Abelhas de Cape Cod a Marte | Noah Wilson-Rich | TEDxProvincetown
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0:06 - 0:10A diminuição de polinizadores
é um grande problema no mundo moderno. -
0:10 - 0:13Das 200 000 espécies de polinizadores,
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0:13 - 0:16as abelhas são as mais bem estudadas,
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0:16 - 0:18em parte, por causa
da nossa longa história com elas, -
0:18 - 0:21que remonta a 8000 anos
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0:21 - 0:23segundo os desenhos das grutas
onde é hoje a Espanha. -
0:24 - 0:28Contudo, sabemos que esta espécie
de referência está a desaparecer. -
0:28 - 0:32Só no ano passado, perdemos
40% dos cortiços nos EUA. -
0:33 - 0:36Esse número ainda é mais alto
em áreas com invernos rigorosos, -
0:36 - 0:37como aqui em Massachusetts,
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0:37 - 0:41onde perdemos 47% dos cortiços
só num ano. -
0:42 - 0:45Imaginam se, no ano passado,
tivéssemos perdido metade da população? -
0:45 - 0:48E se essas pessoas fossem
as que produzem os alimentos? -
0:49 - 0:52Prevejo que, dentro de 10 anos,
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0:52 - 0:54perderíamos todas as nossas abelhas,
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0:54 - 0:58se não fosse o trabalho dos apicultores
que substituem os cortiços mortos. -
0:58 - 1:01Ficaríamos sem a comida
de que dependemos: -
1:01 - 1:05fruta, vegetais, amêndoas e nozes.
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1:06 - 1:09maçãs ácidas, limões,
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1:09 - 1:12até a comida que alimenta o gado.
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1:12 - 1:14O feno e a alfalfa desapareceriam,
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1:14 - 1:18provocando uma fome mundial,
um colapso económico, -
1:18 - 1:20uma crise moral total por todo o planeta.
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1:20 - 1:24Vai ser necessário um esforço
de cada um de nós aqui -
1:24 - 1:27tornarmo-nos aquilo a que se chama
"cidadãos cientistas", -
1:27 - 1:30para ativar todas as coisas
que provavelmente já estarão a fazer. -
1:30 - 1:33Sim, plantar flores, arranjar cortiços,
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1:33 - 1:37fazer hotéis de abelhas, "habitats"
para os polinizadores menos conhecidos. -
1:37 - 1:39Mas, para além disso, dar mais um passo
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1:39 - 1:42e implementar um elemento
de recolha de informações. -
1:43 - 1:45Assim, vou mostrar aqui hoje
como fazer isso -
1:45 - 1:49e vou mostrar como a minha equipa
mudou de perspetiva -
1:49 - 1:51e passou das abelhas que estavam a morrer
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1:51 - 1:55para mapas e para olhar para locais
adequados à saúde das abelhas. -
1:55 - 1:57Deixámos de olhar para o mel
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1:57 - 2:00apenas como um alimento doce,
pegajoso e delicioso -
2:00 - 2:04mas como uma fonte de informações
que contêm o segredo -
2:04 - 2:07de um "habitat" saudável,
suspenso no tempo, -
2:07 - 2:09da única comida que não se estraga.
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2:09 - 2:11Foi aí que encontrámos a esperança
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2:11 - 2:13e é isso que vamos hoje fazer,
em conjunto. -
2:14 - 2:16Comecei a criar abelhas
aqui em Cape Cod, -
2:16 - 2:20logo depois de acabar o doutoramento
em imunologia das abelhas. -
2:20 - 2:21(Risos)
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2:22 - 2:24(Aplausos)
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2:27 - 2:30Imaginem se eu tivesse feito
o doutoramento numa boa economia. -
2:31 - 2:32(Risos)
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2:32 - 2:35Foi em 2009 — a grande recessão.
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2:36 - 2:38Eu tinha uma coisa em mente,
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2:38 - 2:41eu sabia que podia descobrir
como melhorar a saúde das abelhas. -
2:41 - 2:45Foi quando se começou a espalhar palavra
e eu cheguei a Cape Cod. -
2:45 - 2:47Percebi que esta profunda ligação
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2:47 - 2:50que as pessoas daqui têm à terra
é real e muito antiga, -
2:50 - 2:54provavelmente porque há
muito pouca terra aqui -
2:54 - 2:56e estamos ligadas a ela.
