Preservar o Grande Aquífero Maia | Guillermo de Anda | TEDxManagua
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0:17 - 0:20(Chilreio de pássaros)
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0:32 - 0:34Olá. Como estão?
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0:36 - 0:37Sou Guillermo de Anda.
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0:38 - 0:43Sou arqueólogo e explorador
da National Geographic. -
0:43 - 0:45(Aplausos)
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0:45 - 0:46Obrigado.
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0:47 - 0:50(Aplausos)
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0:52 - 0:53Muito obrigado. Que energia!
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0:53 - 0:56Agradeço muito este acolhimento.
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0:56 - 0:59Espero que achem interessante
o que vos vou dizer. -
0:59 - 1:00Sou mexicano.
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1:01 - 1:05Hão de perguntar o que faz um mexicano
na Nicarágua, num TEDx. -
1:06 - 1:09Venho falar de certas semelhanças
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1:09 - 1:14que provavelmente não temos agora
muito nítidas, mas que existem -
1:14 - 1:16e que me têm maravilhado.
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1:16 - 1:18Eu trabalho na água.
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1:18 - 1:24Sou arqueólogo subaquático
e mergulho dentro de grutas -
1:24 - 1:28no mundo obscuro mas maravilhoso
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1:29 - 1:31que são as grutas inundadas
de Iucatão e Quintana Roo, -
1:31 - 1:33que se chamam cenotes.
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1:33 - 1:36Este é o nome genérico
que vem do maia "tz'onot". -
1:36 - 1:39Como podem ver,
são locais belíssimos por fora -
1:39 - 1:42mas, por dentro, não têm igual.
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1:42 - 1:47Na realidade, é estar noutro planeta,
dentro do nosso planeta. -
1:48 - 1:53É um local totalmente estranho,
mas com uma beleza extraordinária. -
1:53 - 1:55É um local imenso.
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1:56 - 2:00Precisamos de equipamento
como se estivéssemos noutro planeta, -
2:00 - 2:01para sobreviver.
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2:01 - 2:05Aquelas botijas que levamos
transportam o gás vital -
2:05 - 2:07para podermos sobreviver nesta zona.
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2:08 - 2:11É incrível o que se conseguiu
durante todos estes anos. -
2:12 - 2:15Mais uma vez perguntarão:
"Bom, o Iucatão... -
2:15 - 2:21"Cancun está a 1402 km de Manágua".
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2:21 - 2:24Estamos longe mas estamos muito perto.
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2:24 - 2:26Estamos muito perto em muitas coisas.
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2:26 - 2:31Estamos muito perto porque
temos grandes reservas naturais, -
2:31 - 2:36grandes mananciais de água e também
uma grande cultura pré-colombiana. -
2:36 - 2:39Nós exploramos
este mundo obscuro de grutas, -
2:39 - 2:42em que estamos a pressionar
cada vez mais, -
2:42 - 2:46ou seja, estamos a tratar
de andar cada vez mais longe. -
2:46 - 2:50Reparem neste pequeno artefacto
que o mergulhador tem na fotografia. -
2:51 - 2:55É um carretel que tem
uma linha de nylon muito comprida. -
2:55 - 2:57É a nossa garantia de regressar à vida
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2:57 - 3:00porque estes locais
são verdadeiros labirintos. -
3:00 - 3:05Precisamos de um guia para poder
voltar, não nos perdermos e morrer, -
3:05 - 3:08porque não podemos respirar água,
toda a gente sabe. -
3:09 - 3:14Este carretel tem nós
de três em três metros, -
3:14 - 3:17ou seja, quando chegamos
ao fim de todos os nós, -
3:17 - 3:21chegamos ao ponto máximo de penetração.
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3:21 - 3:23E quando voltamos, contamos estes nós.
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3:23 - 3:27Há 30 anos, mais ou menos,
que contamos estes nós -
3:26 - 3:29e em resultado de contar estes nós,
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3:30 - 3:33sabemos que foram 1390 km.
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3:34 - 3:36Se fizermos uma comparação,
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3:36 - 3:40é quase a distância
entre Manágua e Cancun. -
3:41 - 3:45Isto é impressionante
porque tudo isto ocorre -
3:45 - 3:49num pequeno setor
do estado de Quintana Roo, -
3:49 - 3:54entre a Playa del Carmen, um local
muito popular de turismo, e Tulum. -
3:54 - 3:56É uma área onde se concentrou
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3:56 - 4:01uma grande quantidade de explorações
e de descobertas. -
4:01 - 4:05Graças a estas explorações,
temos encontrado coisas maravilhosas. -
4:05 - 4:08É o sonho de um arqueólogo.
