O que é preciso para salvar uma vida na crise de opioides
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0:01 - 0:04Há 24 anos,
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0:04 - 0:07trabalho como bombeira
em Huntington, Virgínia Ocidental. -
0:08 - 0:13Nossa tarefa como bombeiros é salvar vidas
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0:14 - 0:15e bens
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0:15 - 0:21em desastres como acidentes
de carro, incêndios residenciais -
0:21 - 0:24e também emergências médicas
com risco de vida. -
0:26 - 0:30Sou uma mulher que chefia um departamento
numa profissão dominada por homens. -
0:30 - 0:32Há dez anos,
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0:32 - 0:35decidi aumentar meus conhecimentos médicos
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0:35 - 0:37e formei-me como enfermeira.
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0:38 - 0:40Isso ocorreu porque tornou-se claro
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0:40 - 0:44que a próxima grande ameaça
não só para minha cidade, -
0:44 - 0:46como também para outras em todo o país,
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0:46 - 0:48não era o desastre que acontece uma vez,
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0:48 - 0:52quando chegamos como a cavalaria,
como bombeiros, -
0:53 - 0:57apagamos o fogo e vamos embora,
sentindo que fizemos a diferença -
0:57 - 0:58e que está tudo bem.
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0:59 - 1:02O próximo grande desastre em minha cidade
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1:02 - 1:05continua sendo a extensa, debilitante
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1:05 - 1:09e letal dependência de opioides.
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1:10 - 1:12Nós a chamamos agora de epidemia de saúde,
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1:12 - 1:17e substituímos o termo "dependência"
por "transtorno do uso de substâncias". -
1:18 - 1:19Para lhes dar uma perspectiva
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1:19 - 1:23do como essa epidemia
tornou-se significativa, -
1:23 - 1:25em 2017,
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1:25 - 1:29em meu município de 95 mil pessoas,
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1:29 - 1:34vimos 1831 casos de overdose
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1:34 - 1:38e 183 mortes decorrentes deles.
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1:39 - 1:44O trabalho de meus bombeiros,
assim como de outros órgãos, -
1:44 - 1:46é o de atender a isso.
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1:46 - 1:47(Tosse)
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1:47 - 1:48Desculpem-me.
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1:50 - 1:56Então, assistindo ao desenrolar
dessa epidemia durante vários anos, -
1:56 - 1:57cheguei a uma conclusão:
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1:58 - 2:03para esse desastre, precisamos redefinir
nosso trabalho como socorristas. -
2:04 - 2:06Precisamos ser mais
do que apenas a cavalaria. -
2:06 - 2:09Precisamos fazer mais
do que apenas salvar uma vida. -
2:09 - 2:13Precisamos encontrar maneiras
de reconstruir essa vida. -
2:14 - 2:16Precisaremos de muitas pessoas para isso.
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2:17 - 2:19É exatamente o que estamos tentando fazer
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2:19 - 2:21em Huntington, Virgínia Ocidental.
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2:22 - 2:26Vou dar uma ideia do que fazemos.
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2:27 - 2:32Primeiro, isto é o que acontece
quando alguém tem uma overdose. -
2:32 - 2:38Imagine-se como alguém que sofre
do transtorno cerebral do vício. -
2:39 - 2:40Você está frágil.
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2:40 - 2:43Está constrangido e envergonhado.
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2:44 - 2:46E tem uma overdose.
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2:47 - 2:50Talvez um amigo ou familiar
ligue para a emergência. -
2:51 - 2:53Então, de repente,
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2:53 - 2:54você é acordado
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2:54 - 2:59por cinco ou seis estranhos de uniforme
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2:59 - 3:01que massageiam seu peito
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3:01 - 3:03dizendo: "Acorde, acorde!
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3:03 - 3:06Você teve uma overdose,
poderia ter morrido!" -
3:06 - 3:08Você não ficaria na defensiva e nervoso?
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3:09 - 3:10Eu ficaria.
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3:11 - 3:12Além disso,
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3:12 - 3:15esses estranhos lhe deram
uma dose de naloxona, -
3:15 - 3:17que bloqueia os efeitos
da droga no seu organismo, -
3:17 - 3:21o que é mais conhecido
como "síndrome de abstinência". -
3:22 - 3:25Ela faz você se sentir
absolutamente horrível. -
3:25 - 3:28Alguns dizem que é como uma gripe
multiplicada por dez. -
3:29 - 3:33Náusea, vômito, diarreia, dores no corpo.
