Panorama da COVID-19 no Brasil | Pedro Hallal | TEDxLaçador
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0:05 - 0:09Ana Goelzer: A COVID-19
vai se transformar numa gripe, -
0:09 - 0:13e a gente vai precisar
tomar vacina todos os anos? -
0:13 - 0:14Pedro Hallal: Olha,
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0:14 - 0:17a gente não tem como responder
essa pergunta definitivamente, ainda, -
0:17 - 0:21porque ainda não se tem
a informação definitiva -
0:21 - 0:24de quanto tempo dura
a imunidade contra ela. -
0:24 - 0:28Nem a imunidade natural,
através das pessoas que se infectaram, -
0:28 - 0:33nem a imunidade decorrente
das vacinas que vão ser aplicadas. -
0:33 - 0:38Então, partindo do pressuposto
que a imunidade dure meses, -
0:38 - 0:42sim, teremos que tomar vacina
contra COVID todos os anos. -
0:42 - 0:47Se partirmos do pressuposto
que a imunidade dura mais, dura anos, -
0:47 - 0:50talvez não tenhamos
que tomar vacina todos os anos. -
0:50 - 0:53Ou seja: ainda é cedo pra saber,
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0:53 - 0:57mas o que muito provavelmente se confirme
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0:57 - 1:03é que o problema só estará resolvido
quando tivermos a vacina. -
1:03 - 1:08AG: E falando na vacina
e nessa questão da reinfecção, -
1:08 - 1:15falar nessa imunização de rebanho,
isso não é real, né? -
1:15 - 1:18PH: Esse conceito da imunidade de rebanho
é um conceito que existe, -
1:18 - 1:21é um conceito da epidemiologia.
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1:21 - 1:26Basicamente, quando tu estás lidando
com uma doença que não é nada grave, -
1:26 - 1:30tu podes deixar que aconteça
a imunidade de rebanho, -
1:30 - 1:34ou seja, deixa as pessoas se infectarem,
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1:34 - 1:37quase ninguém vai ter nenhum problema
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1:37 - 1:40e aí tu acabas com o risco de contágio
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1:40 - 1:43porque todo mundo
em quem a doença tenta chegar -
1:43 - 1:45já tem anticorpos.
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1:45 - 1:50O problema é que o coronavírus mata
1% das pessoas que ele infecta. -
1:50 - 1:53Então, se a gente mirar
a imunidade de rebanho -
1:53 - 1:55como política de saúde,
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1:55 - 1:59a gente teria que aceitar que ele vai
matar quase 1 milhão de brasileiros, -
1:59 - 2:01e aí é óbvio que ninguém
acha isso razoável. -
2:01 - 2:05Então a imunidade de rebanho
é um conceito que existe, -
2:05 - 2:08que pode ser adequado,
mas não no caso do coronavírus. -
2:08 - 2:12O exemplo que eu mais gosto
de dar é o da Espanha. -
2:12 - 2:17Na Espanha, os números estão diminuindo
dia a dia, já faz muito tempo, -
2:17 - 2:21e a estimativa é que 5% da população
tenha sido infectada. -
2:21 - 2:24Ou seja, é possível que os números baixem,
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2:24 - 2:27mesmo com um percentual bem baixo
da população infectada. -
2:27 - 2:30Essa que deve ser
a prioridade no Brasil também. -
2:30 - 2:33AG: Mas, e pra gente baixar esses números,
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2:33 - 2:35o que a gente tem que fazer?
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2:35 - 2:39Porque eu fico vendo no jornal,
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2:39 - 2:42e isso muda diariamente,
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2:42 - 2:46mas tem muitos estados
que estão com os números elevados. -
2:46 - 2:50Um dia, era a maioria;
outro dia, nem tanto; -
2:50 - 2:52daqui a pouco volta.
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2:52 - 2:54Mas, se a gente levar em consideração
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2:54 - 2:59que muitas pessoas acabam morando
numa cidade e indo trabalhar em outra, -
2:59 - 3:02ou mesmo em outro estado,
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3:02 - 3:07não seria prudente
um lockdown em todo o país, -
3:07 - 3:09ou isso é uma coisa fora de questão?
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3:09 - 3:12PH: A gente tem que aprender
com os lugares em que deu certo. -
3:12 - 3:18Por exemplo, a Europa, em geral, não foi
um exemplo bom de combate ao coronavírus. -
3:18 - 3:21Mas, neste quesito, eles foram bem.