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4:08 - 4:12Há uns anos, encontrámos
estes animais que eram ossos, -
4:12 - 4:16os primeiros ossos
registados nesta zona. -
4:16 - 4:19Eram ossos muito antigos,
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4:19 - 4:22provavelmente com 14 000 anos
de antiguidade. -
4:22 - 4:24São da Idade do Gelo.
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4:24 - 4:27Isto está a dar-nos
uma perspetiva nova -
4:27 - 4:31sobre o povoamento da América,
e a sua biogeografia em geral. -
4:31 - 4:34Não ficaria admirado que nesta região,
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4:34 - 4:38se iniciássemos explorações
mais intensivas, -
4:38 - 4:40encontrássemos coisas semelhantes.
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4:40 - 4:42Na zona do Iucatão,
encontrámos também -
4:42 - 4:45uma grande quantidade
de elefantes antigos, -
4:45 - 4:46parentes dos mamutes,
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4:46 - 4:51neste caso, gonfotérios, de que vemos
uma mandíbula extraordinária e enorme, -
4:51 - 4:55com todos os dentes bem preservados
debaixo de água. -
4:57 - 5:00Este nível de preservação
nos cenotes é extraordinário. -
5:00 - 5:04É incrível pensar que
há 10, há 11 ou há 12 000 anos, -
5:05 - 5:10este indivíduo jovem que vemos ali,
perdeu-se provavelmente numa gruta -
5:10 - 5:15que hoje está a mais de 1000 metros,
um pouco mais de um quilómetro, -
5:16 - 5:20e ali encontrou o seu lugar
de eterno repouso, -
5:20 - 5:25para que os mergulhadores,
milhares de anos depois, o encontrassem -
5:25 - 5:28e ele desse grandes respostas à ciência.
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5:28 - 5:32Agora sabemos muito mais
sobre o povoamento precoce da América -
5:32 - 5:35graças à investigação
que se faz no aquífero maia, -
5:35 - 5:39em toda esta enorme zona
de grutas inundadas. -
5:39 - 5:42particularmente no estado
de Quintana Roo. -
5:42 - 5:46Esta foto é de uma descoberta
que se deu a conhecer há pouco tempo. -
5:46 - 5:48É o cenote de Hoyo Negro,
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5:48 - 5:53onde se encontraram os restos
de uma rapariga, -
5:53 - 5:55com cerca de 15 anos,
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5:55 - 5:58conjuntamente com ossos enormes,
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5:58 - 6:02neste caso de outro gonfotério,
outro parente dos mamutes, -
6:02 - 6:04num estado maravilhoso de preservação.
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6:04 - 6:07Vou dizer-vos o seguinte:
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6:07 - 6:12extraiu-se um dente a esta mulher,
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6:12 - 6:16fizeram-se análises e obteve-se o ADN.
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6:16 - 6:20Com isto, supõe-se
que esta mulher, em especial, -
6:20 - 6:23era descendente da gente
que atravessou o estreito de Bering, -
6:23 - 6:25e que vinha da Ásia.
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6:25 - 6:27Este tipo de respostas,
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6:27 - 6:31este tipo de conservação é
o que nos dá este contexto maravilhoso. -
6:32 - 6:37Como se isto fosse pouco,
aqui viveram os nossos antepassados maias, -
6:37 - 6:43que tinham uma inclinação especial
para as grutas e cenotes -
6:43 - 6:45porque eram considerados,
na sua visão do cosmos, -
6:45 - 6:50como os locais de onde
tinha emanado a vida, -
6:50 - 6:55o primeiro grão de milho para o homem
e de onde vinha a chuva, -
6:55 - 6:58de onde vinham coisas boas
mas também vinham os males. -
6:58 - 7:00Quando vemos uma foto destas,
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7:00 - 7:03umas fotos extraordinárias
dos meus colegas da National Geographic -
7:03 - 7:05— esta é de Paul Nicklen —
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7:05 - 7:08podemos dar-nos conta
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7:08 - 7:12de qual teria sido o sentimento
dos nossos antepassados maias. -
7:12 - 7:17Assim, começa a desenvolver-se
uma nova disciplina científica -
7:17 - 7:20que é a arqueologia de grutas e cenotes.