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3:33 - 3:38Além de nós, estranhos,
termos acordado você, -
3:39 - 3:42também o fizemos se sentir muito mal.
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3:42 - 3:47Com tudo isso, você, o paciente,
não será muito amável conosco -
3:47 - 3:51e recusará tratamento médico adicional.
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3:52 - 3:56Por isso, ficaremos muito frustrados
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3:56 - 3:57e bravos,
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3:57 - 4:01porque você foi ingrato
por termos salvado sua vida. -
4:02 - 4:05Essa não é uma boa dinâmica.
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4:10 - 4:13Estamos lidando aqui
com um distúrbio cerebral -
4:14 - 4:16que muda sua maneira de pensar
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4:16 - 4:19e o convence de que você
não tem um problema. -
4:21 - 4:25Pode ser que essa não seja
sua primeira overdose. -
4:25 - 4:28Talvez até seja a terceira,
a quarta ou a quinta vez -
4:29 - 4:32que nós mesmos o ressuscitamos.
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4:34 - 4:37Isso não é bom.
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4:37 - 4:38Em segundo lugar,
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4:39 - 4:43os socorristas não recebem
muito treinamento -
4:43 - 4:45sobre o transtorno do uso de substâncias.
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4:46 - 4:48A comunidade médica também não recebe.
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4:48 - 4:54Não somos treinados para lidar
com o sofrimento desse transtorno. -
4:55 - 4:59Sou treinada para apagar
muitos tipos diferentes de incêndios. -
4:59 - 5:02Sou treinada para salvar
uma vida naquele momento. -
5:02 - 5:05Mas não sou treinada para lidar
com a interação complexa -
5:05 - 5:08entre os socorristas, a comunidade médica,
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5:08 - 5:11os serviços sociais e a ampla comunidade,
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5:11 - 5:15interação essa que é necessária
para salvar uma vida a longo prazo. -
5:16 - 5:17Em terceiro lugar,
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5:18 - 5:21e essa parte nos afeta...
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5:21 - 5:25como socorrista, considero-me a cavalaria.
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5:25 - 5:28Somos cavaleiros de armaduras reluzentes.
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5:28 - 5:32Queremos chegar, fazer
nosso trabalho e sair satisfeitos -
5:33 - 5:35por termos feito a diferença
na vida de alguém. -
5:35 - 5:37Mas isso não acontece
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5:37 - 5:41quando estamos lidando com alguém
com transtorno do uso de substâncias. -
5:42 - 5:45Saímos nos sentindo frustrados e inúteis.
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5:46 - 5:48Lidamos com as mesmas pessoas,
inúmeras vezes, -
5:48 - 5:51sem resultados positivos.
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5:51 - 5:52E sabem de uma coisa?
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5:52 - 5:56A certa altura, percebi que cabe a nós,
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5:56 - 5:59como socorristas e como comunidade,
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5:59 - 6:01resolver esse problema,
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6:01 - 6:04e encontrar maneiras melhores
de lidar com aqueles que estão sofrendo. -
6:05 - 6:12Então, comecei a observar mais
os casos de overdose. -
6:12 - 6:15Comecei a falar com meus
pacientes e a ouvi-los. -
6:16 - 6:20Eu queria saber o que os levou
a chegar onde estão. -
6:20 - 6:23Pelo que estão passando exatamente?
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6:23 - 6:26O que torna a situação deles pior?
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6:26 - 6:28O que a torna melhor?
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6:28 - 6:31Comecei a experimentar com minhas palavras
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6:31 - 6:34e a prestar atenção
em minhas próprias ações -
6:34 - 6:37e na maneira que isso afetava
aqueles meus pacientes. -
6:38 - 6:41O treinamento que recebi
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6:41 - 6:46e que continuo a receber
nas ruas de Huntington -
6:46 - 6:49tem sido, ao mesmo tempo,
surpreendente e revelador para mim. -
6:51 - 6:56Assim, em Huntington, Virgínia Ocidental,
nós nos unimos como comunidade, -
6:56 - 7:02e estamos mudando a maneira de tratar
aqueles que sofrem dessa terrível doença. -
7:04 - 7:09Começamos muitos programas,
e isso está fazendo a diferença. -
7:09 - 7:11Vou falar de alguns deles.
