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Abelhas de Cape Cod a Marte | Noah Wilson-Rich | TEDxProvincetown

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    A diminuição de polinizadores
    é um grande problema no mundo moderno.
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    Das 200 000 espécies de polinizadores,
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    as abelhas são as mais bem estudadas,
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    em parte, por causa
    da nossa longa história com elas,
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    que remonta a 8000 anos
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    segundo os desenhos das grutas
    onde é hoje a Espanha.
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    Contudo, sabemos que esta espécie
    de referência está a desaparecer.
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    Só no ano passado, perdemos
    40% dos cortiços nos EUA.
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    Esse número ainda é mais alto
    em áreas com invernos rigorosos,
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    como aqui em Massachusetts,
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    onde perdemos 47% dos cortiços
    só num ano.
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    Imaginam se, no ano passado,
    tivéssemos perdido metade da população?
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    E se essas pessoas fossem
    as que produzem os alimentos?
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    Prevejo que, dentro de 10 anos,
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    perderíamos todas as nossas abelhas,
  • 0:54 - 0:58
    se não fosse o trabalho dos apicultores
    que substituem os cortiços mortos.
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    Ficaríamos sem a comida
    de que dependemos:
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    fruta, vegetais, amêndoas e nozes.
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    maçãs ácidas, limões,
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    até a comida que alimenta o gado.
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    O feno e a alfalfa desapareceriam,
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    provocando uma fome mundial,
    um colapso económico,
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    uma crise moral total por todo o planeta.
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    Vai ser necessário um esforço
    de cada um de nós aqui
  • 1:24 - 1:27
    tornarmo-nos aquilo a que se chama
    "cidadãos cientistas",
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    para ativar todas as coisas
    que provavelmente já estarão a fazer.
  • 1:30 - 1:33
    Sim, plantar flores, arranjar cortiços,
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    fazer hotéis de abelhas, "habitats"
    para os polinizadores menos conhecidos.
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    Mas, para além disso, dar mais um passo
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    e implementar um elemento
    de recolha de informações.
  • 1:43 - 1:45
    Assim, vou mostrar aqui hoje
    como fazer isso
  • 1:45 - 1:49
    e vou mostrar como a minha equipa
    mudou de perspetiva
  • 1:49 - 1:51
    e passou das abelhas que estavam a morrer
  • 1:51 - 1:55
    para mapas e para olhar para locais
    adequados à saúde das abelhas.
  • 1:55 - 1:57
    Deixámos de olhar para o mel
  • 1:57 - 2:00
    apenas como um alimento doce,
    pegajoso e delicioso
  • 2:00 - 2:04
    mas como uma fonte de informações
    que contêm o segredo
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    de um "habitat" saudável,
    suspenso no tempo,
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    da única comida que não se estraga.
  • 2:09 - 2:11
    Foi aí que encontrámos a esperança
  • 2:11 - 2:13
    e é isso que vamos hoje fazer,
    em conjunto.
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    Comecei a criar abelhas
    aqui em Cape Cod,
  • 2:16 - 2:20
    logo depois de acabar o doutoramento
    em imunologia das abelhas.
  • 2:20 - 2:21
    (Risos)
  • 2:22 - 2:24
    (Aplausos)
  • 2:27 - 2:30
    Imaginem se eu tivesse feito
    o doutoramento numa boa economia.
  • 2:31 - 2:32
    (Risos)
  • 2:32 - 2:35
    Foi em 2009 — a grande recessão.
  • 2:36 - 2:38
    Eu tinha uma coisa em mente,
  • 2:38 - 2:41
    eu sabia que podia descobrir
    como melhorar a saúde das abelhas.
  • 2:41 - 2:45
    Foi quando se começou a espalhar palavra
    e eu cheguei a Cape Cod.