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3:21 - 3:24Quando o coronavírus estava bombando lá,
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3:24 - 3:25eles fecharam tudo.
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3:25 - 3:26E aí, fechando tudo,
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3:26 - 3:30o vírus parou de circular,
e os números começaram a cair. -
3:30 - 3:33As duas estratégias mais efetivas
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3:33 - 3:36que nós temos notícia
no mundo, até agora, são: -
3:36 - 3:39testagem em massa
com rastreamento de contatos. -
3:39 - 3:42Isso foi feito em alguns lugares da Ásia
e em poucos lugares da Europa. -
3:42 - 3:43Brasil não fez.
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3:43 - 3:46Segundo: quando a doença
está bombando, lockdown. -
3:46 - 3:48Brasil também não fez,
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3:48 - 3:50por isso que nossos números
não estão baixando. -
3:50 - 3:52AG: E a que tu atribui isso?
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3:52 - 3:56Porque eu vejo que tem
muita pressão de muitos lados, -
3:56 - 3:59tem muita desinformação,
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3:59 - 4:06mas por que te parece que é tão difícil
de alguns setores entenderem -
4:06 - 4:08que é necessário parar
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4:08 - 4:11pra que as coisas melhorem
pra todo mundo? -
4:11 - 4:15PH: Se colocou no Brasil, uma...
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4:15 - 4:19como tudo, aliás, que acontece
no país atualmente, infelizmente, -
4:19 - 4:23se colocou uma situação
que polarizou a discussão. -
4:23 - 4:27Então o pessoal que se diz
defensores da economia -
4:27 - 4:30defendem que tudo fique aberto
e reabra, reabra, reabra; -
4:30 - 4:35e os defensores da saúde defendem
que tudo fique fechado, fechado, fechado. -
4:35 - 4:39Só que, na prática,
essa dicotomia não é verdadeira. -
4:39 - 4:42Hoje, no Rio Grande do Sul,
eu não tenho nenhuma dúvida. -
4:42 - 4:44Se a gente fizer um lockdown
rigoroso no estado hoje, -
4:44 - 4:48fechar fronteira, fechar as portas e tal,
-
4:48 - 4:52a gente retoma inclusive
a atividade econômica mais rápido. -
4:52 - 4:55O problema é que a gente fica
nesse lockdown meia-boca -
4:55 - 4:56ou nesse distanciamento meia-boca,
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4:56 - 5:01e aí tanto a economia
quanto a saúde pública pagam mais caro. -
5:01 - 5:03Então, vamos lá, segundo ponto:
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5:03 - 5:07essa politização absurda
que o país enfrenta [leva à] polarização. -
5:07 - 5:10Então é óbvio que um país
em que, no começo da epidemia, -
5:10 - 5:13o presidente dizia que era uma gripezinha,
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5:13 - 5:19outras pessoas diziam que ia matar
1 milhão de pessoas e tal, -
5:19 - 5:22ficou nessa discussão,
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5:22 - 5:25e aí ficou com essas cortinas de fumaça
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5:25 - 5:27em vez de enfrentar o assunto.
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5:27 - 5:28Por exemplo,
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5:28 - 5:32política de testagem em massa é algo
que a gente sabe desde março que funciona. -
5:32 - 5:34E o Brasil não fez em nenhum momento.
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5:34 - 5:38AG: Mas e se a gente continuar
exatamente com o que está fazendo, -
5:38 - 5:43essa questão meia-boca
que tu disse de distanciamento -
5:43 - 5:48e não focando os problemas reais
que isso está nos trazendo, -
5:48 - 5:53tu consegue prever o que vai acontecer
com a gente nos próximos meses? -
5:53 - 5:56PH: Vamos olhar pros casos
concretos que a gente tem. -
5:56 - 5:58Então é assim: a maioria
dos casos da Europa, -
5:58 - 6:02que são os lugares que fizeram
lockdown rigoroso, -
6:02 - 6:05não está tendo segunda onda forte.
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6:05 - 6:06A Itália;
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6:06 - 6:08não está tendo segunda onda
forte na França; -
6:08 - 6:11não está tendo segunda onda
forte na Espanha, -
6:11 - 6:13exceto por um surto em Barcelona.
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6:13 - 6:14A própria China.
