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Como a transparência da cadeia de produção pode ajudar o planeta

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    Em quase todos os aspetos da nossa vida
  • 0:03 - 0:07
    temos informações perfeitas
    disponíveis instantaneamente.
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    O meu telemóvel pode dizer-me
    tudo sobre as minhas finanças
  • 0:11 - 0:14
    onde precisamente me situo num mapa
  • 0:14 - 0:16
    e o melhor caminho para o meu destino,
  • 0:16 - 0:18
    tudo isso com o clique de um botão.
  • 0:18 - 0:22
    Porém esta facilidade de acesso
    a informações e esta transparência
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    praticamente desaparece
    quando falamos de produtos de consumo.
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    Se formos ao balcão de uma peixaria
    no supermercado,
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    provavelmente podemos escolher
    entre vários tipos de peixes.
  • 0:33 - 0:36
    Mas provavelmente,
    eles não poderão dizer-nos
  • 0:36 - 0:39
    quem pescou o peixe,
    onde ele foi apanhado,
  • 0:39 - 0:41
    se era sustentável pescá-lo ali
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    e como foi transportado.
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    Isso é verdade
    para quase tudo que compramos.
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    Todas as latas de sopa,
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    todos os pedaços de carne,
    todas as "T-shirts".
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    Nós, enquanto seres humanos,
    neste momento,
  • 0:54 - 0:57
    estamos a destruir a única coisa
    de que precisamos para sobreviver:
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    o nosso planeta.
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    Quase todos os problemas terríveis
    que temos hoje,
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    como a alteração climática,
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    a escravidão moderna
    nas cadeias de produção
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    devem-se a decisões,
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    decisões humanas para produzir algo
    de uma maneira e não de outra.
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    E é assim que nós, consumidores
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    tomamos decisões
    que prejudicam o planeta
  • 1:18 - 1:20
    ou os nossos semelhantes,
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    ao escolher os produtos errados.
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    Mas eu recuso-me a acreditar
    que alguém nesta sala
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    ou, francamente, alguém neste planeta,
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    queira comprar um produto
  • 1:31 - 1:34
    que prejudique o planeta
    ou os nossos semelhantes
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    se puderem escolher.
  • 1:37 - 1:39
    Mas escolha é uma palavra significativa.
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    Escolha significa que há outra opção.
  • 1:41 - 1:44
    Escolha significa que
    podemos usar essa outra opção.
  • 1:44 - 1:46
    Mas escolha também significa
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    que temos informações suficientes
    para tomar uma decisão acertada.
  • 1:50 - 1:55
    Essas informações hoje não existem.
  • 1:55 - 1:58
    Ou, pelo menos,
    é difícil ter-lhes acesso.
  • 2:00 - 2:02
    Mas eu penso que isso está para mudar.
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    Porque podemos usar a tecnologia
    para resolver este problema de informação.
  • 2:06 - 2:09
    Muitas das tecnologias específicas
    de que precisamos para fazer isso
  • 2:09 - 2:13
    tornaram-se melhores e mais baratas
    nos últimos anos
  • 2:13 - 2:16
    e estão disponíveis para serem usadas
    em grande escala.
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    Nos últimos dois anos,
    a minha equipa e eu estivemos a trabalhar
  • 2:19 - 2:23
    com uma das maiores organizações
    de conservação do mundo, a WWF,
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    e criámos uma empresa, a OpenSC,
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    em que o SC significa cadeia de produção.
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    Acreditamos que, usando tecnologia,
  • 2:32 - 2:35
    podemos ajudar a criar
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    a transparência e a identificação
    nas cadeias de produções
  • 2:39 - 2:43
    e, através disso,
    ajudar a revolucionar totalmente
  • 2:43 - 2:47
    a maneira como compramos e produzimos
    produtos enquanto seres humanos.
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    Algumas destas coisas vão parecer
    um pouco como ficção científica,
  • 2:52 - 2:54
    mas já estão a acontecer.
  • 2:54 - 2:56
    Passo a explicar.
  • 2:56 - 2:59
    Para resolver este problema da informação,
  • 2:59 - 3:01
    precisamos de três coisas:
  • 3:01 - 3:04
    verificar, rastrear e partilhar.
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    Verificar a sustentabilidade específica
  • 3:07 - 3:09
    e declarações éticas de produção
  • 3:09 - 3:12
    de forma automatizada
    a partir de uma base de dados.