  • 2:45 - 2:47
    Percebi que esta profunda ligação
  • 2:47 - 2:50
    que as pessoas daqui têm à terra
    é real e muito antiga,
  • 2:50 - 2:54
    provavelmente porque há
    muito pouca terra aqui
  • 2:54 - 2:56
    e estamos ligadas a ela.
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    A comunidade de Cape Cod,
    aqui em Provincetown,
  • 2:59 - 3:01
    era perfeita para a ciência de cidadãos.
  • 3:01 - 3:03
    As pessoas procuravam formas
    de se envolverem e ajudarem.
  • 3:04 - 3:06
    Assim, procurámos pessoas nos cafés.
  • 3:06 - 3:09
    Uma mulher admirável, chamada Natalie,
    tinha oito cortiços em casa, em Truro,
  • 3:09 - 3:12
    e apresentou-nos à sua amiga Valerie
  • 3:12 - 3:14
    que nos permitiu instalar 60 cortiços
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    num campo de ténis abandonado
    na sua propriedade.
  • 3:18 - 3:21
    Assim, começámos a testar
    vacinas para abelhas.
  • 3:21 - 3:23
    Começámos a olhar para probióticos.
  • 3:23 - 3:25
    Chamámos-lhes iogurte para abelhas,
  • 3:25 - 3:28
    formas de tornar as abelhas
    mais saudáveis.
  • 3:28 - 3:30
    O nosso projeto de ciência de cidadãos
    começou a arrancar.
  • 3:31 - 3:33
    Espalhou-se a palavra
    e as pessoas começaram a pensar:
  • 3:33 - 3:36
    "Uau, posso arranjar abelhas
    e uma pequena fábrica de dados.
  • 3:36 - 3:38
    "Isso é ótimo!"
  • 3:38 - 3:40
    Entretanto, no meu apartamento aqui,
  • 3:40 - 3:42
    eu estava um pouco nervoso
    com o meu senhorio.
  • 3:42 - 3:45
    Achei que tinha de lhe contar
    o que andava a fazer.
  • 3:46 - 3:47
    Eu estava cheio de medo.
  • 3:47 - 3:49
    Pensava que ia receber ordem de despejo
  • 3:49 - 3:51
    que era a última coisa
    de que precisávamos.
  • 3:52 - 3:54
    Mas devo tê-lo apanhado num dia bom,
  • 3:54 - 3:56
    porque, quando lhe disse
    o que estávamos a fazer
  • 3:56 - 3:59
    e lhe falei do laboratório urbano,
    sem fins lucrativos, ele disse:
  • 3:59 - 4:02
    "Estupendo! Vamos pôr
    um cortiço no beco lá trás".
  • 4:03 - 4:04
    Fiquei assombrado.
  • 4:04 - 4:06
    Totalmente surpreendido.
  • 4:06 - 4:08
    Em vez de receber ordem de despejo,
  • 4:08 - 4:10
    conseguimos mais um ponto
    de informações.
  • 4:10 - 4:12
    No beco lá atrás, nesta foto,
  • 4:12 - 4:15
    vemos um cortiço dissimulado.
  • 4:15 - 4:17
    Esse cortiço produziu mais mel
    naquele primeiro ano
  • 4:17 - 4:21
    do que jamais tínhamos visto
    noutro cortiço que tínhamos arranjado.
  • 4:21 - 4:24
    Mais de 40 kg de mel, só naquele ano.
  • 4:24 - 4:25
    Não sabíamos o que fazer com ele.
  • 4:25 - 4:28
    Estávamos a encher
    boiões de "pickles" com todo aquele mel.
  • 4:29 - 4:31
    Como o mel é o único alimento
    que nunca se estraga,
  • 4:31 - 4:33
    os residentes e os inquilinos
    na comunidade
  • 4:33 - 4:35
    ainda hoje estão a saborear aquele mel.
  • 4:35 - 4:38
    Alterou para sempre
    a perspetiva da nossa investigação.
