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Como ajudar a salvar a borboleta-monarca, e o planeta

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    Olá.
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    Costumo dizer que gostaria
    que as borboletas falassem,
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    mas recentemente tenho reconsiderado isso;
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    já temos um mundo barulhento demais.
  • 0:11 - 0:15
    Já imaginaram se as borboletas
    tagarelassem por todo o lado?
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    Mas gostaria de lhes perguntar uma coisa:
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    qual é o significado de algumas histórias
    que os humanos contam sobre elas?
  • 0:24 - 0:30
    Porque, em todo o mundo, as culturas
    contam histórias e mitologias similares
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    que dizem que as borboletas
    tem a ver com a alma humana.
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    Algumas culturas afirmam que as borboletas
    carregam as almas das crianças
  • 0:36 - 0:39
    que morreram injustamente ou muito cedo,
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    outras culturas afirmam que as borboletas
    abrigam as almas de nossos ancestrais.
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    Esta borboleta chama-se Kallima inachus.
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    De um lado, ela parece borboleta,
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    do outro lado, parece uma folha.
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    Ela se dobra como uma folha
    para enganar predadores.
  • 0:55 - 0:57
    Por isso, ora a vemos, ora não,
  • 0:57 - 0:58
    algo oculto, algo revelado.
  • 0:58 - 1:02
    Talvez nossas ideias sobre a alma humana
    tenham surgido desta borboleta.
  • 1:03 - 1:07
    Por isso, é possível que borboletas
    exerçam uma função sublime
  • 1:07 - 1:09
    na nossa vida após a morte.
  • 1:09 - 1:14
    Mas nesta vida, neste mundo, as borboletas
    se encontram realmente em sério risco.
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    Esta é uma mariposa.
  • 1:16 - 1:19
    A mariposa é parente das borboletas
    e costuma voar à noite.
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    Esta se chama "praedicta",
    porque Darwin predisse que ela existe.
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    Hoje, mais de 60 espécies
    de borboletas estão em perigo
  • 1:29 - 1:32
    ao redor do mundo, mas, mais que isso,
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    o número de insetos está declinando.
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    Nos últimos 50 anos, perdemos
    cerca de 50% do total de insetos.
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    Ora, isso é um desastre.
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    Pode nos impactar de forma mais séria,
    mais rápida do que as mudanças climáticas.
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    Embora as borboletas não façam muito
    no ecossistema do qual dependemos,
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    elas são úteis para outros seres
    dos quais nós dependemos.
  • 1:57 - 1:59
    O mesmo para toda a vida dos insetos,
  • 2:00 - 2:04
    que está na base dos nossos
    sistemas de suporte à vida.
  • 2:04 - 2:06
    Não podemos perder esses insetos.
  • 2:07 - 2:10
    A biodiversidade ao redor do mundo
    está em amplo declínio.
  • 2:11 - 2:16
    Perda de habitat, pesticidas, herbicidas
    e impactos das mudanças climáticas.
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    Perda de habitat é muito sério,
    e é nisso que precisamos começar
  • 2:20 - 2:23
    a progredir mais conscientemente.
  • 2:25 - 2:27
    Esse é o pior momento,
  • 2:27 - 2:29
    estamos sobrecarregados de problemas.
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    Esse é também o melhor
    momento, há ótimas notícias.
  • 2:32 - 2:34
    Temos exatamente o que precisamos:
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    uma plataforma para salvar a natureza,
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    denominada Ciência Cidadã,
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    um termo usado para designar
    pessoas sem doutorado
  • 2:44 - 2:46
    que contribuem para a pesquisa científica.
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    Às vezes é chamada ciência da comunidade
  • 2:48 - 2:51
    por cumprir o propósito da ciência cidadã,
  • 2:51 - 2:55
    que é trabalhar em prol do bem comum.
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    É uma ciência amadora.
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    Atualmente, vem sendo turbinada
    pela ampla capacidade computacional,
  • 3:00 - 3:03
    pela análise estatística e smartphone,
  • 3:03 - 3:06
    mas essa prática é antiga,
    as pessoas a fazem há muito tempo.
  • 3:06 - 3:08
    É uma ciência amadora.
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    Ciência profissional tem suas raízes
    na ciência amadora.
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    Charles Darwin era um cidadão cientista.
  • 3:13 - 3:17
    Ele não tinha diplomas avançados
    e trabalhou somente para si mesmo.
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    Alguém mostrou a Darwin esta
    orquídea estrela de Madagascar,
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    que tem um esporão de quase 40 cm,
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    que é a parte da flor que contém o néctar.