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6:14 - 6:19Agora, surgiu uma segunda onda,
umas semanas atrás, mas já controlaram. -
6:19 - 6:23Então a verdade é que os lugares
que fizeram lockdown rigoroso -
6:23 - 6:26conseguiram abrir e está dando certo.
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6:26 - 6:29Então, essa é a primeira coisa.
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6:29 - 6:31Se tu olhar no Brasil,
-
6:31 - 6:34alguns lugares já estão
realmente diminuindo, -
6:34 - 6:35e Manaus é um bom exemplo.
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6:35 - 6:40Manaus é um lugar onde está diminuindo
sensivelmente os números. -
6:40 - 6:43Se o Brasil continuar fazendo
essa política de distanciamento meia-boca, -
6:43 - 6:46o que vai acontecer é que os números
só vão começar a cair -
6:46 - 6:49quando chegar a um estágio
que nem aquele de Manaus: -
6:49 - 6:55caótico, tudo lotado, cemitério bombando,
-
6:55 - 6:56hospitais bombando.
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6:56 - 7:00Claro, vai chegar uma época que vai
diminuir, como aconteceu em Manaus; -
7:00 - 7:03porque a epidemia não consegue
durar tantas semanas assim, -
7:03 - 7:10porque a epidemia não consegue seguir
contaminando por tempo indeterminado. -
7:10 - 7:12Agora,
-
7:12 - 7:18existiriam maneiras mais fáceis,
mais seguras e com menos custo -
7:18 - 7:22e com menos vidas sendo perdidas,
de resolver o problema. -
7:22 - 7:25Infelizmente não foi a nossa escolha.
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7:27 - 7:30AG: Então, realmente, a gente
tem que fazer alguma coisa, -
7:30 - 7:32porque o preço é muito alto.
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7:32 - 7:34PH: Não, o preço...
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7:36 - 7:37Desculpa Ana.
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7:37 - 7:40Eu gosto de fazer uma analogia
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7:40 - 7:44que eu acho que não é exatamente correta;
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7:44 - 7:48matematicamente até é,
mas epidemiologicamente não é. -
7:48 - 7:52Mas é uma forma de as pessoas
se darem conta do que eu estou falando. -
7:52 - 7:55A gente hoje tem...
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7:55 - 7:57O quê? Nós temos hoje quase 80 mil mortes?
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7:58 - 7:59Setenta e nove mil, né?
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7:59 - 8:01AG: Sim.
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8:02 - 8:04PH: Então temos 80 mil mortes no Brasil.
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8:04 - 8:06Pela nossa pesquisa, na última fase,
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8:06 - 8:09tinha quase 4% da população infectada.
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8:09 - 8:12Vamos dizer que agora aumentou pra 6%.
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8:13 - 8:17Se, com 6% da população infectada,
tem 80 mil mortes, -
8:17 - 8:21se a gente for mirar
uma imunidade de rebanho de 60%, -
8:21 - 8:25a gene vai ter 800 mil [mortes].
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8:25 - 8:27Se a gente disser assim:
-
8:27 - 8:31"Ah, não, mas a imunidade de rebanho
dessa doença não precisa chegar em 60%. -
8:31 - 8:34Se chegar em 40%, já começa a baixar".
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8:34 - 8:37Tá, então nós vamos ter 400 mil mortes.
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8:37 - 8:41A questão é: nós achamos isso razoável?
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8:41 - 8:43Não, então não dá pra pensar
-
8:43 - 8:46que a imunidade de rebanho
vai resolver o problema. -
8:46 - 8:48A única forma de resolver nosso problema
-
8:48 - 8:50é com distanciamento social
rigoroso e com lockdown. -
8:50 - 8:53E aí, infelizmente,
eu não vejo clima, neste momento, -
8:53 - 8:57porque as pessoas não entendem
que o lockdown é tão necessário assim; -
8:57 - 8:59infelizmente.
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8:59 - 9:01Até estou feliz, porque ouvi falar
-
9:01 - 9:05que Porto Alegre está pensando
em fazer um lockdown rigoroso, sério. -
9:05 - 9:07Tomara, porque vai ser um exemplo
-
9:07 - 9:10que talvez depois seja seguido
por outros lugares do país. -
9:10 - 9:14AG: Outra coisa que eu vejo
muita gente comentando é que... -
9:14 - 9:20Quase toda semana alguém diz
que os próximos 15 dias vão ser... -
9:20 - 9:21PH: Cruciais.
