.
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1:31 - 1:33E sabem onde é que é a sala cirúrgica?
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1:33 - 1:35Aqui está,
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1:35 - 1:37no topo do edifício,
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1:37 - 1:40com imensas janelas para deixar entrar luz.
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1:40 - 1:42Actualmente, no bloco operatório,
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1:42 - 1:45já não precisamos de usar a luz do sol.
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1:45 - 1:48E como já não precisamos de usar a luz do sol,
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1:48 - 1:50temos luzes muito especializadas
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1:50 - 1:52que são feitas para o bloco operatório.
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1:52 - 1:54Temos a oportunidade
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1:54 - 1:56de utilizar outros tipos de luz -
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1:56 - 1:58luzes que nos permitem ver
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1:58 - 2:01aquilo que não conseguimos ver actualmente.
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2:01 - 2:03E isto é o que eu penso ser
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2:03 - 2:05a magia da fluorescência.
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2:05 - 2:07Deixem-me voltar atrás um bocadinho.
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2:07 - 2:10Quando estamos no curso de medicina,
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2:10 - 2:13aprendemos anatomia a partir de ilustrações como esta
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2:13 - 2:16em que tudo tem uma cor.
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2:16 - 2:18Os nervos são amarelos, as artérias vermelhas,
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2:18 - 2:20as veias são azuis.
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2:20 - 2:24É tão fácil que qualquer um poderia ser cirurgião, certo?
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2:24 - 2:27Contudo, quando temos um doente verdadeiro na mesa de operações,
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2:27 - 2:30esta é a mesma dissecação do pescoço -
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2:30 - 2:32não é tão fácil reconhecer as diferenças
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2:32 - 2:34entre as diferentes estruturas.
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2:34 - 2:37Temos ouvido nos últimos dias
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2:37 - 2:39como o cancro ainda é um
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2:39 - 2:41problema urgente na nossa sociedade,
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2:41 - 2:43como é uma necessidade urgente,
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2:43 - 2:45para nós, não ter
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2:45 - 2:49uma pessoa a morrer a cada minuto.
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2:49 - 2:51Bem, se o cancro for detectado cedo,
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2:51 - 2:56com antecedência suficiente para que se possa removê-lo,
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2:56 - 2:58excisado com cirurgia,
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2:58 - 3:00não me interessa se tem este ou aquele gene,
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3:00 - 3:02ou se tem esta ou aquela proteína,
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3:02 - 3:04já está no frasco.
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3:04 - 3:07Está feito, está cá fora, estão curados do cancro.
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3:07 - 3:09É assim que excisamos cancros.
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3:09 - 3:12Fazemos o nosso melhor, com base
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3:12 - 3:15no nosso treino e no aspecto do cancro, no toque,
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3:15 - 3:18e na sua relação com as outras estruturas e em toda a nossa experiência,
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3:18 - 3:21e dizemos, sabem, o cancro desapareceu.
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3:21 - 3:24Fizemos um bom trabalho. Conseguimos removê-lo.
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3:24 - 3:26Isto é o que o cirurgião diz no bloco operatório
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3:26 - 3:28quando o doente está deitado na mesa.
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3:28 - 3:31Mas na verdade não sabemos se foi todo removido.
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3:31 - 3:34Na verdade temos de recolher amostras durante a cirurgia,
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3:34 - 3:36do que ficou dentro do doente
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3:36 - 3:40e enviar essas amostras para o laboratório de patologia.
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3:40 - 3:42Entretanto, o doente continua deitado na mesa de cirurgia.
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3:42 - 3:44As enfermeiras, o anestesiologista, o cirurgião,
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3:44 - 3:46todos os assistentes estão por ali à espera.
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3:46 - 3:48E esperamos.
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3:48 - 3:50O patologista recebe a amostra,
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3:50 - 3:53congela-a, corta-a, vê no microscópio uma por uma
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3:53 - 3:55e depois liga de volta para o bloco.