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    Alguém mostrou isso a Darwin e disse:
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    "Isso prova que a evolução
    não ocorre de maneira natural.
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    Esta flor prova que apenas Deus pode criar
    esses seres incrivelmente bizarros,
  • 3:41 - 3:44
    e de aparência ardilosa na Terra,
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    pois inseto algum seria capaz
    de polinizar flores como essas.
  • 3:47 - 3:50
    É Deus quem as reproduz".
  • 3:50 - 3:54
    E Darwin disse: "Não, tenho certeza
    de que há um inseto em algum lugar
  • 3:54 - 3:59
    com uma probóscide longa o suficiente
    para polinizar essa orquídea".
  • 3:59 - 4:01
    Ele estava certo.
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    Este é o mapa da borboleta-monarca.
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    Ela tem uma história diferente
    daquela mariposa em particular,
  • 4:10 - 4:15
    mas reflete o mesmo tipo de ideia
    fundamental que Darwin teve
  • 4:15 - 4:17
    chamada coevolução,
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    que está no centro
    de como a natureza funciona,
  • 4:20 - 4:23
    e no centro do que está acontecendo
    de errado com a natureza hoje.
  • 4:23 - 4:28
    Com o tempo, à medida que a mariposa
    desenvolvia uma probóscide mais longa,
  • 4:28 - 4:31
    a planta expandia seu esporão.
  • 4:31 - 4:32
    Ao longo de milhões de anos,
  • 4:32 - 4:35
    planta e mariposa criaram uma relação
  • 4:35 - 4:40
    que ampliava suas chances de subsistência.
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    A borboleta-monarca tem um tipo
    diferente de relação de coevolução,
  • 4:45 - 4:48
    e hoje isso está no centro do que está
    está dando errado para elas.
  • 4:48 - 4:51
    Este é o mapa da migração
    da borboleta-monarca.
  • 4:52 - 4:54
    Ela faz algo incrível.
  • 4:54 - 4:59
    No decorrer de um ano ela
    percorre toda a América do Norte.
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    Ela o faz em quatro ou cinco gerações.
  • 5:01 - 5:04
    As primeiras gerações vivem
    apenas por algumas semanas.
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    Elas acasalam, põem ovos e morrem.
  • 5:07 - 5:12
    A geração seguinte surge como borboletas
    e dá o próximo passo na jornada.
  • 5:12 - 5:14
    Ninguém sabe como isso acontece.
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    Na etapa em que a quinta geração
    retorna, e esta vive mais tempo,
  • 5:18 - 5:20
    elas passam o inverno
    no México e na Califórnia.
  • 5:20 - 5:22
    Quando chegam lá,
  • 5:22 - 5:26
    essas borboletas estão retornando ao lugar
    de onde seus ancestrais partiram,
  • 5:26 - 5:28
    sem nunca terem estado lá,
  • 5:28 - 5:32
    muito menos alguém relacionado com elas.
  • 5:32 - 5:34
    Não sabemos como elas fazem isso.
  • 5:34 - 5:37
    Sabemos que elas migram assim,
  • 5:37 - 5:41
    apesar de diversas perguntas sem resposta
    sobre a migração da monarca,
  • 5:41 - 5:43
    graças à ciência cidadã.
  • 5:43 - 5:45
    Por décadas, as pessoas investigaram
  • 5:45 - 5:48
    as borboletas-monarca, como
    e onde elas podem ser vistas,
  • 5:48 - 5:54
    contribuindo com essas observações
    para plataformas como Journey North.
  • 5:55 - 6:01
    Este é um mapa de algumas observações
    de borboletas fornecidas à Journey North.
  • 6:01 - 6:04
    Como podem ver, os pontos
    escuros estão codificados
  • 6:04 - 6:07
    conforme o período do ano
    em que as observações foram feitas.
  • 6:07 - 6:11
    Esta enorme quantidade de informações
    surge em lugares como a Journey North,
  • 6:11 - 6:18
    possibilitando a criação de um mapa
    desse período ao longo de um ano
  • 6:18 - 6:19
    com o deslocamento das monarcas.
  • 6:19 - 6:21
    Ainda graças à ciência cidadã,
  • 6:21 - 6:25
    entendemos como o total de monarcas
    vem sendo reduzido drasticamente.
  • 6:25 - 6:29
    Nos anos de 1980, quando as borboletas
    passaram o inverno aqui na Califórnia,
  • 6:29 - 6:31
    formaram um total de 4 milhões.