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9:21 - 9:23AG: É.
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9:23 - 9:28Como isso funciona, pras pessoas
entenderem realmente o que isso significa? -
9:29 - 9:31PH: Primeiro dizer que, numa pandemia,
-
9:31 - 9:35tudo que é momento é importante.
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9:35 - 9:39Nós estamos numa pandemia, então
as próximas duas semanas são importantes, -
9:39 - 9:41depois as outras duas
também são importantes. -
9:41 - 9:45Então o pessoal fica tentando
botar esses "timings". -
9:45 - 9:47A ideia é fazer com que as pessoas
-
9:47 - 9:49se preocupem com seriedade
sobre o assunto. -
9:49 - 9:54Mas, sinceramente, numa pandemia,
todos os momentos são importantes. -
9:54 - 9:56O que aconteceu aqui no Rio Grande do Sul?
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9:56 - 9:58Vamos trazer pra nossa casa, aqui.
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9:58 - 10:02Lá em março, abril,
estava muito no começo. -
10:02 - 10:07Nosso estudo mostrando sempre
que a pandemia estava muito no começo. -
10:07 - 10:12A gente fazia pesquisa, dava 2 infectados
em 4 mil e poucas pessoas, depois dava 6. -
10:12 - 10:14Muito pouca gente infectada,
pra falar a verdade, -
10:14 - 10:17comparado com o resto do Brasil.
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10:17 - 10:18E os números estavam bem.
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10:18 - 10:23A gente dizia: "Olha, a gente
não pode cair no erro -
10:23 - 10:25de entender que os números estão bons,
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10:25 - 10:27então a gente tem que reabrir tudo".
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10:27 - 10:29E a gente caiu nesse erro.
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10:29 - 10:31Então, se os números
estão aumentando de novo, -
10:31 - 10:33é porque a gente reabriu antes da hora.
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10:33 - 10:38Se tivéssemos conseguido
segurar de verdade, -
10:38 - 10:41talvez hoje estivéssemos já
com a curva na descendente. -
10:41 - 10:42Mas não conseguimos.
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10:42 - 10:44Não houve essa capacidade do estado.
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10:44 - 10:45Então é isso.
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10:45 - 10:48Não tem fórmula mágica
nesse troço do coronavírus. -
10:48 - 10:51Se a gente olhar
o que os outros países fizeram, -
10:51 - 10:55só tem duas coisas
que deram certo até agora. -
10:55 - 10:58Testagem em massa em busca de contatos
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10:58 - 11:02e distanciamento social rigoroso,
com lockdown na pior hora da pandemia. -
11:02 - 11:05Não teve mais nada
que alguém fez que foi milagroso. -
11:05 - 11:07No começo, não sei
se tu vai te lembrar, o pessoal falava: -
11:07 - 11:11"Ah, nos países onde a BCG
é universal, não vai ter", -
11:11 - 11:13"Nos países onde é verão..."
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11:13 - 11:18Se falava de tudo isso, de BCG, de clima,
se falava de um monte de coisa... -
11:18 - 11:19de máscara.
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11:19 - 11:21A República Tcheca, no começo:
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11:21 - 11:24"Todo mundo vai sair,
mas vai usar máscara, está bom". -
11:24 - 11:26A Suécia disse que tinha descoberto
a solução do mundo: -
11:26 - 11:29era mandar todo mundo pra rua
e fazer isolamento vertical. -
11:29 - 11:31Todo mundo que fez isso se ralou.
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11:31 - 11:34Todo mundo voltou atrás
porque foi horrível. -
11:34 - 11:38A única coisa que realmente deu certo
foi lockdown e política de testagem. -
11:38 - 11:42AG: E agora que tem alguns números que...
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11:42 - 11:46A palavra agora é "platô".
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11:46 - 11:48Os números estão num platô.
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11:48 - 11:54E eu vejo algumas pessoas comentando
como se isso fosse uma coisa boa. -
11:54 - 11:56Isso não é uma coisa boa, né?
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11:56 - 12:00Porque, se os números estão altos
e são ruins e estão num platô, -
12:00 - 12:03eles estão ruins.