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3:55 - 3:57E isto pode ser 20 minutos depois, por amostra.
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3:57 - 3:59Por isso se enviarmos três espécimes,
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3:59 - 4:01é uma hora depois.
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4:01 - 4:03E geralmente o que eles dizem é
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4:03 - 4:06"Sabes, os pontos A e B estão bem,
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4:06 - 4:08mas no ponto C ainda há algum cancro residual.
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4:08 - 4:11Por favor corta também esse bocado."
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4:11 - 4:14Por isso voltamos e fazemo-lo outra e outra vez.
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4:14 - 4:16E todo este processo:
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4:16 - 4:18"Ok, podem terminar.
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4:18 - 4:20Achamos que todo o tumor foi removido."
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4:20 - 4:23Mas muitas vezes, vários dias depois,
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4:23 - 4:25o doente já foi para casa,
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4:25 - 4:27e recebemos um telefonema:
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4:27 - 4:29"Desculpem,
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4:29 - 4:31quando olhámos para a patologia final,
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4:31 - 4:33quando olhámos para a última amostra,
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4:33 - 4:36na verdade descobrimos que há alguns outros pontos
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4:36 - 4:39em que as margens são positivas.
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4:39 - 4:42Ainda há cancro no vosso doente."
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4:42 - 4:45E agora temos de enfrentar o doente e dizer-lhe que, primeiro,
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4:45 - 4:47pode ter de precisar de outra cirurgia,
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4:47 - 4:49ou eventualmente terapia adicional,
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4:49 - 4:53como radioterapia ou quimioterapia.
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4:53 - 4:55Portanto, não seria melhor
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4:55 - 4:57se conseguíssemos realmente dizer,
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4:57 - 5:00se o cirurgião conseguisse mesmo dizer
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5:00 - 5:03se ainda há ou não cancro no campo cirúrgico?
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5:03 - 5:06O que eu quero dizer é que, num certo sentido,
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5:06 - 5:10ainda estamos a operar às escuras.
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5:10 - 5:13Então em 2004, enquanto interna em cirurgia,
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5:13 - 5:15tive a grande sorte
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5:15 - 5:18de conhecer o Dr. Roger Tsien,
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5:18 - 5:21que acabou por ganhar o Prémio Nobel da Química
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5:21 - 5:23em 2008.
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5:23 - 5:25O Roger e a sua equipa
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5:25 - 5:28estavam a trabalhar numa maneira de detectar cancros,
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5:28 - 5:30e tinham uma molécula muito esperta
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5:30 - 5:32que eles próprios tinham desenhado.
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5:32 - 5:34A molécula que eles desenvolveram
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5:34 - 5:36tinha três partes.
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5:36 - 5:39A principal é a parte azul, policatiónica,
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5:39 - 5:41e basicamente é muito adesiva
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5:41 - 5:43a qualquer tecido do nosso corpo.
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5:43 - 5:45Imaginem que fazem uma solução
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5:45 - 5:47cheia deste material adesivo
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5:47 - 5:49e que a injectam nas veias de alguém que tem cancro,
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5:49 - 5:51vai ficar tudo iluminado.
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5:51 - 5:53Não será nada específico.
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5:53 - 5:55Não há aqui nenhuma especificidade.
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5:55 - 5:57Por isso eles adicionaram dois componentes extras.
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5:57 - 6:00O primeiro é um segmento polianiónico,
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6:00 - 6:02que basicamente actua como um lado não-adesivo,
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6:02 - 6:04como a parte de trás de um autocolante.
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6:04 - 6:07Por isso quando as duas estão juntas, a molécula é neutra
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6:07 - 6:09e nada fica agarrado a ela.
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6:09 - 6:12E as duas peças são depois ligadas
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6:12 - 6:15por algo que só pode ser cortado
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6:15 - 6:17se tiverem a tesoura molecular certa -
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6:17 - 6:19por exemplo, o tipo de enzimas proteolíticas
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6:19 - 6:21que os tumores produzem.