  • 4:38 - 4:40
    Abandonámos o objeto
    da nossa investigação
  • 4:40 - 4:43
    de como salvarmos
    as abelhas que estão a morrer
  • 4:43 - 4:45
    para investigar os locais
    onde as abelhas se comportam melhor.
  • 4:46 - 4:48
    Começámos a poder fazer mapas
  • 4:48 - 4:50
    observando todos os cortiços
    da ciência de cidadãos
  • 4:50 - 4:55
    das pessoas que tinham cortiços
    em terraços, jardins, telhados.
  • 4:55 - 4:56
    Começámos a envolver o público.
  • 4:56 - 4:59
    Quanto mais pessoas instalavam
    pontos de informações
  • 4:59 - 5:01
    mais rigorosos se tornavam
    os nossos mapas.
  • 5:01 - 5:04
    Se vocês estão a pensar:
    "Como é que eu posso ajudar?"
  • 5:04 - 5:06
    pensem na história do meu amigo Fred,
  • 5:06 - 5:08
    que é urbanizador
  • 5:08 - 5:10
    e andava a pensar na mesma coisa.
  • 5:10 - 5:14
    Mas, se tiverem um negócio,
    também podem ser um cidadão cientista.
  • 5:14 - 5:16
    Ele estava numa reunião
    a pensar no que poderia fazer
  • 5:16 - 5:20
    quanto às relações com os inquilinos
    e a sustentabilidade em grande escala.
  • 5:20 - 5:22
    Num intervalo para o chá,
  • 5:22 - 5:25
    pôs mel no chá
    e reparou, no boião de mel,
  • 5:25 - 5:29
    uma mensagem sobre sustentabilidade
    da empresa anfitriã dessa reunião
  • 5:29 - 5:31
    que lhe deu uma ideia.
  • 5:31 - 5:35
    Voltou para o seu escritório,
    e, depois de um "email" e um telefonema,
  • 5:35 - 5:37
    Bum! Tornámo-nos nacionais.
  • 5:38 - 5:41
    Pusemos dezenas de cortiços
    nos telhados dos arranha-céus
  • 5:41 - 5:44
    em nove cidades, a nível do país.
  • 5:45 - 5:46
    Nove anos depois...
  • 5:46 - 5:49
    (Aplausos)
  • 5:50 - 5:53
    Nove anos depois, tínhamos angariado
    mais de um milhão de dólares
  • 5:53 - 5:55
    para a investigação das abelhas.
  • 5:55 - 5:59
    Temos mil cortiços, em pontos
    de informação por todo o país,
  • 5:59 - 6:01
    em 18 estados, e continuamos,
  • 6:01 - 6:05
    onde criámos postos de trabalho pagos
    para 65 apicultores locais
  • 6:05 - 6:08
    para tratarem dos cortiços
    nas suas comunidades,
  • 6:08 - 6:13
    para contactarem as pessoas comuns
    que são hoje pontos de informações,
  • 6:13 - 6:15
    em conjunto, fazendo a diferença.
  • 6:16 - 6:18
    Para explicar o que é salvar as abelhas,
  • 6:18 - 6:19
    onde elas prosperam,
  • 6:19 - 6:22
    primeiro tenho de dizer
    o que é que as está a matar.
  • 6:22 - 6:25
    Os três principais assassinos
    das abelhas são os químicos agrícolas,
  • 6:25 - 6:28
    como os pesticidas,
    os herbicidas e os fungicidas:
  • 6:28 - 6:30
    as doenças das abelhas, que são muitas;
  • 6:30 - 6:32
    e a perda do "habitat".
  • 6:32 - 6:34
    Observámos os nossos mapas
  • 6:34 - 6:36
    e identificámos as áreas
    onde as abelhas prosperam.
  • 6:36 - 6:39
    Isto foi o que encontrámos,
    principalmente nas cidades.
  • 6:39 - 6:42
    Os dados mostram que os cortiços
    urbanos produzem mais mel
  • 6:42 - 6:44
    do que os cortiços rurais
    e os cortiços suburbanos.