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12:03 - 12:06Não é porque estão estacionados
que vão ficar bom, né? -
12:06 - 12:11PH: Com que a gente está mais preocupado,
assim, com a coisa do platô? -
12:11 - 12:15A coisa que a gente está mais preocupado
com o platô é que a nossa curva... -
12:15 - 12:19E, vamos lá, hoje em dia
todo mundo sabe essa coisa da curva. -
12:22 - 12:25Então, quando eu falar,
as pessoas vão entender. -
12:25 - 12:28O grande problema do nosso platô
e da nossa curva -
12:28 - 12:33é que a nossa curva está mais gorda
do que a dos outros lugares. -
12:33 - 12:35Então, vamos lá.
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12:37 - 12:41Todo mundo está acostumado
com aquele desenho, -
12:41 - 12:43e a nossa curva está mais gorda.
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12:43 - 12:46Por quê? Porque esse nosso platô
está demorando mais tempo. -
12:46 - 12:48Por quê?
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12:48 - 12:50Claro, agora era hora de começar a descer.
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12:50 - 12:53Ele subiu, subiu, subiu. Chegou aqui.
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12:53 - 12:55O normal seria fazer assim.
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12:55 - 12:58Só que, já que as pessoas estão na rua,
ele fica fazendo assim. -
12:58 - 13:00Vai demorar mais a descer.
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13:00 - 13:02O platô em si não é o problema;
-
13:02 - 13:04é muito pior quando está subindo, ainda.
-
13:04 - 13:08Não está subindo mais, felizmente,
no país como um todo. -
13:08 - 13:10Agora, esse platô por tempo muito longo
-
13:10 - 13:16é única e exclusivamente decorrente
da falta de distanciamento social. -
13:16 - 13:20Se fizéssemos distanciamento rigoroso
quando estamos nesse platô, -
13:20 - 13:23a curva ia cair, que nem caiu
na França, na Alemanha. -
13:23 - 13:25Até no Reino Unido já caiu.
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13:25 - 13:28Então, é isso, o platô
não é ruim por si só, -
13:28 - 13:31ele só está demorando
mais do que precisava. -
13:31 - 13:33AG: Queria que tu falasse
um pouco sobre o estudo, -
13:33 - 13:38sobre por que ele foi feito
e quais são os resultados. -
13:38 - 13:43Ainda tem mais uma etapa,
se eu não me engano. -
13:43 - 13:46Queria que tu falasse um pouco disso.
-
13:46 - 13:48PH: Por que o estudo foi feito.
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13:48 - 13:52A analogia do iceberg é a mais fácil
pras pessoas compreenderem. -
13:52 - 13:56A gente tinha uma doença
chegando no Brasil, -
13:56 - 14:00e pelo que a gente via na Europa
e no resto do mundo, -
14:00 - 14:04tinha um conjunto de casos oficiais,
que eram os casos aparentes, -
14:04 - 14:08que seriam, na analogia do iceberg,
a ponta visível do iceberg, -
14:08 - 14:13mas esses casos representavam uma fatia
pequena do total de casos na população. -
14:13 - 14:17Então o estudo veio pra gente olhar
o iceberg como um todo, ou seja, -
14:17 - 14:20pra compreender a real dimensão da doença.
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14:20 - 14:22É isso.
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14:22 - 14:26A pesquisa aqui no Rio Grande do Sul
é realizada em nove cidades, -
14:26 - 14:30que são as maiores cidades
de cada uma das mesorregiões do estado. -
14:30 - 14:35Em cada fase, a gente entrevista
e testa 4,5 mil pessoas. -
14:35 - 14:39Nós já fizemos cinco fases dessa pesquisa.
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14:39 - 14:43Esta semana, faremos
a sexta fase dessa pesquisa, -
14:43 - 14:48e já temos mais duas planejadas:
a sétima e a oitava. -
14:48 - 14:51Então essa é a pesquisa
do Rio Grande do Sul. -
14:51 - 14:56O intervalo entre as fases, agora,
é de quatro semanas, -
14:56 - 14:59exceto se aumentar muito a prevalência.
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14:59 - 15:03Se a prevalência der acima de 1%
da população infectada, -
15:03 - 15:06diminui o intervalo pra três semanas;
-
15:06 - 15:11se a prevalência der acima de 5%,
diminui o intervalo pra duas semanas. -
15:11 - 15:14Então a gente vai fazer mais uma coleta
de dados este fim de semana -
15:14 - 15:16e vamos relatando as novidades.