  • 3:12 - 3:15
    Depois rastrear estes produtos
    físicos individuais
  • 3:15 - 3:17
    pelas suas cadeias de produção,
  • 3:17 - 3:20
    e finalmente, partilhar essa informação
    com os consumidores
  • 3:20 - 3:22
    de uma maneira que lhes permita escolher
  • 3:22 - 3:24
    e os deixe tomarem decisões de consumo
  • 3:24 - 3:27
    que estejam mais alinhadas
    com os seus valores.
  • 3:27 - 3:30
    Eu vou usar um produto real
  • 3:30 - 3:35
    e uma cadeia de produção
    em que já conseguimos fazer tudo isso:
  • 3:35 - 3:36
    uma merluza-negra da Patagónia,
  • 3:36 - 3:39
    ou seja, um robalo chileno,
    como se chama nos EUA.
  • 3:39 - 3:41
    Primeiro, verificar.
  • 3:42 - 3:44
    Verificar como uma coisa é produzida.
  • 3:44 - 3:47
    Mas não dizendo apenas,
    "Confiem em mim, isto é bom",
  • 3:47 - 3:49
    "Acreditem, fizemos
    todas as coisas certas".
  • 3:49 - 3:53
    É apresentando provas
    para aquele produto individualmente,
  • 3:53 - 3:56
    e a maneira como foi produzido,
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    através de provas
  • 3:57 - 4:01
    para uma afirmação de sustentabilidade
    ou de produção ética.
  • 4:01 - 4:04
    Por exemplo, no caso do peixe,
  • 4:04 - 4:08
    esse peixe foi pescado num local
    onde há peixes suficientes
  • 4:08 - 4:10
    para uma pesca nesse local
    ser sustentável
  • 4:10 - 4:12
    e não numa área marinha protegida.
  • 4:12 - 4:14
    Então, o que estamos a fazer
  • 4:14 - 4:18
    é obter os dados de GPS do navio
    quase em tempo real
  • 4:18 - 4:19
    — o navio que está a pescar.
  • 4:19 - 4:22
    Isso diz-nos onde o navio está
  • 4:22 - 4:24
    e para onde se dirige e a que velocidade.
  • 4:24 - 4:27
    Depois, podemos combinar isso
    com outro tipo de dados,
  • 4:27 - 4:30
    como, por exemplo,
    quão profundo é o leito marinho.
  • 4:30 - 4:33
    Combinando todas estas informações,
  • 4:33 - 4:35
    os nossos algoritmos
    de aprendizagem de máquina
  • 4:35 - 4:37
    podem verificar, de automaticamente,
  • 4:37 - 4:41
    se o navio está a pescar
    apenas onde devia ou não.
  • 4:42 - 4:45
    Como os sensores estão
    cada vez mais baratos,
  • 4:45 - 4:47
    podemos colocá-los em mais locais.
  • 4:47 - 4:49
    Isso significa que podemos
    obter mais dados
  • 4:49 - 4:52
    e combinar os dados
    com o progresso na ciência dos dados,
  • 4:52 - 4:55
    o que significa que agora
    podemos verificar
  • 4:55 - 4:59
    afirmações de sustentabilidade especifica
    e de produção ética
  • 4:59 - 5:03
    de forma automática,
    em tempo real e contínuo.
  • 5:03 - 5:07
    Isso produz a base
    para esta revolução de informações.
  • 5:07 - 5:10
    Depois, número dois, rastrear.
  • 5:10 - 5:13
    Rastrear esses produtos
    físicos individuais,
  • 5:13 - 5:15
    para podermos dizer
  • 5:15 - 5:17
    que as declarações que verificámos
    sobre um certo produto
  • 5:18 - 5:20
    pertencem, de facto, a esse produto
  • 5:20 - 5:23
    que nós, consumidores,
    temos na nossa frente.
  • 5:23 - 5:26
    Porque sem esse nível
    de rastreamento,
  • 5:26 - 5:29
    tudo o que verificávamos
  • 5:29 - 5:32
    é que alguém, algures,
    e nalgum momento,
  • 5:32 - 5:34
    ou apanhara um peixe
    de maneira sustentável,
  • 5:34 - 5:37
    ou não maltratara o funcionário
  • 5:37 - 5:40
    quando lhes pedimos
    para produzir uma "T-shirt",
  • 5:40 - 5:45
    ou não usara pesticidas ao plantar
    um vegetal que não precisava disso.