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7:20 - 7:23Estamos a mergulhar num aquífero,
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7:23 - 7:28com milhares de quilómetros de água,
com milhões de litros de água, -
7:28 - 7:30um recurso que tende a esgotar-se,
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7:30 - 7:34um recurso que em breve
será mais valioso do que o petróleo, -
7:34 - 7:40e no qual está depositada uma grande
quantidade de materiais arqueológicos -
7:40 - 7:43num ótimo estado de preservação.
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7:43 - 7:47Mas este aquífero incrível dá-nos
respostas não apenas para o povoamento -
7:47 - 7:51não apenas respostas sobre os rituais
que os antigos maias praticavam, -
7:51 - 7:53mas também, quando vemos
uma foto como esta, -
7:53 - 7:55e vemos uma entrada de luz tão especial...
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7:56 - 7:58Este é um cenote que se chama Holtún
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7:58 - 8:00e está no sítio arqueológico
de Chichén Itzá. -
8:01 - 8:05Esta foto também é de Paul Nicklen,
fotógrafo da National Geographic. -
8:05 - 8:09Tenho o enorme prazer
de vos dizer que, nesta foto, -
8:09 - 8:13estão os primeiros dois latinos
que aparecem numa capa -
8:13 - 8:15da National Geographic.
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8:15 - 8:20Esta foi a capa de agosto de 2013.
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8:20 - 8:23É o meu colega Dante Garcia
e um empregado. -
8:23 - 8:24(Aplausos)
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8:24 - 8:26Obrigado.
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8:28 - 8:30Muito obrigado.
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8:30 - 8:34Isto, obviamente, é uma grande satisfação
para nós, enquanto latinos, -
8:34 - 8:39mas estas fotos também nos deram
uma forma de entender melhor o contexto. -
8:39 - 8:41Reparem que esta luz que estão a ver,
-
8:41 - 8:44que está por detrás da pessoa
que está à corda, -
8:44 - 8:49é a luz de uma entrada que foi aberta
artificialmente pelos antigos maias, -
8:49 - 8:52com a forma de um retângulo
que era a forma do seu universo -
8:52 - 8:54que tinha quatro cantos.
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8:54 - 8:56Para nós são o norte, o sul,
o este e o oeste, -
8:56 - 9:00e para eles eram o amarelo, o vermelho,
o branco e o preto. -
9:00 - 9:04Havia um quinto caminho neste universo
que era o centro, o "eixo do mundo", -
9:04 - 9:07o eixo sagrado de onde emanava tudo.
-
9:08 - 9:11Deram-se ao luxo de abrir uma entrada
-
9:11 - 9:15numa certa direção para que o sol
só entrasse duas vezes por ano -
9:15 - 9:17de uma forma especial.
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9:17 - 9:20Ou seja, era um observatório
astronómico solar. -
9:20 - 9:25Estas são todas as informações importantes
que os cenotes nos estão a dar. -
9:25 - 9:30Vemos esta foto impressionante
desse dia, em especial, -
9:30 - 9:34em que o sol entra
de um modo totalmente vertical. -
9:34 - 9:38Esta luz chega ao fundo
a 50 metros de profundidade. -
9:38 - 9:42É um momento mágico
poder estar ali -
9:42 - 9:47e confirmar que os maias
tinham uma grande sabedoria, -
9:47 - 9:49como todos os povos mesoamericanos.
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9:49 - 9:52como todos os pré-colombianos
que nos antecederam. -
9:54 - 9:59Todo este movimento de exploração
levou-nos também a locais incríveis. -
9:59 - 10:02Há uma gruta no centro
do estado do Iucatão -
10:02 - 10:04— é a foto que estão a ver —
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10:04 - 10:06onde há um caminho.
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10:06 - 10:08Os maias chamavam-lhe
o "sac be", o caminho branco. -
10:08 - 10:11Eram enormes obras de engenharia.
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10:11 - 10:14Este é o único que se encontrava
dentro de uma gruta. -
10:14 - 10:19Acontece que, no final deste caminho,
está uma massa de água, um cenote. -
10:18 - 10:21Para continuar, tivemos que mergulhar.