  • 6:45 - 6:49
    Os cortiços urbanos têm uma vida
    mais longa do que os rurais e suburbanos.
  • 6:50 - 6:52
    As abelhas da cidade
    têm mais biodiversidade:
  • 6:52 - 6:55
    há mais espécies de abelhas
    nas áreas urbanas.
  • 6:55 - 6:56
    (Risos)
  • 6:56 - 6:57
    Certo?
  • 6:58 - 6:59
    Como assim?
  • 6:59 - 7:01
    Era esta a nossa pergunta.
  • 7:01 - 7:04
    Começámos com estes três assassinos
    de abelhas e investigámos.
  • 7:04 - 7:06
    Quais deles são diferentes nas cidades?
  • 7:06 - 7:08
    O primeiro: pesticidas.
  • 7:08 - 7:10
    Em parceria com a Escola
    de Saúde Pública de Harvard,
  • 7:10 - 7:13
    partilhámos os dados com eles,
    recolhemos amostras
  • 7:13 - 7:16
    dos cidadãos cientistas apicultores,
    em casas e nos telhados.
  • 7:16 - 7:17
    Observámos os níveis dos pesticidas.
  • 7:17 - 7:21
    Devia haver menos pesticidas nas áreas
    onde as abelhas prosperavam.
  • 7:21 - 7:23
    Mas não era o caso.
  • 7:23 - 7:27
    Descobrimos no nosso estudo
    que as barras laranja são em Boston
  • 7:27 - 7:30
    e pensámos que essas barras
    seriam o nível mais baixo,
  • 7:30 - 7:32
    seria onde havia
    o nível mais baixo de pesticidas.
  • 7:32 - 7:36
    Na verdade, é nas cidades
    que há mais pesticidas.
  • 7:36 - 7:39
    A hipótese dos pesticidas
    para a salvação das abelhas
  • 7:39 - 7:41
    — menos pesticidas nas cidades —
  • 7:41 - 7:42
    não se confirmou.
  • 7:42 - 7:46
    Isto é muito normal
    na minha vida de cientista.
  • 7:46 - 7:48
    Sempre que tenho uma hipótese,
  • 7:48 - 7:51
    não só ela não é confirmada,
    como o contrário é que é verdade.
  • 7:51 - 7:52
    (Risos)
  • 7:52 - 7:54
    O que não deixa de ser
    uma descoberta interessante.
  • 7:54 - 7:57
    Passámos à frente:
    hipótese de uma doença.
  • 7:57 - 7:59
    Observámos as doenças
    em todos os cortiços
  • 7:59 - 8:03
    e descobrimos num estudo semelhante
    a este, no estado da Carolina do Norte
  • 8:03 - 8:05
    que não há diferença
    entre as doenças e as abelhas,
  • 8:05 - 8:07
    em áreas urbanas,
    suburbanas e rurais.
  • 8:07 - 8:10
    As doenças estão por toda a parte,
    as abelhas adoecem e morrem.
  • 8:10 - 8:13
    Na verdade, havia mais doenças
    nas abelhas das cidades.
  • 8:13 - 8:15
    Isto era em Raleigh, na Carolina do Norte.
  • 8:15 - 8:17
    De novo, a minha hipótese
    não se confirmava.
  • 8:17 - 8:19
    O contrário é que era verdade.
  • 8:19 - 8:20
    Passámos à frente.
  • 8:20 - 8:22
    (Risos)
  • 8:22 - 8:25
    A hipótese do "habitat"
  • 8:25 - 8:28
    era que as áreas onde as abelhas
    prosperavam, tinham um "habitat" melhor.
  • 8:29 - 8:30
    Mais flores.
  • 8:30 - 8:32
    Mas não sabíamos como testar isso.
  • 8:32 - 8:35
    Então, tive uma reunião
    muito interessante e surgiu uma ideia
  • 8:35 - 8:38
    com a minha amiga e colega
    Anne Madden, oradora TED.