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6:21 - 6:23Assim, nesta situação aqui,
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6:23 - 6:27se fizerem uma solução cheia desta molécula com as três partes
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6:27 - 6:29juntamente com um corante, que está a verde,
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6:29 - 6:32e a injectarem numa veia
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6:32 - 6:34de alguém que tenha cancro
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6:34 - 6:36os tecidos normais não a conseguem cortar.
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6:36 - 6:39As moléculas atravessam-no e são depois excretadas.
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6:39 - 6:41Contudo, na presença de um tumor,
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6:41 - 6:43temos agora as tesouras moleculares
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6:43 - 6:45que conseguem clivar esta molécula
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6:45 - 6:47mesmo ali no local de clivagem.
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6:47 - 6:49E agora, boom,
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6:49 - 6:51o tumor marca-se a si próprio
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6:51 - 6:53e torna-se fluorescente.
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6:53 - 6:56Aqui está o exemplo de um nervo
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6:56 - 6:58que tem um tumor a circundá-lo.
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6:58 - 7:00Conseguem dizer onde é que está o tumor?
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7:00 - 7:03Eu não conseguia, quando estava a trabalhar nele.
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7:03 - 7:05Mas aqui está ele. Fluorescente.
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7:05 - 7:07Agora está verde!
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7:07 - 7:10Vêem, agora cada um de vocês na audiência
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7:10 - 7:13consegue dizer onde é que o cancro está.
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7:13 - 7:16Conseguimos dizer, no bloco operatório, no campo cirúrgico,
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7:16 - 7:18a um nível molecular,
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7:18 - 7:20onde é que o cancro está, o que o cirurgião precisa de fazer
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7:20 - 7:22e quão mais trabalho é necessário
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7:22 - 7:25para o remover.
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7:25 - 7:27E o que é fantástico na fluorescência
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7:27 - 7:30não é só o ser brilhante
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7:30 - 7:33mas conseguir brilhar através dos tecidos.
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7:33 - 7:36A luz que a fluorescência emite
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7:36 - 7:38consegue atravessar um tecido.
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7:38 - 7:41E por isso, mesmo que o tumor não esteja logo à superfície
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7:41 - 7:44conseguimos vê-lo na mesma.
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7:44 - 7:46Neste filme, podem ver
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7:46 - 7:49que o tumor é verde.
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7:49 - 7:52E há tecido muscular normal por cima dele. Vêem?
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7:52 - 7:54E eu estou a retirar o músculo para o lado.
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7:54 - 7:56Mas mesmo antes de eu desviar o músculo,
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7:56 - 7:59viram que havia um tumor por baixo.
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7:59 - 8:02E esta é a beleza de ter um tumor que
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8:02 - 8:05está marcado com moléculas fluorescentes.
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8:05 - 8:07De poderem ver não só as margens
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8:07 - 8:09mesmo ali a um nível molecular,
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8:09 - 8:12mas poderem vê-lo, mesmo que não esteja à superfície -
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8:12 - 8:15mesmo que esteja para lá do vosso campo de visão.
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8:15 - 8:18E isto também se aplica a nódulos linfáticos com metástases.
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8:18 - 8:20A dissecção do nódulo linfático sentinela
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8:20 - 8:24mudou verdadeiramente a maneira como tratamos o cancro da mama, o melanoma.
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8:24 - 8:26As mulheres costumavam sujeitar-se a
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8:26 - 8:28cirurgias muitíssimo debilitantes
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8:28 - 8:31para remover todos os nódulos linfáticos axilares.
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8:31 - 8:34Mas desde que o nódulo sentinela
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8:34 - 8:37entrou no nosso protocolo de tratamento,
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8:37 - 8:40o cirurgião basicamente procura só por esse nódulo,
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8:40 - 8:43que é o primeiro nódulo linfático drenante do cancro.