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10:21 - 10:24Mergulhámos cerca de 100 metros
dentro da gruta -
10:24 - 10:28e do outro lado encontrámos a continuação
do caminho na mesma direção. -
10:28 - 10:29Começávamos a perguntar:
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10:29 - 10:32"Como é possível que os antigos maias
pudessem mergulhar?" -
10:32 - 10:35"Como é possível que tenham
conseguido chegar a este lugar?" -
10:36 - 10:40Também começámos a ver uma série
de marcas nos cenotes, -
10:40 - 10:44de linhas de nível de água
e isso começou a dar-nos uma explicação. -
10:44 - 10:48Acontece que a água estava a subir
e a baixar, estava a flutuar. -
10:48 - 10:51Houve muitas alterações climáticas
ao longo dos séculos, -
10:51 - 10:54nos últimos milhares de anos.
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10:54 - 10:56Houve aquecimentos da Terra.
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10:56 - 10:58deixou de chover.
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10:58 - 11:03Estas secas intensas
que poderão ter acontecido -
11:03 - 11:07desde a Idade do Gelo
até à era dos maias, -
11:07 - 11:12estão a manifestar-se sob a forma
de material arqueológico. -
11:12 - 11:14O caminho de que vos falo,
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11:14 - 11:18um crânio depositado
numa espécie de altar natural, -
11:18 - 11:20ao qual se tem acesso
apenas mergulhando. -
11:20 - 11:23Perguntávamos:
"Como é que os maias chegaram ali?" -
11:23 - 11:26Neste mesmo cenote Holtún,
de que vos falei, -
11:26 - 11:28encontrámos uma enorme oferenda,
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11:28 - 11:30que está a oito metros de profundidade.
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11:30 - 11:36Este foi o elemento que nos deu a ideia,
que nos deu a resposta -
11:36 - 11:39de como seria possível
que os maias entrassem a mergulhar. -
11:39 - 11:41Não entravam a mergulhar.
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11:41 - 11:44O nível da água era mais baixo
durante esta seca enorme, -
11:44 - 11:47que está documentada
pelos paleoclimatólogos. -
11:47 - 11:51Vemos que há uma oferenda
perfeitamente arrumada -
11:52 - 11:55com materiais em certos
cantos do universo, -
11:55 - 11:58que eram representativos
de certas coisas. -
11:58 - 12:00Mas tudo nos leva a uma coisa.
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12:00 - 12:03Tudo nos leva a um culto da água.
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12:03 - 12:05Ao culto da chuva.
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12:05 - 12:09Ao desespero para que chovesse.
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12:09 - 12:12Tinham água para beber,
nunca se esgotava, -
12:12 - 12:15mas como ter água para as culturas?
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12:15 - 12:18Segundo parece, os maias
passam grandes dificuldades -
12:18 - 12:20quando o nível da água desce,
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12:20 - 12:23quando deixa de chover
durante 5, 6, 10 anos. -
12:23 - 12:27Então, entram diretamente
nas entranhas das divindades -
12:27 - 12:31— neste caso, as entranhas
do deus da chuva, Chaac — -
12:31 - 12:33e pedem-lhe:
"Chaac, por favor, faz chover". -
12:33 - 12:36Fazem sacrifícios nesta plataforma.
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12:36 - 12:39Isto provavelmente é o que está a suceder
-
12:40 - 12:43por causa de uma grande seca.
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12:44 - 12:47Estes são os lados
muito agradáveis de tudo isto. -
12:47 - 12:51Mas também há problemas
e é importante contá-los. -
12:51 - 12:54A minha prática chama-se
"Proteger o grande aquífero". -
12:54 - 12:57Esta foto faz parte desta investigação,
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12:57 - 13:02de outro lugar onde encontramos sinais
de mudança no nível da água. -
13:02 - 13:05É uma foto de um local belíssimo.
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13:05 - 13:07Foi tirada em 2006.
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13:07 - 13:10Em 2006, durante este projeto,
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13:10 - 13:14fizemos uma apresentação
numa vila, -
13:14 - 13:19numa povoação chamada Homún,
a capital do município. -
13:20 - 13:24Os habitantes, em especial
o senhor presidente do município, -
13:24 - 13:26ficaram encantados com a fotografia.
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13:26 - 13:28Disseram-nos: "Que local é esse?