  • 5:45 - 5:49
    Só se eu der uma identidade
    um produto, logo de início,
  • 5:49 - 5:52
    e depois o rastrear,
    ao longo de todo o processo de produção,
  • 5:52 - 5:54
    pode ser confirmada essa declaração
  • 5:54 - 5:56
    e o valor que foram criados
  • 5:56 - 5:59
    ao produzi-lo da maneira certa.
  • 6:02 - 6:04
    Já falei dos sensores mais baratos.
  • 6:04 - 6:07
    Há muitos outros
    desenvolvimentos tecnológicos
  • 6:07 - 6:11
    que possibilitam tudo isto,
    muito mais hoje do que antes.
  • 6:11 - 6:14
    Por exemplo, a diminuição
    dos custos das etiquetas.
  • 6:15 - 6:18
    Dá-se um nome a um produto,
  • 6:18 - 6:20
    um número de série, uma identidade.
  • 6:20 - 6:22
    A etiqueta é o seu passaporte.
  • 6:22 - 6:25
    O que vemos aqui
    é a pesca do robalo.
  • 6:25 - 6:28
    Isto é o que se chama
    pesca com aparelho,
  • 6:28 - 6:32
    os peixes estão a chegar ao barco
    em anzóis individuais.
  • 6:32 - 6:34
    E assim que os peixes estão a bordo,
  • 6:34 - 6:37
    são mortos, e depois disso,
  • 6:37 - 6:40
    colocamos uma pequena etiqueta
    no corpo do peixe.
  • 6:40 - 6:45
    Nessa etiqueta, há um "chip" RFID
    com um único número de série.
  • 6:45 - 6:48
    Essa etiqueta acompanha o peixe
    por toda a linha de produção
  • 6:48 - 6:50
    e torna muito fácil
    observar a sua presença
  • 6:50 - 6:53
    em qualquer porto, ou camião
    ou em qualquer local de processamento.
  • 6:54 - 6:57
    Mas os consumidores
    não podem ler etiquetas RFID.
  • 6:57 - 7:01
    Então, quando chega a altura
    de cortar e empacotar o peixe,
  • 7:01 - 7:04
    lemos a etiqueta RFID e retiramo-la
  • 7:04 - 7:08
    e adicionamos um código QR único
    na embalagem do peixe.
  • 7:08 - 7:13
    Esse código QR contém
    as mesmas informações
  • 7:13 - 7:16
    que verificámos inicialmente nesse peixe.
  • 7:17 - 7:21
    Assim, consoante o tipo de produto
    com que estamos a trabalhar,
  • 7:21 - 7:25
    podemos usar códigos QR,
    de barras, etiquetas RFID
  • 7:25 - 7:27
    ou outras tecnologias de etiquetagem.
  • 7:27 - 7:29
    Mas também há tecnologias
  • 7:29 - 7:31
    que irão revolucionar em grande escala
  • 7:31 - 7:33
    e tornarão obsoletas as etiquetas.
  • 7:33 - 7:35
    Como, por exemplo,
  • 7:35 - 7:38
    analisar um produto de acordo
    com os elementos rastreados
  • 7:38 - 7:41
    o que nos poderá dizer corretamente
    de onde ele veio.
  • 7:41 - 7:43
    E temos o protocolo de confiança,
  • 7:43 - 7:45
    uma tecnologia descentralizada
  • 7:45 - 7:47
    que funciona como catalisador
    para esta revolução,
  • 7:47 - 7:51
    porque pode ajudar a minimizar
    alguns problemas de confiança
  • 7:51 - 7:55
    que são inerentes ao dar
    informações a pessoas
  • 7:55 - 7:58
    e depois pedir-lhes que mudem
    de hábitos de consumo
  • 7:58 - 8:00
    por causa dessas informações.
  • 8:00 - 8:03
    Então, podemos usar
    o protocolo de confiança
  • 8:03 - 8:05
    para adicionar credibilidade
    ao que fazemos.
  • 8:06 - 8:08
    Mas também, e muito importante,
  • 8:08 - 8:11
    não permitimos que as limitações,
    que esta tecnologia ainda tem
  • 8:11 - 8:13
    — por exemplo, em termos
    de escala de produção —
  • 8:13 - 8:15
    não permitimos que isso nos atrapalhe.
  • 8:15 - 8:17
    Isso leva-nos ao terceiro ponto.
  • 8:17 - 8:18
    Partilha.