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8:43 - 8:46E depois se esse nódulo tiver cancro,
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8:46 - 8:48a mulher é submetida então
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8:48 - 8:50à dissecção dos nódulos linfáticos axilares.
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8:50 - 8:52O que isto significa é que
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8:52 - 8:55se o nódulo sentinela não tiver cancro,
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8:55 - 8:57a mulher é poupada
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8:57 - 8:59a uma cirurgia desnecessária.
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8:59 - 9:02Mas o nódulo sentinela, da forma que o usamos hoje,
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9:02 - 9:04é assim como ter um mapa das estradas
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9:04 - 9:06só para sabermos para onde ir.
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9:06 - 9:08Se estiverem a conduzir na auto-estrada
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9:08 - 9:10e quiserem saber onde é a próxima bomba de gasolina,
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9:10 - 9:13têm um mapa que vos diz que a bomba é lá mais à frente.
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9:13 - 9:15Mas não vos diz se
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9:15 - 9:17a bomba tem gasolina.
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9:17 - 9:20Têm de o remover, trazê-lo para casa,
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9:20 - 9:22cortá-lo, olhar lá para dentro
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9:22 - 9:24e dizer: "Ah sim, tem gasolina."
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9:24 - 9:26E isso demora mais tempo.
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9:26 - 9:28Os doentes ainda estão na mesa do bloco operatório.
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9:28 - 9:30Os anestesiologistas, os cirurgiões estão por ali à espera.
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9:30 - 9:32Demora tempo.
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9:32 - 9:35Mas com a nossa tecnologia, podemos dizê-lo imediatamente.
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9:35 - 9:38Vêem ali uma série de pequenos inchaços arredondados.
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9:38 - 9:41Alguns deles são nódulos linfáticos inchados
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9:41 - 9:43que parecem um bocadinho maiores do que os outros.
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9:43 - 9:46Quem é que nunca teve uns nódulos inchados durante uma constipação?
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9:46 - 9:48Isso não significa que tenham cancro lá dentro.
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9:48 - 9:50Bom, com a nossa tecnologia
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9:50 - 9:53o cirurgião é capaz de dizer imediatamente
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9:53 - 9:55quais os nódulos que têm cancro.
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9:55 - 9:57Não vou aprofundar muito isto,
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9:57 - 9:59mas a nossa tecnologia, para além de permitir
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9:59 - 10:03marcar um tumor e nódulos linfáticos metastáticos com fluorescência,
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10:03 - 10:07também permite usar a mesma molécula das três partes
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10:07 - 10:10para marcar gadolínio no sistema
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10:10 - 10:12e assim podemos fazê-lo com um método não-invasivo.
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10:12 - 10:14O doente tem cancro,
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10:14 - 10:16nós queremos saber se os nódulos linfáticos têm cancro
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10:16 - 10:18ainda antes de entrarem [para a cirurgia].
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10:18 - 10:21Assim podemos ver isso numa ressonância magnética.
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10:21 - 10:23Durante uma cirurgia,
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10:23 - 10:26é importante saber o que remover.
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10:26 - 10:28Mas igualmente importante
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10:28 - 10:31é preservar coisas que
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10:31 - 10:34são importantes para que tudo funcione.
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10:34 - 10:37Por isso é muito importante evitar lesões inadvertidas.
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10:37 - 10:39E do que eu estou a falar
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10:39 - 10:41é de nervos.
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10:41 - 10:43Os nervos, se lesados,
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10:43 - 10:45podem provocar paralisias,
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10:45 - 10:48podem provocar dor.
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10:48 - 10:50No contexto do cancro da próstata,
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10:50 - 10:52até 60% dos homens
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10:52 - 10:54depois da cirurgia ao cancro
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10:54 - 10:56podem ter incontinência urinária
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10:56 - 10:58e disfunção eréctil.