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2:56 - 2:59A comunidade de Cape Cod,
aqui em Provincetown, -
2:59 - 3:01era perfeita para a ciência de cidadãos.
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3:01 - 3:03As pessoas procuravam formas
de se envolverem e ajudarem. -
3:04 - 3:06Assim, procurámos pessoas nos cafés.
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3:06 - 3:09Uma mulher admirável, chamada Natalie,
tinha oito cortiços em casa, em Truro, -
3:09 - 3:12e apresentou-nos à sua amiga Valerie
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3:12 - 3:14que nos permitiu instalar 60 cortiços
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3:14 - 3:17num campo de ténis abandonado
na sua propriedade. -
3:18 - 3:21Assim, começámos a testar
vacinas para abelhas. -
3:21 - 3:23Começámos a olhar para probióticos.
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3:23 - 3:25Chamámos-lhes iogurte para abelhas,
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3:25 - 3:28formas de tornar as abelhas
mais saudáveis. -
3:28 - 3:30O nosso projeto de ciência de cidadãos
começou a arrancar. -
3:31 - 3:33Espalhou-se a palavra
e as pessoas começaram a pensar: -
3:33 - 3:36"Uau, posso arranjar abelhas
e uma pequena fábrica de dados. -
3:36 - 3:38"Isso é ótimo!"
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3:38 - 3:40Entretanto, no meu apartamento aqui,
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3:40 - 3:42eu estava um pouco nervoso
com o meu senhorio. -
3:42 - 3:45Achei que tinha de lhe contar
o que andava a fazer. -
3:46 - 3:47Eu estava cheio de medo.
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3:47 - 3:49Pensava que ia receber ordem de despejo
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3:49 - 3:51que era a última coisa
de que precisávamos. -
3:52 - 3:54Mas devo tê-lo apanhado num dia bom,
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3:54 - 3:56porque, quando lhe disse
o que estávamos a fazer -
3:56 - 3:59e lhe falei do laboratório urbano,
sem fins lucrativos, ele disse: -
3:59 - 4:02"Estupendo! Vamos pôr
um cortiço no beco lá trás". -
4:03 - 4:04Fiquei assombrado.
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4:04 - 4:06Totalmente surpreendido.
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4:06 - 4:08Em vez de receber ordem de despejo,
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4:08 - 4:10conseguimos mais um ponto
de informações. -
4:10 - 4:12No beco lá atrás, nesta foto,
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4:12 - 4:15vemos um cortiço dissimulado.
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4:15 - 4:17Esse cortiço produziu mais mel
naquele primeiro ano -
4:17 - 4:21do que jamais tínhamos visto
noutro cortiço que tínhamos arranjado. -
4:21 - 4:24Mais de 40 kg de mel, só naquele ano.
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4:24 - 4:25Não sabíamos o que fazer com ele.
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4:25 - 4:28Estávamos a encher
boiões de "pickles" com todo aquele mel. -
4:29 - 4:31Como o mel é o único alimento
que nunca se estraga, -
4:31 - 4:33os residentes e os inquilinos
na comunidade -
4:33 - 4:35ainda hoje estão a saborear aquele mel.
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4:35 - 4:38Alterou para sempre
a perspetiva da nossa investigação. -
4:38 - 4:40Abandonámos o objeto
da nossa investigação -
4:40 - 4:43de como salvarmos
as abelhas que estão a morrer -
4:43 - 4:45para investigar os locais
onde as abelhas se comportam melhor. -
4:46 - 4:48Começámos a poder fazer mapas
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4:48 - 4:50observando todos os cortiços
da ciência de cidadãos -
4:50 - 4:55das pessoas que tinham cortiços
em terraços, jardins, telhados. -
4:55 - 4:56Começámos a envolver o público.
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4:56 - 4:59Quanto mais pessoas instalavam
pontos de informações -
4:59 - 5:01mais rigorosos se tornavam
os nossos mapas. -
5:01 - 5:04Se vocês estão a pensar:
"Como é que eu posso ajudar?" -
5:04 - 5:06pensem na história do meu amigo Fred,
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5:06 - 5:08que é urbanizador
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5:08 - 5:10e andava a pensar na mesma coisa.