  • 8:38 - 8:43
    Pensámos na genómica,
    tipo AncestryDNA ou 23andMe.
  • 8:43 - 8:44
    Já fizeram isso?
  • 8:44 - 8:47
    Cuspimos para o tubo
    e descobrimos "Sou alemão".
  • 8:47 - 8:48
    (Risos)
  • 8:48 - 8:50
    Fizemos o mesmo para o mel.
  • 8:50 - 8:52
    Obtivemos uma amostra de mel
  • 8:52 - 8:55
    e observámos todos os ADN
    das plantas e descobrimos "Sou sumagre".
  • 8:55 - 8:56
    (Risos)
  • 8:57 - 8:59
    Foi o que encontrámos aqui
    em Provincetown.
  • 8:59 - 9:01
    Pela primeira vez, posso informar
  • 9:01 - 9:04
    qual o tipo de mel daqui,
    da nossa comunidade.
  • 9:04 - 9:07
    O ADN do mel, um teste genómico.
  • 9:07 - 9:10
    O mel da primavera de Provincetown
    é de ligustro.
  • 9:10 - 9:11
    O que é o ligustro?
  • 9:11 - 9:12
    Sebes.
  • 9:12 - 9:14
    Qual é a mensagem?
  • 9:14 - 9:16
    Não podar as sebes
    para salvar as abelhas.
  • 9:16 - 9:17
    (Risos)
  • 9:17 - 9:19
    Sei que isto é chocante
    e é controverso
  • 9:19 - 9:22
    portanto, antes de me atirarem
    com tomates,
  • 9:22 - 9:24
    passemos ao mel do verão,
    que é mel de nenúfares.
  • 9:24 - 9:27
    Se tiverem mel de Provincetown
    aqui, no verão,
  • 9:27 - 9:29
    estão a comer sumo de nenúfares.
  • 9:29 - 9:31
    No outono, mel de sumagre.
  • 9:31 - 9:34
    Estamos a conhecer os nossos alimentos
    pela primeira vez
  • 9:34 - 9:38
    e agora podemos informar,
    se precisarem de planear qualquer cidade,
  • 9:38 - 9:40
    quais são as coisas boas para plantar,
  • 9:40 - 9:43
    o que sabemos que é bom
    para as abelhas no vosso jardim.
  • 9:43 - 9:47
    O mais interessante está
    mais escondido nas informações.
  • 9:47 - 9:50
    Se alguém for das Caraíbas
    e quiser explorar a sua herança,
  • 9:50 - 9:55
    o mel das Bahamas é da família do aroma
    do louro, da canela e do abacate.
  • 9:55 - 9:58
    Mais interessante ainda
    são 85 espécies diferentes de plantas
  • 9:58 - 10:00
    numa colher de chá de mel.
  • 10:00 - 10:02
    É a medida que queremos.
  • 10:02 - 10:03
    Os "big data".
  • 10:03 - 10:05
    O mel indiano.
  • 10:05 - 10:06
    É de carvalho.
  • 10:06 - 10:09
    Todas as amostras da Índia
    que testámos é carvalho.
  • 10:09 - 10:13
    Há 172 aromas diferentes
    num pouco de mel indiano.
  • 10:13 - 10:17
    O mel de Provincetown vai
    de 116 plantas na primavera
  • 10:17 - 10:20
    a mais de 200 plantas no verão.
  • 10:20 - 10:23
    Estes são os números de que precisamos
    para testar a hipótese do "habitat"
  • 10:24 - 10:25
    noutra abordagem da ciência de cidadãos.
  • 10:26 - 10:28
    Vocês arranjam a comida
    e nós obtemos dados interessantes.
  • 10:29 - 10:31
    Estamos a descobrir que, nas áreas rurais,
  • 10:31 - 10:34
    há 150 plantas, em média,
    numa amostra de mel.
  • 10:34 - 10:36
    É a medida para as áreas rurais.