-
13:28 - 13:31"É um lugar maravilhoso
para explorar turisticamente". -
13:31 - 13:34Obviamente, ficámos com um pouco de medo,
-
13:34 - 13:37mas propusemos alternativas
-
13:37 - 13:41para fazer um turismo
consciente e sustentável. -
13:41 - 13:45Mas eles foram muito rápidos
e ultrapassaram-nos. -
13:45 - 13:49Acontece que quiseram fazer
este cenote mais bonito. -
13:49 - 13:54Para fazê-lo mais bonito,
destruíram a entrada. -
13:55 - 13:57Vemos uma diferença enorme.
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13:57 - 14:00Entra uma grande quantidade de luz.
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14:00 - 14:04Alteraram o equilíbrio de toda a gruta.
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14:05 - 14:07Perdeu-se material arqueológico.
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14:08 - 14:12Perderam-se estalactites,
essas formações maravilhosas. -
14:12 - 14:15— É melhor tirá-la e pôr a foto bonita.
-
14:15 - 14:17Neste local,
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14:18 - 14:23havia manifestações
de pinturas rupestres nas paredes, -
14:23 - 14:27manifestações de mãos, que
são muito vulgares nas grutas, -
14:27 - 14:30que desapareceram porque,
quando entrou a luz, esta destruiu-as. -
14:32 - 14:35Manifestações de mãos como estas
que vimos nesta gruta. -
14:36 - 14:37Mãos pintadas.
-
14:37 - 14:42Vemos estalactites cortadas
intencionalmente de modo ritual. -
14:42 - 14:46Os maias e os pré-colombianos
cortavam as estalactites -
14:46 - 14:48porque eram sinal de fertilidade.
-
14:48 - 14:51Por vezes, colocavam-nas em sepulturas
-
14:51 - 14:54ou punham-nas como oferendas
aos deuses da chuva, para que chovesse. -
14:55 - 15:00Mas esta foto que estão a ver
por acaso não é de Iucatão. -
15:00 - 15:04Quando preparei esta palestra
fiquei surpreendido -
15:05 - 15:08e investiguei um pouco
a arqueologia da Nicarágua. -
15:08 - 15:11Este é um local de aqui,
na Nicarágua, -
15:11 - 15:14a norte, perto da fronteira
com as Honduras. -
15:14 - 15:19O local surpreendeu-me pela semelhança
com alguns dos nossos sítios -
15:19 - 15:24e também por este costume
de cortar as estalactites, -
15:24 - 15:26talvez para alguma oferenda.
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15:26 - 15:31No Iucatão, temos locais
com muitas destas manifestações -
15:31 - 15:33e quando o vi aqui...
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15:33 - 15:36Segundo a investigação
da Universidade Aberta, -
15:36 - 15:39dizem que é a gruta
mais a sul da Mesoamérica -
15:39 - 15:41onde se veem estas manifestações.
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15:41 - 15:45Tenho a certeza que vamos encontrar
muito mais coisas, se nos dedicarmos, -
15:45 - 15:48uma coisa que quero fazer,
se me aceitarem neste país maravilhoso. -
15:48 - 15:50(Aplausos)
-
15:50 - 15:52Obrigado. Muito obrigado.
-
15:53 - 15:55(Aplausos)
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15:56 - 15:57Que amáveis. Obrigado.
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15:58 - 16:01Esta foto que estamos a ver
também é da Nicarágua. -
16:02 - 16:03É desta mesma gruta.
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16:03 - 16:05Chama-se "Cueva La Conga".
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16:07 - 16:12Há mãos e há dois elementos
que atraíram a minha atenção. -
16:12 - 16:17Em cima, quase ao centro, há
uma espécie de sol, olho ou inseto, -
16:18 - 16:21que se repete na parte inferior,
à esquerda. -
16:21 - 16:24Há anos, quando mergulhei
num cenote em Chichén Iztá -
16:24 - 16:27— um cenote muito profundo,
com 75 metros de profundidade — -
16:27 - 16:31encontrámos uma vasilha
que nos deixou intrigados -
16:31 - 16:35porque é o único desenho que vimos
deste tipo no Iucatão -
16:35 - 16:41ou na península em geral,
na cerâmica maia em geral. -
16:41 - 16:45Encontro-me com o mesmo padrão
nesta gruta. -
16:46 - 16:49Isto foi maravilhoso
porque vejo que há um ponto de união. -
16:49 - 16:51De manhã, estávamos a tomar
o pequeno-almoço -
16:51 - 16:54e César, que apresentei há pouco,
disse uma coisa -
16:54 - 16:56— porque estávamos a falar
da comida riquíssima -
16:57 - 16:59e da parecença com algumas coisas
que comemos no México — -
16:59 - 17:02e disse-me: "Somos os mesmos".