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5:10 - 5:14Mas, se tiverem um negócio,
também podem ser um cidadão cientista. -
5:14 - 5:16Ele estava numa reunião
a pensar no que poderia fazer -
5:16 - 5:20quanto às relações com os inquilinos
e a sustentabilidade em grande escala. -
5:20 - 5:22Num intervalo para o chá,
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5:22 - 5:25pôs mel no chá
e reparou, no boião de mel, -
5:25 - 5:29uma mensagem sobre sustentabilidade
da empresa anfitriã dessa reunião -
5:29 - 5:31que lhe deu uma ideia.
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5:31 - 5:35Voltou para o seu escritório,
e, depois de um "email" e um telefonema, -
5:35 - 5:37Bum! Tornámo-nos nacionais.
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5:38 - 5:41Pusemos dezenas de cortiços
nos telhados dos arranha-céus -
5:41 - 5:44em nove cidades, a nível do país.
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5:45 - 5:46Nove anos depois...
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5:46 - 5:49(Aplausos)
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5:50 - 5:53Nove anos depois, tínhamos angariado
mais de um milhão de dólares -
5:53 - 5:55para a investigação das abelhas.
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5:55 - 5:59Temos mil cortiços, em pontos
de informação por todo o país, -
5:59 - 6:01em 18 estados, e continuamos,
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6:01 - 6:05onde criámos postos de trabalho pagos
para 65 apicultores locais -
6:05 - 6:08para tratarem dos cortiços
nas suas comunidades, -
6:08 - 6:13para contactarem as pessoas comuns
que são hoje pontos de informações, -
6:13 - 6:15em conjunto, fazendo a diferença.
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6:16 - 6:18Para explicar o que é salvar as abelhas,
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6:18 - 6:19onde elas prosperam,
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6:19 - 6:22primeiro tenho de dizer
o que é que as está a matar. -
6:22 - 6:25Os três principais assassinos
das abelhas são os químicos agrícolas, -
6:25 - 6:28como os pesticidas,
os herbicidas e os fungicidas: -
6:28 - 6:30as doenças das abelhas, que são muitas;
-
6:30 - 6:32e a perda do "habitat".
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6:32 - 6:34Observámos os nossos mapas
-
6:34 - 6:36e identificámos as áreas
onde as abelhas prosperam. -
6:36 - 6:39Isto foi o que encontrámos,
principalmente nas cidades. -
6:39 - 6:42Os dados mostram que os cortiços
urbanos produzem mais mel -
6:42 - 6:44do que os cortiços rurais
e os cortiços suburbanos. -
6:45 - 6:49Os cortiços urbanos têm uma vida
mais longa do que os rurais e suburbanos. -
6:50 - 6:52As abelhas da cidade
têm mais biodiversidade: -
6:52 - 6:55há mais espécies de abelhas
nas áreas urbanas. -
6:55 - 6:56(Risos)
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6:56 - 6:57Certo?
-
6:58 - 6:59Como assim?
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6:59 - 7:01Era esta a nossa pergunta.
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7:01 - 7:04Começámos com estes três assassinos
de abelhas e investigámos. -
7:04 - 7:06Quais deles são diferentes nas cidades?
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7:06 - 7:08O primeiro: pesticidas.
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7:08 - 7:10Em parceria com a Escola
de Saúde Pública de Harvard, -
7:10 - 7:13partilhámos os dados com eles,
recolhemos amostras -
7:13 - 7:16dos cidadãos cientistas apicultores,
em casas e nos telhados. -
7:16 - 7:17Observámos os níveis dos pesticidas.
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7:17 - 7:21Devia haver menos pesticidas nas áreas
onde as abelhas prosperavam. -
7:21 - 7:23Mas não era o caso.
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7:23 - 7:27Descobrimos no nosso estudo
que as barras laranja são em Boston -
7:27 - 7:30e pensámos que essas barras
seriam o nível mais baixo, -
7:30 - 7:32seria onde havia
o nível mais baixo de pesticidas. -
7:32 - 7:36Na verdade, é nas cidades
que há mais pesticidas. -
7:36 - 7:39A hipótese dos pesticidas
para a salvação das abelhas -
7:39 - 7:41— menos pesticidas nas cidades —
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7:41 - 7:42não se confirmou.