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15:16 - 15:19Depois, o Brasil, o Ministério da Saúde
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15:19 - 15:22nos encomendou que a gente expandisse
essa pesquisa pro país inteiro. -
15:22 - 15:26A gente fez três fases da pesquisa,
nos mesmos moldes, -
15:26 - 15:29com duas semanas de intervalo entre elas.
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15:29 - 15:34Essas três fases da pesquisa foram
no meio de maio, começo e final de junho. -
15:34 - 15:36As três fases foram concluídas,
-
15:36 - 15:38os resultados foram amplamente divulgados,
-
15:38 - 15:41e agora não há sinalização
do Ministério da Saúde, -
15:41 - 15:45já passaram aí quase 20 dias
desde a divulgação, -
15:45 - 15:49e não há sinalização de que a gente
continue fazendo a pesquisa. -
15:49 - 15:53Então, a princípio, o estudo nacional
encerrou, por enquanto, -
15:53 - 15:57e o estudo gaúcho a gente tem
mais três fases por fazer. -
15:57 - 16:01A gente ainda está buscando parceiros
pra seguir o estudo nacional, -
16:01 - 16:03mas essas são as informações.
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16:03 - 16:05Em resumo:
-
16:05 - 16:08os resultados do estudo gaúcho mostram
-
16:08 - 16:12que, na última fase, o percentual
de infectados é de 0,5%, -
16:12 - 16:15ou seja, de cada 200 gaúchas e gaúchos
-
16:15 - 16:17tinha 1 infectado.
-
16:18 - 16:21Claro que isso foi quase um mês atrás,
-
16:21 - 16:25então agora que nós vamos saber
a realidade atual, este fim de semana. -
16:27 - 16:31A gente também confirmou
a tal da teoria do iceberg, -
16:31 - 16:33ou seja, o número de pessoas infectadas
-
16:33 - 16:36é muito maior do que o que aparece
nas estatísticas oficiais. -
16:36 - 16:38Esses são os principais resultados.
-
16:38 - 16:42Eu só vou destacar mais um resultado
antes de a gente encerrar. -
16:42 - 16:45Uma coisa que se dizia muito
no começo da pandemia -
16:45 - 16:48é que, pra essa doença,
a maioria das pessoas não tinha sintomas, -
16:48 - 16:49e não é verdade.
-
16:49 - 16:55O nosso estudo nacional mostra
que quase 90% das pessoas têm sintomas; -
16:55 - 16:57mesmo que sejam sintomas leves.
-
16:57 - 17:01Só pra te dar uma ideia,
um sintoma que é superclássico, -
17:01 - 17:04que é a perda de olfato e paladar,
-
17:04 - 17:0960% das pessoas que têm [COVID-19]
relatam esse sintoma. -
17:09 - 17:11Então assim, essa ideia de que não dá,
-
17:11 - 17:16porque as pessoas transmitem
"silenciosamente" o vírus, -
17:16 - 17:18parece estar equivocada.
-
17:18 - 17:21Elas têm sintomas, são sintomas leves,
mas as pessoas têm sintomas, -
17:21 - 17:26de forma que seria possível, sim,
identificar aquelas pessoas em risco, -
17:26 - 17:28testar e ir atrás dos contatos,
-
17:28 - 17:32que é o que a Coreia fez,
e infelizmente o Brasil nunca fez. -
17:32 - 17:34AG: Não sabia dessa parte.
-
17:35 - 17:39Porque a gente fala muito
dos assintomáticos, não é mesmo? -
17:39 - 17:42PH: É, o Epicovid mostra
que não é bem assim. -
17:43 - 17:48AG: E onde a gente pode ver esse resultado
e, por exemplo, que sintomas são esses? -
17:48 - 17:52PH: A gente tem isso publicado.
-
17:52 - 17:57Claro, a gente está escrevendo
um artigo pra publicação, -
17:57 - 18:00mas a gente já tem esses resultados.
-
18:01 - 18:05Eles estão divulgados tanto num release
que a gente mandou pra mídia, -
18:05 - 18:12quanto num "preprint" que está
no "Head archives", que é um servidor. -
18:12 - 18:18Mas eu posso te mandar o arquivo
-
18:18 - 18:21que é o press-release,
pra tu dar uma olhada nos resultados. -
18:21 - 18:24Me pede aí depois, eu te mando,
e tu pode compartilhar. -
18:24 - 18:26AG: Ah, que bom! Então tá.