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17:02 - 17:04Tem toda a razão.
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17:04 - 17:08Estamos a ver isso desde as nossas origens,
desde há muito tempo. -
17:08 - 17:10Somos os mesmos.
-
17:10 - 17:11Somos americanos.
-
17:11 - 17:15Temos os mesmos antepassados.
-
17:15 - 17:18Esta é outra foto da mesma gruta.
-
17:18 - 17:22Nas grutas, às vezes, encontramos
estas manifestações fantásticas -
17:22 - 17:24das formações das grutas.
-
17:24 - 17:27Chamo-lhes "guardiãs" das grutas.
-
17:27 - 17:30Vemos que há aqui uma guardiã
dentro do quadro amarelo. -
17:30 - 17:32É uma espécie de animal,
-
17:32 - 17:37a que os habitantes da zona
gravaram os olhos -
17:37 - 17:41e, de certo modo, modificaram a cara
para torná-la mais animal, -
17:41 - 17:43para que fosse uma espécie de
-
17:43 - 17:46eu chamo-lhes "guardiãs" porque parece
estarem a proteger a gruta, -
17:46 - 17:49são como divindades do inframundo.
-
17:49 - 17:53Surpreende-me porque, no Iucatão,
temos esta outra "guardiã", -
17:53 - 17:56que também foi gravada numa rocha
-
17:56 - 18:01e a que também pintaram olhos,
e acrescentaram as orelhas. -
18:01 - 18:04Estamos a ver um mesmo padrão cultural,
-
18:04 - 18:09uma mesma forma de adorar
os sítios sagrados, -
18:09 - 18:13uma união na forma de fazer oferendas
-
18:13 - 18:16aos deuses da chuva e à água.
-
18:16 - 18:19A água, este elemento
vital e indispensável, -
18:19 - 18:22que nos damos ao luxo de desperdiçar
por toda a parte, -
18:22 - 18:25que nos damos ao luxo de contaminar.
-
18:26 - 18:29Devemos ter um grande cuidado com ela.
-
18:29 - 18:32Esta é outra semelhança impressionante.
-
18:32 - 18:34Noutra gruta...
-
18:35 - 18:38—não registámos exatamente o nome
da gruta na investigação — -
18:38 - 18:41mas a figura que tem em cima
à esquerda é nicaraguense. -
18:42 - 18:48Em baixo à direita é uma gruta no Iucatão,
perto de um local chamado Uxmal. -
18:48 - 18:51Ambas são manifestações que
alguns investigadores interpretaram -
18:51 - 18:53— e eu concordo —
-
18:53 - 18:54como uma imagem de Tláloc.
-
18:54 - 18:58Tláloc é o deus da chuva
mas do centro do México. -
18:58 - 19:00É como uma representação de Tláloc.
-
19:00 - 19:02Estamos a falar de novo
da água, da chuva. -
19:02 - 19:07E estamos a ver de novo a manifestação
em arte rupestre nas duas zonas, -
19:07 - 19:09em zonas aparentemente distantes
-
19:09 - 19:11e que não tiveram nada a ver entre elas.
-
19:11 - 19:14Mas parece que, afinal,
têm tudo a ver. -
19:14 - 19:18Este local, este país maravilhoso.
-
19:18 - 19:22Nestas fotos muito antigas deste lago,
-
19:22 - 19:28vemos tubarões de água doce
e um peixe-serra enorme, -
19:28 - 19:31que é um animal em perigo de extinção
em todo o mundo. -
19:31 - 19:33Espero que ainda existam muitos.
-
19:34 - 19:41O mais importante de estes dois animais
é que vivem, suponho, em água doce. -
19:42 - 19:44Todos conhecemos
o importantíssimo fenómeno -
19:44 - 19:47de animais que conseguiram evoluir
-
19:47 - 19:49que, normalmente, vivem em água salgada
-
19:49 - 19:53e que estão a viver nestas massas
de água incríveis da Nicarágua. -
19:54 - 19:56É uma missão importante.