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7:42 - 7:46Isto é muito normal
na minha vida de cientista. -
7:46 - 7:48Sempre que tenho uma hipótese,
-
7:48 - 7:51não só ela não é confirmada,
como o contrário é que é verdade. -
7:51 - 7:52(Risos)
-
7:52 - 7:54O que não deixa de ser
uma descoberta interessante. -
7:54 - 7:57Passámos à frente:
hipótese de uma doença. -
7:57 - 7:59Observámos as doenças
em todos os cortiços -
7:59 - 8:03e descobrimos num estudo semelhante
a este, no estado da Carolina do Norte -
8:03 - 8:05que não há diferença
entre as doenças e as abelhas, -
8:05 - 8:07em áreas urbanas,
suburbanas e rurais. -
8:07 - 8:10As doenças estão por toda a parte,
as abelhas adoecem e morrem. -
8:10 - 8:13Na verdade, havia mais doenças
nas abelhas das cidades. -
8:13 - 8:15Isto era em Raleigh, na Carolina do Norte.
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8:15 - 8:17De novo, a minha hipótese
não se confirmava. -
8:17 - 8:19O contrário é que era verdade.
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8:19 - 8:20Passámos à frente.
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8:20 - 8:22(Risos)
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8:22 - 8:25A hipótese do "habitat"
-
8:25 - 8:28era que as áreas onde as abelhas
prosperavam, tinham um "habitat" melhor. -
8:29 - 8:30Mais flores.
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8:30 - 8:32Mas não sabíamos como testar isso.
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8:32 - 8:35Então, tive uma reunião
muito interessante e surgiu uma ideia -
8:35 - 8:38com a minha amiga e colega
Anne Madden, oradora TED. -
8:38 - 8:43Pensámos na genómica,
tipo AncestryDNA ou 23andMe. -
8:43 - 8:44Já fizeram isso?
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8:44 - 8:47Cuspimos para o tubo
e descobrimos "Sou alemão". -
8:47 - 8:48(Risos)
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8:48 - 8:50Fizemos o mesmo para o mel.
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8:50 - 8:52Obtivemos uma amostra de mel
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8:52 - 8:55e observámos todos os ADN
das plantas e descobrimos "Sou sumagre". -
8:55 - 8:56(Risos)
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8:57 - 8:59Foi o que encontrámos aqui
em Provincetown. -
8:59 - 9:01Pela primeira vez, posso informar
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9:01 - 9:04qual o tipo de mel daqui,
da nossa comunidade. -
9:04 - 9:07O ADN do mel, um teste genómico.
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9:07 - 9:10O mel da primavera de Provincetown
é de ligustro. -
9:10 - 9:11O que é o ligustro?
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9:11 - 9:12Sebes.
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9:12 - 9:14Qual é a mensagem?
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9:14 - 9:16Não podar as sebes
para salvar as abelhas. -
9:16 - 9:17(Risos)
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9:17 - 9:19Sei que isto é chocante
e é controverso -
9:19 - 9:22portanto, antes de me atirarem
com tomates, -
9:22 - 9:24passemos ao mel do verão,
que é mel de nenúfares. -
9:24 - 9:27Se tiverem mel de Provincetown
aqui, no verão, -
9:27 - 9:29estão a comer sumo de nenúfares.
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9:29 - 9:31No outono, mel de sumagre.
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9:31 - 9:34Estamos a conhecer os nossos alimentos
pela primeira vez -
9:34 - 9:38e agora podemos informar,
se precisarem de planear qualquer cidade, -
9:38 - 9:40quais são as coisas boas para plantar,
-
9:40 - 9:43o que sabemos que é bom
para as abelhas no vosso jardim. -
9:43 - 9:47O mais interessante está
mais escondido nas informações. -
9:47 - 9:50Se alguém for das Caraíbas
e quiser explorar a sua herança, -
9:50 - 9:55o mel das Bahamas é da família do aroma
do louro, da canela e do abacate. -
9:55 - 9:58Mais interessante ainda
são 85 espécies diferentes de plantas -
9:58 - 10:00numa colher de chá de mel.
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10:00 - 10:02É a medida que queremos.
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10:02 - 10:03Os "big data".
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10:03 - 10:05O mel indiano.
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10:05 - 10:06É de carvalho.
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10:06 - 10:09Todas as amostras da Índia
que testámos é carvalho. -
10:09 - 10:13Há 172 aromas diferentes
num pouco de mel indiano. -
10:13 - 10:17O mel de Provincetown vai
de 116 plantas na primavera -
10:17 - 10:20a mais de 200 plantas no verão.