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10:58 - 11:01O que é muita gente a ter muitos problemas -
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11:01 - 11:03e isto é idêntico para
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11:03 - 11:05a designada "cirurgia conservadora dos nervos",
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11:05 - 11:09o que significa que o cirurgião está ciente do problema,
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11:09 - 11:11e tenta poupar os nervos.
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11:11 - 11:14Mas sabem, estes pequenos nervos são tão pequenos,
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11:14 - 11:17no contexto do cancro da próstata,
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11:17 - 11:19que na verdade nunca são vistos.
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11:19 - 11:21São localizados
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11:21 - 11:23apenas através do seu trajecto anatómico conhecido
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11:23 - 11:25ao longo dos vasos sanguíneos.
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11:25 - 11:29E são conhecidos porque alguém decidiu estudá-los,
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11:29 - 11:31o que significa que ainda estamos a aprender
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11:31 - 11:33onde é que eles estão.
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11:33 - 11:36É uma loucura pensar que estamos a fazer uma cirurgia,
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11:36 - 11:39a tentar remover um cancro, e não sabermos onde é que o cancro está.
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11:39 - 11:42Tentamos preservar os nervos; e não conseguimos ver onde estão.
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11:42 - 11:44Por isso eu disse, não seria fantástico
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11:44 - 11:46se encontrássemos uma maneira
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11:46 - 11:49de ver os nervos com fluorescência?
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11:49 - 11:53E primeiro, isto não teve grande apoio.
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11:53 - 11:55As pessoas diziam: "Temo-lo feito desta maneira todos estes anos,
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11:55 - 11:57Qual é o problema?
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11:57 - 12:00Não temos tido assim tantas complicações."
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12:00 - 12:02Mas eu segui em frente na mesma.
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12:02 - 12:04E o Roger ajudou-me.
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12:04 - 12:07E trouxe toda a sua equipa consigo.
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12:07 - 12:11E aqui está o trabalho de equipa outra vez.
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12:11 - 12:14E acabámos por descobrir moléculas
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12:14 - 12:16que marcavam especificamente os nervos.
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12:16 - 12:18E quando fizemos uma solução com elas
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12:18 - 12:20marcadas com fluorescência
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12:20 - 12:23e a injectámos no corpo de um ratinho,
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12:23 - 12:25os nervos deles literalmente brilharam.
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12:25 - 12:27Conseguem ver onde eles estão.
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12:27 - 12:31Aqui estão a ver o nervo ciático de um ratinho,
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12:31 - 12:34e conseguem ver que aquele bocado grande e gordo é fácil de identificar.
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12:34 - 12:37Mas na verdade, na ponta daquilo que eu estou a tentar dissecar agora,
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12:37 - 12:40há umas ramificações muito finas
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12:40 - 12:42que não se conseguem mesmo ver.
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12:42 - 12:46Vêem o que parecem ser pequenas cabeças da Medusa a sair.
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12:46 - 12:48Temos sido capazes de ver os nervos
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12:48 - 12:51das expressões faciais, do movimento fácil, da respiração -
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12:51 - 12:53qualquer que seja o nervo -
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12:53 - 12:56nervos da função urinária que rodeiam a próstata.
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12:56 - 12:59Temos sido capazes de ver todo e cada um dos nervos.
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12:59 - 13:03Quando misturamos as duas sondas...
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13:03 - 13:05Aqui está um tumor.
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13:05 - 13:08Sabem onde é que estão as margens deste tumor?
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13:08 - 13:11Agora sabem.
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13:11 - 13:14Então e o nervo que vai para o interior deste tumor?
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13:14 - 13:16Aquela região branca ali é fácil de ver.
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13:16 - 13:18Mas então e a região que vai para dentro do tumor?
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13:18 - 13:20Sabem para onde vai?
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13:20 - 13:22Agora sabem.