  • 8:18 - 8:22
    Como partilhar as informações
    que verificámos e rastreámos
  • 8:22 - 8:25
    sobre da onde vem um produto,
    e como foi produzido
  • 8:25 - 8:27
    e como ele chegou onde está?
  • 8:27 - 8:30
    A forma de partilhar essas informações
  • 8:30 - 8:32
    é muito diferente
    de produto para produto.
  • 8:32 - 8:35
    E é diferente consoante
    o local onde o compramos.
  • 8:35 - 8:37
    Temos comportamentos diferentes
    nessas situações.
  • 8:37 - 8:41
    Estamos cansados e sem tempo
    no supermercado.
  • 8:41 - 8:43
    Ou com pouca atenção durante o jantar,
  • 8:44 - 8:45
    porque a nossa parceira
    é muito simpática.
  • 8:46 - 8:48
    Ou estamos críticos e duvidosos
  • 8:48 - 8:52
    quando pesquisamos "online"
    uma compra maior.
  • 8:53 - 8:55
    Então para o nosso peixe,
  • 8:55 - 8:57
    criámos uma experiência digital
  • 8:57 - 9:01
    que funciona quando compramos
    peixe congelado
  • 9:01 - 9:03
    numa peixaria especializada
  • 9:03 - 9:07
    e nos dá todas as informações
    sobre o peixe e o seu percurso.
  • 9:07 - 9:10
    Mas também trabalhámos com um restaurante
  • 9:10 - 9:12
    e desenvolvemos uma experiência
    digital diferente
  • 9:13 - 9:17
    que só resume os factos fundamentais
    do peixe e do seu percurso,
  • 9:17 - 9:19
    funciona melhor no contexto de um jantar
  • 9:19 - 9:22
    e, segundo espero, não aborrecerá muito
    a vossa parceira.
  • 9:23 - 9:25
    Agora, isso conclui o nosso círculo.
  • 9:25 - 9:28
    Verificámos que o peixe foi pescado
  • 9:28 - 9:30
    numa área onde essa pesca é sustentável.
  • 9:31 - 9:34
    Depois rastreámos o peixe
    por todo o processo de produção
  • 9:34 - 9:37
    para manter a sua identidade
    e as informações anexas.
  • 9:37 - 9:40
    E depois partilhámos essas informações
    com os consumidores
  • 9:40 - 9:42
    de forma a dar-lhes
    possibilidade de escolha
  • 9:42 - 9:44
    e permitir-lhes tomar decisões de consumo
  • 9:44 - 9:46
    mais alinhadas com os seus valores.
  • 9:48 - 9:52
    Quanto a este exemplo do peixe,
    isto já está em vigor.
  • 9:52 - 9:53
    Esta estação,
  • 9:53 - 9:55
    toda a frota da Austral Fisheries,
  • 9:55 - 9:58
    a maior empresa mundial
    de pesca de robalos
  • 9:58 - 10:01
    está a etiquetar todos os peixes
    que pescam
  • 10:01 - 10:04
    o que leva ao seu produto de excelência
    com a marca "Glacier 51".
  • 10:05 - 10:07
    Já podemos comprar este peixe.
  • 10:08 - 10:11
    Com ele, podemos ter todas
    as informações de que falei
  • 10:11 - 10:13
    e muito mais,
  • 10:13 - 10:17
    em cada peixe comprado
    ou em cada pedaço de peixe comprado.
  • 10:18 - 10:23
    Mas isto não é só para peixes
    ou para mariscos.
  • 10:23 - 10:26
    Estamos a trabalhar em muitos
    artigos e produtos diferentes
  • 10:26 - 10:28
    e nas suas cadeias de produção
    por todo o mundo.
  • 10:29 - 10:31
    Desde laticínios a frutas e vegetais,
  • 10:31 - 10:33
    a produtos não comestíveis
    feitos de madeira.
  • 10:34 - 10:38
    Como consumidores, tudo isto
    pode parecer um grande peso,
  • 10:38 - 10:42
    porque vocês não têm tempo
    para verificar todas as informações
  • 10:42 - 10:44
    sempre que compram algo.
  • 10:44 - 10:46
    Mas não espero que façam isso,
  • 10:46 - 10:48
    pois terão ajuda nisso.
  • 10:49 - 10:52
    No futuro, serão as máquinas,
    cada vez mais,
  • 10:52 - 10:56
    a tomar todas as decisões
    sobre qual o produto a comprar.
  • 10:57 - 10:59
    Um algoritmo conhecer-vos-á o suficiente
  • 10:59 - 11:03
    para tomar essas decisões por vocês,
    por isso não precisarão de o fazer.