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10:20 - 10:23Estes são os números de que precisamos
para testar a hipótese do "habitat" -
10:24 - 10:25noutra abordagem da ciência de cidadãos.
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10:26 - 10:28Vocês arranjam a comida
e nós obtemos dados interessantes. -
10:29 - 10:31Estamos a descobrir que, nas áreas rurais,
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10:31 - 10:34há 150 plantas, em média,
numa amostra de mel. -
10:34 - 10:36É a medida para as áreas rurais.
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10:36 - 10:38Nas áreas suburbanas,
o que é que acham? -
10:38 - 10:41Têm menos ou mais plantas
nas áreas suburbanas? -
10:41 - 10:44Os relvados são bonitos
para as pessoas, -
10:44 - 10:46mas terríveis para os polinizadores.
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10:46 - 10:49Os subúrbios têm uma diversidade
de plantas muito baixa. -
10:49 - 10:51Portanto, se têm um bonito relvado,
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10:51 - 10:53ainda bem, mas podem fazer mais.
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10:54 - 10:57Podem arranjar um pedaço do relvado
que seja um prado de flores selvagens -
10:57 - 11:01para diversificar o vosso "habitat"
para melhorar a saúde dos polinizadores. -
11:01 - 11:02Todos podem fazer isso.
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11:02 - 11:05As áreas urbanas têm o melhor "habitat",
-
11:05 - 11:07um "habitat" muito melhor.
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11:08 - 11:11Como veem, têm mais de 200
plantas diferentes. -
11:11 - 11:14Pela primeira vez, temos a confirmação
para a hipótese do "habitat". -
11:15 - 11:18Também sabemos como
podemos funcionar nas cidades. -
11:18 - 11:22A cidade de Boston tem um "habitat"
oito vezes melhor do que os subúrbios. -
11:22 - 11:26Quando trabalhamos com governos,
podemos generalizar isso. -
11:26 - 11:28Podemos pensar que
a minha lápide tumular dirá: -
11:28 - 11:30"Aqui jaz Noah, planta uma flor".
-
11:30 - 11:31(Risos)
-
11:31 - 11:34Afinal, isto é desgastante.
-
11:34 - 11:35Quando generalizamos em conjunto,
-
11:35 - 11:38quando reunimos com governos
e urbanizadores -
11:38 - 11:40— em Boston, o mel
é sobretudo de tílias — -
11:40 - 11:43dizemos: "Se uma árvore morta
tiver de ser substituída, -
11:43 - 11:44"escolham uma tília".
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11:44 - 11:46Nessa altura, podemos fazer
coisas espantosas. -
11:46 - 11:49Este é um telhado da empresa de Fred.
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11:49 - 11:52Podemos instalar estas coisas
nos telhados, pelo mundo inteiro -
11:52 - 11:55para restaurar o "habitat"
e garantir sistemas alimentares. -
11:56 - 11:57Trabalhámos com o Banco Mundial,
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11:57 - 12:00e uma delegação presidencial do Haiti.
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12:00 - 12:04Trabalhámos com estudantes fantásticos
da Universidade de Yale, na Etiópia. -
12:04 - 12:07Nestes países, podemos aumentar
o valor do mel, identificando o que ele é -
12:07 - 12:09e informando as pessoas
do que devem plantar -
12:09 - 12:11para repor os seus "habitats"
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12:11 - 12:13e garantir os sistemas alimentares.
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12:13 - 12:17Mas penso que, ainda mais importante,
é quando pensamos nos desastres naturais. -
12:17 - 12:20Pela primeira vez, sabemos como podemos
ter uma medida de referência -
12:20 - 12:23de qualquer "habitat"
antes de ele ser destruído. -
12:23 - 12:24Pensem na vossa terra natal.
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12:25 - 12:28Quais os riscos que o ambiente lhe coloca?
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12:28 - 12:31É assim que vamos salvar
Puerto Rico depois do furacão Maria. -
12:31 - 12:34Agora temos uma medida
de referência para o mel, -
12:34 - 12:37o ADN do mel antes e depois da tempestade.
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12:37 - 12:39Começámos em Humacao.