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7:12 - 7:16No ano passado, começamos
uma Equipe de Resposta Rápida, -
7:17 - 7:19ou ERR, abreviadamente.
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7:20 - 7:22Essa equipe é formada por um paramédico,
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7:23 - 7:24um policial,
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7:24 - 7:29alguém da comunidade de recuperação
e alguém da comunidade religiosa. -
7:30 - 7:33Como equipe, eles saem para visitar
pessoas que tiveram uma overdose -
7:33 - 7:36nas últimas 72 horas após a ressuscitação.
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7:36 - 7:38Conversam.
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7:38 - 7:39Escutam.
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7:39 - 7:41Criam uma boa relação com os pacientes,
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7:41 - 7:44e lhes oferecem opções de tratamento.
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7:48 - 7:49Neste momento,
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7:49 - 7:53cerca de 30% ou mais
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7:53 - 7:57daqueles que foram contatados
pela Equipe de Resposta Rápida -
7:57 - 8:00aceitaram alguma forma de ajuda.
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8:00 - 8:03E o maravilhoso disso tudo
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8:03 - 8:06é que os socorristas
envolvidos nessa equipe, -
8:06 - 8:09sentem realmente que podem
fazer a diferença, -
8:10 - 8:13uma mudança positiva
onde não havia nenhuma. -
8:15 - 8:18(Aplausos)
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8:21 - 8:27Este ano, abrimos uma clínica
especializada independente, a PROACT, -
8:27 - 8:31para os que sofrem de transtorno
do uso de substâncias. -
8:31 - 8:33Tudo em um só lugar, por assim dizer.
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8:34 - 8:36O paciente entra
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8:36 - 8:40e é imediatamente avaliado
por especialistas em dependência química -
8:40 - 8:43que trabalham com os pacientes
para dar opções de tratamento -
8:43 - 8:47baseadas nas próprias
necessidades individuais deles. -
8:48 - 8:50Isso nos ajuda de várias maneiras.
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8:50 - 8:55Dá aos socorristas um lugar
para encaminhar os pacientes -
8:55 - 8:57que não estão mais
em situação de risco de vida, -
8:57 - 9:00que se recusaram a ir ao hospital.
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9:00 - 9:04Isso também alivia
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9:04 - 9:08os prontos-socorros lotados dos hospitais.
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9:09 - 9:11A terceira coisa sobre a qual quero falar
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9:11 - 9:15é muito importante para mim
e para minha equipe. -
9:16 - 9:18Começamos recentemente
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9:18 - 9:21um programa de cuidados
especiais aos socorristas. -
9:22 - 9:24Cada vez mais,
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9:25 - 9:28os socorristas estão sofrendo
-
9:28 - 9:32de fadiga por compaixão
e transtorno de estresse pós-traumático. -
9:33 - 9:38Não é incomum a um bombeiro de Huntington
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9:39 - 9:45lidar com até cinco mortes de jovens
por mês ou presenciá-las. -
9:46 - 9:49São amigos e colegas de classe deles.
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9:50 - 9:52Esse programa tão necessário
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9:52 - 9:55não irá apenas reconhecer
o trabalho árduo deles, -
9:55 - 9:57como também lhes dará voz.
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9:57 - 10:00Fornecerá treinamento
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10:00 - 10:04que os ajudará a lidar
com o estresse a que estão sujeitos -
10:04 - 10:09e lhes dará mais opções de saúde mental
de que precisam desesperadamente. -
10:11 - 10:14Temos agora aulas de ioga
nos postos de bombeiros. -
10:14 - 10:15(Risos)
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10:15 - 10:17(Aplausos)
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10:19 - 10:22Também oferecemos massagens
durante o serviço, o que é sensacional. -
10:23 - 10:24(Risos)
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10:24 - 10:27E começamos alguns programas
nos momentos de folga, -
10:27 - 10:31como aulas de culinária
para os socorristas e seus familiares -
10:31 - 10:32e aulas de cerâmica.
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10:35 - 10:36Há alguns meses,
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10:36 - 10:41fui até o andar da aparelhagem
onde estavam alguns bombeiros: -
10:41 - 10:43metade deles havia recebido uma massagem,
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10:44 - 10:47e a outra metade estava
se preparando para receber uma. -
10:48 - 10:51Vi dez bombeiros conversando
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10:51 - 10:55de um modo muito positivo e descontraído.
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10:55 - 10:57Eu não tinha visto aquilo em anos.