-
19:56 - 19:58Vejo muitos jovens
e isso alegra-me. -
19:58 - 20:03É uma missão muito importante
a que os jovens e os menos jovens, -
20:03 - 20:06todos nós nos dediquemos,
-
20:06 - 20:09todos nós nos empenhemos em proteger
-
20:09 - 20:13maravilhas naturais e culturais
que partilhamos -
20:13 - 20:17e que nos esqueçamos de fronteiras
políticas e geográficas. -
20:17 - 20:18É um todo.
-
20:19 - 20:20Somos os mesmos.
-
20:20 - 20:23E devemos protegê-lo.
-
20:23 - 20:27Estão a ver estas imagens maravilhosas
-
20:27 - 20:30que nos dão tanta paz.
-
20:30 - 20:34Uma mãe a dar banho ao filho
com água do lago. -
20:34 - 20:39Que melhor sinal de vida, de otimismo
e de esperança podíamos ter? -
20:40 - 20:42Eu ia começar a dizer-lhes que
-
20:43 - 20:49todos sabemos que há uma ideia
revolucionária de fazer um canal -
20:49 - 20:51que não é novidade,
já tem muitos anos -
20:51 - 20:53e é muito polémico.
-
20:53 - 20:57Já conversei com muitos de vocês
e as opiniões dividem-se. -
20:57 - 21:02Creio que qualquer que seja
a medida que vier a ser tomada, -
21:02 - 21:04seja o que for que aconteça,
-
21:04 - 21:07espero que seja de modo
muito organizado. -
21:07 - 21:09Sei que há aspetos muito benéficos.
-
21:09 - 21:12Estive a ler um relatório
de um arqueólogo nicaraguense -
21:12 - 21:16que dizia que, graças apenas
aos trabalhos do traçado, -
21:16 - 21:19se encontraram mais de 250
locais arqueológicos. -
21:20 - 21:21Isto é maravilhoso.
-
21:21 - 21:25Isto é uma coisa muito importante
que pode ser, -
21:25 - 21:30não um dano colateral,
mas um efeito colateral, -
21:29 - 21:32e devem aproveitar-se estas coisas.
-
21:32 - 21:35Mas onde está a resposta?
-
21:35 - 21:37Quem pode proteger este país?
-
21:37 - 21:40Quem pode proteger
as suas riquezas naturais? -
21:40 - 21:42Quem pode proteger a sua cultura?
-
21:42 - 21:44Claro que são vocês.
-
21:44 - 21:47Temos estado a ver
palestras maravilhosas -
21:47 - 21:49que nos têm falado, precisamente
do poder das pessoas. -
21:49 - 21:51O poder está em todos nós.
-
21:51 - 21:54Simplesmente, temos que
mudar a nossa mentalidade. -
21:54 - 21:56Temos que conhecer o que temos,
-
21:56 - 21:58Creio que é esse o primeiro passo.
-
21:58 - 22:00Saber o que é que existe
para poder protegê-lo, amá-lo. -
22:01 - 22:03Não vamos protegê-lo se não o amarmos.
-
22:03 - 22:06É em nós que reside esta escolha
que os maias enfrentaram, -
22:06 - 22:08de vida ou morte,
-
22:08 - 22:13esta dicotomia que podemos ver
claramente num cenote. -
22:13 - 22:16A vida, a água, tudo
-
22:16 - 22:17e a morte.
-
22:18 - 22:22Espero que possamos ver-nos
mais amiúde neste país. -
22:22 - 22:24Eu estou ao vosso dispor.
-
22:24 - 22:26Estou encantado por estar aqui convosco.
-
22:26 - 22:28Muito obrigado.
-
22:28 - 22:31(Aplausos)
- Title:
- Preservar o Grande Aquífero Maia | Guillermo de Anda | TEDxManagua
- Description:
-
Através desta palestra, conheceremos o Grande Aquífero Maia no Iucatão, a sua importância científica e a necessidade de preservá-lo. Guillermo, com a sua experiência, demonstrará a importância de patrimónios arqueológicos e de como estudar este passado nos dará as pistas do que pode acontecer no futuro.
Esta palestra foi feita num evento TEDx, usando o formato das Conferências TED, mas organizado de forma independente por uma comunidade local. Saiba mais em: http://ted.com/tedx
- Video Language:
- Spanish
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDxTalks
- Duration:
- 22:46
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