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12:39 - 12:42Foi aqui que o furacão Maria
fez mais estragos. -
12:42 - 12:45Sabemos que plantas substituir
e em que quantidade e onde, -
12:46 - 12:48triangulando as amostras do ADN do mel.
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12:49 - 12:53Podem pensar nesta bela terra
que nos interliga -
12:53 - 12:56que recompensou toda a ciência
dos cidadãos, em primeiro lugar. -
12:56 - 12:59A erosão, as tempestades de inverno,
que se tornam mais violentas -
12:59 - 13:00a casa ano que passa.
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13:00 - 13:04Que vamos fazer quanto a isso,
à nossa preciosa terra? -
13:04 - 13:05Enquanto procuramos o ADN do mel,
-
13:05 - 13:08vemos quais as plantas
boas para os polinizadores, -
13:08 - 13:10que têm raízes profundas
que possam segurar o solo. -
13:10 - 13:15Em conjunto, todos podem participar
e a solução cabe numa colher de chá. -
13:15 - 13:19Se a vossa terra for varrida
ou destruída por um desastre natural, -
13:20 - 13:25temos uma planta suspensa no tempo
para como a restaurarmos na Terra -
13:26 - 13:30ou talvez mesmo numa estufa em Marte.
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13:30 - 13:33Sei que parece uma loucura
mas pensem nisso, -
13:34 - 13:36numa nova Provincetown,
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13:36 - 13:38numa nova terra,
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13:38 - 13:40num local que vos seja familiar
-
13:40 - 13:42que também seja bom
para os polinizadores, -
13:42 - 13:44para um sistema alimentar saudável,
-
13:44 - 13:45quando pensamos no futuro.
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13:45 - 13:48Em conjunto, sabemos
o que é salvar as abelhas. -
13:48 - 13:50É plantando "habitats" diversos.
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13:50 - 13:52Sabemos como as abelhas nos vão salvar:
-
13:52 - 13:56sendo barómetros da saúde do ambiente,
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13:56 - 13:59sendo mapas, fontes de informações,
-
13:59 - 14:01pequenas fábricas de dados,
suspensas no tempo. -
14:01 - 14:04Agora, já sabem exatamente
o que podem fazer -
14:04 - 14:06enquanto cidadãos cientistas
-
14:06 - 14:07para arranjar cortiços.
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14:07 - 14:08Obrigado.
-
14:08 - 14:10(Aplausos)
- Title:
- Abelhas de Cape Cod a Marte | Noah Wilson-Rich | TEDxProvincetown
- Description:
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Antes de enviar abelhas para o espaço, temos de mudar de perspetiva, pondo de lado a questão de saber porque é que as abelhas estão a morrer e preocupando-nos com aquelas que estão a sobreviver, com a diversidade de "habitats". Noah Wilson-Rich, um orador absorvente e ecólogo de abelhas, usa os cortiços, o ADN do mel e a ciência de cidadãos para recolher informações sobre o seu ambiente, a nossa mistura botânica e formas de transmitir essas lições ao mundo e até Marte. Noah Wilson-Rich, ecologista, revela a nova investigação sobre o ADN do mel e como as abelhas podem ser uma parte indispensável da vida noutros planetas.
Esta palestra foi feita num evento TEDx usando o formato de palestras TED, mas organizado independentemente por uma comunidade local. Saiba mais em http://ted.com/tedx
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDxTalks
- Duration:
- 14:16
Margarida Ferreira approved Portuguese subtitles for Honeybees from Cape Cod to Mars | Noah Wilson-Rich | TEDxProvincetown | ||
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for Honeybees from Cape Cod to Mars | Noah Wilson-Rich | TEDxProvincetown | ||
Mafalda Ferreira accepted Portuguese subtitles for Honeybees from Cape Cod to Mars | Noah Wilson-Rich | TEDxProvincetown | ||
Mafalda Ferreira edited Portuguese subtitles for Honeybees from Cape Cod to Mars | Noah Wilson-Rich | TEDxProvincetown | ||
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for Honeybees from Cape Cod to Mars | Noah Wilson-Rich | TEDxProvincetown | ||
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for Honeybees from Cape Cod to Mars | Noah Wilson-Rich | TEDxProvincetown | ||
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for Honeybees from Cape Cod to Mars | Noah Wilson-Rich | TEDxProvincetown | ||
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for Honeybees from Cape Cod to Mars | Noah Wilson-Rich | TEDxProvincetown |