  • 6:31 - 6:33
    Em 2018, foi um total de 30 mil.
  • 6:33 - 6:36
    De 4 milhões a 30 mil desde 1980.
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    Na costa leste, estão um pouco melhor,
    mas se reduzindo em número também.
  • 6:41 - 6:43
    Então, o que faremos quanto a isso?
  • 6:43 - 6:47
    Organicamente falando, ninguém
    pede a ninguém para fazer nada,
  • 6:48 - 6:52
    pessoas em todo o continente estão
    apoiando as borboletas-monarcas.
  • 6:52 - 6:55
    Para elas, o grande problema é a asclepia.
  • 6:55 - 6:57
    É outra relação de coevolução.
  • 6:57 - 7:01
    E aqui vai a história:
    a asclepia é uma planta tóxica.
  • 7:01 - 7:06
    Contém um veneno que evoluiu para
    impedir que outros insetos a comessem,
  • 7:06 - 7:09
    mas a monarca desenvolveu
    um tipo diferente de relação,
  • 7:09 - 7:11
    uma estratégia diferente com a asclepia.
  • 7:11 - 7:14
    Não apenas toleram a toxina da asclepia,
  • 7:14 - 7:17
    como retém o veneno em seu próprio corpo,
  • 7:17 - 7:21
    se tornando venenosa para seus predadores.
  • 7:22 - 7:24
    As borboletas-monarcas põem
    ovos somente nas asclepias,
  • 7:24 - 7:27
    enquanto as lagartas monarcas
    comem somente asclepias,
  • 7:27 - 7:32
    porque precisam dessa toxina
    para criar o que são enquanto espécie.
  • 7:34 - 7:38
    Por isso, pessoas têm plantado
    asclepias por todo lugar no país,
  • 7:38 - 7:41
    onde temos perdido asclepias
    devido à destruição de habitats,
  • 7:41 - 7:45
    uso de pesticidas, herbicidas e impactos
    resultantes de mudanças climáticas.
  • 7:45 - 7:50
    É possível criar habitat de borboletas e
    habitat polinizador em peitoril de janela.
  • 7:51 - 7:55
    Também podem visitar canteiros locais
    para conhecer plantas nativas da região,
  • 7:55 - 7:58
    e levar para casa algumas plantas bonitas.
  • 7:58 - 8:03
    A ciência cidadã pode fazer muito mais
    do que salvar as borboletas-monarcas.
  • 8:03 - 8:06
    Ela é capaz de representar em escala
  • 8:06 - 8:10
    o nível exigido de ações que precisamos
    mobilizar para salvar a natureza.
  • 8:10 - 8:13
    Aqui temos um exemplo,
    o "City Nature Challenge",
  • 8:13 - 8:17
    que é um projeto da Academia
    de Ciências da Califórnia
  • 8:17 - 8:21
    juntamente com o Museu
    de História Natural de Los Angeles.
  • 8:21 - 8:25
    Por quatro anos, City Nature Challenge
    tem encarregado cidades mundialmente
  • 8:25 - 8:29
    para participar da contagem
    da biodiversidade delas.
  • 8:30 - 8:35
    Acumulamos cerca de um milhão
    de observações da biodiversidade
  • 8:35 - 8:39
    coletadas por pessoas de toda
    parte desde abril passado.
  • 8:39 - 8:44
    O destaque deste ano foi a África do Sul,
    para o desgosto de San Francisco.
  • 8:44 - 8:45
    (Risos)
  • 8:45 - 8:47
    Eles têm muito mais
    diversidade do que nós.
  • 8:47 - 8:50
    É interessante perceber
    o que é revelado quando observamos
  • 8:50 - 8:53
    quais são os recursos naturais
    do lugar onde vivemos.
  • 8:53 - 8:56
    À medida que nos conscientizamos, queremos
    viver onde há maior biodiversidade.
  • 8:57 - 9:00
    A ciência cidadã é um ótimo
    instrumento de justiça social
  • 9:00 - 9:02
    e metas de justiça ambiental.
  • 9:02 - 9:06
    Para ajudar a alcançá-las, é preciso
    levantar dados e elucidar o cenário,
  • 9:06 - 9:09
    fundamentar o objetivo e atingir
    a raiz do problema identificado,
  • 9:09 - 9:12
    para assim contribuir com a sua solução.
  • 9:13 - 9:17
    A City Nature Challenge devia
    receber um elogio da ONU.