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13:22 - 13:24No fundo, descobrimos uma maneira
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13:24 - 13:26de corar tecidos
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13:26 - 13:28e colorir o campo cirúrgico.
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13:28 - 13:31Isto foi uma espécie de descoberta importante.
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13:31 - 13:35Eu acho que vai mudar a forma como fazemos cirurgia.
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13:35 - 13:37Publicámos os nossos resultados
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13:37 - 13:39na PNAS [revista científica da Academia Nacional de Ciências dos EUA]
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13:39 - 13:41e na Nature - Biotecnologia.
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13:41 - 13:44Fizeram-nos um comentário na Discover Magazine,
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13:44 - 13:46e (no) The Economist.
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13:46 - 13:49E mostrámo-los a imensos colegas meus, cirurgiões.
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13:49 - 13:51Eles disseram: "Uau!
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13:51 - 13:53Tenho doentes
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13:53 - 13:55que beneficiariam disto.
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13:55 - 13:57Acho que isto vai resultar em cirurgias
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13:57 - 13:59com melhores resultados
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13:59 - 14:02e menos complicações."
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14:02 - 14:04O que é preciso que aconteça agora
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14:04 - 14:07é um desenvolvimento adicional da nossa tecnologia
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14:07 - 14:09juntamente com o desenvolvimento
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14:09 - 14:11dos instrumentos
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14:11 - 14:13que nos permitem ver
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14:13 - 14:16este tipo de fluorescência no bloco operatório.
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14:16 - 14:18O objectivo final
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14:18 - 14:21é levar isto até aos doentes.
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14:21 - 14:24No entanto, descobrimos
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14:24 - 14:26que na verdade não há um mecanismo simples e directo
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14:26 - 14:28de desenvolver uma molécula
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14:28 - 14:30de utilização única.
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14:30 - 14:33Compreensivelmente, a maioria da indústria médica
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14:33 - 14:37está concentrada em fármacos de usos múltiplos
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14:37 - 14:40como medicações diárias de longo prazo.
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14:40 - 14:43Nós estamos concentrados em tornar esta tecnologia melhor.
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14:43 - 14:46Estamos concentrados em adicionar fármacos,
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14:46 - 14:48adicionar factores de crescimento,
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14:48 - 14:50matar nervos que estejam a causar problemas
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14:50 - 14:53e não o tecido envolvente.
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14:53 - 14:57Sabemos que isto pode ser feito e estamos comprometidos a fazê-lo.
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14:57 - 15:01Gostaria de vos deixar com esta reflexão final.
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15:01 - 15:03A inovação de sucesso
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15:03 - 15:06não é uma única descoberta.
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15:06 - 15:09Não é uma corrida.
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15:09 - 15:13Não é um evento para o corredor a solo.
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15:13 - 15:15A inovação de sucesso
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15:15 - 15:18é um desporto de equipa, é uma estafeta.
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15:18 - 15:22É necessário uma equipa para a descoberta
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15:22 - 15:24e outra equipa
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15:24 - 15:26para que a descoberta seja aceite e adoptada.
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15:26 - 15:29E isto requer a coragem constante e duradoura
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15:29 - 15:31da luta diária
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15:31 - 15:34para educar, para convencer
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15:34 - 15:37e para ganhar aceitação.
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15:37 - 15:39E é esta a luz que eu quero que brilhe
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15:39 - 15:41na saúde e na medicina de hoje.
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15:41 - 15:43Muito obrigado.
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15:43 - 15:47(Aplausos)
- Title:
- Quyen Nguyen: Cirurgias com código de cores
- Speaker:
- Quyen Nguyen
- Description:
-
Os cirurgiões são ensinados por livros que, convenientemente, mostram os tecidos com códigos de cores, mas não é assim na vida real - até agora. Numa TEDMED, Quyen Nguyen mostra-nos como um marcador molecular consegue fazer tumores brilhar numa cor verde néon, ajudando os cirurgiões a cortar no sítio certo.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 15:48