-
18:26 - 18:28Bom, Pedro, pra encerrar,
-
18:28 - 18:33tem alguma coisa que tu gostaria de dizer
e que a gente não te perguntou? -
18:33 - 18:34PH: Só tentar dar um recado,
-
18:34 - 18:37porque agora uma coisa
que está muito na moda -
18:37 - 18:42é o pessoal ficar indignado
porque a gente defende lockdown, -
18:42 - 18:43e aí eles ficam brabos e dizem:
-
18:43 - 18:45"Ah, mas é fácil defender lockdown
-
18:45 - 18:49pra quem tem salário garantido
todos os meses" etc e tal. -
18:49 - 18:52Então, assim, queria dizer
que, na prática, não é bem isso. -
18:52 - 18:55Quando a gente fala em lockdown,
a gente pensa inclusive na economia. -
18:55 - 18:58Não tenho dúvida nenhuma em dizer isto:
-
18:58 - 19:01se agora fizermos um lockdown
de duas semanas, rigoroso, -
19:01 - 19:02no Rio Grande do Sul,
-
19:02 - 19:04vai ser melhor inclusive pra economia.
-
19:04 - 19:06O problema é que as pessoas
não acreditam nisso, -
19:06 - 19:08então as pessoas estão se enganando
-
19:08 - 19:11com essa política de que vai
reabrindo aos pouquinhos. -
19:11 - 19:14Ninguém está indo comprar,
vamos falar a verdade. -
19:14 - 19:17Então o comércio está perdendo dinheiro,
a indústria está perdendo dinheiro, -
19:17 - 19:20em vez de a gente fazer
o que outros lugares fizeram, -
19:20 - 19:21que é um lockdown rigoroso
-
19:21 - 19:24pra reaquecer a economia
mais rápido quando voltarmos. -
19:24 - 19:28Então, dizer que essa dicotomia
entre economia e saúde -
19:28 - 19:30é uma dicotomia completamente equivocada,
-
19:30 - 19:35e as pessoas que dizem essas coisas
estão, na minha percepção, -
19:35 - 19:38não entendendo o que é a melhor solução,
-
19:38 - 19:40inclusive pra economia.
- Title:
- Panorama da COVID-19 no Brasil | Pedro Hallal | TEDxLaçador
- Description:
-
Ana Goelzer, organizadora do TEDxLaçador, entrevista Pedro Hallal, que nos apresenta o panorama atual da COVID-19 no Brasil.
Pedro Hallal é referência nacional no estudo epidemiológico sobre COVID-19. É reitor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Possui graduação em Educação Física (2000), mestrado (2002) e doutorado (2005) em Epidemiologia pela Universidade Federal de Pelotas. Realizou estágio pós-doutoral no Instituto de Saúde da Criança da Universidade de Londres. Atua como docente associado da Universidade Federal de Pelotas no curso de graduação em Educação Física e nos programas de pós-graduação em Educação Física e Epidemiologia da UFPel. É um dos sócios-fundadores e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Atividade Física e Saúde. Foi membro afiliado da Academia Brasileira de Ciências entre 2008 e 2013. É bolsista de produtividade do CNPq.
Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais, visite http://ted.com/tedx
- Video Language:
- Portuguese, Brazilian
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDxTalks
- Duration:
- 19:46
Claudia Sander approved Portuguese, Brazilian subtitles for Panorama da COVID-19 no Brasil | Pedro Hallal | TEDxLaçador | ||
Claudia Sander edited Portuguese, Brazilian subtitles for Panorama da COVID-19 no Brasil | Pedro Hallal | TEDxLaçador | ||
Claudia Sander edited Portuguese, Brazilian subtitles for Panorama da COVID-19 no Brasil | Pedro Hallal | TEDxLaçador | ||
Maurício Kakuei Tanaka accepted Portuguese, Brazilian subtitles for Panorama da COVID-19 no Brasil | Pedro Hallal | TEDxLaçador | ||
Maurício Kakuei Tanaka edited Portuguese, Brazilian subtitles for Panorama da COVID-19 no Brasil | Pedro Hallal | TEDxLaçador | ||
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Maurício Kakuei Tanaka edited Portuguese, Brazilian subtitles for Panorama da COVID-19 no Brasil | Pedro Hallal | TEDxLaçador | ||
Claudia Sander edited Portuguese, Brazilian subtitles for Panorama da COVID-19 no Brasil | Pedro Hallal | TEDxLaçador |