  • 9:17 - 9:23
    Alguma vez já existiu um esforço
    global em favor da natureza
  • 9:23 - 9:26
    realizado de forma tão coordenada?
  • 9:26 - 9:31
    Isso é incrível. É fantástico,
    realmente um movimento popular.
  • 9:31 - 9:36
    Conseguimos informações interessantes
    sobre borboletas e outros seres
  • 9:36 - 9:38
    quando realizamos essas "bioblitzes".
  • 9:38 - 9:42
    A City Nature Challenge trabalha
    com uma ferramenta chamada iNaturalist,
  • 9:42 - 9:45
    considerada a droga de entrada
    para a ciência cidadã.
  • 9:45 - 9:50
    Sugiro que o registro pessoal
    seja feito num computador,
  • 9:50 - 9:52
    e o aplicativo instalado no telefone.
  • 9:52 - 9:58
    Com o aplicativo iNaturalist é possível
    tirar fotos de pássaros, inseto, cobra....
  • 9:58 - 10:03
    A função de inteligência artificial
    e sistema de verificação do aplicativo,
  • 10:03 - 10:06
    se encarrega de verificar a observação.
  • 10:06 - 10:10
    O aplicativo mostra a data, a hora
    a altitude e a longitude da observação
  • 10:10 - 10:12
    e fornece a sua localização geográfica.
  • 10:12 - 10:15
    Essas são as informações,
    é a ciência da ciência cidadã.
  • 10:15 - 10:18
    Esses dados são então compartilhados,
  • 10:18 - 10:21
    e esse compartilhamento
    é a alma da ciência cidadã.
  • 10:22 - 10:24
    Quando compartilhamos informações,
  • 10:24 - 10:27
    temos uma ideia muito mais clara
    do que está acontecendo.
  • 10:27 - 10:30
    É impossível analisar toda
    a migração da borboleta-monarca
  • 10:30 - 10:34
    sem compartilhar os dados que vêm
    sendo reunidos há décadas,
  • 10:35 - 10:37
    sem ter uma ideia clara
    de como a natureza opera,
  • 10:37 - 10:39
    por meio da ciência cidadã.
  • 10:39 - 10:41
    Esta é a borboleta azul Xerces,
  • 10:41 - 10:45
    que ficou extinta quando perdeu
    o seu habitat no parque Golden Gate.
  • 10:45 - 10:49
    Ela tinha uma relação de coevolução
    com uma formiga, mas é uma outra história.
  • 10:49 - 10:51
    (Risos)
  • 10:51 - 10:54
    Vou terminar pedindo
  • 10:54 - 10:58
    que participem da ciência cidadã
    de alguma maneira.
  • 10:59 - 11:01
    É algo incrível e muito positivo
  • 11:02 - 11:05
    que precisa de um verdadeiro
    exército para realmente funcionar.
  • 11:05 - 11:10
    Só quero acrescentar que as borboletas
    devem ter problemas enormes
  • 11:10 - 11:13
    mesmo sem carregarem almas humanas por aí.
  • 11:13 - 11:14
    (Risos)
  • 11:15 - 11:17
    Mas há muito o que não sabemos, não é?
  • 11:17 - 11:20
    E o que todas essas histórias nos contam?
  • 11:20 - 11:24
    Talvez tenhamos coevoluído
    nossas almas com as borboletas?
  • 11:24 - 11:29
    Certamente, estamos ligados às borboletas
    mais profundamente do que sabemos,
  • 11:29 - 11:33
    e o mistério da borboleta jamais
    será revelado se não as salvarmos.
  • 11:33 - 11:38
    Então, por favor, juntem-se a mim
    para ajudar a salvar a natureza agora.
  • 11:39 - 11:40
    Obrigada.
  • 11:40 - 11:42
    (Aplausos)
Title:
Como ajudar a salvar a borboleta-monarca, e o planeta
Speaker:
Mary Ellen Hannibal
Description:

As borboletas-monarcas estão morrendo a um ritmo alarmante ao redor do mundo, uma extinção iminente que também poderia colocar a vida humana em risco. No entanto, temos exatamente o que precisamos para ajudar a salvar esses insetos, afirma a autora Mary Ellen Hannibal: cidadãos cientistas. Aprenda como esses voluntários de movimentos populares estão desempenhando um papel fundamental na intervenção e resgate da população cada vez mais reduzida da borboleta-monarca. Descubra como se juntar a esses movimentos para ajudar a proteger a natureza. Você estará em boa companhia: Charles Darwin era um cidadão cientista!

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
11:56

Portuguese, Brazilian subtitles

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