  • 10:36 - 10:38
    Nas áreas suburbanas,
    o que é que acham?
  • 10:38 - 10:41
    Têm menos ou mais plantas
    nas áreas suburbanas?
  • 10:41 - 10:44
    Os relvados são bonitos
    para as pessoas,
  • 10:44 - 10:46
    mas terríveis para os polinizadores.
  • 10:46 - 10:49
    Os subúrbios têm uma diversidade
    de plantas muito baixa.
  • 10:49 - 10:51
    Portanto, se têm um bonito relvado,
  • 10:51 - 10:53
    ainda bem, mas podem fazer mais.
  • 10:54 - 10:57
    Podem arranjar um pedaço do relvado
    que seja um prado de flores selvagens
  • 10:57 - 11:01
    para diversificar o vosso "habitat"
    para melhorar a saúde dos polinizadores.
  • 11:01 - 11:02
    Todos podem fazer isso.
  • 11:02 - 11:05
    As áreas urbanas têm o melhor "habitat",
  • 11:05 - 11:07
    um "habitat" muito melhor.
  • 11:08 - 11:11
    Como veem, têm mais de 200
    plantas diferentes.
  • 11:11 - 11:14
    Pela primeira vez, temos a confirmação
    para a hipótese do "habitat".
  • 11:15 - 11:18
    Também sabemos como
    podemos funcionar nas cidades.
  • 11:18 - 11:22
    A cidade de Boston tem um "habitat"
    oito vezes melhor do que os subúrbios.
  • 11:22 - 11:26
    Quando trabalhamos com governos,
    podemos generalizar isso.
  • 11:26 - 11:28
    Podemos pensar que
    a minha lápide tumular dirá:
  • 11:28 - 11:30
    "Aqui jaz Noah, planta uma flor".
  • 11:30 - 11:31
    (Risos)
  • 11:31 - 11:34
    Afinal, isto é desgastante.
  • 11:34 - 11:35
    Quando generalizamos em conjunto,
  • 11:35 - 11:38
    quando reunimos com governos
    e urbanizadores
  • 11:38 - 11:40
    — em Boston, o mel
    é sobretudo de tílias —
  • 11:40 - 11:43
    dizemos: "Se uma árvore morta
    tiver de ser substituída,
  • 11:43 - 11:44
    "escolham uma tília".
  • 11:44 - 11:46
    Nessa altura, podemos fazer
    coisas espantosas.
  • 11:46 - 11:49
    Este é um telhado da empresa de Fred.
  • 11:49 - 11:52
    Podemos instalar estas coisas
    nos telhados, pelo mundo inteiro
  • 11:52 - 11:55
    para restaurar o "habitat"
    e garantir sistemas alimentares.
  • 11:56 - 11:57
    Trabalhámos com o Banco Mundial,
  • 11:57 - 12:00
    e uma delegação presidencial do Haiti.
  • 12:00 - 12:04
    Trabalhámos com estudantes fantásticos
    da Universidade de Yale, na Etiópia.
  • 12:04 - 12:07
    Nestes países, podemos aumentar
    o valor do mel, identificando o que ele é
  • 12:07 - 12:09
    e informando as pessoas
    do que devem plantar
  • 12:09 - 12:11
    para repor os seus "habitats"
  • 12:11 - 12:13
    e garantir os sistemas alimentares.
  • 12:13 - 12:17
    Mas penso que, ainda mais importante,
    é quando pensamos nos desastres naturais.
  • 12:17 - 12:20
    Pela primeira vez, sabemos como podemos
    ter uma medida de referência
  • 12:20 - 12:23
    de qualquer "habitat"
    antes de ele ser destruído.
  • 12:23 - 12:24
    Pensem na vossa terra natal.
  • 12:25 - 12:28
    Quais os riscos que o ambiente lhe coloca?
  • 12:28 - 12:31
    É assim que vamos salvar
    Puerto Rico depois do furacão Maria.