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10:58 - 11:04Essa descontração está chegando
à comunidade, aos cidadãos. -
11:05 - 11:09Há algumas semanas,
meu vizinho teve uma overdose. -
11:09 - 11:11Vinte e dois anos de idade.
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11:11 - 11:15Claro que corri para lá, para ajudar
meus bombeiros e meu vizinho. -
11:16 - 11:20Testemunhei meus bombeiros
sendo solidários, -
11:20 - 11:23conversando sem julgamentos.
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11:23 - 11:25Observei um deles
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11:25 - 11:28mostrando ao pai
e a outro membro da família -
11:28 - 11:31como fazer respiração de salvamento,
caso isso acontecesse de novo. -
11:31 - 11:34E deixou-lhe uma máscara de ressuscitação.
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11:34 - 11:36Mudança positiva.
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11:36 - 11:38Mudança positiva!
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11:39 - 11:41Já mencionei
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11:41 - 11:44as duas coisas que os bombeiros
mais detestam? -
11:45 - 11:48Como as coisas estão e como mudam.
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11:48 - 11:50(Risos)
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11:54 - 11:58Reconheço que já houve
epidemias de droga antes. -
11:58 - 12:01E vi o que o crack pode fazer
a uma comunidade. -
12:02 - 12:04Muitos de nossos críticos pensam
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12:04 - 12:08que essa nova ação solidária
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12:08 - 12:10que estamos fazendo em Huntington
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12:10 - 12:12é por causa da etnia.
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12:13 - 12:18Isso porque as overdoses estão ocorrendo
tanto na comunidade branca. -
12:18 - 12:20E entendo essa crítica,
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12:21 - 12:24porque nós, como país, erramos.
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12:24 - 12:28Tratamos mal os negros
durante a epidemia de crack. -
12:29 - 12:31Não podemos nos esquecer disso.
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12:31 - 12:33E devemos fazer melhor.
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12:34 - 12:37Mas, neste momento,
sei que há pessoas morrendo. -
12:38 - 12:44E nós, em Huntington, lidamos com pessoas
com transtorno do uso de substâncias -
12:44 - 12:50de todas as cores e origens,
nas ruas, todos os dias. -
12:51 - 12:55O trabalho do socorrista
é evitar mortes desnecessárias. -
12:56 - 12:58Ponto final.
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13:02 - 13:05Obviamente, sou uma bombeira
e uma enfermeira teimosa. -
13:06 - 13:10E recuso-me a acreditar que não haja
uma saída para cada barreira. -
13:11 - 13:13Uma das barreiras que encontramos
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13:13 - 13:16ao lidar com a epidemia
de opioides é o estigma. -
13:21 - 13:25Nós, em Huntington, Virgínia Ocidental,
estamos mostrando ao resto do país -
13:26 - 13:28que a mudança é possível,
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13:29 - 13:33que existe esperança ao lidar
com essa epidemia. -
13:33 - 13:38Nossas overdoses, no momento, caíram 40%.
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13:38 - 13:40(Aplausos)
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13:46 - 13:50Atualmente, nossas mortes
por overdose caíram 50%. -
13:50 - 13:52(Aplausos)
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13:54 - 13:57Essa epidemia está longe de acabar,
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13:57 - 14:02mas cada um de nós tem um papel
a desempenhar nela. -
14:02 - 14:06Só de escutar e ser gentil com alguém,
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14:06 - 14:10já podemos fazer a diferença naquela vida.
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14:10 - 14:12Obrigada, e que Deus os abençoe.
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14:12 - 14:14(Aplausos)
- Title:
- O que é preciso para salvar uma vida na crise de opioides
- Speaker:
- Jan Rader
- Description:
-
Como chefe dos bombeiros e socorrista, Jan Rader dedicou sua carreira a salvar vidas. Mas, quando a epidemia de opioides chegou à cidade dela, ela percebeu que era preciso uma abordagem totalmente nova para salvar vidas. Nesta palestra poderosa e esperançosa, Rader mostra como é estar na linha de frente dessa crise e como a comunidade dela está adotando uma nova abordagem incomum, que começa com o escutar, no tratamento do transtorno do abuso de substâncias.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 14:31
Maricene Crus edited Portuguese, Brazilian subtitles for In the opioid crisis, here's what it takes to save a life | ||
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Maricene Crus edited Portuguese, Brazilian subtitles for In the opioid crisis, here's what it takes to save a life | ||
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