  • 11:03 - 11:06
    E talvez até faça
    um trabalho ainda melhor.
  • 11:06 - 11:09
    Num estudo recente,
    85% dos que compraram
  • 11:09 - 11:12
    um produto, por intermédio
    de um assistente digital
  • 11:12 - 11:14
    disseram que, nessa ocasião,
  • 11:14 - 11:16
    escolheram a recomendação
    do produto de topo
  • 11:16 - 11:18
    desse assistente virtual,
  • 11:18 - 11:20
    em vez do produto ou marca específica
  • 11:20 - 11:22
    que tencionavam comprar de início.
  • 11:22 - 11:25
    Basta dizermos que precisamos
    de papel higiénico,
  • 11:25 - 11:28
    e o algoritmo decide
    qual a marca, qual o preço
  • 11:28 - 11:31
    ou se queremos reciclado ou não.
  • 11:32 - 11:36
    Hoje isso baseia-se normalmente
    no que comprámos no passado,
  • 11:36 - 11:40
    ou em quem paga mais à empresa
    por detrás do assistente virtual.
  • 11:40 - 11:44
    Mas porque não poderá também
    ser baseado nos nossos valores?
  • 11:46 - 11:48
    Sabendo que queremos comprar
    produtos amigos do planeta
  • 11:48 - 11:53
    e sabendo se queremos e quanto
    estamos dispostos a pagar por isso,
  • 11:54 - 11:58
    isso tornará as coisas fáceis e perfeitas,
  • 11:58 - 12:00
    mas continuam a ser baseadas em dados
  • 12:00 - 12:02
    para a escolha dos produtos certos.
  • 12:02 - 12:05
    Porém não será necessariamente
    feito por vocês mesmos
  • 12:05 - 12:07
    mas através de um algoritmo
  • 12:07 - 12:10
    que sabe o quanto vocês se preocupam
    com este planeta.
  • 12:10 - 12:12
    Não será necessariamente
    feito por vocês mesmos
  • 12:12 - 12:14
    mas através de um algoritmo
  • 12:14 - 12:17
    que nuca tem falta de tempo
    nem está distraído,
  • 12:17 - 12:22
    nem está com pouca atenção
    por causa de um encontro simpático
  • 12:22 - 12:25
    e que sabe quanto vocês
    gostam deste planeta
  • 12:25 - 12:26
    e das pessoas que vivem nele,
  • 12:26 - 12:29
    através de um algoritmo
    que analise todas essas informações
  • 12:29 - 12:31
    e decida em vosso lugar.
  • 12:32 - 12:36
    Se tiverem informações fiáveis e corretas
  • 12:36 - 12:39
    e os sistemas adequados
    que façam uso delas,
  • 12:39 - 12:43
    os consumidores apoiarão
    quem tomar as decisões corretas
  • 12:43 - 12:46
    criando produtos
    de maneira sustentável e ética.
  • 12:47 - 12:49
    Eles apoiá-los-ão sempre
  • 12:49 - 12:51
    escolhendo os seus produtos
    em vez de outros.
  • 12:52 - 12:55
    Isso significa que os produtos,
    os produtores,
  • 12:55 - 12:57
    os processadores e os vendedores
  • 12:57 - 12:59
    serão premiados.
  • 12:59 - 13:03
    E os que agirem erradamente
    serão forçados a ajustar as suas práticas
  • 13:03 - 13:05
    ou a fechar a porta.
  • 13:05 - 13:07
    Precisamos disso.
  • 13:07 - 13:11
    Se quisermos continuar a viver juntos
    no nosso lindo planeta,
  • 13:11 - 13:13
    precisamos disso.
  • 13:13 - 13:14
    Obrigado.
  • 13:14 - 13:16
    (Aplausos)
Title:
Como a transparência da cadeia de produção pode ajudar o planeta
Speaker:
Markus Mutz
Description:

Se tivessem opção, poucos escolheriam comprar produtos que agridem a terra — mesmo assim é praticamente impossível saber como os produtos são feitos e onde são obtidos. Isto está para mudar, diz o inovador de linhas de produção Markus Mutz. Ele revela como usou a tecnologia de "protocolo de confiança", para acompanhar um peixe da Patagónia no seu percurso, do oceano até ao prato do jantar — e provou que é possível oferecer aos consumidores um produto em que podem confiar.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
13:29

Portuguese subtitles

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