  • 12:31 - 12:34
    Agora temos uma medida
    de referência para o mel,
  • 12:34 - 12:37
    o ADN do mel antes e depois da tempestade.
  • 12:37 - 12:39
    Começámos em Humacao.
  • 12:39 - 12:42
    Foi aqui que o furacão Maria
    fez mais estragos.
  • 12:42 - 12:45
    Sabemos que plantas substituir
    e em que quantidade e onde,
  • 12:46 - 12:48
    triangulando as amostras do ADN do mel.
  • 12:49 - 12:53
    Podem pensar nesta bela terra
    que nos interliga
  • 12:53 - 12:56
    que recompensou toda a ciência
    dos cidadãos, em primeiro lugar.
  • 12:56 - 12:59
    A erosão, as tempestades de inverno,
    que se tornam mais violentas
  • 12:59 - 13:00
    a casa ano que passa.
  • 13:00 - 13:04
    Que vamos fazer quanto a isso,
    à nossa preciosa terra?
  • 13:04 - 13:05
    Enquanto procuramos o ADN do mel,
  • 13:05 - 13:08
    vemos quais as plantas
    boas para os polinizadores,
  • 13:08 - 13:10
    que têm raízes profundas
    que possam segurar o solo.
  • 13:10 - 13:15
    Em conjunto, todos podem participar
    e a solução cabe numa colher de chá.
  • 13:15 - 13:19
    Se a vossa terra for varrida
    ou destruída por um desastre natural,
  • 13:20 - 13:25
    temos uma planta suspensa no tempo
    para como a restaurarmos na Terra
  • 13:26 - 13:30
    ou talvez mesmo numa estufa em Marte.
  • 13:30 - 13:33
    Sei que parece uma loucura
    mas pensem nisso,
  • 13:34 - 13:36
    numa nova Provincetown,
  • 13:36 - 13:38
    numa nova terra,
  • 13:38 - 13:40
    num local que vos seja familiar
  • 13:40 - 13:42
    que também seja bom
    para os polinizadores,
  • 13:42 - 13:44
    para um sistema alimentar saudável,
  • 13:44 - 13:45
    quando pensamos no futuro.
  • 13:45 - 13:48
    Em conjunto, sabemos
    o que é salvar as abelhas.
  • 13:48 - 13:50
    É plantando "habitats" diversos.
  • 13:50 - 13:52
    Sabemos como as abelhas nos vão salvar:
  • 13:52 - 13:56
    sendo barómetros da saúde do ambiente,
  • 13:56 - 13:59
    sendo mapas, fontes de informações,
  • 13:59 - 14:01
    pequenas fábricas de dados,
    suspensas no tempo.
  • 14:01 - 14:04
    Agora, já sabem exatamente
    o que podem fazer
  • 14:04 - 14:06
    enquanto cidadãos cientistas
  • 14:06 - 14:07
    para arranjar cortiços.
  • 14:07 - 14:08
    Obrigado.
  • 14:08 - 14:10
    (Aplausos)
Title:
Abelhas de Cape Cod a Marte | Noah Wilson-Rich | TEDxProvincetown
Description:

Antes de enviar abelhas para o espaço, temos de mudar de perspetiva, pondo de lado a questão de saber porque é que as abelhas estão a morrer e preocupando-nos com aquelas que estão a sobreviver, com a diversidade de "habitats". Noah Wilson-Rich, um orador absorvente e ecólogo de abelhas, usa os cortiços, o ADN do mel e a ciência de cidadãos para recolher informações sobre o seu ambiente, a nossa mistura botânica e formas de transmitir essas lições ao mundo e até Marte. Noah Wilson-Rich, ecologista, revela a nova investigação sobre o ADN do mel e como as abelhas podem ser uma parte indispensável da vida noutros planetas.

Esta palestra foi feita num evento TEDx usando o formato de palestras TED, mas organizado independentemente por uma comunidade local. Saiba mais em http://ted.com/tedx

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
14:16

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