John Berman e o que está em jogo na investigação de 6 de Janeiro

John Berman, da CNN, expõe o que está em jogo na investigação da Câmara sobre os eventos do tumulto de 6 de janeiro no Capitólio.

#CNN #News

Nossos legisladores Democratas investigam
a primeira tentativa de golpe

que este país já viu, levando uma faca
de manteiga a uma guerra armada?

Ou será que eles, assim como sinalizaram
essa noite,

realmente resistirão aos que ficam entre
eles e a verdade?

Além disso, o Presidente Biden acabou de
levar um morteiro para a batalha?

John Berman aqui, no lugar de Anderson.

Uma série de novas informações
trazidas a você

das duas extremidades da
Avenida Pensilvânia.

Todas elas abordam o seguinte:

se aqueles que tentaram minar a própria
democracia serão responsabilizados.

Porque, como um observador político
tweetou hoje,

"Um golpe impune é um exercício de
treinamento."

Essas são as apostas enquanto o
comitê tenta aplicar intimações

a quatro ex-ajudantes e aliados de Trump.

A partir desta noite, apenas dois deles,

o ex Chefe de Gabinete da
Casa Branca, Mark Meadows

e o ex oficial do Pentágono, Kash Patel,
estão se quer envolvendo-se no processo

após o fim do prazo da meia-noite para a
produção dos documentos.

E essa é a palavra do comitê, a propósito:
"envolvendo-se".

O que pode significar qualquer coisa,
e está muito longe de cooperar.

Dan Scavino, não está claro se ele
respondeu de alguma forma,

ou mesmo se foi intimado. No entanto, ele
nem mesmo mencionou a declaração conjunta

do presidente do comitê, Benny Thompson
e da vice-presidente, Liz Cheney.

Quanto a Steve Bannon, ele está desafiando
o comitê.

Seu advogado, citando o privilégio
executivo do ex-presidente,

que é uma reivindicação bastante curiosa
a se fazer,

visto que Bannon não trabalha
na Casa Branca desde 2017.

E para esclarecer, 6 de Janeiro de 2021
não foi em 2017.

Bannon está agindo sob as ordens
do ex-presidente.

Ontem à noite, um advogado de Trump disse
aos quatro para não cooperarem.

Como vocês sabem,
o ex-presidente deixou claro que não vê

o 6 de Janeiro como algo relevante,
disse essa semana que

a verdadeira rebelião foi no dia das
eleições.

E noite passada, na Fox,
ele deixou claro seu desprezo

àqueles que tentaram
o responsabilizar e falharam.

"Eles tiveram falsos impeachments,
dois falsos impeachments,

onde os Republicanos foram ótimos,
preciso dizer, eles ficaram conosco.

Toda a coisa foi falsa, e eu precisava
sobreviver. E para sobreviver,

você precisa ser forte.
Você precisa estar lá fora.

Você não tem tempo para ser
necessariamente gentil e legal."

'Gentil e legal', ou como costumam ser
chamados:

seguir as regras, obedecer à lei,
esse tipo de coisa.

Diante desse tipo de atitude,

a Casa Branca de Biden
quebrou uma tradição hoje,

dizendo que o presidente não iria
recorrer ao privilégio executivo

sobre os documentos de Trump
procurados nos Arquivos Nacionais

pelo comitê selecionado.

Em outras palavras,
Biden permitiria a liberação.

Então agora há um conflito,
porque soubemos esta tarde

que o ex-presidente enviou uma carta aos
Arquivos afirmando o privilégio e

ameaçando "tomar todas as
medidas necessárias e apropriadas para

proteger o cargo de presidente."

E o Presidente Biden?

Veja como sua secretária de imprensa
se manifestou:

"A administração leva os eventos
de 6 de Janeiro muito a sério,

como o próprio presidente disse em
seu aniversário de seis meses.

Aquele dia revelou uma crise existencial
e um teste para constatar

se a nossa democracia pode sobreviver.

'Se a nossa democracia pode sobreviver.'

Isso é realmente algo a ser ouvido
de qualquer um,

ainda mais se é alguém
que fala pelo presidente.

E é também onde nós estamos nesta noite.